1. Spirit Fanfics >
  2. Take Me To Church - Camren >
  3. The Priest Is Dead

História Take Me To Church - Camren - The Priest Is Dead


Escrita por: miinsuga_93

Notas do Autor


"Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, ou de suas origens, ou da sua religião. As pessoas são ensinadas a odiar, e se são ensinadas assim, elas podem aprender a amar, porque o amor chega mais naturalmente ao coração do homem que o seu oposto. — Nelson Mandela"

26 Comentários, 129 favoritos, no PRIMEIRO capítulo, permitam-me dizer que tô até escutando Me & My Girls. Desculpem a demora, mas eu estou em provas e a pesar de ter o capítulo pronto, eu mal pude pegar no computador. Bom, agora eu vou responder os comentários do capítulo anterior, espero que gostem.

Antes de ler, alguns avisos.
* Essa história foi toda escrita, pensada e corrigida por mim, o único crédito adicional é à Clara pela playlist, então não copie nada ou plagie, isso é crime.
* Qualquer comentário desrespeitoso à fanfic, ao tema ou à Fifth Harmony será apagado.
* Essa não é minha única história e nem meu único dever, então não cobre.
Boa leitura, espero que goste. :) Xx
Kissus,
-Lena

Capítulo 1 - The Priest Is Dead


Já estava bem tarde quando eu soube da notícia, o padre Dawnson estava morto.

Era uma madrugada comum de terça-feira quando eu soube, estava na minha cama, dormindo, e ouvi o telefone tocar. Quando cheguei na sala minha mãe falava ao telefone, atônita, e meu pai do lado, com a mão sobre a boca, pensativo, olhando pro chão.

- O que aconteceu? - perguntei no meu tom baixo de sempre e esperei uma resposta, minha mãe ainda falava ao telefone e meu pai levantou a cabeça, me olhando.

- Espere sua mãe terminar de falar ao telefone Camila. - meu pai falou duro e eu assenti.

- Desculpe. - falo e me sento no último degrau da escada.

Aproveitei o tempo que eles demoraram no telefone para pensar no sonho que eu estava tendo, Lauren me encarava e dizia insultos, eu ouvia tudo calada, chorando, sem poder retrucar, acho que isso foi uma vingança do meu subconsciente por tudo que eu disse à ela ontem.

- O padre Dawnson morreu, enfarto do miocárdio. - minha mãe foi clara, objetiva, meu pai a repreendeu com o olhar, eu me levantei surpresa, com as mãos na boca, chorando, e corri pro meu quarto.

Tranquei a porta e me joguei na cama, chorando mais alto. O padre Dawnson não era apenas um padre qualquer, um amigo da família. Ele era meu melhor amigo, me aconselhava quando eu tinha dúvidas e me ajudava, ele que me aconselhou a ser amiga da Ally, que ela era uma boa garota e que não ir à igreja todo domingo ou pensar diferente, não torna ninguém melhor ou pior que ninguém.

E agora ele se foi, me sentei na cama e caminhei lentamente até a escrivaninha do meu computador, ali havia uma foto minha com o padre, abracei a foto e as lágrimas vieram mais forte.

Não sei exatamente como eu dormi, mas o cansaço de chorar tanto e ter sido acordada no meio da noite me fez cochilar. Acordei algumas horas depois, tinha escola, falei com meus pais e eles me deixaram faltar hoje.

E eu fiquei fazendo nada, chorando, mergulhando nas lágrimas, no sofrimento, e na dor de perder um amigo, eu nunca tinha sentido isso.

À tarde eu fui tomar banho. Me sento no chão do banheiro e fico observando o meu reflexo no vidro do box. As lágrimas finalmente cessaram, dispo-me e entro debaixo do chuveiro, colocando na água quente.

Tomo o banho mais demorado da minha vida e suspiro. Ao terminar o banho saio de lá, me enxugando e em seguida entrando no quarto e me vestindo.

No dia seguinte acordei cedo e me arrumei pro enterro, não fui no velório. Estava com uma saia preta de pregas, uma camiseta sem mangas, também preta, colocada por dentro da saia, e uma sandália preta.

Estava terminando de arrumar Sofi e meus pais desceram já arrumados. Meu pai com uma roupa social, também todo de preto e minha mãe com uma saia colada preta e uma blusa de botões para dentro da saia, além disso tudo ela também estava com um véu preto de renda e um lenço branco -achei isso um exagero, véu e lenço, sério mãe?-.

- Sofia ainda não está pronta Camila? - minha mãe perguntou dura.

- Já está quase mamãe. - falei e ela sorriu, sentando-se no sofá, terminei de pentear o cabelo da minha irmãzinha e sorri para meus pais. - Agora sim. - falo e me levanto junto com Sofi.

Meu pai se levantou silenciosamente e andou até a porta de casa a abriu e ficou parado do lado da mesma, esperando que nós três passássemos primeiro. Respeitando a ordem, minha mãe se levantou primeiro, eu fui logo atrás dela e Sofi segurou na minha mão, se mantendo atrás de mim, aquele seria seu primeiro enterro, meus pais não conversaram com ela, natural que se assustasse.

Meu pai esperou todas estarmos do lado de fora e trancou a porta, destravou o carro e entrou, minha mãe entrou logo atrás, eu e Sofi nos acomodamos no banco de trás. Meu pai certificou-se de que todas estávamos com o cinto de segurança, especialmente Sofi, e dirigiu em direção ao cemitério.

O cemitério Charlotte Jane Memorial, é um dos maiores de Miami, todo coberto em grama e com seus túmulos todos em mármore branco, separados pelo espaço milimetricamente medido de 10 palmos. O tumulo do padre Dawnson ficava no topo de uma colina, e disso eu sabia porque ele já havia pensado em tudo, e me trouxera aqui quando escolheu o lote.

O lugar que ele escolheu era cercado com uma grade preta mais ou menos da altura de Sofi, ao redor do tumulo cresciam varias rosas brancas, que, segundo ele, eram regadas por um anjo disfarçado, que ele encontrou na Terra. Ele sempre me falou desse "anjo", e admito que sempre tive uma espécie de rivalidade não declarada com o mesmo.

Afinal, ainda segundo ele, ele era delicado como um rubi, de primeira vista parece uma pedra dura, grosseira, mas avaliando melhor, ele é algo lindo, frágil e que merece ser cuidado. Seus olhos foram esculpidos do brilho e cor da mais preciosa esmeralda. E os cabelos são uma cascata preta que cai sobre seus ombros. E tem um humor incrível, escondido por camadas e camadas de falsa despreocupação.

Ele deve ser lindo.

Entramos eu e minha família no cercado, já haviam algumas pessoas por lá, nos sentamos e quando as últimas pessoas chegaram, o padre deu início à missa.

- Padre Dawnson era muito querido por nós e por toda a nossa comunidade, um amigo, sempre disposto a ajudar e... - foi quando eu me perdi e parei de escutar.

Poderiam falar tudo que quisessem dele, mas não seria o que verdadeiramente pensavam, o que achavam dele, mas como a cultura e os bons modos mandam, não se deve difamar os mortos. E eu sabia a verdade, eu sabia quem Daniel era, Daniel John Dawnson, um homem jovem, de 51 anos,alto e meio esguio que não ligava para a aparência das pessoas e apesar de muito religioso, ria de seus fiéis, pois segundo ele: "Há uma linha tênue entre adoração e obsessão, Camila, e ela precisa ser respeitada."

Ele ria da minha família na minha frente, ele não se importava com nada disso, ele não ligava se eu ia ficar mal, nem se eu concordava com minha família, era a opinião dele, e ele não tinha medo de expressá-la. Deus me perdoe, mas cá entre nós, eu sempre tive inveja desse detalhe nele. As vezes eu gostaria de poder falar o que eu penso sem medo, poder dizer que nem sempre eu concordo com meus pais ou que nem sempre estou disposta a ir pra igreja.

Eu não estou reclamando, mas eu não posso ter uma indisposição? Um dia em que eu queira ficar em casa? Não posso.

Minha irmãzinha me cutucou e eu acordei para a vida, percebendo que a celebração já estava quase em seu final e que agora faltavam as orações e depois o enterro propriamente dito.

Todos abaixaram a cabeça e começamos a rezar pelo padre Dawnson. Ao terminar minhas preces eu levantei a cabeça, com lágrimas nos olhos e puxei Sofi para mais perto de mim.

Escutei um barulho irritante do motor de uma moto, resolvi ignorar, essas pessoas desrespeitosas, não respeitam nem um funeral.

A moto automaticamente me lembrou Lauren, ela também tinha uma moto, abaixei a cabeça de novo, meio melancólica e meio culpada, o sonho, as palavras que usei, padre Dawnson teria brigado comigo por ter sido tão rude com alguém que tentou me ajudar.

Levantei a cabeça em um supetão, assustada quando escutei uma gargalhada. Além de tudo, era uma gargalhada bonita e melodiosa, só poderia pertencer então, à uma pessoa, pensei que nunca escutaria tal som. Olhei pra ela ao mesmo tempo em que ela olhou pra mim, mas não parou de gargalhar mesmo assim, encolhi meus ombros e me virei para a frente.

Lauren estava rindo. Em um funeral. Isso não é certo, e pior, meus pais estão aqui.

Ela. Está. Completamente. Encrencada.

Ela subiu a coluna e entrou no cercado, não parou de rir, até que olhou em direção ao caixão do padre Dawnson. Lauren começou a soluçar e caiu no chão, chorando, tentando desesperadamente voltar a rir. Melissa, ajudante e amiga do padre, levantou-se e foi até ela, Melissa a abraçou e Lauren começou a gritar e se debater. E nesse momento, todos levaram um susto, -inclusive eu-, Lauren levantou-se com o ar sempre presente em seu rosto no colégio, ar superior, se levantou como se nunca tivesse caído.

Andou até o caixão do padre Dawnson e olhou pra ele dez longos segundos antes de se virar para todos e aplaudiu, rindo.

- Minha família é ateísta. - falou e todos a olharam com nojo, não era segredo que a família Jauregui, a família mais rica e importante de Miami era descrente. - Eu não. - todos a olharam desconfiados, alguns até sorriram. - Vocês são falsos. - todos a olharam espantados, parando os risos e cessando as conversas, olhei discretamente para Melissa, ela sorria disfarçadamente. - Estão aqui falando do padre e rezando por ele, mas estão mentindo, não se importam, e vem mesmo assim rezar por ele. Hipócritas. E ainda ousam falar que mentir é pecado, julgando os outros como se fossem Deus.

- Que direito você, uma pirralha de família ateísta acha que tem para falar de nós? - meu pai perguntou e eu gelei, mantendo meus olhos em Lauren, se ela fosse igual na escola, ela não deixaria barato.

A cor dos olhos de Lauren mudaram e Melissa mudou de expressão, e então eu soube, isso não acabaria nada bem. Ela olhou pra mim e depois pra toda a minha família, como se agora tivesse percebido quem eles eram.

- Nenhum é claro. Mas que direito, você - ela andou até meu pai e parou na frente dele, encarando-o. - um cliente ávido do meu pai, tem, para falar de alguém? - Lauren sorriu e meu pai calou-se, aquele era um segredo deles, e Lauren havia acabado de ganhar a discussão.

- Toda a cidade é cliente de seu pai, garota, ele é o dono do maior shopping da cidade. - eu vi o sorriso de Lauren aumentar consideravelmente, aquilo era uma piada para ela, então me lembrei que uma vez ouvi Normani, amiga de Lauren, comentar que o senhor Jauregui havia aberto uma boate, que era restrita e que ninguém na cidade saberia, uma boate de strippers.

Coloquei minhas mãos sobre a boca e olhei assustada para Lauren.

Meu pai estava traindo a minha mãe.


Notas Finais


Leia no Wattpad: http://www.wattpad.com/story/38108133
Playlist: *em breve*
Trailer: *em breve*
Twitter: @osdedosdadinah

Deixe seus comentários sobre a história e favorite. :) Xx
Kissus,
-Lena


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...