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História Take Me To Church - Camren - Religion Is More Than Church


Escrita por: miinsuga_93

Notas do Autor


"Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, ou de suas origens, ou da sua religião. As pessoas são ensinadas a odiar, e se são ensinadas assim, elas podem aprender a amar, porque o amor chega mais naturalmente ao coração do homem que o seu oposto. — Nelson Mandela"

29 Comentários no capítulo passado, 224 favoritos, isso é muito mais do que eu imaginava, vou até dançar Me & My Girls aqui. Desculpem a demora, depois das provas vieram os trabalhos, vou atualizar novamente na segunda, prometo, até porque, ESTOU DE FÉRIAS!! Como sabem, depois que eu posto, eu respondo os comentários anteriores, então lá vou eu!! Espero que gostem.

Antes de ler, alguns avisos.
* Essa história foi toda escrita, pensada e corrigida por mim, o único crédito adicional é à Clara pela playlist, então não copie nada ou plagie, isso é crime.
* Qualquer comentário desrespeitoso à fanfic, ao tema ou à Fifth Harmony será apagado.
* Essa não é minha única história e nem meu único dever, então não cobre.
Boa leitura, espero que goste. :) Xx
Kissus,
-Lena

Capítulo 2 - Religion Is More Than Church


— Vamos embora? — sugeri baixo, sem olhar pro meu pai, meus olhos estavam fixos em Lauren, meu nariz começou a arder e meus olhos encheram de lágrimas.

— Sim. — ele respondeu e minha mãe nos olhou meio ofendida.

— Ir embora por causa dessa garota mundana? — o sorriso de Lauren só aumentou, ela estava satisfeita por ver minha mãe irritada, eu com lágrimas nos olhos e meu pai calado.

— Vamos logo Sinuhe. — meu pai falou duro e eu o encarei assustada, ele nunca era assim.

Minha mãe ia retrucar, mas calou-se. Segui os dois, junto com Sofi e quando chegamos no carro eu me virei e olhei Lauren, ela tinha um leve sorriso de lado e quase não percebi o leve movimento que ela fez com as mãos, ela ia acenar pra mim, mas não o fez.

Talvez tenha sido força do habito, mania, educação ou talvez eu quisesse, mas levantei minha mão esquerda e acenei pra ela, sorri e entrei no carro, coloquei o cinto em Sofi e em mim, papai verificou, como sempre, e deu partida.

X X X

Ao chegar em chegar em casa fui direto pro meu quarto, passei a tarde toda pensando em Lauren e o que eu tinha contra ela. Ela é lésbica, e é de família ateísta. Sobre ser lésbica, ela nunca deu em cima de mim. Sobre ser de família ateísta, ela crê em Deus, e além disso, hoje eu descobri que minha família também comete erros.

Depois de tanto pensar a respeito eu fui fazer meus deveres, -que eu peguei com Ally-, fui dormir decidida.

Eu me daria uma chance de conhecer Lauren melhor.

Por isso, no dia seguinte, ao chegar na escola, eu fiquei esperando na vaga em que ela sempre coloca a moto, segurei meus livros sobre o peito e esperei elas chegarem, logo ouvi o barulho da moto, Lauren veio junto com Normani e Dinah veio atrás em um conversível branco.

Todas me olharam confusas e surpresas. Lauren olhou para as duas como se perguntasse o que eu fazia ali. Normani pegou na mão de Dinah e puxou ela até a entrada da escola, Lauren ficou me olhando confusa, mas ainda assim se aproximou sorrindo.

— Quer falar comigo Camz? Precisa de nota em outra matéria? — aquilo magoou um pouco, mas resolvi ignorar e falar o que eu queria.

— Resolvi te dar uma chance, para nos conhecermos melhor. — ela gargalhou alto, com sarcasmo, todos ao redor nos olharam, estranhando o fato de ela sorrir, fiquei olhando para as pessoas. — Para Lauren, tão olhando, qual seu problema? O que eu falei? — perguntei franzindo o cenho.

— Deixe que eles olhem, me acham bonita que eu sei, e quem disse que eu quero te conhecer melhor? — perguntou depois de se cessar as risadas.

— Você, aquele dia, e se não quisesse, não teria nem tentado ser minha dupla. — ela me encarou séria e calada.

— Que seja, aonde quer ir? — perguntou mal humorada.

— Cemitério, quero saber sobre sua relação com o padre. Você me pega. — falei mandona e ela arqueou a sobrancelha.

— Sim senhora, mais alguma coisa? — perguntou cínica.

— Sim, um suco de uva, por favor. — falei rindo e sai andando na frente dela.

— Só se for pra tacar nesse seu cabelo de farofa. — comecei a gargalhar e me encostei num carro, tentando parar de rir. — O que foi? — perguntou irritada.

— Cabelo de farofa? Você é a bad girl do colégio, a manda-chuva e isso é o melhor que pode fazer para me xingar? — continuei sorrindo enquanto ela passou na minha frente, irritada. — Lolo espera. — chamei sorrindo e ela virou-se pra mim, assustada.

— Me chamou de... Lolo? — perguntou arqueando as sobrancelhas e sorrindo, franzi o cenho e depois percebi que sim, eu tinha chamado ela assim.

— Saiu sem querer, desculpe. — falei meio envergonhada.

— Tudo bem, eu gostei. — falou sorrindo de lado.

Fomos pra nossas respectivas aulas, a dela de Biologia e a minha de Espanhol -desnecessário, nós sabemos-. Cheguei na sala junto com a professora, sorri pra ela e ela me deu passagem, fui para meu lugar, primeira cadeira da fila do meio, de 5 filas, eu sento na frente de Ally.

— Aonde estava Camila? — Ally perguntou preocupada, eu sempre era a primeira a chegar na sala.

— Shhh... — fiz sinal de silêncio pra ela. — Estava falando com Lauren. — falei animada e ela arregalou os olhos.

— Você o que Camila? — gritou e todos da sala nos olharam. — Você tá doida, ou com algum problema? — continuou gritando e eu tapei a boca dela.

— Cala sua boca Allyson. Não fala alto, quer que alguém escute? — falei meio desesperada e ela me olhou, assentindo, sinal de que se acalmou.

— Me explica isso Camila, agora. — Ally falou assustada, porém mais calma e mais baixo.

— Senhorita Cabello? Senhorita Hernandez? — a professora chamou nos repreendendo e eu me encolhi, me sentando na cadeira.

— Na hora do intervalo. — Ally cochichou pra mim e eu assenti.

Prestei atenção na aula como sempre, a professora fez perguntas, tudo normal. Quando o sinal tocou, a próxima aula seria química, ou seja, eu a veria. Ela entrou na sala e não direcionou o olhar a mim, o que eu estranhei, acompanhei-a com os olhos e esperei ela me olhar, ela não o fez, Dinah por sua vez, olhou pra mim e sorriu de lado. Ela se levantou e todos acompanharam seu olhar, que parou em mim.

— Lauren não vai mais sair com você hoje. — ela falou e então Lauren olhou pra mim. — Ela tem compromissos. — falou e meu olhar pulou de uma pra outra, eu não estava me arriscando à toa, não mesmo.

— Ela não vai por que? — perguntei irritada e Dinah arqueou a sobrancelha.

— Vamos nos masturbar e fazer coisas de lésbicas, coisas que não são da igreja, não vai querer participar. — falou irônica.

Eu me levantei, fui até Lauren e bati na mesa dela, mas ela pareceu nem se importar e apenas virou sua cabeça em minha direção, com descaso.

— Você vai sair comigo sim, — ela abriu a boca pra falar algo e eu a cortei. — eu não perguntei, se minha família descobrir, eu vou ser expulsa de casa, e ainda assim eu estou aqui, me arriscando pra saber por que você quis crer em Deus mesmo que sua família não, então cale a boca, e saia comigo Lauren Jauregui. — falei em um tom baixo, mesmo assim mostrando, que eu não aceitaria um não. — Se não aparecer na minha casa depois da escola, eu vou na sua.

Normani olhou pra Lauren e começou a rir, tipo, muito alto, eu nunca gostei de chamar atenção, mas elas parece que adoram.

— Gostei dela. — Normani bateu palmas e Lauren a encarou mal humorada.

O professor chegou e eu me sentei no meu lugar. As aulas passaram rápido e logo era intervalo.

Hora de enfrentar a baixinha, peguei uma bandeja e coloquei meu lanche, andei até a mesa que divido com Ally e me sentei.

— Por que está fazendo isso? Se arriscando? Camila... — ela começou a falar e eu a cortei.

— Eu quero conhecer ela Ally, eu sei que ela é lésbica e que isso não é de Deus, sei que ela vem de uma família que adora o diabo, mas ela parece não ser assim. — Ally me olhou minuciosamente, e depois sorriu.

— Fala a verdade Camila, é só isso mesmo? — olhei pros meus pés e Ally me olhou como se dissesse “eu sabia”.

— Ela conhecia o padre, eu quero saber mais sobre. — Ally assentiu.

Depois disso comemos em silencio. Quando o sinal bateu, fomos pra sala e tivemos nossas ultimas aulas.

Após o sinal de saída, fui até a parte infantil da escola, que ficava depois do pátio do Ensino Médio e peguei Sofi. Fomos até o ponto de ônibus e esperamos o ônibus da escola, quando este chegou, entramos e nos sentamos nos primeiros bancos.

Ao chegar em casa, o almoço já estava pronto, eu e Sofi comemos junto com meus pais e depois eu subi com ela, ela tomou um banho, eu a ajudei a se vestir e arrumei a mesinha pra ela começar a fazer seus deveres. Meus pais saíram juntos.

Fui pro meu quarto e tomei um banho, vesti uma saia e uma camiseta de mangas, um salto não muito alto e fiz meus deveres, esperei Lauren e quando estava quase desistindo e achando que ela não viria, ela parou na porta da minha casa, eu havia dado o endereço pra ela na ultima aula.

Um problema apenas, ela estava de moto.

— Não vou subir nisso. — falei e ela arqueou a sobrancelha.

— Por que não? — perguntou confusa.

— É perigoso. — falei. — E eu tô de saia.

— Põe um short, e, não é perigoso se eu andar devagar. — falou fazendo gestos com as mãos e eu encarei o veiculo.

— A igreja não permite, e eu não tenho short. E você vai andar de vagar? — perguntei sorrindo e ela sorriu.

— Não. — meu sorriso murchou, mas mesmo assim, andei até ela e peguei o capacete, coloquei-o na minha cabeça e subi na moto, agarrei na cintura dela com um pouco de medo e ela sorriu. — Calma. — assenti.

Ela começou a dirigir e eu não vou mentir, a sensação era incrível, vento no rosto, cabelos voando, e o medo logo se transformou em adrenalina, o frio na barriga era bom e não mais assustador.

Eu me sentia quase livre enquanto ela passava pelas diferentes paisagens e eu via as arvores, e sentia o vento frio no rosto, um sorriso começou a se formar enquanto eu abraçava Lauren mais forte, não mais por medo, agora era um agradecimento.

Passamos por um lago e logo eu soube, o cemitério estava próximo, não demoramos à chegar, respirei fundo e desci da moto.

— É bom ou não? — Lauren perguntou com um sorriso de lado, ela sabia a resposta, e agora, eu também sabia.

— Sim, é incrível Lauren. — ela assentiu. — Eu não gosto desse lugar. — falei depois de colocar o capacete em cima da moto, abraçando meus braços enquanto andava por aquele lugar que apesar de ser todo em mármore e ser limpo, ainda assim era triste.

— Eu gosto, é um local de paz, assim como o hospital é um lugar de cura, as pessoas que distorcem as coisas. — Lauren falou olhando tudo e eu a encarei.

— Como pode pensar assim, ninguém da sua família nunca morreu? — perguntei meio indignada e Lauren sorriu.

— Muitos, mas ainda penso assim Camz, se me permite, eles tinham seus problemas, seus medos, eles passaram a vida toda lutando contra problemas, defeitos, e uma sociedade cruel. Mas se eles passaram uma vida lutando contra isso, por que tudo acabou tão rápido? Camila, lutamos contra nós mesmos por tempo demais pra uma queda, uma doença, um acidente, acabar com tudo, a paz que vem depois é um bônus. — fiquei calada, eu não tinha argumentos para aquilo.

Chegar no tumulo do Padre Dawnson demorou, mas fomos o caminho todo em silêncio, e aquilo não me incomodou.

— O que você era dele? — perguntei sem querer, olhando pro tumulo, agachada perto do mesmo.

— Sobrinha. Ele era irmão do meu pai. — devo dizer que caí literalmente para trás depois que ela disse isso.

— Como assim, o padre Dawnson ele era... — Lauren não me deixou completar.

— De uma família ateísta? Sim. Outra ovelha negra na família, igual a mim, mas ainda assim Camila, ninguém julgou o fato de ele escolher crer em Deus, assim como ninguém julgou a mim. E ele virou padre, mas eu não pretendo virar freira. — falou e depois olhou no fundo dos meus olhos. — Camila, ninguém decide o que somos e o que fazemos, é nossa escolha, é o que nós queremos, pensamos e fazemos, somos nós, a família criou você, mas não é ela que determina quem você é. — me calei e me levantei, limpei a saia e olhei pra Lauren.

— Nunca lhe vi na igreja. — falei e ela sorriu.

— Religião não é só ir a igreja Camila. É fé. E como acha que uma lésbica, de uma família ateísta seria recebida na igreja? Daniel me recebia, rezava comigo e me aconselhava porque era meu tio, Melissa igualmente, mas os outros, não viu seus pais ontem? Eu acredito em Deus, Camila, ele é minha religião, já a igreja? Não tenho tanta fé nela, dentro dela tem muitos erros, e o maior deles é dizer que não tem. — falou e eu a encarei com raiva.

— Está dizendo que a igreja não tem valor? Ela é a casa de Deus, ela... — Lauren me interrompeu.

— Camila, você sabe sobre seu pai, eu vi em seus olhos ontem, você sabe o que ele faz. — fechei as mãos em punho e senti meu rosto pegar fogo. — Quer dizer que o fato de ele ir a igreja o torna santo? Mais digno do que um homem eu vai naquela boate mas não à igreja? Camila, a igreja perdeu sua essência, os homens deturparam seu real sentido. — virei as costas pra ela e fui andando até a saída do cemitério, ela vinha atrás.


Notas Finais


Leia no Wattpad: http://www.wattpad.com/story/38108133
Playlist: *em breve*
Trailer: *em breve*
Twitter: @osdedosdadinah

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Kissus,
-Lena


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