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História Tales of a Flammable Love Story - Portgas D. Ace - Feridas Abertas


Escrita por: K1NGSL4YER

Notas do Autor


Oie, meus xuxuzinhos!💖🥰 Gente a fic tá com 152 favoritos! Mais uma vez, muito obrigada de verdade por todo o apoio e por todos os comentários maravilhosos! Eu fico eufórica toda vez que recebo notificação do Spirit!🥰

Dando uma pausa nas análises de acórdão pra postar esse capítulo que já tava escrito há um tempinho. Agradeço a @DoceteTabua pela betagem linda e por sofrer comigo enquanto eu falo das minhas fics kkkkkkk. As vezes fico até com dó pq encho muito o saco.

Bem, espero que gostem do capítulo de hoje! (Se alguém pegar a referência da história da Nyx, eu juro que caso).

Capítulo 27 - Feridas Abertas


Memórias de Nyx

— Ace! — Chamei pela terceira vez, seguindo-o escadaria acima.

— Me deixe em paz! — Ele respondeu, apressando o passo para chegar logo ao convés.

Ele subia os degraus em uma velocidade impressionante, e agradeci por ter decidido não usar meu uniforme de escriba, ou teria sido impossível alcançá-lo. E, apesar do seu pedido, continuei a segui-lo, estreitando os olhos para a luminosidade excessiva quando cheguei ao convés. Ace já estava se distanciando outra vez, rumando na direção de seu próprio navio a passos largos e precisei correr para conseguir me aproximar.

— Ace, por favor, pare com isso — pedi, em tom calmo, segurando seu pulso para fazê-lo interromper sua caminhada raivosa.

— Parar? — Ele se desvencilhou do meu toque com um puxão brusco, finalmente virando-se para me encarar de frente. — Você estragou a minha expedição!

Que drama.

Ace havia apresentado o planejamento de uma missão que se iniciaria no dia seguinte durante a reunião do Conselho de Frota, e eu, em meu cargo de Conselheira, havia apontado as falhas. Acontece que, no processo, acabei desenvolvendo um plano melhor e completamente diferente, visto que o de Ace era, na melhor das hipóteses, fadado ao fracasso. Obviamente, o velho e todos os nossos irmãos concordaram comigo, já que era a coisa mais sensata a se fazer. O problema foi que Ace não reagira muito bem a isso, amarrando a cara e saindo da sala batendo os pés ao final da reunião.

E aí se deu o início da minha prévia correria, na tentativa trazê-lo de volta à luz da razão.

— Estraguei? — Franzi as sobrancelhas. — Eu estava tentando ajudar!

— Isso é ridículo!

— Você é quem está sendo ridículo. Será que não pode parar de agir como uma criança mimada?

— Agora eu sou mimado?! — Ace semicerrou os olhos, como se estivesse ofendido.

— Você está tendo um chilique porque vai precisar seguir o plano que eu fiz, que por sinal é muito melhor que o seu — retruquei, sem alterar o tom. Se eu sequer demonstrasse que estava irritada (o que, convenhamos, estava longe de acontecer), poderia provocar uma reação pior da parte dele, e aí a discussão sairia do controle. — Então, sim, você está sendo mimado.

— Você só disse aquelas coisas porque não aceita que também tenho capacidade de bolar uma estratégia! Porque isso fere o seu ego frágil! — Ele cuspiu as últimas palavras.

— Não é o meu ego, Ace, é uma questão de lógica — disse, como se estivesse explicando algo muito simples a uma criança burra.

— Vá a merda com a lógica! — Ace gritou, aproximando o rosto do meu.

— Ace-yoi! — exclamou Marco, em tom de aviso, surgindo da escadaria que levava aos deques inferiores do navio.

— Não se meta! — Ace apontou um dedo na direção do irmão, o rosto contorcido na mais genuína expressão de raiva.

— Você está gritando — eu disse, o que atraiu a atenção dele outra vez.

— Não olhe pra mim assim! — Retrucou, sem baixar o tom de voz. — Eu gastei meses fazendo o planejamento dessa missão pra você simplesmente jogá-lo no lixo!

— Eu só fiz o meu papel como membro do Conselho, não brigue comigo se o velho decidiu acatar a minha decisão — tentei argumentar, ainda mantendo a postura calma, mesmo que ele estivesse estourando os meus tímpanos.

— Ah, é claro! — Ele revirou os olhos. — Porque agora tudo gira em torno de você!

— Quê? — Franzi o cenho em confusão. — Do que você está falando?

— Desde que você entrou para o Conselho, só você dita o certo! Ninguém mais tem autonomia! 

— A culpa não é minha se os meus conselhos são os mais sensatos!

— Ah, dá um tempo! — Ele exclamou, e percebi que suas mãos se fecharam em punhos. — Estou puto com essa porra! Você é sempre assim, andando de nariz empinado com essa calma psicótica, tentando mostrar que é superior graças ao seu Arquivo de merda e a sua inteligência anormal. Só que não adianta, Nyx, todo mundo sabe que você só fica se exibindo desse jeito para tentar disfarçar o fato de que você é a pessoa mais fraca dessa frota! 

Estaria mentindo se dissesse que não vi como sua expressão raivosa vacilou assim que as palavras saíram de sua boca. Mas também estaria mentindo se dissesse que essas mesmas palavras não me machucaram. Acho que ter um membro do corpo queimado até virar cinzas doeria menos.

É claro que ele pensava isso de mim. Afinal, era o óbvio. Nem sabia por que me sentia tão decepcionada.

Precisei de algum esforço para manter a expressão neutra, tomar um fôlego profundo e erguer o queixo. Não me rebaixaria ao nível dele, não o xingaria, o humilharia ou gritaria com ele. Não me daria ao trabalho de chorar, nem esboçaria qualquer reação. A melhor forma de retrucar uma ofensa é, muitas vezes, manter a calma e demonstrar que não se importa tanto assim.

— Já acabou? — Perguntei, no tom mais tranquilo que consegui, assumindo minha melhor postura de superioridade.

E, como eu havia previsto, a falta de qualquer reação explosiva vinda da minha parte apenas serviu para deixar Ace ainda mais furioso. Ele trincou o maxilar e bufou, dando-me as costas outra vez e rumando para seu navio, sem dirigir uma única palavra a mais ninguém. Acompanhei seus movimentos com o olhar até ele pular a amurada do Moby Dick e sumir, e pude ouvir o som da porta de sua sala batendo minutos depois.

Suspirei, sentindo um cansaço emocional desproporcional àquela situação. Na, verdade, desde que acordara naquele dia, me sentia estranhamente desanimada. Talvez fosse meu sexto sentido me alertando que algo ruim estava para acontecer. Uma pena que eu fora burra demais para reconhecer o aviso.

Thatch surgiu de algum lugar com a minha bolsa de couro, que aceitei e agradeci com gentileza, rumando para o quarto para guardar meus pertences e organizar os documentos. Feito isso, peguei o primeiro livro que achei jogado sobre a escrivaninha e desci para o convés outra vez, na intenção de subir ao poleiro e deixar que a história distraísse minha mente da briga e das palavras cruéis de Ace.

Até que deu certo, porque assim que me sentei no alto do mastro e botei os olhos sobre as páginas, fiquei completamente absorta na narrativa. Não sei quanto tempo passei concentrada na leitura até que um clarão azul chamasse a minha atenção pelo canto dos olhos. Quando voltei o olhar na direção da luz, encontrei Marco sentado ao meu lado, me encarando com sua expressão sonolenta.

— Hey — foi a sua saudação.

— Oi — abri um sorrisinho torto, fechando o livro e apoiando-o no colo.

— "O Príncipe dos Espinhos" — leu o título em voz alta. — Parece interessante. Do que se trata-yoi?

— Basicamente, é sobre um príncipe que, depois de testemunhar o assassinato brutal da mãe e do irmão, acaba se tornando um psicopata, e ele vai atrás de vingança e poder sem medir esforços para conseguir o que quer. É uma criança de quatorze anos cometendo crimes hediondos de guerra. Mas é muito interessante ver como a cabeça dele funciona, ele simplesmente não tem escrúpulos — eu disse, baixando o olhar para o tomo de capa vermelha em meu colo.

— Isso é meio mórbido — Marco fez uma expressão perturbada. — Não sabia que você gostava desse tipo de coisa-yoi. Sempre achei que sua praia fossem cavaleiros, magos e essas paradas assim.

— É que esse livro também tem todas essas coisas — encolhi os ombros.

— Faz sentido-yoi — ele acenou com a cabeça, e ficamos em silêncio por um breve momento, encarando o oceano. — Mas e aí, como está se sentindo?

Eu sabia que ele queria me perguntar aquilo desde o início, e, a julgar por seu olhar atento esquadrinhando meu rosto, soube que não valeria a pena me fazer de sonsa, então decidi dizer a verdade.

— Não sei.

Realmente, não fazia a menor ideia de como me sentir em relação à briga. Ao mesmo tempo em que estava profundamente magoada pelas palavras de Ace, sentia como se ele apenas tivesse dito algo que eu já sabia. Não entendia por que me sentia tão deprimida em relação àquilo.

— Não se sinta mal, Nyx — disse Marco, em tom suave. — Logo ele vai perceber que foi um pau no cu e pedir desculpas. 

— É que, na verdade, não me vejo no direito de ficar magoada pelo que ele disse porque sei que era verdade — tentei explicar, sem realmente sentir vontade de continuar aquela conversa.

A expressão de Marco vacilou, e ele me encarou com ar descrente.

— Você não pode estar falando sério-yoi.

— Mas estou — dei de ombros.

— Nyx, o Ace não pensa aquilo de você, foi só da boca pra fora...

— Não me refiro ao que ele pensa de mim, mas o que ele disse de fato — o interrompi, tentando esclarecer melhor o que havia dito. — Eu sei que sou a pessoa mais fraca da frota. E não é a primeira vez que me dizem que não nasci para ser forte.

— Como assim-yoi? — Meu irmão franziu as sobrancelhas, e senti, pelo tom de sua voz, que ele estava realmente incrédulo com as minhas afirmações.

— Meu pai já me dizia que eu era uma aprendiz fadada ao fracasso, que não nasci para ser espadachim. Na verdade, foi a última coisa que ele me disse antes de me deixar — mais uma vez, expliquei em poucas palavras a minha relação conturbada com Mihawk, sem conseguir controlar o tom amargo da voz. — Por isso, não me vejo no direito de ficar chateada com Ace. Eu sei que é verdade. Sou fraca e um fracasso com a espada.

Marco passou algum tempo me encarando em silêncio, a expressão confusa e seus olhos alternando entre os meus rapidamente.

— Me desculpe, mas estou começando a questionar a sua inteligência.

— Marco, não tente me dizer o contrário, você só vai se frustrar — retruquei, em um suspiro cansado. Achei que estar a bordo do Moby Dick me livraria desse assunto melancólico, mas aparentemente estava errada.

— Ah, por favor! Eu te vi cortar um navio inteiro ao meio! Ao. Meio. E sabe quem foi a única outra pessoa que vi fazer isso-yoi? O seu pai, que por sinal é o melhor espadachim do mundo — Marco disse, em tom firme, cutucando a ponta do meu nariz com o dedo ao dizer "seu pai". — Até o Vista ficou morrendo de ciúmes quando ficou sabendo o que você fez-yoi. Então pode ir parando com esse papinho, mocinha. Você é muito forte, sim.

Assim como Ace fizera, alguns meses antes, naquele mesmo lugar, as palavras de Marco me deixaram um pouco mais feliz. Passava tanto tempo remoendo minhas falhas que às vezes até esquecia dos meus grandes feitos. É verdade, eu havia cortado um navio ao meio, ainda que fosse de pequeno porte. E, quando o fizera, a euforia fora tanta que quase tive um colapso. Mesmo que acreditasse que havia sido sorte, sentia que merecia algum crédito, afinal, até a sorte tem limites.

Pensar nisso fez com que um sorriso minúsculo começasse a despontar em meus lábios. Eu podia não acreditar inteiramente nas palavras de Marco, mas sentia que ele estava sendo sincero, e isso significava muito para mim. Eu não queria ser admirada por multidões, sequer me achava digna disso, mas ter o meu esforço reconhecido pelas pessoas à minha volta era muito mais que gratificante. Até fazia com que eu me sentisse suficiente por alguns instantes.

— Bem, obrigada — eu disse, lhe lançando um sorriso tímido, porém sincero.

— De nada-yoi — meu irmão sorriu de volta, bagunçando meus cabelos com uma mão. — Estarei aqui quando precisar de alguém para te lembrar dessas coisas. Pode contar comigo sempre, Aguiazinha.

Franzi as sobrancelhas para meu novo apelido.

— Aguiazinha?

Ele apenas deu de ombros.

— Falcões estão meio fora de moda, e águias também tem olhos legais-yoi.

Senti o sorriso se alargar no meu rosto quando Marco me encarou pelo canto dos olhos, com um sorrisinho torto em seus lábios. Mais do que grata por suas palavras gentis, fiquei muito feliz em saber que ele tinha esse tipo de sensibilidade. Acho que de todos os apelidos que já recebera na vida, aquele foi o que mais gostei.

Uma risada escapou da minha garganta, genuína demais para que eu pudesse segurá-la, e senti meu humor melhorar de forma surpreendente. Com um último olhar na direção de meu irmão, disse, em um tom alegre:

— Acho que você tem razão.

❤️

Passei o resto da tarde lendo, ou, pelo menos, tentando. Frequentemente, me distraía com o meu marcador de páginas, ficava o encarando até notar que estava divagando e retomar a leitura, apenas para me distrair de novo minutos depois, em um ciclo infinito. O marcador em questão era uma foto meio amassada da minha mãe me segurando no colo, sorrindo como quem encontrou o próprio One Piece, enquanto a minha versão de três anos gargalhava. Demorou um tempo razoável para que eu finalmente me tocasse do porquê aquela foto ficava atraindo minha atenção.

Estávamos exatamente na metade de julho.

Quando me toquei da data, fui inundada pelas lembranças mais ternas e antigas da minha infância. A voz de minha mãe passou a dominar meus pensamentos, com suas canções tranquilas e seus ensinamentos valiosos. As imagens de quando comprávamos doces e comíamos tudo escondido de minhas tias, de quando ela cuidava dos meus machucados ou me levava ao teatro me fizeram sorrir inúmeras vezes durante o dia.

No decorrer da tarde, me vi completamente distraída, presa à um estado saudoso, em que as memórias de minha mãe iam e vinham pela minha mente. E, talvez por conta do sentimento que elas me provocavam, comecei a me sentir estranhamente sensível, de forma que acabei remoendo a briga com Ace por um longo tempo.

Ainda não sabia ao certo como me sentir em relação às suas palavras. Parte de mim estava em pedaços por ele ter sido tão cruel, por sequer ter hesitado antes de dizer aquelas coisas. E a outra estava carente, ansiando para que ele me dirigisse qualquer pedido de desculpas apenas para que voltássemos a nos falar, para que eu pudesse contar a ele sobre minha mãe e todas as coisas lindas que vivenciamos juntas.

Durante o jantar, Ace se sentou ao meu lado, como de costume, e, embora eu tenha me sentindo retraída pelo silêncio que tomou a mesa, acabei me deixando levar pelas memórias de Gaia outra vez. E quando começaram a me questionar sobre a história do dia, eu soube exatamente qual seria. "A Tripulação da Meia-Noite", a preferida de minha mãe. Por isso, pedi para que todos me acompanhassem ao convés para que eu pudesse contar a história de Jack Noir e seus companheiros atrapalhados. Sentei-me em um canto afastado, de frente para meus irmãos e para o pai, e me pus falar, rapidamente carregando todos para dentro do universo em que vivia Peregrine Medicant, a arqui-inimiga do nosso nem tão amado protagonista. Eu mesma estava me divertindo com a história, me segurando para não rir ao entoar as vozes dos personagens.

Até que, mais ou menos na metade da história, comecei a sentir uma pontada estranha no peito, que só foi crescendo mais e mais conforme eu continuava. Em determinado momento, a dor era tão intensa que me senti sendo arrancada aos tropeços da história, como se subitamente fosse trazida de volta à realidade. Não estava mais vendo Jack Noir ter um surto de ódio por causa de um chapéu, mas sim encarando o céu estrelado. E foi assim que percebi que não era a minha própria voz que narrava a história em minha cabeça, mas sim a de mamãe.

Subitamente, senti a voz morrer na garganta. Lágrimas começaram a brotar e escorrer dos meus olhos e pontada estranha em meu peito se transformou em uma dor familiar, oca e pulsante, que torcia meu coração e fazia com que fosse impossível segurar os soluços. Fui tomada por uma saudade tão absurda que achei que nunca mais sentiria qualquer outro sentimento na vida.

Meus irmãos se tornaram inquietos com meu choro, completamente incapazes de esboçar qualquer reação. Eu não os julgava. Não fazia muito tempo eu estava me segurando para não rir.

Em uma tentativa miserável de me acalmar, tentei inspirar fundo, mas tudo o que consegui fazer fungar algumas vezes e trincar os dentes.

— Desculpem, meninos, eu estou um pouco sensível — pude dizer, com a voz embargada. — É que a minha mãe costumava me contar essa história e... hoje faz quatorze anos que ela se foi.

Quatorze anos. Já fazia todo esse tempo que eu não ouvia a voz da minha mãe de verdade, somente os ecos fantasmas de suas canções em minha memória.

Quatorze anos que Gaia fora enterrada à sete palmos sob a terra, rodeada pelas únicas pessoas que realmente se importaram com ela em vida e sua filha de seis anos. Ninguém sentiu sua falta na cidade, era só mais uma puta indo para a vala, e nem mesmo eu dei muita importância para a sua morte. Naquela época, para mim, ela finalmente havia descansado da doença chata e insistente, e isso era o bastante. Não lamentei sua morte por anos, até que eu tivesse idade o suficiente para entender o que significava sentir saudade. E o quanto ela era dolorosa.

Outra vez, senti como se algo estivesse torcendo o meu coração, e aquilo foi tão angustiante que levei a mão ao peito e agarrei o tecido da camisa, na esperança de que isso me trouxesse algum alívio. Não trouxe.

— Às vezes... — tentei dizer novamente. — Às vezes eu só queria que tivéssemos passado mais tempo juntas.

Os meninos permaneceram em silêncio, me encarando com expressões de pena, talvez empatia, mas ninguém disse ou fez nada para tentar me consolar. Eu sabia que parecia patética, chorando por algo que já havia superado há muito tempo, mas não conseguia me controlar. Mesmo com todos aqueles olhos estranhos sobre mim, a única coisa que consegui fazer foi soluçar.

Não que me importasse com seus olhares perdidos. Sabia que eles não me compreendiam. Acho que nunca entenderiam. Jamais saberiam como era doloroso lembrar de absolutamente tudo e ao mesmo tempo isso ser tão pouco.

Eventualmente, consegui me recompor e terminar a história. Dessa vez a voz de minha mãe não me guiava pela narrativa em minha cabeça, e isso apenas fez com que o vazio em meu peito crescesse ainda mais.



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