História Teias do Infinito - Capítulo 2

No horizonte, uma grande quantidade de nuvens se formava. Acredito que, mesmo parecendo incomum, ninguém as notou. Pequenos relâmpagos anunciavam a chegada de uma tempestade, mas essa era diferente de todas as outras. O tempo é relativo aqui e lá. Nunca sabemos onde estamos ou quando estamos.
Oliver acaba de chegar na pequena cidade do interior. Havia alugado um quarto em um apartamento. Era jovem e iria morar com pessoas jovens. Na sua cabeça, tudo daria certo. A proposta de estágio na prefeitura o animou a sair de sua cidade natal. A tempestade que se aproximava era diferente de todas já vistas, mas ela se aproximou lentamente da cidade, dando seus prenúncios de chegada aos poucos.
O jovem rapaz se arrumou no quarto e passou o resto do dia se preparando para seu primeiro dia de trabalho. Tinham outras três pessoas no apartamento. Acho que eles tinham nomes. Digo, é óbvio que eles tinham nomes, só não consigo lembrar. Tenho que me concentrar. A morte do Alan talvez não fosse necessária. Talvez tivesse uma forma de salvá-lo, algo que poderia ter mudado a ordem com que as coisas aconteceram. MERDA, lembro dele estar passando por dificuldades, depressão, acho que foi isso. Merry era a forma de equilibrar a balança, mas pesou muito. Por isso, algo tinha que acontecer. Talvez eu possa mudar como as coisas acontecem, talvez seja possível mudar a balança mais uma vez… foco.
Oliver começou seu estágio na prefeitura ao mesmo tempo em que se envolvia com uma das colegas que dividiram com ele o apartamento. Era para ser apenas algo casual, sexo sem compromisso, o que os levou mais tarde a ter um relacionamento sério. Eles eram felizes juntos. O que acontece é que, no trabalho, Oliver conheceu um velho “maluco”. Ele dizia que uma grande tempestade se aproximava e que não restaria nada quando ela chegasse. Ninguém acreditava nele. Era só um velho que achava que era cientista. Um dia ele sumiu, simplesmente desapareceu, deixando todas as suas pesquisas para Oliver em uma pasta velha. Havia diversos cálculos e amostras que o velho havia coletado sobre a tempestade, mas mesmo assim, Oliver não acreditou.
No sétimo dia em que estava morando na cidade, o rapaz saiu para ir ao trabalho. Uma pequena garoa. No caminho, Oliver sentiu que havia algo errado. Seu celular estava sem sinal. O céu estava escuro, mas ao mesmo tempo, clarões aconteciam de tempos em tempos. Foi quando ele sentiu o chão tremer. Sem perder tempo, pegou um táxi que havia parado na beira da rua e pediu para ir para casa. No caminho, a neblina que havia se formado dificultava a visão, o que ocasionou um acidente. Alguém foi atropelado. A batida foi extremamente violenta, jogando o corpo para longe. Alan? Isso não era para acontecer. O chão tremeu novamente, e uma grande cratera se formou, partindo a rua ao meio, seguido de uma grande sequência de acidentes. Carros caíram na cratera, prédios começaram a cair, as pessoas entraram em pânico à medida em que a tempestade ficava mais forte. Oliver saiu do carro e correu pelas ruas em caos da cidade até chegar em seu apartamento. Ele encontrou sua namorada em pânico, mostrando as últimas imagens que havia encontrado na internet: terremotos, erupções, tsunamis. O mundo estava em caos. Acreditando que aquele lugar não era seguro, Oliver, junto com sua namorada, saíram do prédio onde foram surpreendidos por um grande tsunami vindo em sua direção. Em pânico, eles buscaram o topo do seu prédio como abrigo. Eles sobreviveram.
Passaram alguns dias, e a água finalmente havia baixado. Então, os dois saíram em busca de ajuda, o que os levou às ruas da cidade que estavam totalmente destruídas. Era possível ver corpos no chão. Muitas pessoas estavam mortas, mas eles estavam vivos.