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História Teias do Infinito - Capítulo 3


Escrita por: O_Escritor_1

Capítulo 3 - Capítulo 3



A tempestade era o fim dos tempos; era o que conectava os mundos, todos eles, os universos. A tempestade se formava em cada um deles; era algo que não podia ser impedido por mim. Não consigo, de maneira alguma, tirá-la das histórias; de alguma forma, ela sempre retorna e volta a aparecer.
Eu preciso me lembrar dos nomes; preciso manter o foco, caso contrário, tudo sai do controle. Qual o motivo pelo qual devo escrever? Sobre o quê? Qual a real razão de estar aqui, com essas sombras, vendo esses milhares de rostos? São tantas pessoas, tantos nomes. O que determina se um é importante e os outros não? Quem era o cara do revólver ou era uma pistola? Qual a diferença? O resultado é o mesmo.
Em um cassino pequeno de uma cidade qualquer — na verdade, não era tão pequeno, mas era ilegal — reunia muitos jogadores, todos querendo ter a sorte de tirar algum lucro do seu vício desenfreado pelos jogos de azar. Na mesa de poker, estava um rapaz, cabelo bem cortado, baixo nas laterais e grande na frente, bem vestido, um terno e uma gravata. Havia apostado pouco aquela noite e perdido tudo. O tempo passou, e Sofia, a moça que servia as bebidas, lhe alcançou mais uma taça de vinho. Era a quinta vez que o rapaz perdia no jogo, mas seguia lá rindo com os demais.
“Você não é um cara de sorte, né?” Falava um gordo, enquanto gargalhava e enfiava um grande pedaço de frango na boca, tudo ao mesmo tempo.
“Fazer o que? Às vezes, estamos com sorte para outras coisas.”
Já estava tarde, e o turno de Sofia havia acabado. Estava na hora de ir embora e ter seu tão merecido descanso. Passar horas servindo pessoas e recebendo flertes se tornava cansativo. Ela, como de costume, pegou suas coisas e saiu pela porta dos fundos, seguindo seu caminho pela rua deserta. Como eu já havia dito, estava tarde; não havia muitas pessoas nas ruas. Pra ser sincero, era possível ver um carro cruzar de vez em quando. A questão é que ela estava sendo seguida desde que saiu do cassino.
Chegando em uma rua totalmente escura, ela se guiava pela pouca luz que havia dos postes, tendo o azar de, no último, ele apagou totalmente, deixando-a na completa escuridão. Foi quando algo tocou seu ombro. Ela gritou e virou rapidamente. Era o mesmo rapaz que estava perdendo no cassino.


“Oi, desculpa, eu não queria assustar você.” O rapaz riu e pôs as mãos pra cima, ligando a lanterna do celular.


“Você quase me matou de susto.” Sofia pôs a mão no peito e respirou fundo.


“Foi mal, eu devia ter me apresentado antes. É que essa rua tá bem escura, e não é um lugar muito legal de se andar no escuro.” O rapaz estendeu a mão para cumprimentá-la. “Sou Rick.”


“Sofia.” A mulher apertou a mão do rapaz.


Rick se ofereceu para acompanhá-la até onde pudesse, pois, segundo ele, havia um ônibus tarde da noite para a cidade vizinha da qual ele morava. Sem ter muitas opções e não gostando da ideia de andar sozinha, ela concordou. Os dois seguiram o caminho, conversando sobre seus trabalhos, sendo mais específico o trabalho de Sofia, já que Rick parecia com medo de contar qualquer coisa que envolvesse sua vida. Ele evita qualquer questão. Chegando em frente a um beco onde Rick jurou que passaria o ônibus a qualquer momento, Sofia se despediu e seguiu seu caminho pelas ruas desertas. Foi quando percebeu alguém se aproximando. Ao se virar, ela se deparou novamente com o rapaz.


“Eu perdi meu ônibus, acredita?”


“E agora?” Ela perguntou, já desconfiada. Estavam na parte mais afastada do centro.


“Eu vou amarrar meus tênis e já te digo.” Ele riu e, então, se abaixou. “Eu estava pensando em ficar naquele hotel em que passamos hoje mais cedo, lembra dele?”


“Lembro sim.”


Um carro cruzou em alta velocidade e buzinou, chamando a atenção de Sofia, que desviou o olhar por um instante enquanto via o carro sumir. Rick levantou e lhe deu uma facada na barriga. A mulher tentou gritar, mas a essa altura sua boca já estava tapada pelas mãos do rapaz que, sem perder tempo, cortou sua garganta. Sofia caiu no chão, perdendo sangue. Rick passou a mão no rosto e olhou para as estrelas; era uma noite tão bela.
Rick comia um sanduíche na lanchonete da Lora como seu café da manhã. Era algo que já havia virado rotina. Enquanto tomava uma xícara de café extra forte, sentado no balcão, ele e os demais olhavam as notícias que passavam na televisão. Uma delas chamou a atenção de todos, pois era sobre um assassinato que havia ocorrido na noite passada.


“Meu deus, onde esse mundo vai parar?” Lora, a dona da lanchonete, falou triste com a notícia.


“Ei, foi aqui na nossa cidade vizinha? Não? Tô errado?” Rick falou enquanto terminava o café.


“O mundo está cada vez mais perigoso, Joe.” Lora entregou outro sanduíche para viagem em cima da mesa. “Não vai esquecer o segundo.”


“Valeu, Lora.” Rick pegou o pacote e saiu dando pequenos saltos de alegria, mas ele usava um novo nome ali? Seu nome não era Rick? Era Joe? Por que?
 



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