1. Spirit Fanfics >
  2. Tempestade >
  3. Nevada - parte IV

História Tempestade - Nevada - parte IV


Escrita por: F_kk

Notas do Autor


Quem estava com saudades?

Vamos a última parte de Nevada!

Capítulo 43 - Nevada - parte IV


Fanfic / Fanfiction Tempestade - Nevada - parte IV

Acordei com os raios de sol atingindo em cheio o meu rosto. Lilly ainda dormia calmamente em meus braços e eu nunca me senti tão bem ao acordar! A toalha ainda estava ao redor do meu corpo, mas estava frouxa, um movimento e eu ficaria nu. Tentei me levantar sem acordá-la, mas foi impossível. Ela se mexeu sobre mim e bocejou.

 

- Bom dia, meu amor! – acariciei seu rosto.

 

- Bom dia! – se espreguiçou, livrando-se das cobertas. – eu não acredito que dormi com você! – falou espantada ao constatar que estava em minha cama.

 

- E foi a melhor noite da minha vida! – sorri, dando-lhe um beijo na testa. Ela sorriu sem graça.

 

- Papai e mamãe sabem? – estava preocupada.

 

- Sabem! Seu pai tranquilizou sua mãe, que estava um tanto quanto chateada comigo, fazendo um escândalo na porta do meu quarto! – falei serenamente.

 

- Ah, droga! Vou ouvir a maior bronca! – senti suas mãos começarem a tremer e sua respiração ficar descontrolada enquanto seus batimentos cardíacos aceleravam. A abracei.

 

- Calma! Eu estou com você! Passarei por cima de tudo e de todos pra ficar ao seu lado, mas acho que sua mãe já entendeu que eu te amo e não farei nada pra magoá-la! – senti ela se acalmar aos poucos em meus braços.

 

- Preciso levantar! Não quero que você fique me olhando toda descabelada! – falou forçando um riso.

 

- Você está linda! – afastei uma mecha de seu cabelo que estava caída sobre sua face. Ela sorriu com o carinho e se levantou. Mas eu não a deixei ir. A segurei pela mão e a puxei delicadamente para o meu colo. Se eu me levantasse, a toalha cairia e surgiria uma situação constrangedora com certeza.

 

- Você não vai sair desse quarto enquanto não me der um beijo! – falei com um sorriso malicioso nos lábios.

 

- Você está me desafiando!?- ela também tinha um sorriso malicioso.

 

- Não! É uma constatação! – aproximei nossas faces e ela retribuiu meu movimento, colando nossas bocas e iniciando um beijo longo, gostoso e que me deixava extasiado!

 

- Eu tenho que ir! – afastou nossos lábios e saiu do meu colo, indo em direção à porta. Me jogou um beijo antes de sair.

 

Eu não me lembro de ter estado tão feliz em toda a minha vida! Ela havia me curado, me resgatado daquele mar de dor e sofrimento em que eu estava por gostar da Meg, aliás, eu mal me lembrava dela, só pensava em Lilly. E agora era a minha vez! Eu precisava ajudá-la a superar esses problemas de saúde que a atormentavam, eu precisava fazê-la feliz e tê-la pra mim!

 

Mas nesse instante precisava me vestir e encarar a tia Joy, que deveria estar uma fera!

 

Me arrumei e desci. Todos estavam à mesa, menos Lilly. Eu dei bom dia, mas tia Joy fez de conta que não ouviu.

 

- Como minha filha dormiu? Ela não teve outra crise, teve? – tio Sebastian parecia agoniado.

 

- Bem, ela quase teve outra crise agora a pouco, quando eu falei que vocês sabiam que ela dormiu comigo, mas eu a acalmei! – falei despretensiosamente, não fiz nada demais, não tinha nada a esconder.

 

- Posso dormir com você quando eu estiver com medo dos raios em noite de chuva, Jhow? – Rob perguntou inocente.

 

- Pode sim! Sempre que quiser! – sorri enquanto passava a mão na sua cabeça, bagunçando todo o seu cabelo.

 

- Bom dia, família! – Lilly chegou, toda sorridente. Todos responderam.

 

- E você, filha, como está? – meu tio perguntou.

 

- Estou bem, papai! – sua felicidade era nítida.

 

Tio Sebastian me deu o dia de folga. Pediu para que eu ficasse cuidando de Lilly, já que Rob tinha aula o dia todo hoje e minha tia precisava trabalhar os dois turnos. Indiretamente, ele estava querendo dizer que tinha medo de deixar a filha sozinha novamente. Claro que fiquei feliz, mas senti que minha tia não gostou nada disso... ela achava que Lilly já podia voltar pra escola, embora o médico pedisse pra ela ficar descansando por dois dias.

 

Passamos o dia no sofá, entre uma série e outra, entre beijos e carinhos, entre sorrisos e gargalhadas! Ah, como era bom ficar junto com ela como se mais nada existisse, mais nada importasse.

 

No dia seguinte, a levei para a escola de moto e prometi buscá-la e assim foi pelos próximos dias. Lilly estava voltando a ser aquela garota alegre e sorridente que eu vi crescer em La Push, suas crises diminuíram, e as poucas que ocorreram geralmente aconteciam a noite, depois de algum pesadelo em que eu me afastava dela e ela sempre se acalmava em meus braços, dormindo em minha cama, quando me acordava em meio ao sono ou dormindo eu no quarto dela, quando eu ainda estava acordado e a sentia se agitar.

 

Na escola, teve três crises depois que começamos a ficar juntos e todas as vezes que a escola ligou para minha tia ir buscá-la, ela pedia para eu ir. Embora não gostasse do nosso relacionamento, percebeu que sua filha estava cada dia melhor comigo ao lado dela e que suas crises só terminavam em meus braços.

 

Como eu aparecia todos os dias na entrada e na saída da escola, fui ficando até que popular! Sempre conseguia ouvir comentários baixinhos sobre mim vindos das outras estudantes, mas eu ignorava e não contava para Lilly... vai que ela fica com ciúmes e isso a faz ter outras crises. Melhor manter meus sentidos lupinos fingindo não prestar atenção a esse tipo de coisas.

 

Resolvi a pedir em namoro uma semana depois do nosso primeiro beijo naquele hospital e pedi ajuda ao tio Sebastian. Ninguém melhor que ele para me dizer o que Lilly mais gostava e a resposta foi “chocolate”. Maravilha! Organizei tudo. Fiz uma reserva em um café que ficava próximo à oficina do meu tio. Combinei tudo com a recepcionista para aquela noite. Sai mais cedo do trabalho e fui pra casa fazer uma surpresa e a convidei para sair. Claro que ela aceitou. Minha tia ignorou, fez que não viu e nem ouviu nada.

 

Às 19 hs chegamos ao café e deixei que ela escolhesse o que preferisse no cardápio. Lá serviam umas taças gigantes com chocolate e tudo mais que tivesse direito. Ela escolheu uma taça de chocolate ao leite, com creme de leite ninho e Nutella. Nada mais saudável, brinquei. E quando o doce chegou, vi os seus olhos brilharem ao verem o que estava escrito na bandeja que trazia a taça. “Namora comigo?” em letras garrafais. Seu sorriso enfeitou o rosto.

 

- E então, qual a resposta? – perguntei, ansioso.

 

- Claro que sim! – respondeu se levantando e indo me abraçar. Saiu tudo como planejado. Agora eu podia chamá-la de minha namorada.

 

Tudo estava indo bem, se não fosse meu corpo dando sinais que queria libertar meu lobo interno. Droga, droga, droga!

 

Depois de um mês em Nevada e sem me transformar, comecei a sentir uma tremedeira, minha temperatura subiu e eu fiquei irritado. Meu tio percebeu e dispensou seus funcionários mais cedo. Já eram umas 17 hs. Afastamos os moveis e máquinas para os cantos e deixamos um espaço livre, onde pude me transformar.

 

Fiquei por umas duas horas assim, mas ainda não era suficiente. Eu estava preso, não podia correr, nem fazer nada ali. Eu era um lobo a pouco tempo e meus instintos me obrigavam a me transformar... eu não conseguiria abandonar essa forma lupina tão cedo.

 

Na semana seguinte, senti os mesmos sintomas novamente, mas dessa vez meu tio me levou até uma reserva florestal que tinha na cidade vizinha e lá eu pude ser quem eu era de verdade. Tio Sebastian me observava de longe.

 

- Você não pode ficar aqui! Não pode segurar seu lobo e nem arriscar que alguém da cidade o veja assim... Você precisa voltar pra La Push! – Me disse assim que eu voltei a forma humana.

 

- Eu não posso fazer isso, eu não posso deixar Lilly pra trás! Não conseguirei me afastar dela! – tinha sofrimento em minha voz...

 

- Não estou falando em deixar Lilly pra trás, estou falando em vocês dois irem para a reserva! Jhonatan, eu sei que minha filha só será feliz ao seu lado e ela nunca quis sair da reserva! Ela não foi mais lá por que não aguentaria ter que sair de lá novamente... Eu até acho que em parte essa depressão que minha filha teve foi por que ela foi obrigada a sair de lá... – vi sofrimento nos olhos do meu tio.

 

- E você acha que tia Joy irá permitir? – isso era algo que me angustiava... parecia que minha tia nunca ficaria feliz por nós dois.

 

- Eu falarei com ela, não se preocupe! A vovó Mary irá ficar feliz de ter sua netinha de volta. Ela sempre diz que quando quisermos, podemos mandar Lilly morar com ela... – falou com um sorriso de canto.

 

Antes de falarmos com Lilly, meu tio quis conversar com tia Joy e ela ficou enfurecida, mas não havia alternativa melhor, era  a felicidade de Lilly que estava em jogo e no fundo, ela sabia que se eu me afastasse, o pior poderia acontecer com  a filha. Cedeu. Lilly adorou a ideia e a vovó Mary, mãe da tia Joyce, mais ainda.

 

Tudo pronto, partimos para a reserva de moto mesmo. Uma semana depois, meus tios iriam nos fazer uma visita e levar o restante das coisas da Lilly.

 

Eu tinha certeza que esta era a melhor escolha. Eu e ela seríamos muito felizes em La Push.

  


Notas Finais


O que acharam do capítulo? Valeu a pena?

E o que será que vai acontecer agora em La Push com esse novo casal?

Comentem! 😉


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...