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História Ter você - 6- Cobaia, e mentira..


Escrita por: samis_dono

Notas do Autor


Oeee minna.
Bundias pro'cês
Mais um capítulo, com muito amorzinho
^^

Capítulo 6 - 6- Cobaia, e mentira..


Fanfic / Fanfiction Ter você - 6- Cobaia, e mentira..

Acordo as seis e quinze. Meus olhos estão pesados pela noite de ontem. As meninas dormem pesadamente, mas toco nos pés delas, fazendo cócegas. Blue levanta e vai ao banheiro, enquanto Pink se espreguiça. 

- O que foi isso? - pergunto pela mancha roxa em seu pescoço. 

- Ah, foi uma noite agradável. Perdi a virgindade com Caio. 

- Seu namorado? - ela confirma, com um sorriso. - Se fez isso, é por que o ama. 

- Na verdade ele tinha me insistido bastante. Mas foi gostoso mesmo assim. 

Sinto um frio na barriga. Normalmente não se faz isso sem certeza, ainda mais com a insistência de alguém. 

Pink vai ao banheiro assim que Blue sai. Ela deixa a toalha cair e se troca na minha frente sem pudor. 

- Você se preocupa com a segurança de Pink? - pergunto, virando o rosto. 

- Sim, muito. Por que? 

- Ela perdeu a virgindade com o namorado. 

- Caio - ela diz seu nome, quase sussurrando. - Nunca gostei de seu tipinho. Já aconselhei ela inúmeras vezes, estou aqui um ano a mais que ela e sei bem como ele age. Mas ela preferiu assim, então faça o seguinte: não toque no assunto. Deixe que ela tome seu rumo. 

Ela veste calça jeans escura e uma camisa social branca com flores vermelhas, e calça um saltinho preto. Tomo meu banho e quando saio, estamos devidamente arrumadas. Coloco uma bermuda rasgada nas pernas e uma blusa caída no ombro preta e branca, com all star branco. Vamos ao refeitório e, Pink de vestido e sapatilha vai correndo pro Caio, que malmente te dá atenção. Ficamos conversando até que o sinal toca.  

Me direciono pra sala, e logo os futuros psicólogos entram. Andrew entra com uma calça cinza e uma camiseta branca, quase com ar inofensivo, se não fosse o lápis de olho marcante. Senta nos fundos mas antes passa por mim, tocando em meu ombro desnudo, puxando a alça do sutiã. Olho pra trás e ele me solta um beijo. Retribuo o carinho com o dedo no meio. Logo o professor entra. 

- Olá queridos. Me chamo Breno Walter, mas podem me chamar de BW. Venho lhe proporcionar um mundo psíquico para vocês entenderem melhor. Para iniciar, gostaria de que todos aqueles que começaram este ano viessem até aqui e se apresentassem. 

Ele era um homem alegre, aparentava ter trinta e quatro anos, olhos escuros atrás de óculos de grau e cabelos morenos levemente bagunçados. Três garotos e duas garotas, contando comigo, foram pra frente da turma. Cordialmente apresentados, o professor nos manda sentar, com o olhar direcionado pra mim. Ele distribui os livros e começa a aula sobre o mundo psicólogico. Depois de algumas teorias, ele separa duplas para analisar um trabalho apresentado. 

- Deisy, faz com Ravenna. Lúcio, vai com Louise, Ângela, com Andrew. 

- Hey, tábua - grita o dragqueen. - Venha. 

Vou ao seu lado e me sento com má vontade. Ele entrega o papel pra mim. 

- Faça e receberá um presentinho. 

- Me obrigue, baby. 

- Vamos docinho - ele olha pra mim. - Faça algo que preste.  

Bufo de raiva e pego o papel, respondendo as perguntas facilmente. A última seria uma escolha dupla: se escolhemos fazer um teste fora da escola, ajudando alguém na área psicológica ( óbvio! ), ou ajudando um membro da dupla com algum problema. Não sei por que, coloquei a última e, como candidato a pesquisa, pus o Andrew. 

O professor recolheu, analisando meu papel e falando: 

- Caligrafia impecável. 

Fico ruborizada, e Andrew apenas bufa ao meu lado, com desdém. 

- Está com ciúmes, docinho? - digo, próximo ao seu ouvido, e sinto ele se arrepiar. 

- De você? Não pira. 

O professor vai comentando o desempenho de cada dupla, até que chega a minha. 

- É espantoso. Parece que só essa dupla ficará permanentemente na classe durante a pesquisa. E Andrew, é notável sua dedicação, se oferecendo como cobaia. 

Dou risada, e ele me fuzila com os olhos. Sabe que não pode me tocar. O sinal toca para o segundo período. Andrew passa por mim e sussurra em meu ouvido: 

- Faça valer a pena essa pesquisa. 

Dou risada. Se ele pensa que conseguirá algo com essa voz encantadora, esse sorriso lindo e esse jeito de marrento, está certo. Foco, foco... 

Para os alunos que fazia uma só faculdade, podíamos escolher algo pra fazer no tempo livre. Tinha uma sala no segundo andar que servia como um ateliê. Era enorme e tinha vários espaços reservados pra cada coisa. Já tinha mais ou menos quinze pessoas na sala, então optei por fazer desenho hoje. Lembro que costumava desenhar com catorze anos. Depois de horas concentrada, vejo que fiz um pôr do Sol descendo um morro, e um casal encostado em uma árvore. 

- Belo desenho - escuto uma voz atrás de mim. Pelo jeito suave, sei quem é. 

- Purdy! - ele me abraça forte. 

Ele se senta ao meu lado e me ajuda na pintura do quadro. Conversamos um pouco, sem tocar no assunto da noite de ontem, mas ele tocou. 

- Ang, eu gostaria que fosse me encontrar no terraço na hora do almoço. Tenho algo pra você. 

- Está bem. 

Ele sorri, deposita um beijo na minha bochecha, e sai. Olho pra porta ao lado e vejo Andrew me olhando. Ele desvia o olhar e sai. Mas não me contenho. Atravesso a porta e vou atrás dele. 

- Docinho?  

Ele para no caminho e se vira. 

- Que foi? - diz, ríspido. 

- Eu que pergunto. Já é a segunda vez que me fita com seu amiguinho. Tira foto que dura mais. 

- Tenho que olhar as putas que meu amigo anda. 

- Você quer parar? Não sou puta, aliás, o que fiz pra te deixar irritado? Só estou aqui há dois dias? 

- Nada - ele diz vermelho. 

- Sabe o que acho? Que está se apaixonando por mim. 

- Está louca? Alias, nem tenho por que está aqui te ouvindo. 

Ele se vira e tenta sair, mas te impeço.  

- Então diga por que sempre está me fitando com o Purdy. 

Ele suspira. O terceiro período toca, e só teríamos aula com o BW depois do almoço. Ele se encosta na parede, acende um cigarro e me olha. 

- Você sabe de Christie Arlson? 

- Sei, a irmã de Purdy. 

- Irmã? - ele me olha desconfiado. 

- Sim, Purdy me contou que ela era irmã dele e se suicidou. 

Six me olha, mas depois cai na risada. Não entendo a graça. 

- A Arlson era namorada de Purdy. 

- Quê?? 

- Isso mesmo. 

Fico parada. Não seria verdade, mas pra que mentir pra mim? E aliás, os sobrenomes são diferentes. 

- Ela se jogou do prédio embaixo depois de discutir com a mãe sobre o futuro dela com Purdy. E Purdy pretendia pedi-la pra morar com ele, dando uma pulseira que ele tinha bastante afinidade, pois era da mãe falecida a alguns meses. 

- Mas... Mas por quê mentiu pra mim? 

- Acho que pra ele, seria estranho dizer que você se parece um pouco com ela. A forma do rosto, a cor do cabelo e o corpinho de tábua. 

Ignoro sua piada. Fico meio triste por começar uma amizade e já ter mentira envolvida.  

- Ele quer me encontrar hoje no terraço. 

- Vá, e confirme a história. Nisso tudo, acho que você foi boba. 

Ele pisoteia a butuca do cigarro e sai. Fico ali encostada pensando no que fazer. Logo o sinal toca, hora do almoço. 

(....)

- Me desculpe! - ele falava, quase sentia que ele choraria a qualquer momento. 

- Pra quê? Pra mentir pra mim de novo? 

- Desculpe Ang, mas você se parece com ela, e eu confundi. 

- Realmente - lhe viro as costas.  

Depois de conseguir explicações, fiquei revoltada. Uma amizade que tinha tudo pra dar certo, e se destruiu rápido. 

Sinto ele suspirar, mas logo ele puxa meu pulso e coloca algo nele. Quando olho, vejo uma pulseira prateada, com o nome Anjo escrito. Então me toco de essa ser a pulseira que Six falou. 

- Oh Purdy, eu não poderia... 

- Fique com ela, por favor. E é como lembrança, já que não estarei aqui amanhã. Vou mudar de universidade. Essa trás lembranças horríveis. 

- Você vai me deixar? - sinto que vou chorar. 

- Por isso te chamei aqui. Gostaria de te dar isso - ele aponta pra pulseira. - Seria legal saber que, de um jeito ou de outro, entreguei pra pessoa que me conquistou apenas com o jeito de olhar. 

Sinto-me lisonjeada. Fico olhando a pulseira, sorrindo bobamente. Chego perto de seu corpo e encosto meus lábios no canto de sua boca, formando um beijo simples. Ele sorri e me abraça. 

- Agora, se quiser, ainda podemos ser irmãos. 

- Está bem, irmão. 

Ele afaga meu cabelo. O sinal toca e combinamos de nos encontrar às cinco, no meu dormitório. Vou lhe dar uma despedida digna de amiga. 


Notas Finais


T-T Gostaram?
Comentem, please.
Até amanhã!!!


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