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História The 100 - Blood Must Have Blood (Clexa) - CAP XII - Im sorry for your lost


Escrita por: annatozaki

Notas do Autor


Oláaaa, olha quem voltei :)
Mais um capítulo quentinho pra vocês saindo do forno!
E ah: dedico esse capítulo para todos vocês que comentam aqui e acompanham a fic e também uma dedicação especial para a Mands que veio conversar comigo no twitter <3 muito obrigada pelo carinho (mais uma vez)

ps.: Eu não revisei, desculpa qualquer erro. E leiam as notas finais!

Here we go again!

Capítulo 13 - CAP XII - Im sorry for your lost


Fanfic / Fanfiction The 100 - Blood Must Have Blood (Clexa) - CAP XII - Im sorry for your lost

                Grounders e skypeople andavam na floresta em direção à Ouri, onde ocorreria o funeral de Finn. Lexa estava montada em seu cavalo branco com Gustus ao seu lado que a observava de canto de olho. A commander sabia que aquilo era o jeito de Gustus demonstrar que estava incomodado, mas ela não queria aquela conversa ali, não agora.

                Um pouco mais a frente, não tão distante da Heda, Clarke não conseguia tirar os olhos do corpo embrulhado de Finn que estava sendo carregado por uma carroça. Raven estava sentada ao lado do corpo e nem um segundo sequer havia olhado para a loira, e aquilo estava acabando com ela. A skygirl andava sem muita vontade, tentando não pensar muito. A culpa e a dor eram grandes demais, a deixavam sem forças e até mesmo paranoica: a menina constantemente estava vendo vultos de Finn que a olhava com ódio.

                Bellamy, que andava atrás da garota, estranhou o estado da menina e se aproximou:

                - Você está bem? – perguntou

                Clarke tomou um susto com a presença do menino e suspirou um pouco atordoada com a imagem de Finn no meio da mata.

                - Yeah – se limitou a responder.

                Bellamy deu um sorriso torto e olhou para o corpo de Finn em sua frente:

                - Você fez a coisa certa – o garoto tentou confortá-la, mas Clarke respondeu rápido:

                -  Agora vou ter que viver com isso.

                Os dois entraram numa discussão um pouco acalorada sobre Bellamy se infiltrar em Mount Weather para ser informante e Clarke discordava irredutível daquilo.

                - Eu disse que não! – a loira disse um pouco nervosa. Bell revirou os olhos e bufou.

                - Então... Como eu não sigo suas ordens, você tem que me dar um motivo melhor. – O garoto disse um pouco irônico. Clarke suspirou um pouco incomodada e confessou olhando nos olhos do menino:

                - Eu não posso perder você também, ok?

                Bellamy prendeu a respiração com a declaração da garota e a olhou sem ter uma resposta para aquilo.

                Lexa observava de longe a interação de Bellamy e Clarke e se sentiu um pouco incomodada. “E se eles estão fazendo um plano para nos trair?” – a commander pensava. Ela não gostava nem um pouco do garoto e suportá-lo entre seu povo já estava quase nos limites da paciência. Gustus percebeu a inquietação de sua Heda e Lexa bufou:

                - Pare de se preocupar Gustus!É como você sempre disse... Todas as alianças são arriscadas. – a commander disse numa voz firme e em sua língua nativa.

                - Isso não é o mesmo que unir os quinze clãs. Os skypeople são diferentes. Eles são mais como os homens da montanha e isso pode destruir a nossa coalizão. – Gustus alertou.

                - Nossa coalizão, ou a mim? – Lexa perguntou muito perspicaz. Ela sabia onde Gustus queria chegar.

                ­- Você é a nossa coalizão, heda. – Gustus disse olhando com carinho para sua commander.

                “Touché” – pensou Lexa. Ela sabia muito bem dos riscos daquela aliança e sabia que seu mentor e padrinho – sucessor de Anya – faria de tudo para protege-la.

                - Então faça seu trabalho e me proteja- a comandante disse categórica.

                Gustus olhou para sua heda e nada disse. Aquela frase nunca havia o acertado tão fortemente como desse vez. Ele iria fazer o que ela havia pedido: Protegê-la custe o que custar.

The Mount Weather – Sala de Comandos.

                - Senhor, os forasteiros não atacaram a Arca como imaginamos. Muito pelo contrário, ambos estão recuando para a floresta. – o tenente informou para o vice-presidente de Mount Weather.

                - Forasteiros nunca recuam – o vice-presidente disse um pouco pensativo.

                - Não, senhor. Mas sob esse comando eles formam alianças. – o tenente deduziu.

                - Foi o que houve? – o vice perguntou.

                - Não temos certeza, senhor. Mas precisamos considerar a possibilidade.  – alertou – Senhor! Se for uma aliança entre os forasteiros e a Arca, podemos arruiná-las de alguma forma. Deixaremos eles se matarem, assim eles não virão aqui resgatar o povo deles. – completou.

                - Não importo com quantos sejam, eles não passarão pela nossa defesa. – o vice-presidente rebateu convicto.

                - Senhor. Não deveríamos subestimar esta aliança! É uma ameaça muito poderosa. – o tenente alertou mais uma vez.

                - E nós não vamos, meu caro! – o vice finalizou a conversa convicto – Eles não vão nos impedir de estar em terra firme de novo.

 

- x –

Entrada de Ouri

                Já era noite quando os grounders e skypeople chegaram em Ouri. Ainda tinha um pequeno caminho até a propriedade da comandante, mas heda decidiu que eles iriam acampar ali. A grounder não queria chegar pela noite sorrateira na cidade acompanhada com aqueles que massacraram sua população, aquilo seria muita falta de respeito com as famílias que estavam ali de luto. Lexa temia que aquela pequena vila não a visse mais como uma comandante leal e cuidadora, e por mais que a garota fosse forte, ela sentia uma angústia só de pensar em perder a confiança de seu povo. A commander já havia falhado duas vezes: a primeira vez quando não pediu retaliação imediata, e a segunda quando deixara Clarke sair impune por ter matado Finn e tirado a justiça das mãos de seu povo. Ela não entendia porque diabos ela tinha feito aquilo. Gustus já estava desconfiado demais, ela sabia que Indra não confiava mais nela de todo o coração e aquilo a assustava. Assustava ver as consequências de suas escolhas vindas à tona assim tão rápidas. Não que ela tivesse escolhido os skypeople ao invés de seu povo, isso nunca aconteceria, mas ela havia escolhido a misericórdia e compaixão ao invés da justiça e do que é certo, e por Deus, ela sabia que aquilo era inaceitável para os grounders.

- x -

                Clarke arrumava seu saco de dormir um pouco afastada de seu povo e mais próxima dos grounders. Ela não queria ter que lidar com os olhares de pena de sua mãe e os raivosos de Raven. Ela sentia tanta culpa que preferia se afastar do que ver a dor que ela tinha causado ao seu povo.

                - Clarke, é mais seguro do nosso lado! – Bellamy disse se aproximando. Clarke olhou para o menino e fez uma nota mental, aquilo também era uma coisa que ela não queria lidar: Bellamy preocupado demais com ela. Aquilo estava deixando-a confusa.

                - Nós precisamos confiar neles, Bellamy – Clarke respondeu tentando se explicar.  – Não existem mais lados, entende?

                Bellamy observava o terreno grounder e se deu por vencido ao ver a garota se ajeitando no saco de dormir e  se afastou um pouco contrariado.

- x -

                Clarke tinha acabado de acordar de um pesadelo com Finn, quando viu os olhos cor de mel repousar sobre ela de um modo curioso, deixando-a incomodada. A loira nunca tinha reparado na garota desde que tivera contato com os grounders, mas agora se sentia vigiada de perto.

                Alycia mexia na fogueira, de frente pra Clarke, porém um pouco distante e observava a loira de longe. Ela sabia o quanto que a skygirl estava perturbada e já tinha percebido que ela acordara assustada por mais de quatro vezes num espaço curto de tempo. A morena estava intrigada pelo interesse repentino de sua heda com a menina, e queria descobrir o que diabos Lexa tinha visto nela.

                - Não faça isso! – Lexa repreendeu a garota mais nova ao perceber o que ela estava fazendo.

                - Fazer o que? – Alycia perguntou fingindo de boba e entregou um copo de água para sua heda enquanto se levantava.

                - Observa-la assim, oras! Você está a intimidando. – Lexa rebateu um pouco sem paciência voltando a entrar em sua tenda seguida por Alycia.

                - Grounders são assim comandante: intimidam os inimigos, ou você esqueceu isso? – Alycia respondeu um pouco sarcástica e Lexa a olhou séria.

                - Eu não esqueci que sou responsável por aqui e muito menos, me esqueci de que eu ainda sou sua comandante, Alycia, e exijo respeito – a garota de olhos claros repreendeu um pouco nervosa. Alycia suspirou, mas acatou as palavras de sua heda.

                - Me desculpe, heda. – se limitou a falar. Lexa deu de ombros e deitou em sua cama, deixando a garota mais nova pensativa em seu canto.

                 

- x –

                Já amanhecia quando o grupo entrava na propriedade da heda, no centro de Ouri.     - Abra os portões! – Lexa exclamou e a população de Ouri logo atendeu. Guardas chegaram aos portões e a heda desceu de seu cavalo, esperando os skypeople serem revistados.

                - Precisam colocar todas as suas armas no cesto – Lincoln informou sendo o primeiro a colocar suas armas, logo seguido por Clarke. Bellamy estava muito desconfiado e Raven não moveu um músculo sequer. Gustus se aproximou da mecânica bem mal humorada, fazendo a vistoria enquanto os outros entregavam as armas.

                - Heda, estão prontos! – Gustus informou e Lexa acenou com a cabeça concordando e entrando em Ouri, seguidos por Indra e Gustus e logo depois os skypeople.

                - Heda! Heda! Bem vinda de volta – o povo de Ouri exclamavam felizes e Lexa soltou o ar que prendia e seu coração logo se aqueceu. Mas logo que os grounders viram os skypeople, eles ficaram agitados e alarmados – Heda, por que você os trouxe aqui?

                - São assassinos!

                - Morte aos que vieram do céu!

                - Vão embora assassinos – era o que os grounders gritavam agitados e raivosos.

                Lexa se manteve firme e olhava para frente quando se deparou com um grounder de Ouri.

                - Os skypeople tiraram tudo de mim! – gritou raivoso para a comandante – Meu filho, minha esposa! – exclamava nervoso.

                Lexa apenas o olhava irredutível e Gustus tomou a frente:

                - Se afaste! – Gustus alertou.

                - Assassinos não são bem vindos aqui – o grounder disse na língua nativa agora se referindo a heda. Lexa fechou o punho nervosa com a acusação e olhou para Gustus dando a permissão.

                O mentor e protetor de Lexa deu um soco na cara do rapaz que tinha a insultado e começou a bater incansavelmente. O povo de Ouri estava cada vez mais desconfortável, mas Lexa precisava mostrar seu poder para eles, ela não podia ser insultada daquela forma. A heda também não estava muito confortável, mas ela olhava tudo firme.               

                - Commander, faça ele parar! – Clarke se aproximou sussurrando para Lexa e a commander nada disse, apenas observava sem mexer um músculo – Por favor, vão nos culpar por isso também!

                Lexa deu uma olhada rápida para Clarke sabendo que ela tinha razão e suspirou.

                - Deixe-o viver. – se limitou a dizer para Gustus em sua língua nativa, que logo parou de espanca-lo. Clarke suspirou aliviada e Lexa se virou para todos que estavam ali.

                - Os skypeople marcham com a gente agora. – informou olhando para cada pessoa que estava ali – Qualquer pessoa que tente impedir isso pagará com a vida! – sua voz era fria e rude e seu olhar era forte e intimidador. Ninguém ousou em se opor e então ela continuou andando até sua tenda em passos firmes, dando permissão somente a Alycia para segui-la.

                Clarke estranhou a proximidade toda da menina, mas nada disse. Apenas andou até seu povo e começou a se preparar emocionalmente para o funeral.

 

- x –

                - Lexa, eu sei que você está incomodada com alguma coisa – Alycia disse um pouco preocupada com a heda.

                - Estou perdendo a confiança de Ouri, e isso não é bom! – Lexa desabafou um pouco pesarosa. Aly suspirou e se sentou ao lado da garota mais velha.

                - Você vai recuperar isso de novo hoje Lex. Não se preocupe. – Aly tentou acalma-la e Lexa apenas concordou com a cabeça olhando para o nada. – Não é só isso, certo?

                - Eu não sei o que dizer em funerais – Lexa confessou e mordeu os lábios um pouco frustrada. Alycia a olhou entendendo muito bem o que ela queria dizer. Lexa já tinha feito discursos em vários funerais e com certeza ela sabia fazer bem. O que realmente ela não sabia, era o que dizer para Clarke.

                - Diga que você sente muito pela perda. Não tem muito que dizer – Alycia tentou ajudar e se levantou saindo da tenda.

- x-        

                Finn foi colocado numa pira de palha e madeira leve e Lexa tomava seu lugar ao lado, dando início ao funeral.

                - ­Povo de Ouri! Com fogo nós limpamos a dor do passado – Lexa começou a dizer em sua língua nativa, enquanto Lincoln sussurrava a tradução para os skypeople. Indra passou a tocha de fogo para sua commander e Lexa agradeceu com um aceno de cabeça. Ela observou a chama calmamente enquanto seu povo estava ansioso para o desfecho do ato. Lexa suspirou ao lembrar-se de Costia, lembrar que não teve a oportunidade de despedir de sua amada devidamente, pensou no quanto ela sentiu por não ter a oportunidade de limpar a dor de sua perda e mordeu o canto da boca denunciando que ela estava lutando contra o que passava na mente dela: ela poderia dar isso a Clarke, ela poderia permitir que Clarke despedisse de quem ela amava.

                “Mostre ao meu povo o quanto que você é misericordiosa” – a voz de Clarke ecoava em sua mente.

                Ela respirou forte e estendeu a tocha para Clarke antes que ela desistisse daquilo.

                O povo ficou assustado com a atitude da mulher e até um pouco magoado. Por que Lexa daria o poder de justiça nas de uma assassina? Até Clarke ficou assustada e hesitou um pouco. Ela olhou a sua volta e viu que ninguém estava contente e automaticamente ela se preocupou com Lexa. A loira não era tão ingênua e tinha a ideia bem clara que a comandante estava se arriscando com aquela aliança. O descontentamento do povo de Ouri com sua presença era nítida e ela não queria causar tantos problemas assim.               Lexa olhou dentro dos olhos da menina e esticou a tocha para ela mais uma vez, como se estivesse pedindo para ela fazer aquilo e ali Clarke percebeu que Lexa estava sendo misericordiosa com ela, assim como ela havia pedido há dois dias. A loira ficou surpresa ao finalmente perceber o que estava realmente em jogo com aquilo e o quanto que Lexa estava se arriscando e se colocando em confusão por causa dela. Era óbvio que era por causa dela! Lexa não havia pedido uma retaliação de 18 mortes por causa dela. Lexa não havia permitido que a matassem mesmo depois de ter tirado a justiça da mão de Ouri, por causa dela! Mesmo que Lexa não enxergasse isso, Clarke sabia que era por causa dela. Uma parte da skygirl se sentia muito culpada por colocar Lexa naquela situação, culpada por não ter enxergado antes a misericórdia e a empatia da menina com ela, mas outra parte se sentia confusa e feliz ao mesmo tempo por Lexa estar aceitando tudo isso por ela. É... era bom. Ela só não sabia o que era aquilo.

                Clarke subiu no degrau a onde Lexa estava e aceitou a tocha agradecida mesmo contra todo o protesto silencioso de Ouri quanto aquilo. A commander não tirava os olhos da menina e a loira não se sentia incomodada por isso, era uma sensação boa de proteção. A skygirl abaixou a tocha, mas não conseguiu leva-la até a pira. Ela hesitava por causa da dor, da culpa e aquilo era um adeus, era doloroso, e para piorar, a loira estava vendo Finn ao lado da pira, e a imagem dele era raivosa, aquilo estava acabando com a menina. Lexa percebeu e hesitação e suspirou tentando conter o impulso, mas era tarde demais. Sua mão já havia repousado sobre a mão de Clarke, que recebeu com uma leve surpresa, mas sem rejeita-la e assim, Lexa abaixou a tocha juntamente com a loira até a pira, e as duas observavam enquanto as chamas dançavam sobre o corpo de Finn e incinerava-o até restar somente cinzas.

                 A commander olhou para a menina com compaixão e a loira a olhou de volta querendo desabar.

                - Eu sinto muito pela sua perda, skygirl.

 

                


Notas Finais


E AI, O QUE VOCÊS ACHARAM?
Estão gostando das leves mudanças que eu estou fazendo? Ta dando pra entender o contexto?
Comenteeeeem muito, venham me amar! Pelo twitter tambem @SrtaJauregui. Espero vocês lá!
E ah, não liguem para minhas reclamações no twitter, ignorem! Eu sou legal, eu juro.
Abração.


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