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História The Better Side Of Darkness - Uma Pitada de Ciúmes


Escrita por: Derby_

Notas do Autor


Aeae!! Conforme prometido... nanica postou o dela e eu to postando agora. Vão ler :)

Capítulo 14 - Uma Pitada de Ciúmes


A morena tentou afagar meus cabelos cacheados e vermelhos, mas eu desviei de seu abraço, indo em direção ao meu quarto. No caminho, esbarrei em Kyo, que não deve ter conseguido ler meus pensamentos, atribulados e cheios de dúvidas em relação à Karyu, e ao que seria de mim dentro daquele lugar.

- Olha por onde anda.

- Vai pro inferno.

Não esperei resposta. E se ele se zangasse, e rasgasse meu pescoço com seus caninos afiados, me faria um favor. Me pouparia de sofrer por amor. Amor a uma pessoa que eu nem sabia se tinha alma, quanto mais algum tipo de sentimento. Quanto mais algum sentimento por mim. Entrei no meu quarto batendo a porta, e logo senti o perfume de Karyu. O perfume que me fazia tremer apenas por ter a certeza de que ele estava perto de mim.

- O que você quer aqui?

- Nyeve? O que aconteceu?

- Nada. Vai embora por favor, eu quero ficar sozinha.

- Eu estava sentindo sua falta.

- É. Eu sei. Você só vem aqui ver o seu brinquedinho quando sente a minha falta não é, mestre Karyu? Vai embora por favor, estou com dor de cabeça.

- O que aconteceu com você?

- Comigo? O que aconteceu comigo? Está mesmo preocupado com o que aconteceu comigo? Eu cansei Karyu. Cansei. Cansei de ser a escrava sexual de um vampiro sádico que só vem me ver quando sente vontade. Cansei de te esperar aqui por noites a fio, sentindo falta do seu corpo quente junto ao meu pra dormir, e saber que você só vai aparecer quando sentir vontade de transar comigo de novo. Foi isso que aconteceu. Me mate se quiser, mas eu não vou ficar aqui servindo apenas de brinquedo sexual pra você.

- Nyeve... você sabe que eu não posso te soltar.

O olhei nos olhos. Ele tinha os olhos mais lindos que alguém poderia ter. profundos, serenos... capazes de transmitir toda a calma do mundo. Mais do que Kouyou. Mais do que qualquer pessoa que eu já tenha conhecido em toda a minha vida.

- Então me mate Karyu. Mas arrume um jeito de acabar com isso.

Me virei de costas, esperando um ataque de fúria, esperando que os caninos afiados dele se enterrassem em meu pescoço fazendo com que a vida se esvaísse de mim em alguns segundos. Mas a única coisa que percebi, foi o silêncio dele antes de desaparecer do meu quarto como mágica. E aquilo me doeu muito mais do que qualquer agressão física que eu pudesse ter sofrido. Me joguei na cama, e chorei até adormecer.

Gritos. Gritos. Uma voz conhecida. Yelena. Yelena me chamava. Puxava meu braço, dizia que tínhamos que ajudar. Ajudar quem? Me sentei na cama de repente, como se estivesse tendo um pesadelo. Como se tivesse sido empurrada. Abri os olhos e vi Yelena sentada na poltrona, no canto do quarto, sorrindo.

- Bom dia!

- Quer dizer que sua especialidade é invadir sonhos?

- Não é o máximo??

- NÃO!

- Tentei fazer isso com o Kao no final de semana que passamos fora... mas não deu certo.

- Eles são imunes aos próprios poderes.

- É. Foi o que ele me disse. Mas posso treinar isso com você e a Sumaya.

- Yelena... aceite um conselho. Se você quer a sua cabeça em cima do seu pescoço... não entre nos sonhos de Sumaya.

- Mas porque?

- Das duas uma: ou você vai se traumatizar com o que ver por lá. Ou ela vai te matar quando acordar.

- Mas eu sou uma vampira. Ela não pode me matar.

- Querida... ela é a mulher do vampiro mais forte do castelo e não pensa duas vezes pra entrar em uma briga com ele. Você acha mesmo que ela teria medo de você?

- Que seja. Vamos, vamos, você precisa me ajudar.

- Ajudar no que?

- Danika. Precisamos tirar ela do calabouço.

- Ela ainda está viva???

A loirinha parou por alguns segundos, enquanto tentava assimilar o que eu havia dito.

- Claro que está. Só não sei porque colocaram ela lá. Ela pode muito bem vir pro seu quarto até ser mordida.

Não. Não. Oi? Mordida? Ótimo. Yelena achava que estavam criando um exército de vampiros? O que essa garota anda lendo? Enquanto eu tentava acordar direito, ela me puxava pelos braços, me arrastando para a porta como uma criança que quer ser levada a algum lugar. Ao sair no corredor, sendo arrastada apressadamente pela loirinha, Yuuka apareceu de uma das paredes do castelo.

- PUTA QUE... PORRA YUUKA! NÃO FAZ ISSO!

- Isso...?

- Pare de me assustar desse jeito, seu projeto de morcego gótico.

- Desculpa. Eu não tenho culpa de você ser a única humana aqui que se assusta com essas coisas.

- Única não. Tem a Sumaya.

- Que não se assusta com nada. Não tem graça fazer isso com ela.

- Ah... é engraçado né morcega?

A morena riu, enquanto a loirinha ainda me puxava pelo braço, e eu tentava, em vão, conter a animação dela para que eu pudesse explicar que as coisas não eram bem assim. Quando tentei argumentar mais uma vez, no entanto, ouvi gritos na cozinha. E aparentemente um bombardeio aéreo de pratos, copos e panelas. Corremos até lá, parando na porta da cozinha quando um dos copos explodiu na parede do corredor oposta à porta.

- PARA COM ISSO!

- Não me diz o que fazer! Você sabe que eu odeio isso. E NÃO GRITA COMIGO!

- Por favor... Sumaya... eu só...

- VOCÊ SÓ TÁ INDO LÁ TODOS OS DIAS DESDE QUE ESSA NANICA CHEGOU!

- A GAROTA PRECISA COMER!! Eu não... Kaoru me pediu pra cuidar dela.

- E porque você? Não tem só você nesse castelo. Quando a Ny chegou Karyu pediu que eu cuidasse dela, porque você tem que ir lá? PORQUE ELE NÃO CUIDA DELA?

Enquanto espiávamos pelo canto da porta, escondidas do risco de sermos atingidas por estilhaços de pratos e copos, mais uma panela voou do lado oposto da cozinha na direção de Daisuke. Ele se defendia das panelas, dos copos e dos pratos como se ela estivesse lhe atirando bolinhas de papel. Mas mesmo assim ela atirava as louças com toda a força que tinha em seu corpo.

- Para com isso. Vamos parar de discutir. Vamos pro quarto.

- Não.

- Sumaya...

- NÃO! VAI VOCÊ.

O ruivo bufou impaciente, bagunçando os cabelos, e não demorou para que ele gritasse com ela, expondo os caninos afiados. A maior prova de que ele estava começando a ficar zangado de verdade.

- CHEGA! PARA COM ESSA PORRA E VAMOS PRO QUARTO. AGORA!

- Vai você.

Ele fez menção de chegar perto dela, e a garota correu até a sacada. O sol brilhava forte naquela manhã, e ela sabia que ali ele não a alcançaria.

- Sai daí Sumaya. E vem pra cá.

- Quer ir pro quarto vai. Eu vou levar o café da manhã da sua protegida.

- Para com isso. Você sabe que eu não gosto de ironias.

- A garota precisa comer.

Ela o olhou como quem o desafiava. E naquele momento eu me perguntei como é que esses dois ainda não haviam se matado. Vi o ruivo sair pela porta da sacada, alcançar a morena em meio a gritos. Ela gritava para que ele se afastasse do sol, e ele gritava de dor. Alheio a isso ele a jogou sobre os ombros como um saco de batatas, e voltou para dentro da cozinha, atravessando-a rapidamente e saindo pela porta, praticamente nem notando nossa presença ali. Enquanto ele caminhava as queimaduras de sua pele se curavam rapidamente, enquanto ela chorava vendo os machucados que ele próprio havia infligido em seu corpo para que pudesse alcançá-la. E lhe perguntava se ele estava bem. Quando eles sumiram do nosso campo de visão, Yelena me olhou perplexa.

- Eu achei que ela tivesse tentando matar ele.

A olhei, com um breve sorriso, de quem conhecia o que havia acabado de acontecer.

- Ela jamais o machucaria.


Notas Finais


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