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História The Bodyguard - Capítulo IV - Convite


Escrita por: AuroraYumi

Capítulo 4 - Capítulo IV - Convite


Fanfic / Fanfiction The Bodyguard - Capítulo IV - Convite

- Gostou do seu primeiro dia em sua nova casa? – Layla cobriu Pam com o cobertor. Depois do almoço, que foi etremamente tenso já que Zack tinha seus olhos verdes e frios  voltados para os castanhos quentes dela durante toda a refeição, Peter a levou para dar uma volta pela propriedade com Layla. Aparentemente, Zack tinha sumido sem dar explicações de para onde ele iria. Pamela passou o dia todo tentando esquecer o que havia acontecido e colocando os seus melhores esforços em fazer a lição do colégio e se tornar invisível para Zack.

- Hm... Foi legal. – Pam disse.

- Tem certeza? Nada está te incomodando? – A mãe perguntou preocupada.

- Claro mãe! Deixa de pensar nisso! Só estou desacostumada com o tamanho da casa, é imensa, acho que irei me perder aqui. – Pamela tentou descontrair a tensão da pergunta. Layla riu e beijou sua testa. – Boa noite, mãe.

- Boa noite, filha. – Ela sorriu e foi embora, não antes de apagar as luzes e fechar a porta.

Pam se encolheu em posição fetal, virando o rosto para a janela, podia ver o céu estrelado. Quando era criança sua mãe costumava dizer que o céu era a vida e as estrelas eram oportunidades. Aquele céu estava cheio de possibilidades aquela noite e dependia de Pam agarrá-las ou deixá-las ir embora. Desistir de Zack dava a possibilidade de viver em paz com ele e constituir uma nova família. Ela fechou os olhos e se encolheu mais ainda. Não seria fácil desistir dele.

 

Pam acordou com um barulho na porta. Parecia que alguém queria entrar, mas não conseguia e estava resmungando do lado de fora. Ela levantou o cobertor até o pescoço e engoliu em seco. O barulho cessou e ela ouviu uma batida, como se fosse um murro na madeira. Pamela franziu as sobrancelhas e se levantou da cama, destrancou a porta e abriu-a devagar. Se deparou com Zack parado em frente à porta com as costas encostadas na parede. Seus olhos estavam lânguidos, ele encostou a cabeça na parede e mediu-a de cima abaixo. Ele ainda vestia a roupa que estava mais cedo.

- O que está fazendo em meu quarto? – Balbuciou. Pamela inclinou a cabeça para o lado como se fosse um filhotinho sem compreender o que ele dizia. Ele soltou um riso cínico. – Eu odeio... Quando você faz isso... – Arrastou as palavras. – Saia do meu quarto. – Ele tentou ficar em pé, mas teve que se apoiar na parede da porta. Pamela sentiu o fedor de bebida.

- Você bebeu. – Afirmou.

- Sua inteligência me comove. – Ironizou. – O que faz no meu quarto? – Ele estreitou os olhos parecendo tentar focar no rosto dela.

- Este é o meu quarto. – Ela deu espaço para ele ver a decoração feminina do cômodo. Ele percorreu com os olhos e depois olhou para ela. - Viu? – Perguntou.

 Ele deu um sorriso e fechou os olhos, encostando a cabeça no alisar da porta. Pam estava tão perto dele, mas ao mesmo tempo tão longe. Ela suspirou, prometeu a si mesma não ficar muito próxima a ele, para tentar esquecé-lo, mas não podia deixar que Peter visse seu filho dormindo no chão do corredor. Ela suspirou e passou um braço dele por cima do seus ombros.

- Estou cansado... – Ele disse de repente. Aguentar o peso dele não era tão fácil, ele era suficientemente musculoso para ser bastante pesado. Pam entrou no quarto dele e o colocou na cama, retirou as botas que ele calçava e levantou suas pernas, colocando-as sobre a cama.

- Boa noite, Zack. – Ela estava se levantando quando ele agarrou seu pulso, fazendo-a se assustar. Ele abriu um pouco os olhos.

- Hm... – Limpou a garganta. – Obrigado. – Fechou os olhos e caiu no sono. Pamela tinha seu coração acelerado por aquele contato. Ela se afastou rapidamente e saiu do quarto como um raio cruzando o céu. Fechou a porta do seu quarto e trancou-a. Deitou-se na cama e cobriu-se da cabeça aos pés. Seu coração tinha que parar de bater rápido assim. Fechou os olhos e forçou-se a dormir, quem sabe, depois de tê-lo ajudado, ele iria ser menos rude com ela?

 

- Bom dia! – Pamela sorriu ao esbarrar com Zack no corredor, no exato momento em que ele passava e ela saia do quarto. – Me desculpa, não vi você chegando. – Sorriu novamente. Zack suspendeu a sobrancelha direita e estreitou os olhos para ela.

- Você não disse que seria invisível? – Ele perguntou.

- Oh... Eu pensei que depois de eu ter te ajudado... – O sorriso morreu em seus lábios.

- Que eu finalmente iria notar você ou algo parecido? – Ele interrompeu-a. Ela franziu as sobrancelhas.

- E-eu nã-ão pensei isso. – Gaguejou. – Eu pensei que tudo ficaria bem entre nós. – Disse nervosamente. Ele ficou encarando-a com os olhos estreitos e braços cruzados. Observou os traços delicados de Pam: os lábios carnudos e rosados, os olhos pequenos e levemente puxados para os lados, o nariz pequeno e frágil. Zack viu que ela não conseguia encará-lo, os olhos se movimentavam para os lados, os lábios estavam comprimidos. Ele não sabia o porquê de ela ainda o tratar com delicadeza e educação, mesmo ele sendo tão agressivo. Qualquer pessoa normal o xingaria e o gritaria, mas ela permanecia paciente com ele. – Me desc...

- Bom dia, crianças! – Os dois viraram a cabeça na direção de Peter, que tinha um sorriso largo no rosto. – Vamos descer para o café? Temos uma convidada esperando por você, filho. – Disse. Pam viu o rosto de Zack passar de confuso para furioso em questão de segundos.

- Não me diga que ela está aqui. – Ele passou voando por Peter, que começou a segui-lo descendo os degraus tentando alcançar o filho. Pamela foi atrás dos dois, curiosa.

- Trate-a com educação, Zack. – Peter alertou-o, logo atrás dele. Zack parou no último degrau e virou-se para o pai. – Ela é importante. – Zack deu um olhar furioso para o pai e depois olhou para Pam que encontrava-se no topo da escada. Ele começou a andar a passos largos em direção à sala de jantar, onde eram servidas as refeições.

Pamela desceu as escadas. Ela não queria encontrar aquela garota logo em seu primeiro fim de semana na nova casa. Estava com medo de que sua vida no colégio piorasse, caso Amanda espalhasse que ela estava morando na casa dele. Respirou fundo e entrou na sala de jantar, onde já estavam todos sentados à mesa.

- Bom dia. – Pam beijou a mãe no rosto e sentou-se à mesa em frente à Zack e Amanda.

- Bom dia querida! Temos visita. – Layla sorriu. - Vocês são amigas? – Perguntou para a filha. Pamela olhou de relance para Amanda que sorria. Seus dentes alvos se assemalhavam ao de um tubarão indo abocanhar a presa. Ela respirou fundo, como ela continuou em silêncio, quem respondeu foi Zack, pegando todos de surpresa.

- Não, não são amigas. Ela e Amanda andam em círculos sociais diferentes, não é Amanda? – Perguntou. Amanda ficou um pouco sem graça com a pergunta, mas como já estava acostumada com o jeito arrogante de Zack, recuperou a compostura rapidamente.

- O que ele quer dizer é que nossas amizades são diferentes, eu tenho amigas de infância e nós somos inseparáveis. Ter muitos amigos nunca foi meu forte. – Amanda tomou um gole do suco e lançou um olhar superior para Pamela, que se encolheu na cadeira.

- Hmm... Entendo. – Layla disse. – Pamela também tem poucas amigas, ela gosta de ficar sozinha, é algo que ela aprecia. – A mãe olhou para Pam que ficou com vergonha por ela estar falando dela. Zack ficou olhando para Pamela e Amanda notou o olhar demorado dele.

- Tenho que perguntar... Qual o motivo de uma visita tão cedo? Aconteceu algo com seu pai? – Peter perguntou. Peter e o pai de Amanda eram parceiros de negócios, mas não eram tão amigos assim.

- Oh! Não aconteceu nada com papai. Eu apenas vim para convidar Zack para irmos à casa de praia de meus pais amanhã. Irei fazer uma festa de começo de ano. – Amanda tinha um tom de voz de superioridade na voz. Ela sabia que Pamela não era rica e que não podia usufruir do conforto ou do luxo dos ricos. E Pam ainda não se sentia adaptada às comodidades que essa vida iria lhe proporcionar.ê

- Por quê você não me ligou? – Zack perguntou entre os dentes.

- Eu estou entregando os convites pessoalmente. – Ela deu um sorriso para ele, que retribuiu sorrindo forçadamente. Pamela concentrava toda a sua atenção no café da manhã.

- Então, você vai Zack? – Layla perguntou.

- É claro que ele vai. – Peter interrompeu. – Amanda fez questão de vir até aqui. – Peter sorriu para a convidada. Zack suspendeu as sobrancelhas. Pamela não entendeu porquê ele aceitou que o pai tomasse a decisão por ele. Zack olhou para Amanda.

- Eu irei. – Zack disse por fim e Amanda deu um sorriso largo para ele. – Mas, irei levar Pamela comigo. – Ele sorriu. Estava tramando algo. Pamela arregalou os olhos.

- O quê?! – Amanda e Pamela exclamaram ao mesmo tempo. Pam olhou para ele como se pedisse ajuda, mas só encontrou os olhos verdes dele saboreando sua reação.



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