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História The Boss - Capítulo 50


Escrita por: Pisicopata

Notas do Autor


OI AMORES, ESTOU FICANDO LOUCO, MAS A FIC TA AQUI.
NÃO SEI SE TEM ALGUÉM AQUI QUE LEU MINHA FIC CHARLIE, CONSEGUI ELA DE VOLTA, TALVEZ NE UM FUTURO NÃO TÃO PRÓXIMO EU VOU POSTAR ELA, AINDA TO DECIDINDO. BJOS E BOA LEITURA.

Capítulo 50 - Capítulo 50


RYAN

Passaram-se alguns dias, quase um mês desde o enterro de Joseph, eu e Melanie estamos frequentando o psicologo duas vezes por semana, a menina está frequentando uma para ser mais exato, por incrível que pareça, ela não está tão traumatizada com o ocorrido, pelo menos não mais que eu.

Demorou algum tempo para que John conseguisse me tocar novamente, do jeito que ele fazia sexo comigo era estranho. Algumas vezes enquanto nós dois transamos eu tenho a sensação de que ele estaria fazendo algum mal a mim, eu não quero pensar assim mas a minha mente brinca comigo as vezes. O importante é que eu estou fazendo o que posso para mudar isso tudo, e mesmo sendo poucos, já estou feliz com os resultados.

_Continua tendo os pesados? -perguntou o homem a minha frente, ele se sentava mantendo a postura, suas pernas cruzadas e a sua caneta batendo em um pequeno bloco de notas que ele usa para escrever tudo o que eu falo para ele.

_Sim -respondi sem muita cerimonia.

_Com que frequência? -perguntou ele ajeitando os óculos em seu nariz e me olhando com atenção. De todas as coisas que eu sofri, acho que os pesadelos são os piores até agora.

_Tive um a uns dois dias -me ajeitei quando lembrei daquilo.

_Como foi? -perguntou ele, colocando o bloquinho ao lado de um criado mudo, que segurava um abajur. Seus olhos castanhos quase pretos me encaravam esperando que eu contasse cada detalhe, assim como fiz quando tive que contar tudo o que Greg fez comigo naquele lugar.

Fechei os meus olhos, eu não queria lembrar daquilo, mas era necessário, acho que estou me colocando em momentos assim mais por John do que por mim, a um bom tempo eu não sei o que é a palavra prazer, apenas faço sexo para satisfazer meu marido, e mesmo assim ele percebe que não estou confortável e sempre exige menos de mim.

_Eu estava indo embora para casa quando então eu olhei para o celular, havia acabado de receber uma mensagem de John, peguei meu telefone apenas para responde-lo as pressas e quando me dei conta eu havia atropelado alguém.

_E quem era essa pessoa? -ele estava depositando toda a sua atenção em mim.

_Era a minha filha -dei um suspiro- ela estava usando a mesma roupa que usou quando nós dois fomos sequestrados. Eu desci do carro para ajudá-la e ele começou a chorar, ela não estava morta, sim agonizando antes de partir -eu comecei a me arrepiar quando uma sensação terrível percorreu o meu corpo por inteiro.

_E ela partiu? -odeio quando esse homem me pergunta tantas coisas assim, é como se ele gostasse de me ver injuriado.

_Não, ao invés disso ela começou a gritar que por minha causa ela estava triste, que me odiava -meus olhos estavam ficando marejados, eu os mantive fechados para conseguir me concentrar e evitar que a lagrima rolasse.

_E o que mais? -continuou ele.

_Dai tudo mudou, eu estava preso com aquelas algemas novamente, elas apertavam os meus pulsos e a dor era mais real que nunca, ele pressionava a minha cabeça contra aquela parede gelada, machucando o meu resto e eu sentia minha barriga doer enquanto ele estocava aquela coisa suja cada vez mais fundo dentro de mim, falando você sabe o que.

_Todos os pesadelos que você tem são relacionados a esse homem -ele respirou fundo- já é o bastante -levantando o punho ele olhou as horas em seu relógio- ainda temos algum tempo.

_E ai? -eu não sabia o que fazer.

_Bom, eu acho que você está muito mais traumatizado que a menina, sorte sua e dela que ela não foi exposta a tudo isso -eu agradeço a Deus por Bea ter pena de Melanie e tirado ela daquele lugar quando Greg entrou para fazer o que fez comigo- já parou para pensar que esse homem nem é mais vivo Ryan?

_Sim, e isso só piora as coisas, eu sempre acho que ele está me observando enquanto estou tentando meus momentos íntimos com o meu homem -afrouxei a minha gravata e me sentei, eu estava amaçando o meu terno ficando deitado daquela forma.

O homem a minha frente deu um sorriso de canto, mas não estava tirando sarro de mim.

_Acho que o nosso tratamento vai ser mais demorado que o esperado.

_Não tem como acelerar as coisas? -perguntei- eu quero voltar a ter a vida que eu tinha.

_Olha, eu não sei -ele pensou um pouco- tem algumas coisas extremas que eu posso fazer, na verdade, é utilizado para você enfrentar o seu medo e ver que ele não é real, que você é maior que isso -ele deu um suspiro- só não sei se você vai aguentar.

_Como assim? -eu estava perdido.

_Olha, isso nem é muito indicado para pacientes como você Ryan -ele se ajeitou novamente pegando o seu bloco- mas se quiser que eu o coloque em pratica, com pouco tempo você está andando por ai, fazendo o que fazia antes, inclusive tendo os seus momentos com o seu marido.

_Bom, não tenho outra escolha -falei.

_Na verdade, você tem -ele começou mas eu não deixei que terminasse.

_Sim, mas não quero -dei um suspiro- quero a minha vida de volta, já aguentei muita coisa, não acho que uma situação a mais mudaria muita coisa, e se for para mudar para melhor, não tem porque eu não tentar.

_Tenho que conversar com sr.Lockwood sobre isso -ele se ajeitou- ele é quem paga o seu plano.

_Não precisa, o que você for acrescentar no preço eu pago. Não vejo porque contar a ele uma coisa que quem vai fazer sou eu -ele deu de ombros quando seguiu a minha linha de raciocínio.

_Ok então, te vejo no sábado?

_Estarei aqui -respondi quando o seu relógio apitou avisando que o meu tempo havia esgotado, me levantei e então dei um sorriso para ele, esticando as mãos e apertando as dele antes de sair dali.

Eu estava saindo do consultório assim que uma mulher me chamou, ela era a moça da recepção, na verdade, ela também é uma amiga minha e de Bea, com pouco tempo que me mudei para Nova York, ela foi apresentada para mim, uma graça de mulher, que se preocupa com o meu bem estar, tanto é que ficou fazendo uma série de perguntas na hora que eu mais precisava andar rápido com os meus afazeres.

Depois de alguns curtos minutos tentando uma conversa agradável com ela, dei um jeito de me safar: falei que precisava dar um jeito nas coisas em casa e ela acabou acreditando em minhas palavras.

Quando coloquei o pé para fora daquele lugar meu telefone tocou, tirei ele do bolso e então vi uma foto de John com nossa filha, ambos fazendo careta estampando alegria na tela do meu celular, dei um sorriso e então arrastei o dedo para o lado, atendendo a ligação.

_Bom dia amor -falei simpático.

_Como foi ai? -ele estava preocupado comigo.

_Foi bom, terei que voltar no sábado -eu não queria ter que dar explicações agora.

_Achei que tivesse que ir as consultas apenas duas vezes na semana -dei um sorriso quando percebi a sua preocupação aumentar assim como o seu tom de voz.

_Eu sei, depois te explico tudo -ou pelo menos tento te enrolar para não ter que ouvir as suas desaprovações sobre o que eu estou prestes a fazer.

_Ok -disse ele, compreensivo- vou voltar ao trabalho aqui -ele colocou peso na hora que disse essa frase, e eu dei uma risada.

Com a empresa novamente, John está reerguendo os negócios, aos poucos ele está contratando os melhores funcionários que tem, eu estou ajudando ele, já que trabalhei lá por um tempo e sei as pessoas que acrescentam algo na empresa, ele está começando debaixo, já que Joseph conseguiu ferrar com as coisas antes de quase vender a empresa. Bom, pelo menos temos dois grandes lados, o primeiro é que John tem renda para fazer as coisas fluírem, agora que sua conta bancária está estourando de tanto dinheiro, e o segundo, bom, eu estou o ajudando.

_Você não está me ouvindo -disse ele dando uma risada.

_Desculpa amor, eu não estava mesmo, não tive uma boa noite de sono, e estou pensando na reunião que terei daqui a uma hora com os advogados do Lancaster para resolver as coisas da empresa, passar tudo para o meu nome, sem volta -ainda pensava em recusar isso, mas não irei.

_Ok, depois tem como me ajudar a ligar para as outras empresas, preciso fechar parcerias, pelo menos algumas de inicio, depois penso em algo grande.

_A Lancaster Company está esperando ansiosa para ser a primeira empresa a bater um contrato de parceria com a T. Lockwood -dei uma risada- já estou até vendo isso no jornal, duas empresas rivais, se juntando.

_Bom, fico feliz que a Lancaster terá a compaixão de fazer isso -ele sorriu- já levou Melanie na escola?

_Não, estou indo para casa, vou comer um pouco com ela e depois vou levá-la pra lá -dei um suspiro- ela tem pra hoje, é melhor eu desligar, não quero que ela chegue atrasada ok?

_Ok -disse ele- te vejo mais tarde então, nós podemos sair para tomar um café, não sei.

_Podemos sim, assim que acabar de resolver as coisas te contato amor, beijos.

_Beijos -ouvi o barulho que ele fez com a boca, dei um sorriso- te amo, não esquece ok?

Não tem como, eu passo por qualquer coisa só pra ouvir essa frase saindo dessa boca linda dele.

_Também te amo, amor.

[...]

Parei o carro na porta da escola, algumas mães olharam para ver quem era a pessoa que iria descer dele, então eu fiz isso, elas me olharam e eu dei um sorriso simpático para as que sorriram, elas sabiam muito bem que eu era casado, e com um homem, mas mesmo assim ficavam me olhando, se elas fazem isso comigo, imagina com John.

_Você vai me buscar né Ry? -disse Melanie assim que me abaixei pra dar um abraço nela.

_Claro meu amor -ela me abraçou forte. Nós dois nos aproximamos ainda mais depois do que aconteceu, isso é uma coisa boa, mas o medo que ela sente ao sair da escola, ou ficar sozinha me incomoda um pouco, preciso dessa menina forte, para que eu fique feliz também- quando o sinal bater meu carro já vai estar aqui ok?

Ela assentiu com a cabeça, dando um sorriso de orelha a orelha e então beijou a minha bochecha para depois correr para dentro da escola e me deixar ali, encarando aquela cena feito bobo. As vezes não consigo acreditar como em pouco mais de um ano minha vida mudou, pra melhor.

Assim que eu estava entrando no carro novamente eu mandei uma mensagem para John, falando que já havia levado Melanie para a escola, em seguida dirigi até a empresa com pressa, eu estava praticamente atrasado para a reunião que eu vou ter com Lancaster, e ele não suporta atrasos, ainda mais em assuntos como esse.

Parei o carro na porta do prédio e então dei um suspiro, eu estava suando só de pensar em ter que tomar conta de tudo isso, pra valer. Dei um passo para frente e então entreguei as chaves do meu carro para o homem que me esperava guardar, ele sorriu e me cumprimentou, quando a palavra ''patrão'' saiu de sua boca eu não pude evitar de me sentir inflado.

Com um aceno eu cumprimentei todos ali até chegar no elevador, quase tive que esperar eles ele voltar, mas uma das funcionárias da empresa colocou a mão na frente das portas, fazendo com que elas voltassem para trás tempo o suficiente para que eu entrasse, dei um sorriso para ela, agradecendo a sua ação e então me olhei no espelho do elevador, ajeitando a minha gravata e todo o resto da roupa que eu usava.

Quando o elevador parou no andar que ficava a ex sala do meu ex chefe e a minha atual sala ele estava vazio, era o ultimo andar do prédio, Lascaster diz que ele escolheu esse andar para ele pra não ter que ficar ouvindo pessoas caminhando em cima de si, ele detesta essa sensação.

Coloquei o pé para fora do elevador com os dentes estampados em um sorriso sincero, assim que vi Lancaster. Uma coisa engraçada que devo comentar, ele não tem nenhuma doença terminal, na verdade, naquele dia ele só queria me fazer assinar os papeis para pegar parte das ações da empresa.

_Pronto para se tornar um homem de respeito Ryan? -brincou ele.

_Já sou um, agora vou me tornar um homem rico, e de respeito -ele deu uma gargalhada, e o seu advogado fez o mesmo. Cumprimentei todos que estavam ali com um aperto de mão, mostrando firmeza na hora do contato.

Lancaster estava apoiado em uma das quinas da mesa e quando paramos de conversar sobre assuntos aleatórios ele se sentou em uma cadeira para clientes ou funcionários, deixando a sua cadeira pra mim, confesso que fiquei com um pouco constrangido quando isso aconteceu.

_Bom, vamos começar? -perguntou o advogado.

_Vamos -respondeu meu ex chefe.

_Ok, eu quero que os senhores leiam esses papeis, uma, duas, ou até três vezes se for preciso, mas não assinem nada sem terem certeza do que estão fazendo -o homem d terno preto que falava enquanto tirava um emaranhado de papeis de dentro de sua pasta também achava que essa atitude de Lancaster é um pouco exagerada, mas como o homem paga o seu salário, ele não tem o que fazer.

Pegamos os papeis e eu comecei a ler, cada palavra que estava ali era capturada pelos meus olhos e interpretada pela minha cabeça de forma cuidadosa, eu não queria que nada acontecesse comigo, nem com Lancaster, que pra constar, estava assinando todas as linhas que deveria assinar sem nem mesmo ler.

Ele acabou antes de mim, e eu levei vários minutos para acabar de ler, algumas vezes ele me apressava ou fazia alguma piadinha tirando a minha atenção, eu gosto de ser amigo desse homem, ele era uma boa pessoa, e queria o bem pra todo mundo. Levei mais tempo do que achei que levaria para ler todos esses papeis, e quando acabei, fui obrigado a brincar:

_Olha, estou com duvida em alguns pontos, acho melhor terminarmos isso outro dia.

_Terminar outro dia é o caralho, eu te mato! -Lancaster começou a rir porque já havia percebido que era uma brincadeira- escuta aqui, vamos dar um jeito de assinar isso ai agora -ele jogou uma caneta para mim com agilidade- vamos, vamos! Quero me ver livre de tudo isso.

Como um homem pode querer se livrar do poder que tem?

Peguei a caneta que ele havia jogado para mim e senti meu coração bater mais forte, quando levantei aquele objeto ele parecia ter uma tonelada, mas o que pesava mesmo era a responsabilidade que eu estava adquirindo assinando aqueles documentos. Comecei a deslizar a caneta pelo papel, deixando em cada local marcado com um ''x'', o meu nome, e quando acabei, fechei todos os papeis juntando os mesmos, bati algumas vezes as folhas na mesa para ajeitá-las e encarei Lancaster.

_Se u não querer mais brincar, tem devolução? -ele riu.

_De jeito nenhum! Agora tudo isso aqui é seu, estamos entendidos? -fiz que sim com a cabeça, minha mão suava, meu peito batia mais forte e eu só queria sorrir- foi um prazer fazer negócio com você Ryan -disse ele, apertando a minha mão com firmeza.

[...]

Parei o carro dentro do estacionamento da cafeteria em que John combinou comigo via mensagem. Hoje o meu dia não foi muito produtivo, na verdade, acho que nada está sendo. Quero a minha vida de volta  eu tenho pressa com isso, quanto mais demora, mas parece passar essa droga.

Parei na frente de todas aquelas mesas e dei um sorriso ao avistar aquele homem, John estava sentado em uma mesa perto da janela, ele mexia em seu celular, encarando alguma coisa sério, eu adorava ver ele assim. Um dos funcionários da cafeteria veio até mim e perguntou se eu precisava de uma mesa, expliquei para ele e então ele se foi. John olhou para a porta e me viu, sorriu e então me chamou para me juntar a ele.

_Achei que não viria sr.Lockwood -disse ele, deixando o seu telefone de lado e prestando toda atenção que tinha naquele momento em mim.

_Não poderia deixar um encontro com um homem desses? -ele deu um sorriso e então chamou um dos funcionários até a mesa, quando o homem com um uniforme escrito o nome da cafeteria chegou, John pediu dois expressos pra gente, e eu simplesmente me calei, não tinha como rejeitar um expresso agora.

_Como foi seu dia? -perguntou ele.

_Bom, foi normal, mesmas coisas, mas agora a Lancaster é minha -ele deu um suspiro.

_Era pra você estar mais feliz com isso.

_Mas eu estou -me ajeitei na cadeira e então sorri de canto- eu estou feliz, mas é muita responsabilidade de uma vez só, acho que quando eu vim pra Nova York eu não estava pesando em conquistar tudo isso, acho que só queria ser secretário mesmo.

_Para, quando eu te conheci, você tinha muitos planos, lembro de um vez que te perguntei isso e você esfregou na minha cara que queria sair do escritório, que um dia queria crescer -ele passava os dedos em volta da tela do celular- agora que já tem tudo, não quer ser responsável pelas consequências?

_Bom, na teoria era muito fácil, sem falar que muita coisa aconteceu nesse meio tempo, e não, não estou falando sobre o que aconteceu nesses últimos dias -ele me encarou quando ouviu essas palavras saírem da minha boca- estou falando de coisas boas, conheci muita gente, comecei a namorar, estou namorando e tenho uma filha.

O sorriso que se formou em seus lábios foi uma das melhores visões que tive no meu dia, a primeira foi ver Melanie feliz com as suas amigas, demonstrando que os malditos fatos que me perturbam, não a afetaram como fizeram comigo.

_Eu acho que você é capaz de aguentar essa barra, você foi capaz de aguentar muita coisa que muita gente não seria -ele se remexeu com o seu desconforto- eu quero muito te ajudar, e vou -por um segundo parecia que ele estava falando aquilo para me encorajar, mas eu sabia que era verdade- ainda mais agora, que nós dois somos donos de empresa.

_Quero deixar bem claro que te ajudarei a cuidar de sua empresa também, as coisas são difíceis e eu sei como elas funcionam -fiz cara de quem estava por cima na situação para quebrar o gelo- ainda mais agora que eu não sou apenas um funcionário comum, eu sou como os chefes deles.

_Nossa, que medo desse chefe -ele iria falar algo que ninguém poderia escutar, sei disso porque sua boca se fechou quando o garçom chegou com os nossos cafés- eu quero muito subir aquela empresa novamente, mas sei lá, agora tenho muito mais dinheiro que tinha antes, e vai ser quase impossível fazer isso.

_Bom, eu achei que era quase impossível dar uma boa vida para os meus pais, agora eles estão lá, e eu aqui, com uma vida melhor do que achei que eu poderia ter -olhei em seus olhos e então dei um gole no meu café, que estava uma delicia tirando o fato de eu ter queimado a minha boca- eu vou estar do seu lado para te ajudar.

_As vezes acho que não quero a sua ajuda -ele explicou essa frase antes mesmo que eu perguntasse o porque dela- bom, eu acho que você sabe lhe dar com os fatos bem melhor do que eu, você não está passando por um dos melhores momentos da sua vida e mesmo assim quer me ajudar.

_John, eu não quero falar nisso, não aqui e nem agora -mexi em minha gravata para afrouxar o laço da mesma quando aquilo começou a me incomodar- eu quero te ajudar, fiz esse juramento quando me casei com você, então é o que eu vou fazer.

_Mesmo assim -começou ele.

_Mesmo assim nada -dei mais um gole no meu café- vamos trocar de assunto, ainda tenho que buscar nossa filha na escola.

[...]

Pegamos Melanie na escola, sim, nós dois, John não foi para a cafeteria de carro, ele preferiu deixar o carro na empresa pra ir embora comigo, o que foi uma graça da parte dele. Quando paramos na porta da escola a cara que as mães das outras crianças fizeram quando eu e ele pegamos Melanie na saída foi a melhor.

_Como foi a aula querida? -perguntou John enquanto jantávamos.

_Foi boa papai, a professora corrigiu a prva na mesma hora que entregamos, minha nota está boa -ela sorriu- e o de vocês dois?

_Eu ganhei uma empresa de presente -falei e ela arregalou os olhinhos. As vezes, quando ela faz esse tipo de coisa, ela me lembra que não é uma adolescente.

_Isso é bom! -ela deu uma grande colherada em seu prato de comida- minhas amigas me disseram que elas acham vocês dois muito lindos, e eu descobri também que um dos meninos da escola também é criado por um casal de homens.

_Que legal filha -completou John- eu quero saber dessa história depois.

_Já fez o dever? -perguntei.

_Não, na verdade eu não tenho -ela sorriu- quando eu estava no recreio a minha amiga brincou comigo, eu acho que estou gostando de um menino da minha sala -ela trocou de assunto e John ficou enciumado- mas calma, não quero nada com ele, só a flor que ele me deu hoje.

_Sabe que você é nova pra isso né filha? -disse ele.

_Sim papai, não quero namorar agora -ela sorriu para ele com aqueles dentinhos brancos, mesmo depois da comida- posso ir dormir? Estou com sono, prometo que escovo os dentes antes de me deitar.

_Pode -respondi antes de John- mas nada de ficar jogando no IPad até tarde, amanha você tem aula de balé quando acordar.

O psicólogo disse que colocar Melanie para fazer atividades como essas ajuda bastante na hora de esquecer o que aconteceu a uns dias. Isso é bom para ela, e não tem como falar que essa menina não se diverte com as aulas, acho que é por isso que ela está lidando com isso melhor do que eu. Queria que o meu tratamento fosse passivo como o dela.

_Eu sei, prometo que não vou.

[...]

Eu estava deitado, havia acado de tomar banho e o sono já estava fazendo com o as minhas pálpebras começassem a ficar pesadas quando John passou a mão pela minha cintura e então me puxou para perto dele. O toque dele me assustou de incio mas logo me acalmou quando seus lábios começaram a beijar a pele do meu pescoço.

Dei um sorriso que não foi visto devido a escuridão que o quarto se encontrava e então me virei para ele, eu sabia o que John queria naquele momento e estava disposto a dar aquilo para ele, fazia alguns dias que não transávamos e ele tinha essa necessidade, não tem como negar isso, ainda mais quando ele vem tentando a um tempo.

Subi em cima dele bem devagar e então comecei a beijá-lo, nossas linhas se entrelaçaram e então ele aprofundou o beijo, fazendo-o ficar cada vez mais quente. Por mais que ambos quiséssemos um sexo como o de antes, com força, John sabia que me foder no momento não era uma das melhores coisas para me ajudar.

Com todo cuidado ele veio descendo suas mãos pelas minhas costas, fazendo o máximo para que eu não percebesse, dei um suspiro e então ele enfiou a sua mão por dentro da minha cueca, congelei. Aquilo ainda me fazia lembrar de Greg.

Para ter melhor controle da situação John com um movimento me virou e subiu em cima de mim, seu peso me pressionou contra a cama e eu tentei não demonstrar que aquilo estava me assuntando. Sua linguá começou a passear pela minha barriga, que estava nua naquela hora- e foi descendo aos poucos.

Meu corpo deu um espasmo quando ele abocanhou o meu pau e eu apertei a primeira coisa que eu vi, estava bom tudo aquilo, mas eu estava com nojo de mim mesmo. Abri os olhos quando percebi que eles estavam fechados e então gemi, mas não de prazer.

Estava dando graças pela luz do quarto estar apagada e John não estar vendo a minha reação, pelo menos os sons eu conseguia manipular para dar prazer a ele. Tudo aquilo que ele estava fazendo era bom pra mim na mesma intensidade que era ruim, eu só tinha que saber lhe dar com o que estava acontecendo.

_Eu quero te sentir dentro de mim -falei quando não estava mais aguentando ter sua boca em mim, me engolindo por completo.

Ele não disse nada, sabia o que tinha que fazer e fez da força que só ele sabe. Me virei de bruços pois essa era uma das poucas posições que eu poderia esconder o que eu estava sentindo e suspirei quando ele subiu em cima de mim novamente. Com um pouco de dificuldade eu passei o lubrificante -que agora usamos- para John, que me lambuzou com aquele gel, na tentativa de me deixar mais confortável.

Apertei os olhos novamente quando ele entrou dentro de mim, antes essa dor me dava prazer, mas agora ela me fazia lembrar o nojento de Greg. John começou a fazer movimentos curtos e bem lentos conforme ele conseguia, sua boca percorria a minha pele e eu me arrepiava enquanto um nó se formava na minha garganta.

Nunca estive tão confuso com as sensações que o meu corpo estava sentindo, acho que os poucos flashes de prazer que sinto é graças as torturantes horas que eu passei naquele consultório.

John, por sua vez começou a fazer movimentos rápidos, acho que ele estava extasiado muito antes do tempo, as vezes isso ocorre quando estamos a um tempo sem sexo, o que estava acontecendo com ele. Com movimentos fortes ele entrava e saía dentro de mim, atolando tudo o que tinha ali dentro, minha entrada ardia enquanto eu a contraía contra a minha vontade.

_Porra, que delicia -disse John, mas não foi a sua voz que eu ouvi. Meu corpo inteiro se contraiu e eu já estava segurando para não chorar. 

Os movimentos não cessaram, ele foi me preenchendo cada vez mais enquanto eu rezava para aquilo acabar. Vários pensamentos percorriam a minha mente em alta velocidade e se misturavam com os gemidos que saiam da boca de John, que com algumas ultimas estocadas acabou gozando dentro de mim.

E tudo aquilo só me fez querer uma coisa ainda mais, a minha vida de volta.


Notas Finais


COMENTEM O QUE ACHAM SOBRE ISSO TUDO AQUI EM BAIXO
VOU LER E RESPONDER TUDIN COMO TO FAZENDO
AMO VOCÊS E DESCULPA QUALQUER COISA.


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