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História The Choicen Ones - A Seleção - Interativa - Nem todas são como você, Bridget.


Escrita por: hanning e sxpa

Notas do Autor


Oláááááá!
Eu sou o Felipe Net... Não, calma
Mais um cap de TCO!
E nele tem tiro, porrada e Bridget!
Beijinhos

Capítulo 11 - Nem todas são como você, Bridget.


The Choicen Ones
Capítulo 10 — Nem todas são como você, Bridget
Palácio da Família Real — 20 de Julho
Narração por Matthew James Cambridge

Saímos da sala completamente exaustos, e, mesmo eu não querendo, ainda faltava muito para o dia chegar ao fim. Conhecemos muitas garotas diferentes hoje e poucas foram as que chamaram mesmo a minha atenção de fato. Talvez seja pela minha fome, porque eu estava prestes a desmaiar.

As meninas estavam enfileirados, uma ao lado da outra, nos olhando com expectativa. Menos algumas como Athena, que batia o pé, de braços cruzados, e a Rafaella, que estava com as mãos nas têmporas e olhando para barriga. Ambas tão pouco me chamaram a atenção, que eu tive que dar uma leve risada.

Assim que Christian chegou ao meu lado, repassou sua fala baixinho, respirou fundo e ergueu a cabeça preparado para falar o que tivesse que dizer.

— Senhoritas, sei que estão com fome, assim nós também estamos, então peço para que se dirijam à sala de jantar. Porém, antes disso, quero agradecer a sinceridade de vocês em nossa primeira conversa, e ansiamos pela próxima oportunidade de nos encontramos novamente, o que não vai ser muito difícil, espero. Então, estamos logo atrás de vocês, porque, se não, é capaz de Matthew morrer de fome agora mesmo. — Pausa ele olhando para mim esperando a minha aprovação. Eu assinto.   

— Verdade. — Falo rindo e batendo em minha barriga. Todos riem juntos, até Margot. Fiquei contente com isso, com o clima em que nossa casa estava. As Selecionadas estão fazendo um bem e tanto.

Christian retoma a palavra.

— Bom, a Vossa Majestade, Rainha Bridget, espera por vocês na sala de jantar. E, como eu disse, estamos logo atrás de vocês. Uma boa refeição para vocês, Senhoritas. — Termina ele, com uma piscadinha e se juntando à mim, à Nicollas, e à Audrey. As Selecionadas fizeram uma revêrencia e se prepararam para se retirar. Grace andava rapidamente para tentar chegar perto das Selecionadas, que já estavam na porta, sem parecer inadequada. Mal sabia ela que nós nem ligavamos para esse tipo de coisa.

—  Uma figura essa menina. — Nota Audrey rindo.

Ambos assentimos e minha barriga começa a roncar.

— Pois é, mas vamos logo. Ai, ai, já estou até pensando na comida. — Digo sonhador, enquanto saiamos da sala. — Não me culpem se eu confundir vocês com uma torta e sair correndo atrás dos senhores. Oh, não, já começou. Nossa Christian, desde quando você teve esse cheiro, ah é calda, e de morango! — Brinco e começo a correr atras dele, que começa a me bater. Audrey ri e nos separa.

Nicollas levanta a mão, pedindo silêncio.

— Vocês estão ouvindo isso? — Pergunta ele, assustado.

Até aquele momento, eu não ouvira nada, mas havia um som, não, uma gritaria abafada de uma voz conhecida.

Nos entreolhamos.

— Bridget. — Dizemos em uníssono e saímos correndo atrás delas.

▪▪▪▪▪

Ao chegarmos perto da sala de jantar, a Rainha ainda falava. Ouvimos um pouco atrás da porta.

— ... Não quero um erro se quer! E não me importa de quem seja a Seleção, vocês estão no MEU palácio, na minha casa, e obedecerão as minhas regras. Eu não...— Por intuito, eu abri a porta e entrei na sala, indo direto para o centro do lugar, ao lado de Bridget. As meninas levantam, para fazer uma revência, todas estavam com uma cara de não estar entendendo nada. 

Eu assinto e elas sentam novamente. Nicolla, Christian e Audrey se posicionaram ao meu lado.

— O que está acontecendo aqui? — Pergunto entre os dentes.

Ela inclina a cabeça, com se não tivesse entendido a pergunta e fala:

— Eu estava dizendo que essas... Menininhas, não devem cruzar o meu caminho sob hipótese alguma. Se elas quiserem morar debaixo do meu teto, tem de haver respeito e ser tudo perfeito. — Termina ela, dando meia volta e indo para o seu lugar na mesa principal. 

Como ela pode pensar nisso? As meninas nesta sala estão aqui pela e para a gente, não por ela.

— Você está completamente errada. — Falo.

Ela vira a cabeça lentamente na minha direção com um ar assassino que eu já conhecia muito bem, como que diz "Como você ousa me desafiar?".

— Como é que é? — Pergunta a mesma. Dou uma olhada nas Selecionadas, que estavam nos olhando como quando se assiste á um jogo, esperando o próximo jogar os dados para ver quem iria ganhar.

— Continuaremos essa conversa depois. — Falo para a Rainha e me volto para as Selecionadas. — Por favor, nos desculpem por isso e voltem à seua refeições. — A maioria fingira ignorar o que acabara de acontecer e fizeram o que eu pedi, enquanto o resto estava confusas ou com raiva; Já Amber estava curiosa, porém, assim que me viu observando, lançou uma piscadinhas e jogou a franja para trás e voltou a comer.

Ótimo, primeiro dia no palácio e elas já estão com uma má impressão de nós.

▪▪▪▪▪

Assim que acabei de comer, eu estava tão, mas tão feliz, que pensei que iria explodir. Comer sempre foi o meu fraco.

Me despedi das poucas meninas que ainda estavam lá, e fui para o meu quarto. Porém, ao passar pela sala de musica vi um ser de cabelos castanhos cumpridos, sentada a beira do piano sem conseguir tocar. Era uma das Selecionadas, hum... Qual era o nome dela? Ah sim, April Grace. Ela lia, relia, lia, relia as partituras, e sempre que começava a tocar, nunca terminava. Chego na ponta dos pés, e vou para atrás dela.

— Ora, ora, ora, quem está aqui? — Grito, dando-lhe um susto. Ela joga todas as partituras, as deixando cobrirem o chão, enquanto a mesma quase cai da cadeira onde estavam. Quando ela vê que sou eu, levanta totalmente atrapalhada, e faz uma revêrencia mal feita, tombando o pé esquerdo.

— Alteza, o que está fazendo aqui? Digo, o que me dá a honra de sua companhia? Porquê é certo de que você more aqui, então quem não deveria estar aqui sou eu... Do que eu estava falando mesmo? — Pergunta ela. Solto um riso por causa da sua confusão. Ela é muito atrapalhada, o que é o seu diferencial dentre as outras.

— Primeiro, quando não estamos na frente de alguém importante, você não precisa fazar uma revêrencia; Segundo, é só Matthew. E Terceiro, você me deve uma música, ainda não sei se você sabe mesmo cantar. —  Explico á ela. April levanta a cabeça e cruza os braços. A menina tem uma teimosia que meu Deus! Essa vai dar trabalho.

— Canto quando você quiser, é só mandar a batida. — Responde ela.

— Você não vai saber a música mesmo. Mal sabe tocar piano. É uma amadora. — A provoco já indo para o piano. Ela fica vermelha de raiva e chega bem perto de mim. A mesma fica da ponta dos pés, para chegar na minha altura. 

—  Então veremos, Alteza. — Desafia ela, com um sorriso irônico.

Sinto o meu rosto queimar. Ela estava tão perto de mim, que eu conseguia sentir o cheiro de seus cabelos, eu não gostava dela, disso eu sabia, porém ela era diferente das outras e... Não, espera, eu nem conhecia as outras de verdade ainda. Pode parar mente.

April se afasta com um sorrisinho no rosto.

— Tá vermelhinho, é? Vamos logo com isso, ou você não sabe o que tocar? — Provoca ela com um riso de mostrar as covinhas. Ah não, convinha não.

Dou uma gargalhada. Começo a tocar uma letra que eu conhecia muito bem, pois fora uma das primeiras que eu aprendi. Ela começava bem lentamente, depois o ritmo aumentava para voltar ao lento.

April se posicionou ao lado do piano, respirou fundo com os olhos fechados e ao abri-los, começou a cantar bem baixinho, envergonhada.

Easy come, easy go, that's just how you live oh

Take, take, take it all, but you never give

Should have known you was trouble from the first kiss

Had your eyes wide open,

Why were they open?

Conforme a música foi avançando, ela aumentava o tom, até começar a se balançar, dançando com a musica. No refrão, ela estava tão confortável que era quase como se ela nem forçava para cantar, o som saia sem força alguma. Sua voz era de outro mundo, uma das mais bonitas que eu já havia ouvido. De alguma forma, ela tornou a música ainda melhor do que já era.

A música terminou, e ela estava um pouco sem fôlego.

— Então, o que achou? — Pergunta ela, se apoiando nas costas do piano.

— Tenho que admitir que você canta maravilhosamente bem. — Admito.

Ela dá de ombros, modesta.

— Que voz maravilhosa foi essa? Ouvi do final do corredor. Era você? — Pergunta uma voz entrando na sala. Era Esther.

— Ah, oi Esther! — April disse animada. Pareciam já se conhecerem.

— Era você, April? — Esther perguntou, então April assentiu. — Sua voz é linda! — Disse e depois notou a minha presença — Ah, Alteza! — Ela falou prestes a fazer uma revêrencia.

— Sem revêrencias desnecessárias, por favor! Ah, e apenas Matthew. — Falei, e ela deu de ombros. — Parece que temos três pessoas que tocam aqui...

— Verdade! Quem sabe, a gente não faça um torneio qualquer dia? — Esther sugeria e me empolguei com a ideia. 

— Sim! Que tal, April? — Perguntei e ela assentiu.

— Pode ser.

Nesse momento, Christian aparece na porta da sala.

— Matthew. Bridget está nos chamando.

Narração por Nicollas Maurice Cambridge

Saí do salão dos homens, indo até meu quarto. Eu realmente precisava de espaço, já que há 21 meninas aqui. Seria impossível não esbarrar em uma a todo instante. 

— Alteza. — Ouvi uma garota atrás de mim e me virei. Era Isabelle. 

— Isabelle. — Falei com um pequeno sorriso. Isabelle fez o mesmo e continuou andando no caminho oposto ao meu.

Eu disse que seria impossível. 

Subi até o terceiro andar, onde as Selecionadas não poderia ir sem permissão, ou seja, onde se localizavam os aposentos reais. 

— Nicollas! — Ouvi alguém me chamando e me virei. Era Audrey. Ela vinha correndo e depois parou, segurou no meu ombro, e começou a respirar. — Tenho que lembrar de fazer caminhadas com o Christian todo dia! Só essas escadas já me matam! — Falou e eu ri.

— Se você vir correndo, matam mesmo, Audy. Afinal, qual o motivo de você vir até aqui?

— Bridget. — Meu sorriso cessou. — Ela está convocando os três no seu escritório.

— O que ela quer? — Perguntei e Audrey deu de ombros.

— Não faço ideia. Mas deve ser importante, já que ela quer os três.

— Ou apenas mais um dos caprichos de Bridget. — Falei e Audrey assentiu. Começamos a andar em direção até o escritório da rainha.

▪▪▪▪▪

Girei a maçaneta e entramos no escritório. Christian já estava lá, claramente contra a sua vontade. Já Matthew, brincava com as unhas.

— Audrey, saia. — Bridget falou e Audy estava prestes a ir, porém segurei seu braço.

— Ela fica! — Ordenei e Bridget me olhou como se fosse me assassinar. — Estamos nós quatro aqui, por que ela não pode ficar? 

— Porque ela é inútil. — Bridget disse e eu cerrei o punho, mas Audrey me segurou. — Mas, já que deseja, eu permito. Apenas hoje.

— Será que poderia começar logo? — Falou Matthew.

— Claro querido. — Bridget disse e revirei os olhos. — Agora tem garotas aqui por vocês. Claro que todos sabem, que elas estão pela coroa.

Nem todas são como você, Bridget. — Christian disse e eu concordei. A bruxa apenas revirou os olhos.

— Você sabe que estou falando a verdade, Christian. E parem de me interromper! — Ela gritou, posicionado suas pulseiras da maneira que ela julga correta. — Não quero que tudo isso passe de dois meses, então, eliminem logo alguém! 

Todos nós nos entreolhamos. Era impossível escolher uma esposa em tão pouco tempo! Até Matthew tinha achado a ideia absurda!

— Mãe, só tivemos contato uma vez com as Selecionadas. Impossível eliminar alguém agora! Ainda temos que conhecê-las direito. — Todos nós assentimos. Audrey estava evitando dar muitas opiniões, temendo a rainha.

— Pela primeira vez na vida, eu concordo com o Matthew. — Christian disse e Matt revirou os olhos, como sempre.

— Concordamos. — Falei. Eu esperava que Bridget falasse alguma coisa, mas ela apenas nos encarou e começou a rir.

— Que patético! Não precisam de todo esse drama. Não é como se vocês fossem escolher um vestido novo, são apenas esposas. — A Cruela disse e continuou a rir. Minha paciência estava se esgotando, pouco a pouco.

— Não, Bridget, não é apenas uma escolha de vestido. É muito mais que isso. É alguém que vai passar o resto da minha vida comigo. É a futura rainha, ou as futuras princesas de Cambridge. E, diferente de todos, você não vai poder descartá-la como fez com o nosso pai. — Falei, não me preocupando com o que ela poderia fazer. Bridget não conhecia limites, e estava disposta a tudo.

A rainha se levantou. Realmente achei que ela fosse me dar um tapa, mas ela apenas manteve sua postura séria. 

— Primeiramente, seu pai morreu de causas naturais. — Falou, depois começou a rir. — Já que você é tão tolo a ponto de imaginar que o amor existe — Bridget disse, sentando-se novamente — vou dar um prazo maior. Porém vocês vão ter que falar logo com essas garotas.

— Como? — Matthew perguntou. Eu também não havia entendido, já Christian não esboçou nenhuma reação.

— Vocês chamam de encontro. Eu chamo de perca de tempo. 

Gelei. Eu nunca havia tido um encontro na vida. Ainda menos ter que convidar uma garota para um. Christian parecia ter tido a mesma reação que eu, já Matthew aparentava estar à vontade.

— E como a gente vai fazer isso? — Perguntei.

— Se virem. Agora saiam! — Ela gritou. Bipolaridade era sinônimo de Bridget. — Ah, e Matthew. — A rainha falou, e apesar de só ter chamado o Matt, todos nós nos viramos. — Eu não esqueci como você falou comigo.

▪▪▪▪▪

Passei cerca de uma hora tentando descobrir como convidar uma garota para um encontro. Porém, mais difícil que descobrir como convidar uma garota, era descobrir qual garota convidar. Sophie, Kênia, Amélie, Leonor... tantas garotas incríveis e eu preciso descobrir qual convidar.

Depois de horas lendo e relendo cada ficha, decidi ir até à biblioteca. Topei com Kattrina e Giovanna no caminho, mas foram apenas comprimentos. Cheguei a biblioteca e estava praticamente vazia. As garotas deveriam estar no Salão das Mulheres, ou nos jardins. Caminhei até uma das prateleiras e observei cada uma das etiquetas, a maioria já lidas. 

— Procurando algum livro, alteza? — Me virei e dei de cara com Louise. 

— Ah, olá Louise. — Falei e ela fez uma reverência. — Sim, porém a maioria eu já li. — A respondi. Acabei lembrando que Louise fazia parte da minha Seleção. Engoli em seco.

— Bom, deixe me ver... — Louise começou a procurar algum livro. Tremi por alguns instantes. É agora ou nunca.

— Louise? — A chamei e ela se virou. 

— Sim?

— Você queria... ann... sei lá, a gente podia... Se encontrar mais tarde? — Falei temendo uma resposta negativa. Louise me olhou e sorriu.

— Claro! Que horas?

— Acho que... quatro horas. Pode ser? — Perguntei, ainda tremendo.

— Claro. — Ela falou e se virou novamente para a estante, puxando um livro. — Aqui está. Dom Quixote. Nunca leu? — Louise disse me entregando um livro. 

— Não. Todos conhecem, porém nunca me interessei muito. — Respondi, ainda um pouco incrédulo por ter marcado um encontro.

— Então, agora é a hora! Já vou indo, até o almoço, alteza. — Louise disse com uma reverência. 

— Até, Louise. — Falei e em seguida a loira saiu.

Eu realmente não acreditava que tinha marcado um encontro. Não foi tão difícil assim, porém eu estava prestes a desmaiar.

A Seleção, apesar de tudo, não seria tão fácil assim.


Notas Finais


Voltei.

Todo mundo que matar a Bridget, sim ou claro?

Em breve, novos capítulos!
Beijinhos!

Música que a April cantou: https://youtu.be/2k1_YAX6b9c


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