História The extinction - Uncertainties

Abri meus olhos e levantei- me da cama. Estava tão bom, mas agora vou ter que acordar, levantar e ver o rosto de pessoas que eu estou brava e não sei nem ao menos porque. Oh vida!

Despi-me e entrei no box, sentei no chão e comecei a chorar. Por quê? Bom, pra começar eu sinto falta dos meus pais. Eles sempre estavam ao meu lado, minha mãe ela me ajudava, ela... ela me dizia o que fazer, ela me incentivava a viver. Meu pai, meu querido papai. Ele me dizia para ser forte, ele fazia de tudo para deixar eu e minha mãe seguras e felizes, ah que falta que eu sinto deles.

Segundo, eu nem sei se há segundo, mas, eu só queria ter alguém para confiar meu segredo, há meu segredo. Não sei se existe alguém que eu possa confiar tanto, o que poderiam fazer comigo se descobrissem?! Tudo bem, amos esquecer isso, hoje em dia tenho mais com o que preocupar, quer dizer nem tanto assim (autora on: isso tem haver com o segredo. Autora off).

Lavei meus cabelos tão devagar que parecia um jaboti se movimentando. Eu o lavava se 3 em 3 dias, também preciso zelar meus pertences, afinal eles são extremamente difíceis de conseguir um tão bom.

Tirei cada sujeira que ainda havia no meu corpo. Depois de 15 minutos, eu saí do box e tirei aquele vapor do espelho e me observei. Eu estava mais alta e mais magra. Ainda tinha um corpo bem definido mas mais magro. Meu rosto não tinha mais machucados apenas pequenas cicatrizes.

Saí do banheiro e abri meu armário. Peguei um short e coloquei uma camisa (capa da fanfic) e fiz uma trança que caia sobre meu ombro.

Desci as escadas e me deparei com o... nada. Sou tão sozinha, claro eu gosto de ficar quieta mas não gosto da solidão para sempre. Fui para a cozinha e abri o armário. Quando ia pegar o cereal, parei e pensei melhor. E se eu voltasse a fazer bolos? Antes de a praga começar eu adorava fazer bolos, eu fazia o melhor bolo do bairro.

Peguei ovos, leite e essas coisas. Vou fazer uma torta de maçã. Só falta algumas coisas e eu vou ir lá a Carol na despensa para pegar o que falta.

Peguei minha faca e pus na cintura, calcei minhas botas e saí para a rua. Por sorte não há muita gente andando por aqui. Desci as escadinhas e comecei a andar tranquilamente até a despensa, que não fica muito longe daqui.

Enquanto andava eu comecei a pensar. O que deu em mim ontem? Por que eu fiquei tão triste quando a Enid beijou o Carl? Acho que não foi por isso, eu estava com um pouco de sono mesmo. Eu nem percebi que já tinha chegado na despensa.

Eu nem pensei em bater na porta, apenei entrei.

Eu: oi, alguém?

Estranha: oi, oi- falou uma senhora brotando sabe Deus de onde.

Eu: ai que susto- falei já com a mão na faca.

Estranha: desculpe. Eu te conheço?- perguntou

Eu: a não, sou nova. Cheguei a 2 dias. Prazer, sou Sophie Watson- falei estendendo a mão.

Estranha: Olivia- disse apertando minha mão e sorrindo- mas o que você quer por aqui?

Eu: eu quero fazer uma torta e preciso de algumas coisas.

Olivia: depende, do que precisa?

E assim eu comecei a falar de tudo que precisava e a ajudei a pegar e arrumar para mim.

....

Estou sentada no sofá, quer dizer jogada. Acabei de terminar meu bolo e peguei outras coisas com  a Olivia. O bolo parece maravilhoso, e estou esperando assar.

Eu: AFFS, CANSEI DE NÃO FAZER NADA- gritei, não muito alto.

Saí pra varanda e parei perto da escada. O que eu vou fazer? Vou atrás da Deanna ou da Maggie, quem sabe eu não acho alguma coisa para fazer.

Comecei a caminhar pelas ruas e depois de um tempo finalmente achei a Deanna, ela estava conversando com a Maggie e outras pessoas.

Eu: oi, Deanna?- cheguei meio que atrapalhando a conversa deles.

Deanna: sim?- falou um pouco grossa por que eu havia atrapalhado o “papo” deles.

Eu: eu queria saber se não teria algum trabalho pra mim.

Deanna: pode ir lá com a Olivia, ela deve ter alguma coisa pra você fazer- disse virando de costas pra mim.

Eu: hum, tudo bem- e comecei a me afastar deles.

...

Cheguei na despensa e bati na porta, depois de um tempo Olivia abriu a porta.

Olivia: oi...- e olhou para o meu rosto- Sophie.

Eu: oi Olivia. A Deanna me mandou aqui, ela disse que você poderia me dar algo pra fazer- disse com um sorriso no canto da boca.

Olivia: ah sim, eu devo ter alguma sessão de enlatados para arrumar ou o depósito de armas, também preciso terminar de anotar o estoque de frutas, enlatados e essas coisas - ela olhou para uma tabela que tinha nas mãos e olhou pra mim - você chegou em uma boa hora.

Eu: tudo bem então- disse entrando.

Depois de um tempo que eu estou arrumando os enlatados ela começa a puxar assunto lá do depósito das armas.

Olivia: então... já fez sua torta?- disse um pouco baixo.

Eu: sim, ela parece estar boa. Eu agradeço por me dar o que havia faltado- disse lembrando que tinha esquecido de agradecer.

Olivia: por nada.

E assim eu continuei meu trabalho.

...

Depois de uma meia hora arrumando finalmente terminei de arrumar.

Eu: Olivia- gritei não muito alto.

Olivia: oi- apareceu não sei de onde.

Eu: terminei, tem mais alguma coisa?- perguntei me espreguiçando.

Olivia: não, não. Pode ir- disse sorrindo.

Eu: tudo bem- e comecei a ir em direção a porta.

Quando estava para abrir a porta Olivia me chamou.

Olivia: Sophi (apelido dela).

Eu: oi- disse virando.

Olivia: quero um pedaço da torta- disse sorrindo.

Eu: ah, claro- disse retribuindo o sorriso- até.

E assim saí e andei calmamente pela rua. Enquanto andava vi Carl, Pedro, Mikey, Calum e as garotas. Nem liguei, apenas acenei com a cabeça.

Já estava chegando em casa e apressei o passo pois não queria conversar hoje. Cheguei, entrei e fui diretamente para a cozinha. Bem na hora o despertador- que eu pus para não esquecer de tirar o bolo do forno-  tocou. Eu desliguei ele e fui pegar minhas luvas para não me queimar com a forma quente.

Peguei, tirei e desenformei. Estava tão bonito e um cheiro maravilhoso.

Subi as escadas e entrei no quarto. Está um pouco quente e estou suada, preciso de uma ducha.

Despi- me e entrei no box, tomei meu banho gelado e logo saí. Pus um short meio curto- já que não vou sair pra nem um lugar- e uma camisa simples.

Desci as escadas e fui na cozinha, quando cheguei lá fui arrumar a torta. Enquanto cortava ela em pedaços eu ouvi um barulho.

Virei- me e não vi nada. Devo estar ficando maluca. E continuei a cortar a torta.

Enquanto cantava distraidamente eu ouvi de novo um barulho mas antes de olhar pra trás tamparam minha boca. Eu tento dar um grito mas não dá. Antes de ser arrastada eu pego a faca e mordo a mão do meu “  raptador”.  Dou um giro e aponto a faca pro .... Carl?! O que esse filho da mãe foi fazer me assustando?! Agora ele está se contorcendo por causa da mão.

Eu: mas que merda que você tava fazendo?!- perguntei exaltada.

Carl: eu só estava tentando te fazer uma surpresa. Ai- disse apertando a mão.

Eu: bem feito- disse rude.

Carl: por que você foi embora cedo ontem? Por que não falou com ninguém hoje? Por que está tão grossa comigo?!- perguntou sentando na bancada.

Eu: primeiro, bancada não é lugar de sentar, segundo, eu estava com sono, terceiro, eu não estava afim de papo e quarto por que ainda não quero conversar com ninguém.

Carl: hum tá, eu posso ficar aqui?- perguntou saindo da bancada.

Eu: não- disse grossa.

Carl: e se eu fizer você mudar de opinião?- perguntou se aproximando de mim.

Eu: não-o vou mudar de opinião- disse gaguejando um pouco enquanto me afastava.

Carl: mas, e se eu tentar- disse enquanto se aproximava mais.

Eu: Carl. Sai daqui agora- disse começando a aumentar o tom de voz.

Carl: mas, Sophi eu preciso conversar com vo...

Eu: por favor, estou ocupada!- disse apontando para a porta.

Carl: tudo bem, até depois Sophie- disse saindo com a cabeça um pouco baixa.

Assim que ele saiu eu me joguei no sofá. Mas o que deu nele? Qual era a intenção dele? Eu só não entendo o por que de eu começar a sorrir. Acho que deve ser a graça de ele ter se aproximado tanto... Ou... Ou não?