1. Spirit Fanfics >
  2. The Fallout >
  3. Playing God

História The Fallout - Playing God


Escrita por: CoalaBeterraba e Naaatchu

Notas do Autor


OOOOOOOOI MINHAS PAÇOQUINHAS :D
Tia Nah está aqui com um capítulo mais quentinho que pão de queijo recém saído do forno kkkkkk
Espero que vocês gostem do capítulo que foi feito com muito carinho (como todos feitos tanto por mim quanto pela Coala) e que leiam a TSK. Volto a dizer: Lá tem um lado da história que não estamos contando aqui.
Só não se apaixonem pelo Haner kkkkk
Esse capítulo foi feito com a música Playing God da banda Paramore <3 Recomendo muito <3
Boa leitura

Capítulo 18 - Playing God


Nat

Eu estava flutuando. Ou algo bem parecido com isso.

Estava deitada sobre algo macio, acima de mim estavam milhares de estrelas brilhando fortemente. Uma estranha névoa branca fazia cócegas no meu nariz.

Devagar, levantei e encarei o lugar onde eu estava. A sensação de reconhecimento logo veio e eu soube onde estava: em casa. Dei alguns passos um pouco insegura sobre as nuvens fofas que mais parecerem névoa e comecei a caminhar pelo céu.

Como vim parar nesse lugar? Da última vez que vim pra cá fui jogada em uma cela e algemada, de um jeito nada erótico, para esperar meu julgamento. Um anjo caído não pode voltar quando deseja a não ser que seu receptáculo venha a falecer.

- Merda – murmurei ao constatar que o corpo de Samantha não deve ter suportado as torturas de Haner – Mil vezes merda!

Chutei um monte fofinho de nuvens que logo se desmanchou espalhando várias partes brancas pelo ar.

- Não se deve usar tal palavreado aqui – ouvi uma voz dizer.

Virei meu rosto para ver quem era o locutor da voz e me encontrei uma grande e imensa bola de luz cegante.

- Meu Senhor – minha voz falhou e eu gaguejei, mas acho que Ele já está acostumado com pessoas gaguejando diante de Sua presença.

- Filha – a voz não parecia ser feminina ou masculina, jovem ou velha. Era impossível dizer a verdade idade ou sexo da Grande Bola de Luz Cegante e eu sei que isso é de propósito – Seu receptáculo ainda está bem. Graças aos poderes de cura que conseguiu quando você passou a usá-lo, mas não sei por quanto tempo mais aquele corpo irá aguentar.

- Meu Senhor – chamar a Grande Bola de Luz de Grande Bola de Luz pode ser considerado algo ofensivo e esse é um cara que não se deve irritar. Todos conhecem o Velho Testamento, certo? – Não sei por que fui trazida até a Sua casa novamente, minha missão está longe de ser cumprida.

- Você chamou por mim – a luz ficou um pouco mais fraca – De todos os meus Filhos, tu és a única que nunca havia me chamado nem mesmo nos momentos em que quase perdeu a esperança. Não pude ignorar teu pedido por ajuda.

Rapidamente a lembrança sobre Ashley apanhando e morrendo diante de mim me veio à mente. Eu realmente chamei por Deus pela primeira vez desde que caí.

- O Senhor irá me ajudar? – perguntei esperançosa.

- Não posso atrapalhar tua jornada – o céu começou a clarear e as estrelas aos poucos foram diminuindo o brilho – Tudo pelo que está passando agora é um teste para um desfaio ainda maior.

- Outro desafio? Mas e a minha missão?

- Gabriella vai precisar de tua ajuda em breve e o fim da missão que foi concedida á vocês se aproxima.

Gabriella precisando a da minha ajuda? Eu sou mais fraca e sagaz que ela, como alguém que consegue ser tão violenta quanto um dos servos de Crowley pode precisar da ajuda de alguém como eu?

- Gabriella pode ter encontrado seu amor, mas eu – suspiro involuntariamente – Não sei se sou digna de cumprir tal missão, meu Senhor.

- Existe um ditado popular que gosto mundo no qual é dito que escrevo certo por linhas tortas. Teu nome veio do feriado criado em homenagem ao dia do nascimento de meu único filho, para muitos, ele significa luz. No momento em que Gabriella precisar, você deverá ser a luz que vai ajudar a guiar seus amigos para o caminho que vai salva-la.

- E se as linhas estiverem tão tortas e misturadas que eu não possa ajudar?

- Está dizendo que eu fiz algo errado? – pude sentir uma tensão no ar.

Ah, que saudades desse cara no velho testamento. Ele gritava ordens o tempo todo e deixava cidades destruídas apenas para dar lições nos seres humanos, isso era muito mais divertido que qualquer programa de TV.

- Nunca me atreveria a dizer tais coisas, meu Senhor.

 - A tua provação vai continuar. Seja forte, minha Filha.

- Eu serei.

O céu aos poucos foi desaparecendo a última coisa que vi foi uma forma dentro de todo o brilho que cercava a Bola de Luz.

Uma dor forte tomava conta do lado esquerdo do meu rosto, antes que pudesse abrir os olhos para entender o que estava acontecendo, o lado direito passou a doer da mesma forma. Hoje Haner resolveu começar a brincar mais cedo do que esperava.

 

Dean

Sam estava procurando algo no diário que pudesse ajudar com uma armadilha de anjo, Gabriella estava correndo de um lado pro outro com o celular em mãos ligando para todos os amigos que tem em busca de ajuda e eu fazia o trabalho mais difícil de todos: encarar o Castiel.

- Alguém me explica por que eu tenho que encarar esse anjo? – gritei.

- É a terceira vez que você pergunta isso, Dean – Sam respondeu sem tirar os olhos do diário.

Gabriella pôs uma mão sobre o telefone e o afastou o máximo que conseguiu.

- Porque vamos ter que lutar contra um psicopata treinado, literalmente, pra matar e você precisar descansar. Não era pra encarar o Castiel, era pra dormir com o Castiel.

- Eu não durmo com homens – revirei os olhos.

- Agora dorme – ela me fuzilou com o olhar e voltou a falar no telefone – O que? Não, eu não estou gravando um pornô gay. Ah, você ouviu? Bem existe uma explicação pra isso...

Suspirei derrotado e caminhei até o quarto com duas camas de solteiro. Em uma das camas estava uma mala de oncinha rosa aberta e diversas roupas espalhadas ocupando qualquer canto da cama, sem dúvidas é da Natália.  Dei alguns passos até a outra cama que estava bem mais arrumada, com apenas uma blusa por cima que joguei no chão, e me deitei nela.

O travesseiro do hotel era extremamente macio e fez minha cabeça afundar. Meu corpo parecia estar sobre um marshmallow gigante com aquele colchão fofo e por mais que eu me virasse de um lado para o outro, não conseguia encontrar uma posição confortável.

Abri os olhos e Castiel estava me encarando.

- Cara, vai dormir – falei socando o maldito travesseiro macio demais.

- Eu não posso – ele respondeu com aquela voz monótona de sempre.

- Por que anjos não sonham com os anjinhos? – joguei o travesseiro do outro lado do quarto e deitei minha cabeça sobre o colchão. Bem melhor.

- Eu não tenho a necessidade de dormir, diferente de Natália e Gabriella meu receptáculo está adaptado há longos períodos de tempo sem dormir. As duas caíram e por isso seus receptáculos precisam dormir.

- Toda essa história de receptáculo me deu sono – bocejei - Boa noite então e já que vai ficar acordado, não deixe nenhum inseto me morder.

Virei meu rosto para o lado oposto do Castiel e fechei os olhos.

Como pude ser tão tolo? Ela sempre demonstrou sentir atração por mim, pensei que estivesse apenas cedendo á seus instintos quando na verdade estava me enganando para sair e fazer besteira.

Imagens dela sendo torturada das formais mais terríveis e criativas que alguém pode imaginar inundaram a minha mente. Abri os olhos encarando a porta que dá acesso ao banheiro do quarto.

Por que sinto tanta culpa se quem me enganou e decidiu que fazer besteira era o mais correto foi ela? Conviver com essas garotas está me afetando de uma forma completamente nova.

Ah, e também está me traumatizando sexualmente. Nunca mais vou conseguir beijar uma garota daquela forma sem pensar que ela vai roubar minha carteira enquanto me causa uma ereção.

“- Você –ela murmurou aproximando seu rosto – Quero você, Dean.”

- Droga – soquei o colchão fofo demais e fechei os olhos com força.

Tudo nesse hotel é doce demais ou fofo demais, por que não podíamos ter nos hospedado em um lugar normal com uma TV barata em cima de uma cômoda antiga e camas velhas?

Um lugar do qual é mais difícil escapar.

Rolei na cama e bati no Castiel.

- Ai! – exclamei me afastando – Que droga você está fazendo?

Castiel estava de joelhos ao lado da cama me encarando com uma cara confusa.

- Pensei que você havia me pedido para vigiar caso algum inseto tente te morder.

- Você tem que levar tudo ao pé da letra? – pressionei a ponte do nariz os dedos tentando me acalmar – Faça o que você desejar, só não me assuste mais.

- Não sou eu quem está te assustando, Dean – ele calmamente se sentou sobre a cama cheia de roupas – Sua consciência está.

- Como você sabe?

- Sou um anjo, eu posso sentir quando um coração está afligido como o seu.

Sentei-me na cama e o encarei.

- Sabe que isso é invasão de privacidade e você pode ir pra cadeia?

- Existem cadeias para anjos na Terra? – a confusão em seu rosto me fez rir.

- Pensei que você tinha parado de invadir á mente e o coração das pessoas depois que espantou aquela prostituta – comentei.

- Ah, o coração dela estava realmente aflito – ele pareceu sentir pena dela – Não entendo porque os seres humanos possuem sentimentos tão complexos.

- Anjos também possuem – a lembrança de Gabriella quando descobriu sobre o sumiço da amiga me veio á mente.

Talvez seja um tipo de empatia angelical, mas aquele foi o sentimento mais humano que já vi um anjo demonstrar ter.

Fechei os olhos encostando as costas na parede atrás de mim. Pela janela do quarto um pouco das luzes de Vegas entrava e iluminava o quarto deixando o clima um pouco mais confortável.

Em poucos segundos já podia sentir minhas pálpebras mais pesadas

- Dean? – Castiel chamou.

- Hum.

- Eu gostaria de entender porquê a Gabriella está tão preocupada buscando algo que ajude a acabar com o homem que sequestrou a Natália se vocês possuem uma espada de anjo bem aqui.

- É, a Gabriella é louca – murmurei em concordância – Espada de anjo? – gritei.

Castiel balançou sua cabeça para o lado, como um cachorro confuso faz, e olhou para a mala aberta sobre a cama. Levantei e me aproximei do brilho prateado.

Debaixo de algumas roupas estava uma afiada espada de anjo. Segurei o objeto com cuidado e corri até o quarto ao lado, ignorando a possibilidade de Gabs estar marcando novamente as costas do Sam, e o invadi.

Gabriella estava deitada sobre o peito de Sam na cama de casal. Quando entrei, ela se sentou ajeitando-se apressadamente e me encarou com um olhar de que deseja me matar.

Por que todas as mulheres parecem conhecer esse olhar e o dirigem para mim?

- Crianças, olhem que brinquedo legal eu encontrei nas coisas da nossa anja fugitiva – balancei a espada na mão e ambos me olharam com os olhos quase saltando das orbitas.

Adoro causar esse olhar em alguém.

 

Nat

Haner tem uns joguinhos muito interessantes na sua cabeça pervertida.

- Vamos lá docinho, diga “aah” – a voz dele tinha o mesmo carinho a que de um pai alimentando sua criança, mas seu olhar cheio de segredos e aquele terrível brilho perverso mostravam a outra face dele.

Alguém com voz e corpo tão atraentes é realmente um bom assassino.

Travei meus lábios pressionando-os com a maior força possível enquanto ele continuava abrindo e fechando a tesoura na frente do meu rosto.

- Do que me adianta ter uma vítima com poderes de cura se ela não me deixa machuca-la? – seus olhos brilharam de empolgação, uma nova ideia chegou à mente do meu sádico sequestrador – Vamos brincar mais!

Minhas mãos e meus tornozelos estavam amarrados com arames que perfuravam cada segundo mais a minha pele. Brian segurou meus cabelos e começou a me arrastar pelo chão. Quando chegou em um determinado ponto, ele começou a correr segurando meus cabelos e batendo meu corpo contra qualquer coisa no caminho.

1000 menos 7 dá 993... 993 menos 7 dá 986...

Meus gritos começaram a sair sem que tivesse qualquer controle sobre eles, em minha mente tentava subtrair números começando do mil para me manter alerta e não deixar que a loucura me domine. Quando Gabs vier me salvar vou precisar estar consciente para não me tornar um peso morto.

Uma risada maluca começou a sair dos lábios do Haner preenchendo todo o lugar. Quando o cansaço, da sua brincadeira ou do esforço físico que fez, chegou,  ele soltou meu cabelo e me segurou apertando com força meus ombros bem diante de seu rosto.

- Isso não foi divertido? – perguntou com aquele brilho assustador no seu olhar de maníaco.

Sabendo das consequências para quando não o respondo preferi não me manter em silêncio.

- Não, Brian – murmurei com a voz mais cansada do que da última vez que falei.

- Sim, Brian – ele exclamou empolgado – Isso foi muito divertido – seus olhos ficaram mais escuros – Era a resposta que você devia ter dado.

Ele usou suas mãos para empurrar meu corpo contra o chão, apertou meu rosto com força e ficou me encarando.

- Da próxima vez, dê a resposta certa – senti algo perfurando meu braço. Debati-me o suficiente para enxergar o sangue saindo do lugar.

Queria chorar. Segurar as malditas lágrimas estava cada vez mais difícil.

Nunca vi os poderes que meu receptáculo recebeu como algo ruim,  sempre achei ter uma força acima da média, regeneração avançada e audição especial algo muito legal. Parece que me enganei.

909 menos 7 é igual à 902.. 902 é igual à 895....

Diferente de Lizzy, eu vou durar muito aqui. Duvido que Haner tenha acesso à alguma das armas que podem me fazer voltar ao céu. Como eu gostaria de pedir desculpas à Gabriella...

Natália?

Ouvi sua voz na minha cabeça, Haner estava entretido em cortar pedaços do meu corpo.

Gabriella, é você? Perguntei mesmo sabendo a resposta.

Sim, eu vim te ajudar. Não sei como vou entrar com o Haner em alerta, tem como você tirar a atenção dele?

Engoli em seco, com medo das consequências da minha resposta.

É, eu sei.

Haner continuava se divertindo enquanto usava minha pele como folha de papel para escrever e desenhar o que lhe viesse á mente.

- Haner, quero me sentar – murmurei com a voz fraca.

- Você não tem o que querer – ele respondeu ignorando meu pedido.

- Se continuar assim você vai me matar antes que a Gabriella chegue – menti.

- Não acho que cortes superficiais tenham algum efeito que realmente possa te matar – ele pareceu pensar por um instante e deu de ombros – É, tenho certeza que você não vai morrer.

Fechei os olhos com força sentindo o arame e a ponta o da faca perfurando minha pele casa vez mais fundo. Soltei todo do ar dos meus pulmões.

Esteja preparada Gabs, não vou resistir se você não vier depressa.

Confie em mim. Foi tudo o que ela respondeu.

- Estava pensando sobre você – comecei – Sobre sua história.

- Acha que eu deveria escrever minha biografia um dia? – ele perguntou com desdém.

- Oh, não mesmo – respondi – Acho que você deveria morrer de uma vez.

- Você não é a primeira pessoa que me diz isso.

Ignorei o comentário dele e continuei com o meu plano.

- Você foi deixado em um orfanato como um cachorro é abandonado na rua – mantive os olhos fechados com medo de ver o rosto dele e desistir do plano – Não, um cachorro pelo menos conheceu o amor antes de ser abandonado pelo dono – sorrio com a ideia de comparar Haner e um cachorro. O cachorro tem mais caráter.

- Cala a boca – senti um tapa forte acertar o meu rosto, mas não abri os olhos.

Pouco tempo depois a ponta da faca voltou a me perfurar, mas dessa vez de uma forma bem mais agressiva.

- Nem mesmo seus pais te quiseram – contive um gemido de dor – Até mesmo os animais criam seus filhotes, mas seus pais não queriam um filhote como você. Acho que você tenta brincar de Deus matando pessoas para suprimir toda essa rejeição na sua vida.

A dor estava se tornando insuportável, mas tinha que manter qualquer sinal dela dentro de mim.

- Não sei como sua mãe não te matou quando nasceu, ela deve se sentir horrível por ter dado a luz à um demônio como você.

Abri os olhos assustada. As mãos que trabalhavam fazendo cortes em meu corpo, agora estava apertando minha garganta. Respirar se tornou uma tarefa complicada e meus olhos começaram a lacrimejar.

- É uma pena que a nossa diversão tenha que acabar aqui – o olhar dele estava mais do que maníaco naquele instante. Não consigo pensar em nenhuma palavra que descreva aquele olhar.

Queria dizer algo ou cuspir em seu rosto, fazer qualquer último grande ato de rebeldia contra o homem diante de mim, mas não consegui.

Minha visão foi escurecendo e fechei os olhos esperando pelo momento em que os pulmões desse corpo iriam abandonar a luta e eu seria enviada de volta para o céu.

Um barulho forte fez Haner soltar o meu pescoço o suficiente para que eu pudesse dizer minha última frase de rebeldia.

- É hora de se divertir com a Gabs.

Na próxima vez que você apontar um dedo

Eu posso ter que dobrá-lo pra trás

Ou quebrar, quebrá-lo

Na próxima vez que você apontar um dedo

Eu te apontarei para o espelho


Notas Finais


No final do capítulo foi citado um trecho da música que deu nome à ele.
Sinto informar meus cupcakes, mas o crossover se aproxima do fim.
Gostaram? Será que o Haner vai encontrar sua morte? Não deixem de dar a opinião em um comentário bem divoso, eles nos incentivam a escrever mais :v
Beijos


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...