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História The Five Guardians - Demon's Altar


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Oi, meus amores!
Hoje tem um capítulo bem grandinho para vocês!
Espero que gostem e boa leitura <3

Capítulo 35 - Demon's Altar


Fanfic / Fanfiction The Five Guardians - Demon's Altar

            A luz que invadia as frestas da delicada cortina de seda tocou suavemente a face adormecida de Jimin, o qual pouco a pouco, despertara de seu sono; ele sentou-se e esticou os braços para cima segundos antes de olhar para o lado, deparando-se com a expressão tranquila de sua esposa que ainda dormia em um sono pesado.

— Bom dia, minha dama.

            Sussurrou ele conforme aproximou-se dela, beijando delicadamente sua testa antes de levantar-se e vestir-se apropriadamente. Jimin olhou-se através do espelho quebrado e suspirou, lembrando-se do que acontecera na noite anterior, acabando por observar sua esposa pelo reflexo. Aproximou-se dela e ajoelhou-se no chão, acariciando-a uma das mãos.

— Sabes, minha querida esposa, algo em mim diz-me para mudar meus imprudentes atos, afinal, que bom homem trairia sua tão gentil esposa? – Disse ele, deixando um gentil sorriso transparecer em seus lábios inchados – Não mais a machucarei, Park Cho-Hee, principalmente agora que estás tão frágil e em uma etapa tão gratificante de sua vida! – Outro sorriso apareceu, mas desta vez ainda maior. – Combinamos que hoje contaríamos a novidade ao seu pai, e assim faremos! Tenho plena certeza de que ele ficará contente, e eu farei questão de que a curandeira que nos atendeu acompanhe-te.

            O coração leve do homem disparou em alegria, em uma estranha alegria, mas ele sequer desconfiara de sua repentina mudança mental. Após longos minutos admirando-a, Jimin levantou-se e dirigiu-se à cozinha do Palácio, para que então pegasse o chá que Cho-Hee tomava todas as manhãs, e como sempre já estava disposto na bandeja de prata. Conforme o Marquês retornava ao quarto, cumprimentava cada um dos empregados, que estranharam tal atitude, afinal, era a primeira vez em meses que Park os tratava sem hostilidade alguma.

            Chegando ao seu aposento, Jimin repousou a bandeja cuidadosamente ao lado de sua esposa, e então beijou-a os lábios para que ela acordasse, como sempre fazia, porém, desta vez, ela não reagiu às carícias, mas Jimin insistiu, chacoalhando-a levemente algumas vezes depois. O sorriso começara a se apagar aos poucos, ainda tentando acorda-la.

— Cho-Hee, Cho-Hee! – Gritou ele. – Acorde, Cho-Hee! Acorde!

            Os gritos desesperados do homem alertaram todo o Palácio, e em poucos instantes o quarto já se encontrava cheio; o pai de Cho-Hee checava constantemente o pulso de sua filha, mas este estava completamente normal, e mesmo após derrubar a bandeja no chão, Jimin continuou insistindo em chacoalhar o corpo de sua esposa. Hoseok segurou o amigo, que já perdia o controle, e o afastou dali.

— Jimin, não toque nela ou a machucará!

— Hoseok, o que está acontecendo? Por que ela não acorda?

            Hoseok evitou responde-lo, apenas maneou a cabeça e moveu os ombros em desdém, como se assim pudesse o dizer que antes avisara. Jimin empurrou o amigo para trás com pouca força e tocou o ombro do antigo Marquês.

— Buscarei uma curandeira para atende-la.

— Não se preocupe, filho, fique com Cho-Hee e eu irei.

            Jimin assentiu e voltou a sentar-se ao lado da esposa, um tanto mais calmo, segurando-a as mãos. Hoseok aconselhou que Myung-Hee acompanhasse o pai, afinal, somente a faria mal ficar vendo a irmã em tal situação, e junto dela os empregados curiosos saíram dali.

            Hoseok certificou-se de que estavam a sós e respirou fundo, cruzando seus braços.

— Avisei-lhe, meu caro amigo.

— Como isso pôde acontecer a ela? Provavelmente fez de propósito! Tu deves sentir inveja de minha boa vida.

— Invejar-te, Jimin? – Hoseok gargalhou. – Inveja de um falso nobre que foi capaz de inúmeros pecados, até mesmo assassinar o próprio pai? Acho que estás completamente enganado, meu amigo.

— Apontaste seus dedos imundos em minha face, mas sequer consegue enxergar os próprios defeitos! Ou já esquecera de que também és um homem das trevas? Esquecestes de tantas vidas que tirou, Hoseok?

— Não esqueci, Jimin, mas sequer chego aos pés de sua insanidade.

— Se pensas tão mal de mim, como ainda estás ao meu lado?

— Porque amigos não abandonam uns aos outros, Jimin. Acredito eu que ainda exista um resquício do cavaleiro Park que conheci dentro de ti, e sabes o que faz-me acreditar nisto? O seu desespero em ver sua esposa à beira da morte, e mesmo que negues a mim, sei que seu medo não é unicamente perder o cargo de Marquês, mas sim de perder a única mulher que o ama e sua filha que ela carrega.

— Como sabe sobre a criança?

            Hoseok soprou um riso, apontando para os próprios olhos.

— Desculpe-me, mas não consigo controlar.

            Jimin calou-se e abaixou sua cabeça, deslizando seu polegar insistentemente pelas costas da mão de sua esposa, para então soprar um riso imerso às lágrimas ao olhar o amigo outra vez.

— Será uma menina?

— Uma linda menina.

— Ela resistirá? – Perguntou-lhe.

— Tens certeza de que desejas que eu responda?

            Jimin novamente calou-se, pois sabia qual seria o destino de sua esposa, e quando ousou pronunciar-se novamente, fora interrompido pela porta sendo brutalmente aberta. Ele levantou-se e deu espaço à velha senhora, que encarou diretamente Hoseok em fúria. Ela balançou a cabeça e sentou-se ao lado de Cho-Hee, tocando-a a testa.

— Esta menina não está doente.

— Como pode saber? Sequer examinou-a.

— Milorde, sou uma velha experiente e sei o que digo, mas se assim desejas, examinarei sua filha.

            A mulher outra vez balançou a cabeça e levantou-se, pegando a pesada caixa de madeira das mãos de Myung-Hee, retirando dali três velhas azuis e mais três velas verdes, então as distribuiu ao redor da cama, acendendo-as em sentido horário enquanto sussurrava rezas. Quando ela acendeu a última vela, descobriu o corpo de Cho-Hee e distribuiu por ele sete folhas frescas, juntamente a sete cristais diferentes; a velha senhora ergueu as mãos e respirou fundo a cada vez que voltava a rezar, e assim ela repetiu o mesmo ato durante longos minutos, porém, o que ninguém além daquela senhora reparou, foi o corpo de Hoseok reagindo negativamente a cada passo dado da curandeira, mas em tremores tão discretos que sequer ele conseguia perceber do que se tratava, porém, quando a senhora pediu para que todos fechassem seus olhos para a concentração maior dela, Hoseok não o fez, apenas permaneceu olhando-a, e a velha, tão sábia, sorriu ao rapaz e logo retirou todas as folhas e cristais dispostos pelo corpo da jovem.

— Você, rapaz. – Referiu-se ao Jimin. – Apague as velas.

— Senhora, o que minha filha tem?

— Como disse anteriormente, não há doença. Sua filha está saudável.

— E por que ela não acorda? – Perguntou o homem, olhando Cho-Hee.

— Sua filha está sob feitiço de um poderoso demônio.

— Como é possível? Minha família é devota a Deus!

            A senhora sorriu, caminhando sem pressa até o homem, tocando-o o ombro.

— Meu senhor, eu tenho 97 anos de sabedoria e, acredite ou não, eu sei quando alguém é atacado por entidades nocivas. Ela poderia ser uma freira, mas estaria sujeita a ataques demoníacos.

— Existe uma forma de cura-la?

— Existe sim.

— Pois diga-me, diga-me!

            A senhora soprou um riso, olhando cada um dos presentes no quarto, mas foi em Hoseok que seu olhar parou, para que então ela dissesse:

— Rakshasa é um demônio de poder invejável, tão grande que somente um homem de energia forte poderia o carregar. Ele manipula as mentes, apaga as memórias e, também, implanta memórias falsas, porém, quando usa seu dom mais do que deveria, acontece exatamente o mesmo que à sua filha aconteceu, porém, há uma única maneira de desperta-la: matando o receptor do Rakshasa.

            Hoseok engoliu seco, dando um passo para trás, mas o olhar daquela mulher permanecia nele, mas Jimin gargalhou, distraindo-a.

— Bobagem! Não existe esse tal demônio. És uma fraude, senhora.

— Não fale assim, Park! Esta senhora acompanha minha família desde que meus pais eram vivos e sempre esteve certa. Se ela diz que há um demônio rondando minha família, eu acredito.

— Cuide de sua família, senhor, pois ela está aos pedaços.

            Após a última palavra dita, a velha senhora se retirou do cômodo, sendo acompanhada por Hoseok, que ao estar em uma distância segura dos possíveis ouvintes, segurou-a o pulso, curvando seu corpo em uma breve reverência.

— Garoto, por que se meteu com magia negra?

— Como sabes sobre mim, senhora?

— Disse-lhe anteriormente: sou uma sábia mulher. Achas que nunca me envolvi em magia negra? Eu conheço a magia negra com as minhas duas mãos! Meu falecido marido trocou a alma por coisas insanas e hoje ele está preso no fogo do inferno.

— Por favor, não diga àquele senhor o que sou, imploro-te!

— Por que deveria eu seguir seus pedidos?

— Senhora, eu mudei! Não sou mais o mesmo homem de antes, sequer posso aguentar o peso de ser o que sou hoje! Eu amo Myung-Hee, não posso permitir que a tirem de mim e é isso o que farão se descobrirem sobre mim!

— Achas que aguentará o peso do arrependimento?

— É por isso que estou aqui diante a senhora.

— Prossiga, rapaz.

            Hoseok olhou para trás uma última vez, então procurou os olhos da velha mulher, abaixando o tom de sua voz o máximo que pôde.

— Como eu posso me libertar de um Rakshasa?

 

 

***

 

 

            O quarto escuro, gélido e inundado de sangue escondia o corpo encolhido de Yoongi em um dos cantos, enquanto este abraçava as próprias pernas e roía as unhas insistentemente, batendo o corpo contra a parede atrás de si sem parar um segundo sequer. Ele ria enquanto arrancava as próprias unhas pedaço por pedaço, observando afoito ao cenário aterrorizante de seu quarto.

            Haviam corpos espalhados pelo chão, todos de belas meretrizes, todas nuas e cobertas por seu próprio sangue, e aqueles olhos assustados de cada uma delas permaneciam fixos ao corpo dele, vestido apenas na parte de baixo, e ele gritava para que elas parassem de o olhar, porém, em troca, recebia os irritantes e finos gargalhares delas, entretanto, quando outra vez ele gritou, as batidas fortes na porta o fizeram distrair-se, e então JungKook entrou no cômodo, abrindo as cortinas pesadas para que assim a luz do luar entrasse ali, logo em seguida acendendo algumas velas para iluminar o quarto. Yoongi escondeu o rosto com os braços, e então o velho amigo agachou em frente a ele.

— Yoongi! O que está acontecendo com você? – Perguntou ele, segurando o rosto alheio.

            Quando o Barão caiu em si, acordou daquela ilusão em que antes estava, arregalando seus olhos quando percebeu que aquele mar de sangue não existia, muito pelo contrário, seu quarto estava impecável como de costume.

— Jeon... o que aconteceu?

            Perguntou Yoongi, tocando a própria cabeça com ambas as mãos ao fechar os olhos.

— A minha cabeça dói... tudo em mim dói... o que está acontecendo?

— Yoongi, algo está acontecendo! Tudo está saindo de controle, precisamos nos reunir com urgência e conversar com a bruxa, para que tenhamos explicações.

            Yoongi, ainda sem raciocinar direito, levantou-se, cambaleando, e então JungKook tampou o nariz após uma expressão enojada.

— Por Deus, o que há de errado com o seu corpo? Há quanto tempo não se banha?

— JungKook, por quanto tempo eu dormi? Sinto-me fraco... algo está errado comigo, eu não consigo entender!

            Disse ele, olhando o próprio estado, então o Rei levantou-se e tocou o ombro do amigo, guiando-o até uma poltrona que ali havia.

— Annelise está tão descontrolada quanto você. Eu precisei leva-la para longe, pois inúmeros empregados do meu palácio amanheceram mortos durante estes poucos dias. Precisei deixa-la na fazenda de minha família, isolada de todos. Soube, também, que Jin fez de sua masmorra uma chacina às escondidas... Pandora sequer imagina.

— E quanto a você? E Taehyung?

— Somos os únicos que ainda não saíram do controle.

            Yoongi passou as mãos pelo cabelo e apoiou os braços nas próprias coxas, como se ainda estivesse refletindo sobre as palavras ditas por JungKook, e então, percebendo o rosto levemente inchado do amigo, ousou perguntar:

— Esteve chorando, Jeon?

            JungKook respirou fundo e abaixou a cabeça, mordendo o lábio inferior para conter o provável choro, mas após inspirar novamente, ergueu sua cabeça.

— NamJoon e Sophie estão mortos, Yoongi.

 

 

***

 

 

            A madrugada gélida e livre de nuvens tempestuosas permitia que a luz do belíssimo luar refletisse acima de Damara, que com o véu vermelho escondendo o rosto, caminhava apressada em direção à Igreja; ao parar em frente à enorme e bem detalhada porta de madeira, olhou para os lados assim certificando-se de que não havia testemunhas que pudessem fofocar pelo reino, então, quando teve plena certeza de que a sós estava, a bruxa empurrou a porta e adentrou à Igreja vazia, contendo seu sorriso quando viu Taehyung, tão bem vestido, à frente do Altar junto do Padre que ele havia dito. Damara apertou a saia do grande vestido vermelho conforme caminhava sem pressa em direção ao seu noivo, concentrando-se em não deixar o sorriso transparecer. Afinal, para ela, mostrar sua felicidade naquele momento poderia demonstrar fraqueza, porém, quando ela parou em frente a Taehyung e teve suas mãos tomadas pelas dele, o seu sorriso transbordou felicidade; ele retirou o véu do rosto tão belo da bruxa, então, juntos, ajoelharam em frente ao Padre, o qual em instantes iniciou o a cerimônia.

Cada palavra dita pelo homem à frente fazia com que os corações do casal acelerassem, e a cada minuto que se passava um novo sentimento tomava conta do corpo de Damara, fazendo-a suspirar e morder o canto do lábio em ansiedade, mas foi a penúltima pergunta do Padre que a fez perceber seus olhos lacrimejarem em tamanha alegria. Então, quando a voz rouca do senhor soou, ela sorriu, pois já sabia do que se tratava.

— Conde Kim Taehyung, aceita Damara Beaumanoir como sua legítima esposa na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte vos separe?

            Damara direcionou o olhar a Taehyung, o qual abriu um gentil e delicado sorriso, assentindo em seguida.

— Sim, eu a aceito como minha esposa.

— Damara Beaumanoir, aceita o Conde Kim Taehyung como seu legítimo esposo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte vos separe?

— Sim. Eu aceito.

— Então, diante a Deus, eu vos declaro marido e mulher.

            Damara voltou a morder os lábios quando levantou-se com a ajuda de Taehyung, que sem pressa aproximou-se dela, deslizando suas mãos pela fina cintura alheia, desta forma puxando-a para si. Damara espalmou as mãos no peito dele, erguendo sua cabeça para que assim pudessem ficar em mesma altura, então, quando os olhares encontraram-se, os lábios foram tomados em um beijo doce e demorado, selando, oficialmente, a união dos dois.

            Entretanto, não distante daquela Igreja vazia, Alcander cavalgava em direção aos atuais Condes, que desprotegidos contemplavam uma bela fogueira no jardim de seu palácio, sequer com um guarda ao lado, como de costume. Os sorrisos felizes, as declarações sussurradas e os abraços hora ou outra o distraíram tanto ao ponto de nem ao menos notarem o barulho das folhas secas sendo pisadas pelo cavaleiro que há pouco os observava; Alcander sorriu e retirou a espada de sua bainha, e em poucos segundos o barulho da lâmina afiada cortando os pescoços tornou-se a trilha sonora para aquela noite tão silenciosa e alegre. Os corpos sem vida sangravam acima da grama bem aparada, e com apenas um sopro, Alcander apagou a fogueira, caminhando tranquilamente de volta ao seu cavalo.

 

 

“O sol acabara de se pôr quando Alcander ajoelhou-se em frente ao grande pentagrama desenhado no chão, evitando olhar diretamente ao demônio mensageiro diante a si, porém, quando a entidade o exigiu que o encarasse diretamente, ele engoliu seco e manteve-se firme, mesmo com a medonha aparência daquele demônio.

— Alcander, tu sabes que o tempo corre como água, então deverá realizar o trabalho ainda não realizado.

— Qual trabalho terei de realizar, meu senhor?

— O Mestre exige que os planos corram rapidamente, então terá de colocar a última chave em seu devido posto.

— Kim Taehyung?

O demônio sorriu, agachando-se em frente ao Alcander, assentindo em seguida.

— Damara fará isto.

— Ora, Alcander, sua esposa és tão inútil quanto uma madeira podre diante a esta família. Somente você poderá executar os Condes. Esta noite, sem falta, ou resolverá diretamente com o Mestre.”

 

“— Não se distraia, pequena menina, ou o mau coração tomará toda a sua felicidade para ele. Afinal, é isso o que ele fará de melhor em sua vida: apagar o sorriso da sua felicidade.” – Allane.


Notas Finais


Por favor, digam-me o que acharam, amores!
Quero ver a teoria de vocês, ein??
Aguardem o próximo e torçam para que a inspiração me visite com mais frequência, ein?
Beijinhos e até logo! <3


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