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História The Five Guardians - Notice


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, minhas vidas! Espero que estejam todos bem!
Tenham uma ótima leitura! <3

Capítulo 11 - Notice


Fanfic / Fanfiction The Five Guardians - Notice

"– Quando a sua intuição avisar, deixe-a agir, doce menina. Quando o seu coração disparar, deixe-o guiar-te, pequena menina. E quando o poder estiver em suas mãos, deixe-o ser usado, sábia menina." - Allane.

 

 

Passaram-se meses desde que Hoseok e Jimin receberam tamanho poder, e agradecidos, visitavam a bruxa constantemente. Ambos realizavam atos consideravelmente heróicos a todo instante e o povo os venerava, ainda mais naquele momento, quando a cidade estava sendo tomada por estranhos casos de desaparecimentos e assassinatos. O reino fez aliança com o reino vizinho, pois precisava de apoio para controlar a cidade e sua economia. Era final de mês, especificamente a última noite do mês. Hoseok e Jimin conversavam com Damara, que demonstrava certa preocupação enquanto mantinha-se atrás de Hoseok, segurando-o pelos ombros, enquanto ele olhava para a bola de cristal fixamente.

– O que vê, senhor?

Hoseok respirou fundo antes de sair daquele transe, podendo perceber seus olhos antes avermelhados voltarem ao normal. Ele olhou para o amigo e, logo depois, olhou para Damara, preocupado.

– Os boatos que ouvimos é verdadeiro, senhora.

– Quais boatos? 

– Damara, há alguns dias ouvimos alguns homens do campo comentando sobre esses crimes serem culpa sua. 

– Ah, já era de se esperar. - Ela sorriu. - Estou acostumada com tais comentários.

– O problema é que eles estão vindo para cá, mesmo sem a ordem da Igreja. 

– E eles atearão fogo aqui.

– Como sabe, Jimin? 

Perguntou Hoseok, então Jimin apenas apontou para fora da cabana, mostrando não muito longe um pequeno grupo de pessoas que se aproximavam aos gritos com tochas acesas. Damara riu ao ver a quantidade de pessoas e balançou a cabeça, imediatamente saindo de sua cabana. Quando viram-na, as pessoas recuaram, apenas erguendo suas tochas, mas antes que pudessem joga-las no corpo de Damara, ela ergueu sua mão, apagando-as imediatamente. O vento forte balançou os troncos das árvores mais finas e algumas folhas secas caíram, enquanto Damara caminhava em direção aos trabalhadores, porém, eles não recuavam mais, apenas esperavam para que ela chegasse perto.

– Venha, bruxa! Temos vantagem sobre você. 

– Por quê? - Ela riu - Por que vocês estão em maior quantidade?

– Nós somos dez, você é apenas uma. 

Um dos homens disse ao rir, coçando sua barba brevemente antes de tomar à frente do grupo, apontando para ela. Damara fez uma expressão enojada ao ver as unhas sujas do homem, então, com seu olhar, torceu o braço dele até quebra-lo ao meio. O restante tentou fugir ao ver tal cena, mas seus corpos estavam imóveis e controlados pela mente tão poderosa de Damara. Hoseok e Jimin sorriram assim que sentiram o cheiro de sangue, e então saíram também.

– Senhores, fujam! Ela é uma bruxa. - Uma senhora disse, mas os meninos riram.

– Nós sabemos muito bem o que ela é.

– Vocês... demônios!

A senhora gritou assim que viu os olhos de Hoseok, vermelhos como sangue, e os de Jimin, mais escuros que a própria noite. Damara respirou fundo e cruzou os braços, desenhando um gentil sorriso no canto de seus lábios.

– Divirtam-se, garotos. 

Damara, então, abriu os braços, assim dando total liberdade para que os rapazes fizessem o que bem entendessem. As garras longas e afiadas do Hoseok foram cravadas nos pescoços de dois homens, não demorando a dar lugar para os dentes, tão afiados e fortes como os de um animal. Jimin, não tão distante do amigo, atacava de mesma forma as mulheres que ali estavam, apenas três, mas o suficiente para ele saciar sua fome, tanto sexual, quanto pela energia delas. Hoseok deliciava-se com a carne de cada pessoa dali, livrando-se apenas da cabeça e ossos. Seu corpo estava banhado em sangue quando todas aquelas pessoas estavam mortas, e Jimin também estava tão ensanguentado quanto o amigo. Damara sorriu e se aproximou dos garotos, agora já livres do que lhes possuía. Ela acariciou o cabelo de ambos.

– Bons garotos. Limpem-se, rapazes, eu cuidarei da bagunça.

Sorridentes e completamente satisfeitos, os garotos se retiraram dali, enquanto Damara, orgulhosa, olhava para a bagunça feita. Era assim que ela vivia durante aquele mês inteiro: qualquer um que cruzasse seu caminho, morreria. Afinal, nada e ninguém poderia atrasar os planos.

 

 

***

 

 

– O céu está bonito, não? - Perguntou Pandora, apontando sutilmente para as estrelas.

– Está. 

– Jin! 

– Sim? 

Pandora sentou-se, fazendo com que o rapaz também sentasse junto a ela, então ela respirou fundo e olhou-o nos olhos, deixando um sorriso de canto escapar. Confuso, Jin abriu os lábios para dizer algo, mas Pandora o calou com um beijo nada apressado, deixando-o parado no mesmo lugar, olhando para o mesmo local e sentindo seu coração acelerar cada vez mais, porém, ele retribuiu o beijo quando percebeu o que acontecia, deixando suas mãos acariciarem a nuca dela. Quando o beijo cessou, Pandora sorriu, acariciando o rosto alheio.

– Eu gosto de você, Jin.

O coração do rapaz acelerou ainda mais após ouvir a voz soar tão tímida e docemente ao mesmo tempo em que as bochechas dela tomaram uma tonalidade avermelhada. Ele, com suas mãos quentes, acariciou a pele pintada pelas belas sardas, depositando um outro beijo, agora mais rápido, em seus lábios.

– Eu também gosto de você, Pandora.

Jin sorriu de canto, mas ele não demonstrava tanta felicidade quanto a garota, que entristecida, abaixou a cabeça e afastou-se das mãos dele.

– Não parece gostar, Jin.

– Eu gosto, na verdade... eu a amo, Pandora. Amo-a desde o momento em que a vi pela primeira vez, mas... eu ouvi minha mãe conversar com minha tia há um tempo atrás. Elas estavam falando sobre o meu casamento.

– Casamento? És noivo, Jin?

– Pandora, nós da realeza temos nossos casamentos marcados desde cedo, não sei ao certo quando decidiram ou quem escolheram, mas eu sei que casarei assim que completar dezessete anos.

– E quanto a mim? Quanto a nós? Jin, se realmente me ama, não poderá permitir que lhe obriguem a casar.

– Eu não tenho escolha, Pandora.

– E se fugirmos? Vamos para longe, então viveremos juntos!

– Enlouqueces-te, Pandora? - Disse ele ao rir. - Abandonar meu poder e minha riqueza para viver uma vida miserável? 

– Mas você nunca se importou com tais coisas, sempre disse que preferia ter uma vida comum no campo.

– Mas eu mudei meu ponto de vista sobre a vida, senhorita. Eu prefiro permanecer onde estou, tornar-me rei e ser dono de toda a riqueza de minha família. Eu não abandonaria isso, por mais que eu a ame, Pandora.

Irritada com o olhar ganancioso e o tom de voz irônico, Pandora levantou-se, acabando por rir conforme se afastava pouco a pouco.

– Eu não sei o que está dentro de você, não sei o porquê de você estar se tornando isso, mas eu não aguentarei permanecer ao lado de um homem como você. 

– Pandora, eu não sei o que está acontecendo, mas preciso ser sincero. Eu amo o que está acontecendo comigo. Eu tenho poder, tenho inteligência, tenho beleza, tenho saúde... infelizmente não tenho o que meus amigos têm, mas eu chegarei lá, usando a magia que você ensinou-me.

– Jin... você está cobiçando os dons de seus amigos? Está invejando-os? 

– Pandora, não é isso...

– Sim, é isso! Você está se tornando um monstro. É triste ver que você usará a magia para fins egoístas. Adeus, meu senhor. 

– Espere! Não vá!

– Não me procure, meu senhor. - Ela forçou um riso. - Eu não tenho o seu nível, Vossa Majestade.

Ela curvou-se brevemente e riu em seguida, balançando sua cabeça negativamente. Jin tentou alcança-la, mas foi arremessado para trás, caindo outra vez na grama onde antes estava. Ele estava triste por ter que vê-la partir, porém, ela estava certa: a inveja estava o dominando, e ele estava gostando disso.

 

 

***

 

 

NamJoon e Taehyung caminhavam tranquilos pelo palácio da família Kim, preocupados com seu primo, já que há semanas ele mantinha-se trancado em seus aposentos, saindo apenas para comer ou passar ordens de seu pai aos súditos. Assim que chegaram ao jardim principal, sentaram-se em frente ao pequeno lago que servia de mera decoração para o palácio. NamJoon respirou fundo e balançou a cabeça.

– Estou preocupado com o Jin. Passaram-se dias desde que ele brigou com a tal garota. 

– Eu não entendo o que se passa com nosso primo, está tão mudado.

– Tenho que concordar. Ele nunca se importou com as ordens do rei, mas agora é tão obediente que assusta. Ele está se saindo bem, tenho que admitir, mas está obcecado por poder.

– Não só ele, meu caro! - Taehyung ergueu as sobrancelhas, olhando para o céu. - Hoseok e Jimin também deixaram que seus atuais estados subissem à cabeça. Há dias não nos reunimos, e quando os vejo, é apenas quando estão falando com Jin.

– Realmente, estão muito próximos ultimamente. Sabe sobre o que tratam, Taehyung?

– Não, infelizmente não, mas nossos amigos e nosso não são mais os mesmos, NamJoon. 

– Eu não compreendo, você sempre foi tão próximo ao Jin! Ele sempre o colocou em primeiro lugar, porém, agora raramente o olha.

– Eu não o julgo, essa coisa de amor enlouquece qualquer um.

– Ora, e desde quando sabe algo sobre o amor?

Taehyung riu e balançou a cabeça, ignorando por completo tal pergunta, pois em sua mente o rosto sorridente de Damara veio, aquecendo-o até o último milímetro de seu corpo. Porém, sua breve distração teve fim quando NamJoon, assustado, o cutucou.

– Taehyung... também está vendo aquilo?

O rapaz ergueu devagar seu braço direito, esticando o indicador em direção às cerejeiras que haviam do outro lado daquele lago. A respiração ofegante indicava o medo que NamJoon sentia com aquele par de olhos vermelhos e a silhueta masculina, coberta pela cor negra. Aquela figura olhava fixamente para Taehyung, e quando seus olhos encontraram-se com os dele, a cor do rapaz sumiu, deixando-o cada vez mais pálido enquanto sua visão escurecia vez ou outra. Era difícil respirar e o peito doía e, por alguma razão, Taehyung procurou pela lua, mas ela não estava no céu naquela noite. NamJoon segurou o primo quando este caiu, e a temperatura elevada quase podia queimar as mãos de NamJoon. 

– Senhor? Senhor!

A voz desesperada de Alcander surgiu e NamJoon, grato pelo homem ter aparecido, suspirou aliviado, ajudando-o em seguida a leva-lo até a carruagem. NamJoon entrou e deitou a cabeça do familiar em seu colo, enquanto olhava desesperado para Alcander, que ajeitava o corpo do rapaz de modo que não caísse.

– Para onde vamos?

– Leva-lo à minha esposa.

– Por quê?

– Porque ela é uma... - o loiro hesitou, olhando brevemente para baixo. - Ela é uma curandeira. 

Ele mentiu, pois não poderia revelar que sua esposa era uma bruxa, ainda mais a NamJoon que era o único humano que restava entre os rapazes. O clima agradável mudou, agora o frio era imenso, ainda mais quando a velocidade da carruagem fazia com que o vento batesse forte no rosto dos três, mas apesar do frio, o corpo de Taehyung esquentava cada vez mais e suava ainda mais. Quando a carruagem finalmente parou, Alcander segurou Taehyung em seus braços e levou-o para Damara, que em puro desespero, levantou-se junto da irmã que a ajudava com o jantar. 

– O que está acontecendo com ele? - Perguntou Pandora, secando as mãos no vestido.

– Pandora, saia! Deixe sua irmã cuidar do rapaz, ande!

A garota não contestou, apenas seguiu Alcander para fora da cabana, indo à carruagem com ele. Ela entrou em silêncio, olhando NamJoon por alguns segundos antes que ele quebrasse o silêncio.

– O que ele tem? Para onde vamos? Quem é ela?

– Ela é irmã de minha esposa, iremos até o povoado e esperaremos até que ele esteja recuperado.

– E o que ele tem? 

– Talvez... - Pandora encarou Alcander, pensando em uma desculpa, então olhou o rapaz ao seu lado. - Talvez seja nervosismo, com todas as ocupações que vocês têm, senhor...

– Tens razão, senhorita! Meu primo está sob muito estresse ultimamente. Vamos, deixe a curandeira trabalhar! Ah, cavaleiro, leve-nos ao sítio do Barão Min, por gentileza. É o local mais próximo e ficaremos aquecidos e protegidos. 

– Certamente, senhor.

 

 

 

***

 

 

– Taehyung! Taehyung! O que está acontecendo?

Damara, em lágrimas, perguntava, chacoalhando o rapaz que ainda tremia. Os olhos dele escureciam rapidamente e seu corpo ficava cada vez mais rígido. Segurando-o pelas costas no chão frio, ela sentiu certo volume crescer nas costas do rapaz, e ao olhar suas mãos, viu o sangue alheio. 

– Não, não, não! Taehyung, precisa se controlar, isso não pode acontecer agora! Por favor, agora não!

Os gritos do rapaz atormentavam-na, apertando seu coração em uma dor insuportável. Damara, então, tratou de retirar a parte de cima das roupas do rapaz antes que elas o machucassem ainda mais, então, para confirmar suas suspeitas, ela olhou para suas costas nuas, ensanguentadas e com dos profundos cortes, os quais mostravam a ponta de penas também manchadas de sangue. As unhas do rapaz tornaram-se garras afiadas que rasgaram parte da pele dela, mas não tão profundamente, parecendo que Taehyung ainda tinha consciencia do que acontecia, e para não machuca-la, ele a soltou, tentando afastar-se, porém, Damara voltou a segura-lo, abraçando-o com força.

– Tem que ser forte, Taehyung! Se você deixar que se manifeste, os outros quatro também virão! Ainda não, por favor... ainda não.

A bruxa abraçava-o cada vez mais, como se assim pudesse cessar sua dor, e quando ela sentiu sua respiração falhar, o desespero terminou de possuir seu corpo. Ela chorava descontroladamente, acariciando e beijando o rosto do rapaz. Taehyung não aguentaria a dor e partiria, e Damara não suportaria tamanha dor.

– Pare... pare de chorar, bruxinha...

– Idiota, tem que ser forte! Não morra, por favor...

– Por quê? 

Perguntou ele, com sua voz grossa e levemente rouca, contorcendo-se ainda mais nos braços alheios. Ela, então, gritou:

– Porque eu não suportaria perdê-lo, idiota! 

Após dito isso, um riso foi audível, e a escuridão tomou conta do ambiente, sendo visível apenas os olhos vermelhos do homem que aparecera em frente aos dois. Damara, assustada, ergueu sua cabeça, e cheia de ódio, disse:

– O que está fazendo com ele? O matará!

– Como imaginei! A humana apaixonou-se por um demônio.

– O que disse? 

– Ora, ora! As coisas ficarão interessantes, Damara.

O homem moveu suas mãos, fazendo Taehyung gritar de dor, e Damara o abraçou ainda mais forte, implorando para que ele parasse.

– Está o machucando, senhor! Pare!

O homem, divertindo-se com aquela situação, respirou fundo e ousou torturar um pouco mais Taehyung, como castigo à bruxa. Entretando, em instantes depois, a claridade voltou e Taehyung, inconsciente, amoleceu nos braços de Damara. Ela checou seus batimentos e sua respiração já normalizada, e com os olhos repletos de lágrimas e ódio, encarou o demônio.

– Que isso lhe sirva de aviso, humana imunda! Eu estou em todos os lugares, sei sobre seus atos e pensamentos, e se você quiser se envolver com outro homem, faça-o! Porém, jamais, em hipótese alguma, pense outra vez em arrepender-se, ou farei muito pior do que machuca-lo. 

Quando ele, finalmente, desapareceu do ambiente, Damara respirou aliviada e passou as mãos pelas costas do rapaz, suspirando quando não sentiu vestígio algum de sua possessão. Os olhos dele abriram-se devagar, e ainda fraco, ele sorriu.

– Eu sou um demônio, bruxinha?

– O que disse, senhor?

– Eu vi, Damara... eu vi o demônio em mim no reflexo do espelho.

– Senhor...

– E eu vi, também, o seu coração apertar com minha dor. Não se preocupe, bruxinha, não morrerei antes de ti, é uma promessa, lembra?

A voz rouca soava em sussurros pelo rapaz, enquanto Damara não continha o sorriso aliviado, deixando de lado todos os seus medos e perigos em viver aquele sentimento, permitindo-se acariciar o rosto tranquilo do garoto em seus braços. 

"É inevitável, não há como fugir do demônio, pois ele sempre andará ao lado, sempre olhará para você, mesmo que discretamente, sempre estará lá. O demônio saberá o que pensa, o que sente, o que teme, o que ama, e sua maior arma e principal jogada sempre será o seu ponto fraco, porque com sua fraqueza, ele se fortalece."


Notas Finais


Por hoje é apenas isso, meus amores! Espero que tenham gostado e perdoem-me os erros, estou sem cabeça para revisão hoje, aish!
Até logo e beijinhos. <3


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