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História The Five Guardians - Disgrace


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Mais um capítulo feito com muito amor para vocês, anjos!
Boa leitura. <3

Capítulo 12 - Disgrace


Fanfic / Fanfiction The Five Guardians - Disgrace

"– Como saberá quando o amor chegar? Ora, ele estará diante de você, sorrindo e olhando-a como se fosse a mais bela joia. Entretanto, cuidado, porque não são todos os belos olhares que carregam um belo amor, doce menina." - Allane.

 

 

– Quer dizer, então, que você é casada com o cavaleiro de meus tios? 

Perguntou Taehyung, erguendo as sobrancelhas enquanto questionava-se sobre como chegara à cabana. Damara, então, respirou fundo e concordou.

– Sim, ele é meu marido desde antes de seu nascimento, Taehyung.

– Afinal, curioso estou, Damara. 

– Quanto a que, senhor?

– Sua idade. - Ele sorriu. - Sempre pensei que tivesse seus vinte anos, ou menos. És muito bela, Damara. 

– Mas não sou mais uma adolescente, senhor Kim. - Damara ergueu as sobrancelhas e sorriu, levantando-se. - Tenho trinta e dois anos. 

Taehyung arregalou seus olhos, pois não acreditara na idade alheia, Damara era realmente a mais bela mulher que ele já havia visto em sua vida. Um belo corpo, belo sorriso, belo rosto e bela pele, sem marca alguma. Ele cerrou os olhos e apoiou os braços na mesa, olhando-a equanto esta retirava os pratos da mesa. 

– O que faz para manter-se jovem? Bebe sangue de moças virgens? 

Damara gargalhou, negando imediatamente ao voltar para perto dele, sentando-se na mesa em frente ao rapaz. Ela passou os dedos pelo rosto dele, aproximou os lábios de sua orelha e, antes de sussurrar sua resposta, ela sorriu.

– Na verdade, seduzo homens jovens e atraentes para manter-me sempre bela.

– Está blefando. 

– Não está seduzido por mim, senhor Kim?

Taehyung, como gostava de jogos daquele tipo, pensou em negar, mas assim que abriu seus lábios para falar, surpreendeu-se com os lábios macios da bruxa em seu pescoço, deslizando-os por toda a pele do rapaz. Ele, então, agarrou-a pela cintura e levantou-se com ela em seu colo, encostando-a na parede. Taehyung ainda estava sem sua camisa, o que facilitou para ela arranha-lo quando sentiu, também, os lábios dele em seu pescoço. 

– Quem será que está seduzida por alguém, bruxinha?

Damara acabou rindo, revirando seus olhos e desviando-os do rosto convencido de Taehyung, que agora estava ainda mais próximo dela. Cuidadosamente, ele segurou o queixo da mais velha e a fez olhar para si, então ele sorriu e manteve-se preso aos belos olhos verdes dela, os quais estavam fixos aos lábios de Taehyung.

– O que fizeste comigo, Damara? Como pode existir tal beleza em uma mulher devota ao demônio?

– Como pode haver tal desejo pecaminoso em um homem devoto à Deus?

Taehyung riu, impressionado pela forma como Damara sempre tinha respostas prontas para qualquer frase dita a ela. Ele umedeceu os lábios e respirou fundo, descendo o olhar para os lábios dela, que sorriam sem parar. Taehyung acariciou a bochecha dela e deslizou a destra até sua nuca, aproximando-a mais de si, mas antes de beija-la, encostou a testa na dela.

– Se o pecado levar-me ao inferno, que leve-me junto a você. 

– Não diga tolices, o senhor não sabe como é o inferno. 

– Estou ansioso para descobrir.

– Quer morrer, senhor? 

– Não desta forma, bruxinha. 

– Então? 

– Pecando.

Disse ele por fim, voltando a carrega-la em seu colo até a mesa vazia, deitando-a ali. Damara pensou em resistir, mas quando o corpo dele deitou sobre o seu, ela apenas fechou os olhos e deixou que ele a beijasse. Os lábios moviam-se com pressa, enquanto as mãos ágeis de Taehyung subiando o vestido fino de Damara, logo encontrando-se com as coxas dela; os lábios do rapaz distribuíam mordidas e beijos demorados pelo pescoço e ombro da mais velha, enquanto ela arranhava suas costas e jogava a cabeça para trás, entregando-se completamente a ele. Porém, quando Taehyung começaria a soltar o vestido dela, o barulho de passos os fez pular de cima da mesa, recompondo-se rapidamente antes da porta abrir. 

– Como o garoto está? - Perguntou Alcander, franzindo a testa.

– Está muito bem! Foi apenas uma intoxicação. 

Respondeu Damara, olhando para NamJoon que estava ao lado de Pandora, ele então respirou aliviado e puxou o primo para perto de si, agradecendo à Damara por ajuda-lo antes de saírem dali. Alcander, olhando-a seriamente, cruzou os braços, procurando por qualquer marca no corpo da esposa com seu olhar.

– Por que o rapaz estava sem a parte de cima de suas vestes?

– Ora, meu senhor, ele estava sangrando, precisei tirar. 

– Onde estão as roupas?

– Está duvidando de minha fidelidade, meu amado?

– Sim, eu estou. Onde estão as roupas daquele rapaz?

– Ali, senhor.

Ela apontou para o lado, mostrando as roupas que, de fato, estavam ensanguentadas. Damara rangia os dentes e olhava com fúria para seu marido, que ao contrário do que ela conheceu, falava com nojo e raiva naquele momento, e julgando pelos punhos cerrados do loiro, ele bateria nela a qualquer momento, senão por Pandora que estava presente. Alcander respirou fundo e relaxou os ombros.

– Pandora, cuide bem de sua irmã, precisarei voltar ao meu posto antes que alguém perceba nossa ausência. Voltarei em breve. 

Dito isto, Alcander retirou-se da cabana, batendo com força a porta, deixando-as um tanto amedrontadas para trás. Pandora, então, aproximou-se da irmã, olhando-a dos pés à cabeça antes de rir.

– Estava beijando-o.

– O que? - Damara encarou-a confusa, erguendo suas sobrancelhas.

– Você e o filho do Conde! Estavam beijando-se. 

– Está louca, minha irmã.

– Seus lábios vermelhos e inchados, seu corpo trêmulo e assustado entregam seu pecado. Você não tem medo de nada, Damara, mas teve medo quando o cavaleiro olhou-a com dúvida. O que esconde, minha irmã?

– Não tenho tempo para suas tolices, minha irmã. 

– Não confia mais em mim, Damara?

– Não há o que confiar, Pandora, já lhe disse.

Pandora, até então séria e desafiadora, acabou suspirando e relaxando os ombros, mudando totalmente aquela fisionomia perigosa à irmã; ela segurou-a pelas mãos e, juntas, sentaram-se. Pandora sorriu e acariciou as costas das mãos de sua irmã, finalmente quebrando o silêncio.

– Se você ama aquele rapaz, deixe seu marido.

– Eu não o amo! Ele não me interessa, Pandora. 

– Está mentindo.

– Deixe-me quieta, vá tratar de seus assuntos. 

– Alcander não a ama, ele usa de seu poder para alcançar os objetivos dele. Acorde, minha irmã! Se tiver a proteção da família real, ele não se aproximará mais.

– Deixe de bobagens, Pandora! Saia, não incomode mais, por favor.

– Espero que não enxergue suas burrices tarde demais, minha irmã.

Pandora finalmente se retirou, deixando Damara sozinha naquela sala. Ela fechou os olhos e respirou fundo, balançando negativamente sua cabeça. Ela não poderia deixar o homem que a ajudou a se recuperar, não poderia deixar o homem que prometeu a ela vingança e, além de tudo, não poderia quebrar o pacto com seu mestre, ou as consequências seriam catastróficas. 

 

 

1487.

 

Damara, como toda jovem inocênte e apaixonada, sorria olhando para o cavaleiro que caminhava pouco à frente dela, hipnotizada por tamanha beleza daquele rapaz. Ele parou junto a ela em frente ao rio, virando-a de frente para si antes de beija-la sem pressa, disparando o coração da jovem. Envergonhada, ela olhou para os lados, fazendo o possível para evitar o contato visual com seu futuro marido. 

– Senhorita, não tenha vergonha.

– Desculpe-me, meu senhor. 

– Você disse a mim que deseja vingança, certo?

– Sim! Como poderíamos fazer isso, senhor?

Alcander sorriu, respirando fundo antes de abraça-la por trás, repousando seus braços na cintura dela, então, admirando a água calma do rio, ele prosseguiu:

– Se dermos algo ao demônio, ele será generoso conosco.

– O que? Jamais! Eu não serei devota ao demônio, meu senhor!

– Damara, entenda, querida! Se dermos algo valioso a ele, faremos com que todos aqueles que nos fizeram mal sofram!

– Deverão haver formas alternativas, meu senhor, mas envolver o demônio nisso? De maneira alguma!

Alcander, tentando manter sua calma, virou-a para si, apertando levemente seus pequenos ombros quando os olhares encontraram-se.

– Damara, eles mataram sua mãe, seu povo está em perigo, poderão até mesmo mata-la! Lembre-se do sofrimento, dos gritos e das lágrimas de sua mãe naquela fogueira, minha amda. Tem certeza de que não fará mal àquelas pessoas? 

Então ela lembrou-se. Lembrou-se de cada detalhe da morte dolorosa de sua mãe, e a raiva voltou a correr por seu corpo. Os olhos inocentes escureceram com a raiva, então ela encarou o homem à frente e rangeu os dentes.

– O que precisarei dar a ele?

– Primeiramente, será devota a ele e aceitará todas as condições impostas!

– Farei isso, meu senhor.

– Terá sua vingança, minha dama. Verá que nada falhará. 

– Terei de vender minha alma?

– Tens medo do inferno?

– Se precisarei ir ao inferno para vingar-me, eu irei. 

Alcander, vitorioso, sorriu, acariciando o rosto delicado de Damara.

– Atacaremos diretamente a nobreza, minha dama.

– Como, meu senhor?

– Amaldiçoará as mulheres, minha amada. E assim como as amaldiçoará, dará a elas o sofrimento, a dor e a decepção. 

Damara sorriu ao imaginar-se humilhando quem a fez mal, então cruzou seus braços e olhou novamente para o rio, imaginando as mil formas de fazer mal a elas, mas mal sabia Damara que, logo de início, os planos já foram traçados.

 

 

Agosto, 1503.

 

 

– Por favor, meus senhores, deixem-me ir!

O camponês implorava de joelhos em frente Jin, que apenas sorria acima de seu cavalo, com a ponta de sua espada direcionada à garganta alheia, enquanto Hoseok segurava-o com os braços para trás e Jimin mantinha-o de cabeça erguida, deixando o pescoço exposto à lâmina.

– Diga-nos onde estão seus filhos.

– Príncipe Kim, em nome de Deus, deixe meus filhos em paz! Eles têm apenas três anos de idade, não pecam, não sabem sobre as maldades do mundo!

– Diga-me onde estão, por bem, ou por mal.

– Perdoe-me, alteza, mas não direi nada. Poderá matar-me, mas meus filhos continuarão em segurança! 

– Hoseok, já sabe o que fazer. Pode comer a carne podre desse homem se quiser, não quero testemunhas.

– Será um prazer, Jin.

Hoseok tornou seus olhos vermelhos quando olhou aquele homem, vasculhando cuidadosamente sua mente à procura de alguma pista sobre seus filhos e sua esposa, então sorriu vitorioso quando conseguiu respostas, porém, quando descobriu sobre uma doença grave daquele homem, mostrou decepção em seu rosto.

– É uma pena, mas não poderei comer sua carne, camponês! Está doente. - Hoseok levantou-se e deu espaço para a espada de Jin voltar ao lugar de antes. - Sei onde estão as crianças e a esposa. 

– Ótimo, teremos uma mulher envolvida. - Jimin sorriu.

– Mate-o, Jin, guiarei-te à casa deste homem.

E bastou tais palavras para a espada afiada de Jin atravessar o pescoço do homem, que em poucos segundos perdeu sua vida. Jin não mostrava remorso algum com seus atos, principalmente Hoseok e Jimin, que divertiam-se com cada gota de sangue derramado. Os três guardavam segredos sobre o que haviam se tornado, e a ambição de cada um os ajudava a prosseguir com as oferendas ao demônio, já que ganhavam muito bem em troca. Jin, com sua inveja e desejo por sabedoria, oferecia ao demônio crianças de até dez anos de idade, já que o demônio tinha preferência por almas puras, enquanto Jimin e Hoseok agiam por instindo, alimentando cada vez mais a maldade em seus corpos. 

Estavam cegos pelo poder e ganância, cegos pelos demônios que os habitavam, cegos pelo desejo e pelo pecado. Tão cegos ao ponto de matarem qualquer um que os ofendessem. 

 

 

(...)

 

 

Sun-Hee caminhava pelo palácio escuro, assutada, com seus olhos fundos e roxeados pela falta de sono, olhando para todos os lados, como se fugisse de algo, ou de alguém. Eram quase três da manhã, faltavam poucos minutos para aqueles fenômenos que apenas ela presenciava acontecerem, porém, os empregados já dormiam e a fome apertava seu estômago. Ela tateava as paredes cuidadosamente, iluminando seu caminho com a vela, até que finalmente chegou à cozinha, sorrindo contente ao ver os pães de milho acima da mesa, não demorando a pegar um deles e correr de volta ao quarto, porém, quando ela pisou fora da cozinha, o barulho agudo do vento ecoou pelo palácio, logo atingindo seu corpo e apagando sua vela. Ela estremeceu e apertou o alimento entre os dedos, dando um passo para trás. Então, com apenas a iluminação da lua, ela viu os vultos correrem pelos corredores, derrubando alguns dos enfeites que viam pelo caminho. Imediatamente ela começou a chorar e a orar, pedindo para que deixassem-na em paz, porém, suas preces nunca foram ouvidas. Ela jogou a vela e o pão no chão, finalmente correndo em direção aos quartos, mas quando chegou naquele corredor, a figura escura, grande e aterrorizante no final dele a fez parar e seu coração acelerar. JungKook a olhava fixamente, sorrindo com o desespero de sua mãe, enquanto passava suas unhas afiadas pelas paredes, até finalmente parar em frente a ela e agarrar seu pescoço, erguendo-a o máximo que conseguiu. Ele sorriu e apertou um pouco mais o pescoço dela.

– Lembra-se de quando tentou matar-me, mamãe?

– JungKook, filho... solte-me!

– Eu estava assustado, mamãe. Você tentou matar o próprio filho, mas eu não entendo o porquê. 

– JungKook, solte-me, está machucando-me!

– Você também me machucou, mulher imunda! Diga-me, por favor, o que eu te fiz?

Sun-Hee rangeu os dentes e olhou com raiva para o garoto, juntando suas forças restantes para então responde-lo:

– Você nasceu e desgraçou a minha vida, garoto! Eu arrependo-me de ter feito o que fiz para você nascer. Se eu pudesse, mataria-o agora mesmo. Você é um desgosto, uma aberração!

Irritado pela resposta, JungKook jogou sua mãe para longe, fazendo-a bater a cabeça com força no último degrau da escada e, imediatamente, ficar inconsciente. 

– Então morra com o desgosto que a sua aberração lhe deu, mamãe.

JungKook ria do sofrimento de sua mãe, deixando-se ser carregado pelo ódio porém, quando seu lado racional falou, o desespero lhe consumiu e o arrependimento imediatamente lhe percorreu. Ele gritou, gritou alto o suficiente para seu pai e todos so empregados saírem de seus aposentos e socorrerem sua mãe. O pai chorava com sua esposa nos braços, abraçando-a quando percebeu que ela ainda respirava, mas não acordava de jeito algum. 

– O que aconteceu, filho?

– Eu não sei, papai! Eu... eu saí para tomar água e encontrei-na caída! 

– Filho, chame ajuda, por gentileza! Vá!

JungKook concordou e saiu correndo do palácio, quase esquecendo-se de seu cavalo, tendo que voltar seus passos até o estábulo, para então, finalmente, procurar por Annelise, confiando a ela a vida de sua mãe. Entretanto, quando chegou à cabana de Annelise, percebeu o cavalo de Yoongi parado em frente ao local, e outra vez sua raiva lhe consumiu, fazendo-o empurrar a porta e entrar sem mesmo bater antes. Yoongi estava sentado junto de Annelise e ele acariciava o rosto dela, um momento de pura inocência, mas para JungKook era como a traição. Estranhando tal sentimento, ele preferiu guardar para si, ignorando a presença do melhor amigo.

– Annelise, preciso que ajude-me.

– Com o que, Príncipe Jeon?

– A minha mãe, ela bateu a cabeça e está desacordada.

– O que aconteceu com a rainha? Como ela se machucou? - Perguntou Yoongi, olhando para o amigo com preocupação.

– Não importa. Vamos, Annelise.

JungKook segurou a mão da garota que já havia preparado seus utensílios naquele pouco tempo e correu para fora com ela, ajudando-a a subir em seu cavalo antes de, finalmente, partirem. Yoongi estava consumido pela raiva, pois percebeu os sentimentos do amigo ao encontra-los juntos, mas o que realmente lhe incomodava não era o fato de JungKook demonstrar ódio por ele, mas sim, JungKook se interessar pela mesma mulher. 

Afinal, seria a amizade apenas um disfarce da destruição? 


Notas Finais


E foi isso! Espero que tenham gostado, deixem suas opiniões, uh?
Beijinhos e até logo. <3


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