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História The Five Guardians - Fragility


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, amores! Espero que estejam todos bem!
Enfim, a inspiração zerou, então perdoem-me caso o capítulo não esteja tão atrativo, mas prometo que os próximos serão melhores!
Boa leitura. <3

Capítulo 15 - Fragility


Fanfic / Fanfiction The Five Guardians - Fragility

"– O primeiro indício de nossa vitória será a destruição entre os laços da amizade, minha dama. Quando os laços começarem a ser rompidos, poderemos partir para a etapa seguinte, minha amada." - Alcander.

 

 

05 de novembro de 1503.

 

 

A partir daquele dia, após o jantar, todos já sabiam sobre o noivado de SeokJin e Pandora, que a cada minuto que passava, ficavam mais próximos e mais felizes em saber que em poucos meses finalmente se casariam. O restante dos garotos, mesmo que possuindo datas diferentes de nascimento, como era costume, comemoraram juntos à Jin seus aniversários e, obviamente, o noivado. Mas, diferentemente dos anos anteriores, NamJoon estava separado de seus amigos, segurando sua taça com bebida enquanto observava o lado ao lado de fora do palácio. Damara, percebendo a estranha distração do rapaz, decidiu aproximar-se e conhecê-lo melhor. 

– O que faz aqui sozinho, senhor? - Perguntou ela ao parar junto a ele, que logo sorriu.

– Estou pensativo, senhora. E quanto a ti, por que não está lá dentro?

– Não estou acostumada com grandes eventos, ainda é estranho para mim. - Disse ela, sentando-se no banco em frente ao lado, logo sendo seguida por ele. - Você é o filho do Duque, correto?

– Sim, sou eu, senhora. 

– É um prazer, milorde. 

Ela curvou-se sutilmente, ainda sentada, arrancando um sorriso de NamJoon, que tocou o ombro dela para que ela voltasse à postura normal, e quando ela assim fez, ele respirou fundo.

– Não tive a oportunidade de agradece-la devidamente o favor que fez ao Taehyung naquela noite.

– Não se preocupe, fiz de bom grado. 

– Sei que julgam as curandeiras, chamando-as de bruxas ou demoníacas, então guardarei seu segredo.

– Obrigada, meu senhor.

– Por favor, faremos parte da mesma família e eu não gosto de formalidades, chame-me apenas pelo nome, por gentileza.

– Mas é desrespeitoso, milorde.

– Desrespeitoso seria um xingamento, mas meu nome não é um, ou estou errado?

Damara riu da expressão que NamJoon fez, levando as mãos em frente à boca, então ela negou.

– Não, ao contrário, é um belo nome.

– Damara também é um belo nome, assim como você é uma bela mulher.

– Senhor, por favor! - Ela sorriu, desviando o olhar. - Mas, diga-me, NamJoon, sobre o que refletia?

– Ah, Damara, às vezes imagino-me casado, construindo uma família. Tenho medo, compreende?

– Medo de que?

– De não ser um bom pai, de tornar-me um homem como o Duque.

– O seu pai é ruim?

– Ele é um ótimo Duque, mas um péssimo pai. Creio que já tenha escutado os boatos que se espalham sobre a minha família.

– Boatos? - Damara fez-se de desentendida, erguendo as sobrancelhas.

– Desde o meu nascimento correm boatos de que não sou filho do Duque. - NamJoon forçou um sorriso, olhando para sua taça. - Não sou semelhante a ele.

– Mas as pessoas têm aparências diferentes, NamJoon, não se preocupe com tais boatos.

– Eu ignoro os boatos, porém, senhora, é difícil quando o seu próprio pai acredita em tais mentiras.

Damara percebeu a voz embargada de NamJoon, então em um ato impulsivo segurou-lhe o rosto, virando-o para si, secando as lágrimas que caíram de seus olhos. 

– Ignore, NamJoon! Você é um bom homem e sei que sua mãe deve ser uma boa mulher também, sua aparência não diz qual sangue carrega, então, por favor, apenas ignore.

– Obrigado, seguirei seu conselho. E perdoe-me o desabafo, acho que é efeito do álcool.

Ele a respondeu entre um riso após ser solto de suas mãos, recebendo em troca um riso de Damara, que estava prestes a responde-lo, mas viu certa movimentação logo à frente. Juntos, levantaram-se e correram até os reis, que conversavam preocupados com Alcander.

– O que está acontecendo, senhores? - Perguntou Damara.

– Estamos perdendo homens, senhora! - Respondeu a rainha, juntando as mãos em frente ao rosto. 

– Minha dama, entraremos em batalha! - Alcander, sério, completou. - O mensageiro trouxe-nos as notícias, partiremos agora mesmo!

– Por favor, tenha cuidado, meu amado!

– Proteja-se e espere-me, Damara! 

Ela sorriu ao concordar, e quando estava prestes a abraça-lo, Alcander desviou de seus braços, puxando NamJoon para si, abraçando-o com tamanha força que o estalo de suas costas foi audível.

– Cuide-se, garoto.

– Volte vivo, por favor.

– Voltarei.

Alcander sorriu e logo selou a testa de Damara, que abaixou a cabeça e tentou esconder sua tristeza por, outra vez, não receber o que esperava de seu marido. Então, após entrarem outra vez no palácio, Taehyung aproximou-se de Damara, tocando-a o pulso para então leva-la ao estábulo, o único local vazio do palácio naquele horário.

– Está tudo bem, bruxinha?

– Ah, está! 

– Damara, eu vi que ficou triste com seu marido, gostaria de conversar sobre isso?

– Taehyung, meu amigo. - Yoongi sorriu, aproximando-se deles. - O homem não a ama, é simples. Ele não a toca, não a acaricia, não a beija. 

– Saia da minha mente, Yoongi! Eu não permiti.

– Ora, descobri que em seu momento de fragilidade não consegue impedir que leiam seus pensamentos. - Yoongi riu vitorioso, dando o último gole em sua bebida. - Lembrarei-me disso.

– E o que mais consegue ver, "meu senhor"?

Damara o desafiou, cruzando os braços ao aproximar-se de Yoongi.

– Consigo ver que sente falta de um homem, consigo ver, também, que está apaixonada por alguém, porém, infelizmente, não consigo saber quem. Cuidado, bruxa, em outro de seus deslizes, terei o prazer de usar tais informações para lhe atingir quando me convir.

Damara, mesmo com sua expressão triste, gargalhou, fazendo Yoongi franzir a testa e Taehyung sorrir, percebendo o que viria a seguir.

– Pensa que é muito inteligente, senhor Min? Engana-te, então. Pode ver o que quiser através de meus olhos, mas jamais me humilhará, porque enquanto você ainda está aprendendo a brincar de vidente, eu brinco desde que nasci. E, lembre-se: você vê apenas o que eu permito que veja. Já você... - ela ergueu os ombros, fazendo um pequeno e tristonho bico. - Você é uma derrota, até mesmo no amor o seu melhor amigo passou na frente. Tenha uma boa noite, Min Yoongi.

Quando Damara virou as costas, Yoongi ergueu a taça de cristal para atingi-la com o objeto, porém, Taehyung agarrou o pulso do amigo e o puxou para trás, fazendo Yoongi bater as costas em uma das árvores. Ele, então, aproveitando-se por estar em uma parte afastada dos convidados, apertou o pescoço de Yoongi.

– Toque-a e eu o mato, Yoongi. 

– Virou o cãozinho da bruxa, Taehyung? - Yoongi riu. - O que? Ela o seduziu? Diga-me, Taehyung, como é beijar a meretriz do demônio?

Yoongi cuspiu as palavras para Taehyung, que ao ouvir tal ofensa à Damara, rangeu os dentes e permitiu-se ser tomado pela ira. Ele, então, cravou as unhas no pescoço de Yoongi que tentou se afastar, mas era tarde, pois a tonalidade escurecida dos olhos de Taehyung evidenciavam o que se passava, e mesmo que Yoongi tentasse, ele não conseguia ter força semelhante à de Taehyung, que sem importar-se com as consequências, erguia o amigo pelo pescoço, foi então que Jin apareceu para separa-los, porém, vendo o quão forte Taehyung ficava naquela situação, a inveja se fez presente, acabando por também dar ao rapaz sensações estranhamente prazerosas. Ele socou o rosto de Taehyung, fazendo-o cair a metros de distância, então Taehyung levantou-se e correu para cima de Jin, mas antes que pudesse - e com certeza iria - mata-lo, Damara colocou-se à frente do príncipe, olhando nos olhos de Taehyung que, imediatamente, afastou-se.

– Pare, Taehyung! Já chega!

Pouco a pouco, imerso aos olhos preocupados de Damara, Taehyung voltou a si, deixando que aquele peso em seu corpo se esvaísse. Ele abaixou a cabeça e Damara respirou aliviada, olhando para os outros dois garotos em seguida.

– Yoongi, eu sei que não somos os melhores amigos, mas você poderia, por favor, ao mesmo respeitar-me? 

– Agora que pensa fazer parte da família real exige respeito? - Yoongi riu, balançando a cabeça. - Como quiser, "Vossa Majestade"!

– Min Yoongi, não a trate desta forma! Peço-lhe, por gentileza, que respeite-a.

– Até você, Jin? Vocês não percebem que desde quando essas coisas começaram, desde que a procuramos, estamos nos tornando monstros?

– Monstros? - Perguntou Taehyung, cruzando os braços. - Desculpe-me, mas eu estou ótimo. E quanto a você, Jin?

– Estou melhor do que antes, meu primo. 

– Talvez, Yoongi, o monstro esteja dentro de você mesmo, não dentro de nós. 

– Estão loucos. 

Yoongi jogou a taça no chão, virando-se bruscamente para trás e retomando seu caminho. Damara, ainda em silêncio, comemorava internamente pela briga que acabara de presenciar, apenas balançando a cabeça e sorrindo às desculpas de Jin. 

– Sinceramente, Damara, perdoe-o! Não compreendemos o que se passa, mas ultimamente ele se tornou desta forma até mesmo conosco. 

– Não se preocupe, Príncipe Kim, eu entendo. 

– E quanto a você, Taehyung, espero que possa perdoar-me, mas iria mata-lo.

– Eu sei, meu primo, não se preocupe. 

– Com licença.

Jin curvou-se brevemente e continuou o caminho que seguia anteriormente, deixando-os à sós. Taehyung olhava Damara em silêncio, percebendo a mesma tristeza de antes preencher seu rosto.

– Damara, o que o Yoongi disse é verdade? Realmente não recebe o amor de seu marido?

– Perdoe-me, senhor, mas creio que tais assuntos não lhe interessam.

– Pare, por um segundo, de manter essa imagem forte, Damara. Estamos sozinhos. 

Damara olhou ao redor, pensativa, e virou-se para Taehyung, abrindo os braços levemente antes de bater as palmas das mãos na saia do vestido, soprando um riso.

– Diga-me o que gostaria de saber, meu senhor.

– Primeiramente, pare de chamar-me de senhor. - Taehyung sorriu, aproximando-se um pouco mais da bruxa, tocando-lhe o rosto com a destra. - Conte-me, bruxinha, sofre em seu casamento?

– Bem, acho que ficou claro para todos do reino que meu marido não demonstra muito afeto.

– Por que não o abandona?

– Enlouqueceste, senhor? - Ela riu, balançando rapidamente a cabeça. - O casamento é sagrado.

– Dito isso, pergunto-lhe: se és uma bruxa, casaste perante Deus?

– Não, casamos perante à natureza.

– Seu casamento não é válido, Damara! 

– Como não?

– Pode ser válido em suas práticas religiosas, mas não está de acordo com as leis de Deus. Não és casada, Damara. Bem, não de acordo com as nossas leis.

– Se contar a alguém como casei-me, acabarei com você, garoto!

Taehyung riu quando Damara ergueu o dedo indicador em frente ao rosto dele, então a abraçou, beijando-a os lábios durante poucos segundos, então olhou-a nos olhos e pendeu a cabeça para o lado.

– Case-se comigo, Damara.

– O que?

– O seu casamento é inválido, case-se comigo! Torne-se Condessa, Damara.

– Caíste quando nasceste? Sua cabeça não funciona devidamente, meu senhor.

– És tão linda que sequer importo-me com seus sarcasmos.

– Solte-me, Taehyung! Deixe-me descansar.

Ela balançou os braços e soltou-se daquele abraço, virando-se de costas para Taehyung, que sorriu ao perceber o nervosismo que Damara demonstrava.

– Pense com cuidado, Damara. Ao meu lado terá poder, luxos, empregados, um nome importante e, o mais importante: amor.

– Bons sonhos, meu senhor.

Ela revirou os olhos e apressou-se, mantendo-se pensativa quanto à proposta de Taehyung. Ela sabia que se aceitasse tal pedido teria tudo o que sempre desejou, porém, não teria o seu maior propósito: vingança. 

Ela olhou para trás e respirou fundo quando percebeu estar sozinha, dizendo para si mesma:

– Abrirei mão do amor, mas vingarei a morte de minha mãe.


Notas Finais


E por hoje é só, espero que tenham gostado, anjos!
Beijinhos e até logo. <3


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