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História The Lie, The Fall, The Love - Wolfsbane Saved U


Escrita por: allybenner

Notas do Autor


Oi oi perdão pela demora
enfim ai está mais um capítulo! É vez do Scott!
E agora como todo os personagens já tiveram um capítulo eles não serão mais na mesma ordem... aproveitem!

Capítulo 8 - Wolfsbane Saved U


Fanfic / Fanfiction The Lie, The Fall, The Love - Wolfsbane Saved U

Scott McCall

11 (onze) dias até o jogo de lacrosse

 

   Meu rosto estava mais suado do que o normal, olhei-me no espelho e o reflexo entregava a face de alguém que acabava de sair de uma maratona. Meus olhos estavam vermelhos e o suor descia pela minha testa, observei o travesseiro molhado. Tive um sonho ruim, um pesadelo, pior do que qualquer um que já tivesse tido. Eu estava na floresta e de repente todos que conheço apareceram na minha frente com a íris de coloração vermelha, como a o Alfa, assim eles iam formando um círculo a minha volta, não tinha percebido que eu mesmo era o Alfa até acordar.

 O relógio apitava baixo marcando quatro da manhã, bati forte no botão de desligar e acabei o quebrando. “Que droga! ”, pensei. Permaneci sentado encarando a janela entreaberta e a cortina fazendo movimentos ondulares a cada vez que o vento passava. Minha mente fugiu por um segundo do que eu queria pensar “quem é o alfa” e foi para “quem é o escritor”.  A lembrança do cachecol e os papeis do jornal da escola e seus respingos de sangue, a sombra de alguém fugindo do Alfa, o cheiro forte no cachecol sendo encontrado em Madison.

 O sol vai aparecendo aos poucos tímido e antes que eu pudesse ouvir minha mãe voltando do plantão já estava arrumando minha mochila para a escola. Encarei meus olhos no espelho, fiz eles aparecerem como são. Amarelos. Nada de vermelho. Não sou o Alfa e não preciso me preocupar com isso, porque sonhos ruins são só sonhos ruins.

 Tomei banho, levei um pouco mais de tempo já que estava muito cedo. Chovia um pouco lá fora e eu sentia o frio toda vez que desligava o chuveiro quente. Sai do banho e corri para fechar as janelas, o vento que entrava fazia meu peito e abdômen se arrepiarem. Vesti uma calça jeans preta e tênis azuis, uma blusa listrada azul com preto e um casaco marrom. Olhei pela janela tinha parado de chover.

 Encontrei minha mãe dormindo no sofá, peguei uma manta grossa e coloquei em cima dela. Ouvi-a balbuciar algo e a desejei “boa noite” inconsciente, peguei uns sanduíches gelados e sai de casa, peguei a bicicleta e pedalei até a escola. Passei direto pela casa de Stiles, o jipe ainda estava estacionado na garagem, continuei pedalando com força indo muito rápido depois muito lento.

 Voltou a chover, as gotas que antes eram finas agora estavam grossas e pesadas. Claro que me arrependi de não ter pegado carona com Stiles, mas eu me sinto bem dividindo a rua silenciosa com a chuva.  A minha frente a visão embaçada de uma figura de cabelos loiros muito claros, segurando um guarda-chuva roxo de tom exagerado e botas lilás de cano alto.

— Madison?! — gritei e ela parecia lutar contra o vento forte.

— OI?! — ela responde no mesmo tom. — V-você q-quer v-vir p-para c-cá? — sua voz é cortada pelo vento e ela gagueja sem parar por causa do frio.

 Eu assinto e desço da bicicleta, ofereço-me para segurar o guarda-chuva já que sou mais alto que ela.

 — Você não vai me jogar na poça d’água e começar a gritar que sou eu quem escreve o jornal da escola, vai? — ela pergunta e eu sorrio de sua sinceridade e falta de timidez.

— Eu acho que já superei isso... — coço a cabeça. — Não tem como ser você, desculpa.

— Tudo bem... eu não fico com raiva das pessoas por muito tempo. — ela para um pouco e respira fundo, como se estivesse com falta de ar. — Você vem sempre de bicicleta, ou só quando está chovendo?

— Só quando eu acordo mais cedo que o Stiles. E porque não vem de carro? — pergunto. — Você prefere vir andando todo dia?

— Eu não gosto de dirigir... — ela responde.

— Você tem um Impala na garagem... não consigo entender.

— Eu fico nervosa...

 Concordo, continuo segurando o guarda-chuva extravagante e empurrando a bicicleta. A chuva para e estamos a alguns passos da escola, ela recolhe o guarda-chuva e entra no colégio, espero alguns minutos por Allison, mas ela demora e eu resolvo entrar, deixo a bicicleta do lado de fora e vou até meu armário.

 Coloco minha mochila lá dentro e tiro algumas apostilas, olho para o lado e Derek está com o braço apoiado no armário ao lado do de Madison. Olho o visor do celular aceso, Stiles está ligando.

“— Eu estou saindo de casa agora, cadê você? ”

“— Já estou na escola... eu encontrei a Maddie no caminho, eu acho que não foi ela quem escreveu aquelas coisas. Você já viu o guarda-chuva dela? Alguém que usa guarda-chuva com orelhinhas não escreve um jornal cheio de mentiras e fofocas...”

“— Claro que não é ela cara, ela ‘tá a fim do Hale, nunca iria escrever fofoca dele...”

 Desliguei o telefone e terminei de colocar as coisas no armário. Olho Allison vindo junto de Lydia atravessando o corredor, suspiro fundo encantado com a visão que tenho. Ela vem até mim e eu a comprimento com um beijo. Juntos subimos as escadas em direção a sala de aula.

(...)

 Ao término da última aula antes do almoço sai da sala junto de Stiles, ao virar o corredor ouvimos vozes exaltadas discutindo, reconheci a voz de Allison e logo a voz de Derek. Dei passos largos e pesados até chegar perto deles. Stiles me puxou antes que eu anunciasse que estava chegando. Nos afastamos o bastante e então ele pediu que eu ouvisse o que estava acontecendo.

“Sua tia é louca Allison! Ela vai me caçar, você sabe disso! E depois o Scott, é isso que você quer? ”

 Eu contava a Stiles o que eles falavam assim que terminava de escutar. Ficamos ouvindo até Allison se irritar o suficiente para socar o ombro, ou será que foi o peito? De Derek e sair. Fingimos conversar com um veterano quando eles passaram. Allison me chamou para almoçar com ela e eu me despedi de Stiles.

 — Vamos sair hoje depois da escola? — Allison perguntou.

— Ah... hoje não dá, vou ficar na Clínica até tarde. — respondo. — Saímos outro dia, okay?

 Ela assente desanimada e continuamos comendo. Lydia aparece e ela vem até nós sorridente, mas muda de feição imediatamente. Parece a ponto de chorar... eu fico encarando minha comida tentando não a ouvir falando baixo com Allison. Madison caminha na direção da mesa onde Derek está sentado e eu a chamo.

— Espero que seja urgente... — ela diz segurando a bandeja com sua comida.

— Ah, já que tem lugar para sentar pode ir, eu só queria que se sentisse enturmada. — eu disse sem jeito.

 Eu só queria parar de olhar para a Lydia triste e fingir que ainda era a Lydia animada e metida de sempre. Madison sentou conosco e ficou conversando por alguns minutos, depois levantou e voltou o que estava fazendo antes.

(...)

 Na Clínica Veterinária, Deaton se despede e eu prometo fechar a clínica direito quando sair. Fecho a porta assim que ele sai e volto para os fundos para levar ração aos cachorros e gatos. Abro o pacote de ração e procuro a pequena pá usada para medir a quantidade de comida deles. Empurro o enorme saco de ração com os pés enquanto caminho até os animais.

 Algumas horas depois e ninguém apareceu ainda, sentado no sofá da recepção eu como meu jantar com talheres de plástico, a chuva voltou e eu começo a ser mais religioso rezando para que ela pare quando eu for embora.

 O telefone toca, mas quando atendo não consigo ouvir a pessoa do outro lado da linha, está um chiado horrível. Bato o telefone do gancho decepcionado. A chuva está mais forte e agora os cachorros começaram a latir com medo, as janelas batem forte umas contra as outras. A porta dos fundos faz um baque estrondoso e eu pulei na mesma hora. Institivamente minhas garras apareceram e eu abri a porta rapidamente.

— Eu.... e-eu fui baleado... — meu coração começa a bater bem rápido quando avisto Derek jogado no chão ele segura o braço direito com força e um liquido espesso e escuro escorre pelos seus dedos.

— Cara o que aconteceu? — pergunto e começo a trancar as janelas e as portas. — Que nojo, o que é isso preto?

— Ah desculpa princesa, meu corpo está tentando colocar esse veneno para fora! Talvez se você perguntasse a sua namoradinha que merda é essa que a tia dela colocou na bala eu possa tirar isso daqui! — Derek começa a gritar e eu a me irritar com esse jeito dele.

— Calma! Calma! Eu vou chamar alguém!  — pego o celular e começo a ligar para o Stiles. — Acho que eu devia ligar para a Allison...

 Desisto de ligar e mando mensagens, Stiles diz que está saindo de casa e eu começo a escrever para Allison.

“Preciso conversar com você!

                              S.M.”

“Espera, vou te ligar.

                   A.A”.

“— O que aconteceu Scott?! — ela pergunta preocupada”.

“— Allison, a Kate está aí?

“— Não, na verdade meu pai está indo buscar ela... o carro quebrou de novo”.

“— Pode procurar algumas coisas para mim? Acho que ela tentou matar o Derek? ”

“— Mas, é uma pena mesmo, que ela não tenha conseguido! — ela exclama irritada. — Não estou falando sério... eu vou procurar, me diz o que é”.

 Passo o telefone para Derek e ele começa a dar instruções para ela em meio a gemidos e ganidos esganiçados e agoniados. Eu amarro o braço dele com uma daquelas borrachas que amarramos a pata dos animais para tirar sangue. Stiles chega e ao ver aquela cena ele vomita no lixeiro.

 — ELE ‘TÁ SANGRANDO! PRETO! CARA QUE NOJO! — Stiles grita e Derek levanta indo em sua direção pronto para socar o rosto dele.

 A porta da frente da clínica começa a fazer o barulho que portas fazem quando são abertas. Deaton aparece e quando eu penso em me explicar ele pede que Derek se sente e começa a procurar alguma coisa nas gavetas e armários.

— O que ele tá fazendo?

— Procurando um antídoto Stiles, o que mais eu poderia estar fazendo!? — Deaton pega uma caixinha com algumas cinzas e retira a bata do braço de Derek logo em seguida esfrega as cinzas na ferida fazendo com que ele grite muito alto.

 — O que é isso? — pergunto.

— Cinzas de Wolfsbane...

— Como sabia que precisávamos de você? — Derek pergunta.

— Acho que tem alguém muito especial lá fora esperando por notícias suas, senhor Hale — Deaton diz. — Acho que como dizem... “é possível sentir quando alguém querido sofre algum acidente”. Creio que não seja tão simples, mas ela salvou sua vida.

 Deaton abre a porta da salinha onde nos encontramos e pede que alguém entre, Madison pisa dentro do local, seus olhos azuis extremamente claros e grandes exaltados vão na direção de Derek, ele retribui o olhar em puro agradecimento e afeto... não acredito que Derek vá se entregar a essa garota tão cedo, mas talvez ele já esteja entregue. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Quero saber de vocês, quem vcs acham que escreve o jornal da escola?


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