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História The Life And Death Go Together - Keep Calm


Escrita por: Wolf_Darkness

Notas do Autor


Oi pessoal 0/
Queria que as pessoas daqui respeitasse a minha hora de postar, mas tudo bem U.u
E aqueles cap de é... Isso mesmo... :3
Bora lê

Capítulo 73 - Keep Calm


Novamente estava no hospital e sabia que as minhas vistas seriam mais frequentes do que o esperando, estava nervoso e não parava de bater a perna em um ritmo um pouco descompassado e rápido, eu não aguentava ficar ali sentando naquela cadeira sem fazer nada, estava roendo a unha da mão enquanto olhava para o relógio ali pendurado na recepção, parecia que os minutos paravam de passar quando eu o encarava, mas quando me fixava em outro ponto, parecia que os minutos corriam.

Meu coração estava acelerando e eu não sabia o que esperar disso tudo, parecia que eu tinha uma pedra de gelo no estomago e minha respiração estava um pouco descompassada, eu tentava relaxar, mas naquele momento parecia impossível — talvez eu só pudesse lidar com isso quando realmente acabasse.

Minha mente estava extremamente embaralhada com tudo o que estava acontecendo, eu não sabia mais o que fazer, como agir, como lidar com isso, ninguém tinha um manual de instrução para uma situações assim, ninguém se prepara para tragédias ou doenças, a vida faz apenas acontecer e você que tem que saber lidar, querendo ou não.

— Esta tão nervoso assim? — Perguntou Ray enquanto me olhava de lado e aparentemente estava preocupado.

— Muito — Tirei a mão de próximo à boca e depositei no meu colo, respirei fundo tentando relaxar um pouco — Mal dormi hoje — O encarei como se ele pudesse me ajudar naquele momento.

A gente voltou a se falar no mesmo dia que eu tinha gritado com ele, pedi desculpas e tudo mais por telefone, mas ele entendeu a situação e nem ao menos tinha ligado para o meu “drama” naquela manhã, a única coisa que não tinha contado para ele, era como eu tinha-me “resolvido” com o Gerard, achei que aquele assunto era só de interesse meu.

Eu passei o resto daquele dia pensando no Gerard e o que eu tinha feito naquela manhã, mas tudo o que eu consegui foi me frustrar cada vez mais por tê-lo deixa ir com aquela situação — ele também deveria esta pensando em como lidaria com isso... Ou talvez não, ele poderia ter ligado o foda-se para mim e tratar aquilo com indiferença, a final, não tínhamos uma relação muito concreta.

Eu confesso que eu me deitei na minha cama depois que ele se foi e comecei a chorar, eu apenas chorava sem saber exatamente o porquê, apenas estava triste por tudo o que já tinha acontecido ate agora, eu achava que eu estava morrendo e daqui um tempo eu não poderia mais viver a minha vida como ela era — acho que era isso que essa doença fazia; ela colocava uma nuvem negra em um dia perfeito de sol te impossibilitando de enxerga as coisas mais simples e bonita que existia ao seu redor, enquanto eu não soubesse tirar essa nuvem, as coisas continuariam assim.

— Esta bem, isso é um problema... Tenta relaxar, por favor — Ele segurou a minha para que eu parasse por um momento e eu respirei fundo e fechei os olhos brevemente tentando achar uma calma interior, o que me pareceu um pouco impossível naquele momento.

— Eu só quero que o dia acabe, apenas isso — Choraminguei e me desvencilhei de seu contato, assim tentei relaxar no banco olhando insistentemente aquele relógio que pareceu passar os minutos voando.

— Eu sei que quer, mas pelo menos tenta parar de pensar nisso?!

— Não esta ajudando Ray — Comentei olhando para frente sem interesse nenhum.

— Frankie, não começa a ser rabugento, não quero brigar aqui no hospital — O olhei de lado um pouco irritado com o que ele disse, mas achei melhor não retrucar, pois lembrava que era eu que estava sendo insuportável ultimamente.

Comecei a mexer os dedos e os olhava, parecia algo extremamente interessa, mas não era, eu apenas tinha que me focar em algo antes que eu descontasse a minha raiva em outras pessoas — eu sabia que ultimamente parei de ser um amorzinho e estava sendo um “estupido”, mas isso tudo estava mexendo com a minha cabeça, não era como se eu pudesse compartilhar esse sentimento com outra pessoa para que ele ficasse menos doloroso, eu realmente estava aguentando tudo sozinha e não era como se eu pudesse suportar mais, mas a culpa de as coisas estarem sendo assim tão difíceis, talvez fosse apenas minha.

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Abri os olhos lentamente e olhei para o lado, assim vi aquela monótona parede branca com um pequeno móvel ao lado, olhei para cima vendo uma bolsa de soro, a noite passada estava ainda confusa na minha mente e eu não sabia exatamente o que eu estava fazendo aqui.

Sentei-me na ponta da cama e passei a mão no rosto em uma tentativa de despertar melhor, olhava a agulha pressa no meu braço, a mesma que transportava aquele soro e uma faixa enrolada no pulso, dei uma risada amarga por a morte ser tão filha da puta comigo.

— Qual é o seu problema? — Perguntei para aquele ser que eu não sabia se me rodeava, achava que não, deveria esta mais ocupada com outra coisa — Eu devo ser um gato com umas cinquenta vidas para gastar, não é possível — Tentei tirar aquilo do meu braço, mas doeu muito e eu simplesmente desisti me vendo preso ali.

— Você acordou?! — Olhei para a entrada da porta e vi a enfermeira de dias atrás, se eu não estava enganado era a Cindy — Você é um menino muito danado — Ela disse com um sorrisinho divertido em seu rosto e falava como se eu fosse uma criança.

— Logico que eu sou — Falei com um pouco de ironia e indiferente — Agora tira essa porcaria do meu braço?! — Apontei para o esparadrapo ali que prendia a agulha.

— Hum... — Ela se aproximou e pegou a prancheta que tinha ali no móvel ao lado da minha cama e começou a ler — Gerard Arthur Way, nome bonito — Olhou-me e eu fiquei um pouco sem graça e forcei um sorrisinho.

— Pois é, tirar isso do meu braço... — Isso foi o bastante para ela me olhar feio e eu engoli a seco — Por favor?! — Disse sem jeito.

— Não posso ate você ficar melhor, agora deita ai e descansa ate o medico te dar alta... — Falava ainda olhando a prancheta em suas mãos — Você bebê muito para alguém tão jovem assim, não vai passar dos trintas se continuar assim — Voltou sua atenção para mim e olhava de forma preocupada, então por um momento eu me senti culpado por isso, era como se fosse minha vó me dando bronca de uma forma sutil e amável — Aconteceu alguma coisa para ter essa vida nada saudável? — Depositou o objeto em suas mãos no móvel ali.

— Não, nada demais — Tentei falar de forma indiferente — Como sabe que eu bebo?

— Eu vi seu exame de sangue... Agora tenta relaxar e se comporta — Colocou a mão em meu ombro como uma forma de me conforta e me sentir relaxado naquele ambiente.

— Quero ir embora — Choraminguei e ela me ignorou, então a única saída que eu via era aquentar a bunda aqui e ficar ate o medico me liberar, assim me senti rendido e me deitei ali novamente.

— Viu?!Não e tão ruim assim — Ela estava me tratando como se eu fosse uma criança, então eu fechei a cara e suspirei irritado.

— Para de me tratar como uma criança — Ela riu daquilo e eu virei o rosto para outro lado fingindo que estava a ignorando.

— Se parar de agir como uma criança, talvez eu pare — Comentou um pouco baixo e eu a olhei querendo perguntar sobre isso, mas uma enfermeira entrou ali a chamando e ela foi sem hesitar, eu apenas dei um sorriso fraco achando a situação engraçada.

 Continua...


Notas Finais


Quem acha que eles tão no mesmo hospital levanta a mão?! 0/
Ate o próximo cap
Bjs


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