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História The Mysterious Killer - Ingerindo o Veneno


Escrita por: Melissa36912

Notas do Autor


Oi meus amores. Eu sei, estou um pouco atrasada, mas cheguei a tempo.
Espero realmente que vocês gostem do capítulo.
Muito obrigada pelos comentários do capítulo anterior. Vocês são demais.
ÓTIMA LEITURA<3

Capítulo 32 - Ingerindo o Veneno


Fanfic / Fanfiction The Mysterious Killer - Ingerindo o Veneno

Ariana P.O.V

                         Duas Semanas Depois

 

Havia se passado duas semanas. Duas semanas que não tenho notícias dele. Duas semanas que estou com meu tempo todo ocupado pelo trabalho para não ter que ficar em casa pensando no que ele estaria fazendo agora.

Tanto a família de Bieber quanto a minha dizem não saber onde ele foi, mas tenho a leve sensação de que os mesmos sabem a razão dele ter ido embora. Só não me dizem o porquê talvez por acharem que eu não sou capaz de lidar com a situação. Isso me deixa frustrada porque eu, assim como eles, quero ajudar, porém não tenho a oportunidade.

Chacoalhei a cabeça voltando as minhas anotações sobre a consulta de Richard que tinha acabado há 15 minutos. Ele com certeza está progredindo muito e logo não precisará de minha ajuda para lidar com seus problemas. Richard ainda sente falta de sua esposa, mas está aprendendo a lidar com a saudade e isso é muito bom.

Meu trabalho, para mim, é um dos mais complexos e difíceis que já vi. Exige muito do meu conhecimento de como lidar com qualquer tipo de ocasião. Também preciso saber sobre medicina para indicar medicamentos certos para o tratamento, tenho que ser também psicóloga, saber dar os conselhos certos. Mas a maioria dos meus pacientes tem problemas sérios e entender o que se passa na cabeça dessas pessoas é muito difícil. A maioria delas são suicidas ou assassinas e eu tenho que tomar muito cuidado no que falo. Apesar de todo o perigo que passo todos os dias, gosto do que faço. Alegra-me muito poder ver um paciente meu sair daqui com um sorriso no rosto por estar melhor.

No caso de Richard, após perder a sua esposa, ele começou a agir de forma estranha, conversando com as paredes, dizendo que estava conversando com Mary, preocupando seus parentes, o que os fez me procurar.

Respirei fundo, aconchegando-me melhor em minha cadeira. Estou aqui desde as 9h: 00min e agora são 14h: 00min e ainda não comi nada.

Levantei-me e dirigi-me até o refeitório que aqui tinha, para pegar um lanche, porque não conseguiria comer direito para pagar por um almoço completo.

 

Depois de comer e esperar um momento para digerir o alimento, voltei para minha sala, preparando-me para mais sete consultas seguidas.

 Suspirei, cansada, desejando poder voltar para casa, deitar em minha cama e assistir minhas séries, mas não podia. Eu devia continuar.

Pronta para voltar à sala, abri a porta logo franzindo o cenho por ver uma pasta em cima de minha mesa.

Olhei para os lados, para ver se tinha mais alguém e quando verifiquei que não, abri o envelope vendo que tinham fotos dentro. Mas uma coisa que reconheci nelas: São as mesmas que eu mostrava para Justin quando ele estava internado na Casa Westreet. Fui passando as fotos até parar em uma folha onde tinha em bilhete com uma letra horrível, porém legível.

 Oi minha querida. Reconhece esses lugares? Ah, mas eu sei que sim. Você me deu vários problemas e agora que não tem meu sobrinho por perto, vou aproveitar e brincar com você. Não vejo a hora de poder te sentir em meu colo. Ainda não tivemos tempo para nós dois, mas agora vamos ter todo o tempo que eu quiser.

Obs: Não tente fugir, eu sempre estou te vigiando.

Levantei a sobrancelha, ainda encarando aquele papel, totalmente chocada.

Robert estava de volta.

 

                                          (...)

 

- O que? - Joan exclamou depois de tudo o que eu disse - isto não pode estar acontecendo - sussurrou, encarando Pattie e Jeremy.

- Querida, nós temos que ter calma - meu pai disse, tentando consolá-la.

- Calma? Edward, um psicopata ameaçou minha filha e você quer que eu tenha calma? - minha mãe exclamou.

- Escutem - alterei minha voz, chamando atenção das quatro pessoas aqui presentes em minha velha casa - sei que todos estão preocupados, eu estou sim com medo do que pode acontecer, mas se não mantivermos a calma, nada vai melhorar - suspirei e olhei para o lado onde se encontrava a porta da frente - muitas coisas aconteceram e eu percebi que se continuarmos fugindo do inevitável, ele se aproxima muito mais rápido. Chamei vocês aqui na casa de meus pais, para dizer que já tenho algo em mente e se quiserem me ajudar então que não me deixem sem saber de nada - olhei para todos - quero estar ciente do que aconteceu e acontece. Sei que escondem alguma coisa de mim e eu quero saber.

 

                                         (...)

 

- Ele o que? - exclamei quando Jeremy me contou onde Justin tinha ido e o porquê.

- Meu filho só estava te protegendo Ariana - Jeremy suspirou - não podíamos te contar se não você iria atrás dele e o impediria - confirmei com a cabeça.

- Mas ele devia pelo menos ter me falado. Ele está há duas semanas sem dar notícias - encarei Pattie - ou ele não falou só comigo?

- Justin tem me ligado há alguns dias - ri sarcasticamente já desconfiando - mas ele sempre me pergunta sobre você, Ariana. Pergunta se você está bem.

- Porque ele não me liga? Eu fiquei preocupada com ele, podia ter acontecido alguma coisa com Justin e eu não ia ficar sabendo - exclamei com raiva.

Peguei o envelope com as fotos. Eu tinha trago para mostrar a todos o que tinham deixado em meu escritório, porque eu precisava de ajuda da minha família e, diferente deles, eu não escondia nada.

Já tínhamos conversado o que faríamos caso Robert aparecesse e eu estava segura que daria certo.

- Eu vou para casa descansar. Vim de Fresh Start direto para cá. E estou morrendo de cansaço.

- Ariana - Pattie me chamou - antes de você ir... Eu só queria dizer que não te contamos nada porque Justin nos disse sobre a situação de vocês e o que enfrentariam se ele não tivesse ido. Ele não te ligou para poupar brigas sem sentido. Meu filho te ama demais. Mais do que eu achei possível ele conseguir depois do que você sofreu. Então não tenha raiva dele ou de nós. Por favor.

Pensei um pouco antes de dar um meio sorriso, avisando que estava tudo bem, e finalmente, pude me despedir deles e ir para casa.

Como eu tive de esperar acabar com todas as consultas que eu ainda tinha, após finalizá-las vim direto para cá, mas o problema é que já estava anoitecendo e agora, depois de duas horas conversando, dando conselhos e esclarecendo as coisas, estou indo para casa com o céu todo escuro.

 Não gosto muito da noite. Ela me faz lembrar todas as coisas que passei por causa de Robert e pensar que aquilo pode acontecer de novo, me dava calafrios.

Sem Justin por perto, eu não acho que estou mais segura. É como que só ele pudesse me acalmar. A maior parte da minha vida, eu passei com um vazio no peito. Depois de meus dezesseis anos, após sair do hospital, eu senti que algo estava faltando, mas nunca sabia o que era. Tentei parar de sentir essa dor estudando, namorando garotos que só me faziam mal, mas que eu não queria enxergar isso, como Nathaniel que me traiu diversas vezes. Eu tentava de tudo para me livrar desse vazio. Até que reencontrei Justin.

A partir daquele momento, apesar das brigas e confusões, eu conseguia me ver mais determinada para tudo, tanto é que eu não consegui desistir de ajudá-lo. Porém agora eu não o tenho por perto e tenho que agir, antes que as coisas piorem.

 Robert está tramando alguma coisa e mesmo que eu não saiba o que é, tenho minhas precauções. Até agora, analisei o modo como ele agiu quando estávamos cara a cara e o mesmo sempre agi perante o instinto, o que é fácil de manipular.

Estacionei meu carro em minha garagem. Eu estava incomodada desde que comecei a dirigir para cá. É como que se alguém estivesse me observando, porém, todas as vezes que tentei ver quem era eu somente encontrava o vazio e escuridão. Suspirei e respirei fundo. Devo estar ficando paranóica por pensar que a qualquer momento um maníaco estaria cortando a artéria de meu pescoço.

  Entrei em casa, logo fechando e trancando a porta percebendo que estava no meio de uma completa escuridão.

Essa era a consequência de morar em uma casa sozinha. Lembrei-me de súbito quando discuti com meus pais que eu queria morar em um lugar sozinha, pois já estava velha demais para depender deles. Foi quando eu percebi que nunca vamos nos livrar de fato de nossos pais, porque uma hora ou outra, nós iremos precisar do conforto e ajuda deles.

Como não tinha outra opção a não ser me acomodar em meu quarto, estudar um pouco minhas anotações e assistir alguma coisa na TV, fui diretamente ao cômodo onde mais ficava olhando pela janela do corredor a lua cheia.

Eu não me recordo quando foi a última vez que relaxei durante esses meses. Eles têm sido tão conturbados que fico me perguntando se tudo vai se estabilizar um dia. Além de me preocupar com meu trabalho que eu não largo mão, ainda tem um homem doido querendo acabar com nossas vidas.

Fui diretamente para o banheiro. Tirei minhas roupas, incluindo as íntimas e entrei debaixo do chuveiro, deliciando-me da água quente que começou a escorrer pelo meu corpo. Inclinei a cabeça para cima, aproveitando o relaxamento que estava sentindo. Tomar banho devia ser considerado a melhor coisa a se fazer do mundo, junto de comer e dormir. Eu estou tão exausta, mas sei que assim que sair deste banheiro irei sentir-me renovada novamente.

 

Depois de quase meia hora tomando banho, criei coragem e desliguei o chuveiro, logo me enxugando e enrolando na toalha. Saí do banheiro, notando em seguida que meu celular apitava, avisando que eu tinha recebido uma nova mensagem. Franzi o cenho ao olhar o número estampado na tela do aparelho, não conseguindo reconhecê-lo.

Como você está?

Só isso.

Ainda receosa se devia ou não responder a pergunta, digitei uma simples resposta.

Não sei, por quê? Quem é você?

A mensagem logo foi visualizada, porém a pessoa ficou offline no mesmo instante.

Estranhando totalmente o que aconteceu, fui até o closet de meu quarto e coloquei uma calcinha, e logo depois meu pijama. Tudo muito confortável.

Deitei em minha cama e peguei meu caderno de anotações. Olhei para ele percebendo que eu devia urgentemente comprar um novo, pois este estava quase acabando.

 

Fiquei uma hora analisando, escrevendo e corrigindo tudo o que eu devia para que segunda-feira eu leve tudo para Joseph e ele possa tomar as devidas providencias diante do que escrevi sobre meus pacientes.

Como hoje era sexta, um dia em que todos merecem descanso depois de uma semana cheia, eu guardei minhas coisas, ligando em seguida a televisão e passando os canais. Nada de interessante. Então deixei em um filme qualquer que estava passando, percebendo que o mesmo estava conseguindo me fazer ficar com sono, pois meus olhos já pesavam.

Fechei os olhos por um momento, e, quando vi, caí no sono profundo.

 

- Fica bem quietinha Ariana - escutei a voz que tanto amo no pé de meu ouvido. Abri os olhos e vi que estava acorrentada pelos pés e pelas mãos - como eu esperei por esse momento - encarei Justin assustada, vendo um facão em sua mão direita, me olhando maliciosamente - você é tão meiga. Pena que é tão idiota - senti que ele passava a ponta do objeto pontiagudo em meu peito, passando em seguida pela minha barriga e chegando entre minhas pernas.

- Justin, o que você está fazendo? - perguntei com a voz falhando e com meus olhos marejando. Eu não podia acreditar que ele estava fazendo isso comigo depois de ter dito que me amava.

- Nós vamos brincar meu amor - pegou meu queixo, fazendo com que nossos olhos se encontrassem - eu sempre quis fazer esse jogo com você - sorriu esfomeado.

Tentei me soltar, mas quanto mais eu tentava, mais eu machucava meus pulsos e quando olhei para meus braços vi que eles sangravam.

- Você disse que amava - disse tentando fazê-lo compreender o que estava fazendo - e-eu te amo Justin, por favor, não faz isso comigo - chorei, observando os passos lentos que o loiro dava de um lado para o outro, analisando-me por inteira.

- Eu não te amo Ariana. Nunca te amei - arregalei os olhos sentindo meu peito arder de dor devido o que ele disse - agora... - colocou a faca em meu pescoço - vamos começar - sorriu de um jeito sombrio e perfurou meu pescoço. Não tive tempo de gritar ou me debater. Desmaiei na hora, depois que ele cortou uma veia minha.

- NÃO - exclamei, sentando-me rapidamente na cama. Meu peito subia e descia em uma frequência rápida e eu percebi que suava e chorava.

Enxuguei meu rosto e olhei as horas. 3h30min. Ótimo. Não amanheceu ainda e eu estou sozinha, sem conseguir raciocinar direito.

Eu não conseguia parar de pensar no sonho que tive. Não chega a ser um sonho e sim um pesadelo. Foi horrível.

Neste momento eu tenho certeza que ou alguma coisa aconteceu, ou alguma coisa vai acontecer.

 

 

                                          (...)

 

 

Estava neste momento, acabando de me arrumar. Iria sair para comprar algumas coisas no mercado.

Levantei de minha cama e me olhei no espelho.

Short jeans, camiseta branca, tênis, brinco e pulseira. Era o que eu usava. Normalmente iria de salto, mas temos que variar de vez em quando.

Estava um pouco melhor depois que tive aquele sonho. Minhas energias estão renovadas e sei que estou animada para o dia de hoje.

Peguei minhas chaves. Saí de casa, trancando a mesma e fui diretamente para o mercado mais perto daqui. Eu queria andar, mas nem tanto, para andar mais de um quarterão.

Enquanto eu andava pude ver o quanto o dia estava lindo. O céu, que antes era coberto de nuvens cinzentas, agora estava azul com o sol queimando as peles desprotegidas. Via pessoas correndo para se exercitarem e também pessoas nadando na lagoa aqui perto. Sorri, por ver que hoje o dia será muito bom. Mas, como as coisas boas não duravam para sempre, como um balde d’água, Nathaniel apareceu na minha frente, sorrindo como um perfeito cafajeste.

- Ariana, que bom te encontrar aqui - disse fazendo com que eu o encarasse de canto de olho

- O que você quer? - fui grossa e curta, não querendo conversa com ele, continuando a andar.

Nathaniel andou junto de mim e quando vi, poucas pessoas passavam por nós e ele sorria cada vez mais.

 - Eu preciso te confessar uma coisa - ergui a sobrancelha, vendo que ele tentava se aproximar.

- NÃO me toca - exclamei, alertando-o.

- Tudo bem, mocinha - levantou as mãos em rendição e nos direcionou para um canto menos movimentado.

- Não estou gostando nada disso, eu acho melhor eu ir, com licença - tentei desviar dele, desconfiando das suas intenções. Mas ele segurou meu pulso, me puxando para si, colando nossos corpos. Antes que eu reagisse, ele pegou algo em seu bolso e quando vi que era um pano, tentei me soltar já sabendo o que ele queria, mas para meu azar ele era mais forte. Segurou-me com força, mas antes que ele pudesse colocar o pano em minha boca, dei uma joelhada em sua intimidade e, vendo que Nathaniel havia afrouxado suas mãos de mim, me separei dele e saí correndo.

Quando percebi, estava indo na direção de um beco escuro, mas a adrenalina estava invadindo meu sangue e eu não consegui pensar em nada só saí correndo.

Para meu desespero total, alguém me puxou para trás e logo senti algo ser injetado em meu braço.

- Não devia ter sido difícil desse jeito - foi a última coisa que escutei, antes de desmaiar. 


Notas Finais


E aí?
O que vocês acharam?
As coisas começaram a pegar pesado para o lado da Ari não é?
E o Justin? O que será que aconteceu com ele? Deixem seus comentários, eles s~´ao muito bem vindos e eu amo falar com vocês.
Até o próximo capítulo<3


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