1. Spirit Fanfics >
  2. The new Robin Hood >
  3. Anjos da guarda

História The new Robin Hood - Anjos da guarda


Escrita por: Syre

Capítulo 18 - Anjos da guarda


3 dias depois

Não consigo dormir. E não me diga para deitar, fechar os olhos e tentar. A única coisa que me vem são as lembranças.

Sinto o cheiro de seu perfume na almofada, seu celular ao meu lado. Aguardando por uma maldita ligação. Ela nunca chega.

Uma vez eu perguntei para a minha mãe, como ela tinha descoberto que estava apaixonada por meu pai. Ela disse que era simples, ela se importava com ele. É que quando amamos, fazemos qualquer coisa pela pessoa amada, mesmo que estejamos quebrando uma regra criada por si mesmo.

Eu poderia dizer que Alyss é perfeita, mas eu estaria mentindo. Diariamente ela come pão e destaca a borda em costume e a sobra no prato vai para o lixo. Ela bebe água em um copo e dez minutos depois ela está usando outro, mesmo que ela more sozinha e o que estava na pia tenha sido usado por ela mesma. Não leva muito tempo para pia ficar cheia de louça. Ela é animada, mas não pela manhã. Se você a acordar com um mínimo barulho, ela vai te encarar como se estivesse pronta para te estrangular até a morte. Ela se atrasa, para tudo. E está comendo sempre que há oportunidade. As vezes ela passa perfume duas vezes, ela não tem memória para coisas do tipo, e remédio. Mas ela consegue lembrar perfeitamente o dia que você a magoou, e pode repetir cada palavra de merda que você disse em uma discussão.

Ela pode ser um dia ensolarado com uma brisa deliciosa, mas também pode ser um temporal persistente que o impede de aproveitar o seu dia de folga. Ela pode te dar aquele sorriso perfeito, mas também pode morrer de raiva por dentro e lidar com a situação apenas com uma cara fechada e respostas curtas. E eu sei que estou apaixonado por ela, se não estivesse, não saberia da terça metade. E eu tenho certeza disso, pois não consigo comer. Não consigo dormir. Não consigo parar de checar meu celular esperando por uma mensagem dela. Eu me apaixonei por todos seus defeitos e acertos. E eu me apaixono intensamente por ela nos momentos bons e nas dificuldades.

Ela deve estar com medo agora. Apesar de ser mais forte do que pensa.

"— Agora eu vou desligar a luz. — Digo. Tentando passar confiança em minha voz.

— Espera. Eu não estou pronta! — Ela diz, segurando a minha mão.

— Respira, Ivy. Eu estou aqui. Um quarto com a luz apagada, continua o mesmo de quando a luz está acesa.

— Não é tão simples assim.

— Confie em mim.

— Qual é o problema do abajur ligado? Você sempre dormiu com ele assim.

— Você tem que superar os seus medos. O escuro não é o vilão. Se você colocar na sua cabeça que vai ter pesadelos, você vai ter.

— Tudo bem. — Ela respira fundo. — Pode desligar.

Quando eu desligo a luz o aperto no meu braço diminui e nós ficamos em silêncio. Eu acho que ela caiu no sono, então abraço seu corpo e durmo. Quando acordo pela manhã, descubro que ela não pregou os olhos a noite toda. Simplesmente porque ela ficou atenta a escuridão. Como se ela pudesse dar um bote."

Alyss Lenz

O silêncio absoluto é a pior coisa que pode existir. Porque ele não é silencioso, pelo contrário, ele capaz de ser mais barulhento do que uma buzina ou um grito. Com o silêncio vem os pensamentos absurdos, a solidão e alucinações. Quando uma gota pingando na pia se parece com alguém abrindo a porta e o barulho dos seus próprios sapatos se parecem com alguém andando atrás de você. O silêncio traz a insanidade.

E a escuridão traz a incerteza e também as alucinações e o medo. Você não pode ver nada na escuridão, nem mesmo seu pior inimigo. E ao dar um simples piscar de olhos, você pode ver um vulto se aproximando. E mesmo sabendo que não tem ninguém, você passa a acreditar nas imagens que a escuridão te presenteia.

Eu abraço meu próprio corpo e curto o silêncio e a escuridão. Não por curto tempo e sim longo. Não faço ideia de quanto tempo estou aqui, não consigo pregar os olhos. Minha barriga dói a cada respiração que eu dou, por conta da minha resistência com relação ao segredo de Robin. E eu sinto o sangue seco preso em meus dedos e em minha blusa.

A corrente ao redor do meu pescoço pesa, enquanto eu tento respirar normalmente e talvez descansar. Estou sem dormir por muito tempo, meus pensamentos pararam de fazer sentido.

Me movimento, deitando no chão frio com dificuldade. As correntes tanto em meu pescoço quanto em minhas mãos fazem barulho, enquanto eu tento puxá-las para longe de mim. Me encolho. Sentido dor. A solidão. Ouvindo o silêncio. E assistindo ao escuro. Eu sentia como se não pudesse sair daqui viva.

Um momento estava em meu apartamento, vestido o moletom de Justin e me preparando para a sua chegada com o jantar. E no outro, homens estavam me levando a força. Um deles me deu um golpe que me fez apagar e acordar sobre uma cadeira, vendada.

Eu fui espancada com um taco todas as vezes que me neguei a responder as perguntas sobre Robin. Meus olhos queimavam com as lágrimas ameaçando a escorrer. E meus dentes rangiam com a dor, mas eu não diria nada que machucasse ou prejudicasse Justin de alguma forma.

Me viro, tentando me acomodar melhor. Mas minha garganta estava seca, eu necessitava de um gole de água. Minha barriga queimava de fome e ao passar a língua pelos meus lábios ressecados sentia o horrível gosto de metal proporcionado pelo meu sangue.

Gritar. Espernear ou chorar, não importava. Eles não me deixariam sair e eu já tinha tentado.

Quando meus olhos finalmente se deixam fechar e minha respiração fica regular. A porta abre, me cegando com a luz.

Justin Bieber

O sangue seco desce pelo ralo enquanto eu esfrego meu corpo. Não vejo a água faz três dias de merda. No começo eu estava muito ocupado pensando que a ligação viria cedo, até perceber que isso não iria acontecer. A dor me faz se escolher, mas não é nada se comparado a dor da minha mão quebrada. Agora posso ver o quão estupido fui, como vou usar o arco com a minha mão fodida? Estupido descontrolado de merda.

Deixo as águas levarem minhas lágrimas, mas não por conta da dor. E sim pela culpa, medo, raiva e saudades.

Eles continuam dizendo que não é minha culpa, mas eles não sabem que eu espanquei Francis por conta de um vídeo, mesmo depois dele ter ameaçado Alyss caso ela pensasse em se vingar.

Fechar os olhos me fazem lembrar das palavras de Francis. Ele usou um de seus melhores métodos. Mesmo com força ela não contou. Me machucar por dentro saber que ela pode estar sofrendo, com dor, frio e fome. E eu não posso fazer nada para ajudar. Não posso abraça-la e dizer que tudo vai ficar bem.

Olho para o espaço em branco e lembro dos nossos momentos.

— Eu já disse, estou te devendo um encontro. Você não pode recusar. — Pressiono seu corpo nu contra a parede branca do banheiro, a água cai sobre nós e ela olha para mim, sorrindo estranho. Não consigo quebrar nosso contanto visual, mesmo que seu belo corpo esteja nu em minha frente. Ver seus olhos brilharem tem sido minha coisa favorita nela.

— Não está. Encontro é para conquistar uma mulher, você já me conquistou sem um. — Ela se inclina na ponta dos pés para me beijar. Ela se vira e eu pego o shampoo e despejo em seu cabelo, esfregando. Não sei como rebater, estou demasiado hipnotizado com sua bunda, já que seus olhos estão fora de alcance.

— Eu quero te conquistar todo dia. Para você ter certeza de que eu valho a pena.

Ivy me olha sobre os ombros e balança a cabeça, sorrindo. Ela pega o shampoo da minha mão e joga no meu cabelo enquanto fala:

— Você está fazendo tudo errado. Nós estamos tomando banho juntos, você deveria dizer coisas sujas e não ser romântico. — Um sorriso malicioso está em seus lábios, apesar de nós termos feito coisas ‘sujas’ a alguns minutos atrás. Sempre insaciável e eu gosto disso. Gosto de tudo nela, principalmente dos cabelos caindo em cascatas sobre seus seios redondos. Meu pau também gosta.

— Posso fazer ambos, gostosa. — Apalpo sua bunda deliciosa, pressionando meu corpo contra o seu. Seu peito colado ao meu sobe e desce com sua respiração acelerada. Mantenho meu olhar confiante sobre ela, para que ela saiba que não vou desistir do nosso encontro.

Eu sentia que devia isso a ela. Um jantar agradável, um pouco de vinho, roupas elegantes, jogando conversa fora. Fugir um pouco das sacanagens que nós fazíamos por todo o apartamento.

— Ok. Nós vamos ter um encontro. Só falta o convite.

Pisquei, um pouco nervoso. Já pensando se eu faria as coisas certas no dia do encontro. Eu não queria estragar tudo.

— Você aceita sair comigo?

— Claro. — Ela diz sorrindo, como se o sorriso fosse rasgar seu rosto e sair andando.

Ela muda a temperatura da água e me empurra contra a água gelada. Grito. Puxando seu corpo contra o meu.

— Não! Me larga! Está congelando. — Ela tenta fugir, mas eu aperto meus braços contra seu corpo.

— Nunca vou largar você. — Encho suas bochechas de beijo. Ela sorri, parando de resistir.

Puxo sua nuca e empurro meus lábios contra os gélidos dela. O sentimento me acerta como um forte soco no estomago, mas de uma forma boa. Ela me segura firme, sei que ela nunca vai me deixar. Não agora que ela estava se apaixonando por mim. Nós sorrimos entre o beijo e eu sei que eu não preciso me afastar dela para respirar, ela tem todo o ar que eu preciso.

Alyss Lenz

— Irmãzinha. — Francis me cumprimenta, trazendo uma cadeira consigo. Ele se senta ao lado da porta aberta.

— Vai se foder! — Gemo, já cansada de ver a maldita cara dele.

— Mamãe não gostaria de saber que você anda xingando. — Como não recebe resposta a provocação, ele continua.  — Como anda a estadia?

Eu me escolho, olhando para a parede escura na direção oposta dele.

— Você não quer conversar. Então eu vou voltar daqui a mais três dias e talvez você decida falar comigo. — Ele diz já se levantando. Eu estou aqui a três dias?

— Não! Fica. O que você quer comigo? — Digo desesperada.

— Conversar, irmãzinha. — Ele diz voltando a se sentar.

— Tudo bem, mas antes. Tira isso. — Ergo as correntes. Ele sorri de lado, se ajeitando na cadeira. — Por favor. Eu prometo ficar no mesmo lugar.

— Eu não posso acreditar em você, Ratinha. Eu me lembro bem da vez em que você me presenteou com essa cicatriz. — Ele bate com o dedo na cicatriz no olho. — E da outra vez que você me deu um tiro.

— E eu me lembro bem da vez que você quase me matou sufocada. E da outra que um dos seus capangas quase me matou. Adivinha? Eu me lembro bem de quando você me atropelou. E minha memória continua fresca, porque além de me sequestrar, você me fez isso. — Ergo o moletom de Justin, apontando para os hematomas em minha barriga.

— Nós somos tão iguais. Na beleza estupenda e na crueldade.

— Eu não sou igual a você. Em nada.

— Você não quer ser, mas você é. Você sabe que é.

— Francis, pelo menos uma vez na vida. Me ouça. Eu sinto muito por não ter sido a irmã que você deseja. E por não poder ter impedido que certas coisas que aconteceram. E eu não posso voltar no tempo, e nem quero. Então apenas me solta. Você vive a sua vida. Eu a minha. Não precisamos ter contato. Não precisamos olhar um na cara do outro. Apenas finja que eu não existo.

— Acabou? Eu estava tentando contar o meu plano mirabolante para você. Sempre gostei dos vilões contando os seus planos, mas minha vez nunca chegava. Então fica quieta e ouça ou irei trancar você aqui e esquecer a chave pelo resto da sua vidinha tosca. — Respiro fundo para não deixar escapar um palavrão. Ele esfrega as mãos, começando a falar. — Lá vamos nós. No princípio, eu desejei machucar vocês. E eu fiz isso. Eu matei a namorada do Aidan acidentalmente. Dei a Aaron a verdade sobre sua noiva. Adam foi demitido do seu emprego de chefe, pois tinha bichos em seus pratos. Nojento. Andrew descobriu que é bastardo, um dos motivos para ele ter tanto medo de ir ao baile e encarar seu pai traidor. Meio que tentei acabar com o seu relacionamento com um vídeo comprometedor, mas seu cachorrinho é fiel. Tudo bem, falta alguém. Certo?

Ele sorri, esperando que eu diga quem falta. Mas eu só consigo me chocar com o tanto de coisas absurdas que ele fez com a minha família. A nossa família.

— Que vídeo? Do que você está falando? Andrew não me contou nada sobre isso. É mentira!

— Você vai calar a boca ou eu vou ter que te colocar em uma mordaça? — Ele gesticula, impaciente. Fico calada. — Sim... Falta papai e mamãe. Nem um dos maiores monstros merece sofrer o que eu sofri. Passar por tudo o que eu passei. Então eu pensei... por que não trazer a escuridão a eles!? Aos 19 anos entrei na empresa deles, um sócio anônimo. E ninguém liga para identidade quando a outra pessoa está dando dinheiro de graça. Caí nas graças dos outros sócios por conta do meu maravilhoso trabalho. Apesar da expansão para Austrália, os números estão descendo cada vez mais. Aaron e papai não estavam conseguindo melhorias para a empresa. Pura decadência. Eu estava desvalorizando os produtos pelas costas deles. E não importava. A empresa não estava com boa fama. Caindo e caindo. Dívidas. Sim... é o pior que pode existir. Te contaram que a empresa está devendo uma fortuna ao banco? E agora não importa, a empresa está falindo. Se enrolando cada vez mais. E hoje à noite. Ela será minha.

"Fico imaginando a cara do papai quando ele for removido do trono e eu receber a coroa. O filho rejeitado. O monstro. E ele não vai poder fazer nada. Sem luxos. Morando em um apartamento minúsculo. Com dinheiro contado até para respirar. Mamãe vai amar trabalhar como babá. Sempre amou crianças, apesar de nunca ter cuidado de nós.  Entretanto, ela vai amar mais ainda saber de todas as traições de seu fiel marido."

Eu não tinha palavras. Não sabia o que dizer ou o que sentir. O que ele tinha se tornado? Era nisso que o ódio transformava as pessoas? Então eu não desejo sentir esse sentimento por ninguém. Então o que eu sentia? Já que pena também não era?

Eu sentia esperança. Esperança de que um dia ele mudasse. Pudesse enxergar o mundo não como um proposito de vingança, mas com amor.

— Bom plano. Você passou todos os anos da sua vida pensando nisso ao invés de viver. — Lamento.

Ele empurra a cadeira para trás e se levanta de testa franzida. Ele está com raiva. Muita.

Ele se aproxima lentamente, olhando para mim, como se eu fosse uma cobra que ele estava pronto para capturar antes do bote. Ele se ajoelha diante de mim e faz sinal para que eu me aproxime, mas eu me retraio no meu canto. Isso faz a raiva ficar mais transparente em seu rosto.

— Eu não vou repetir. Se aproxima, vadia. — Ele diz com os dentes cerrados. Sua voz parecendo mais sombria do que de costume.

— Para de me chamar assim. — Rosno.

Sem sorrir, ele agarra minhas bochechas e me puxa para frente. Ele me analisa com puro desgosto.

— Eu que deveria estar me lamentando por ter o mesmo rosto que uma pessoa tão fraca como você. Nunca mais fale comigo como se sentisse pena de mim. Pena eu sinto de uma pessoa como você... — Ele faz uma pausa. Virando meu rosto de um lado para o outro, como se estivesse analisando a minha aparecia. — ...Que chora toda noite porque perdeu a merda de um bebê de um homem que nunca se importou com você.

Meus lábios tremem com suas palavras que cortam como faca afiada. Tento respirar fundo para afastar a vontade de chorar. Eu não posso desmoronar na frente dele. É isso que ele quer.

Ninguém sabe disso. Eu nunca contei para ninguém. Eu chorava por isso a quase um ano. Ele tem me observado por toda a minha vida. Ele sabe até os meus mínimos segredos.

— Para de falar. — Digo ameaçadora.

— Reage, Alyss. Mostra quem você realmente é. Não tem ninguém olhando.

— Vai embora. Você já disse tudo que tinha que dizer. — Tento mover o braço sem que as correntes façam barulho.

— Reage, Alyss. O que você faria se soubesse que seu irmãozinho simplesmente deu um vídeo revelador seu ao cachorrinho? — Ele continua pressionando. Ele joga sujo. Ele manipula. É o que faz de melhor.

— Me diga que maldito vídeo é esse. — Alimento a conversa. Tentando não desviar o olhar dele enquanto pego a chave em seu cinto.

— Tão burra... — Ele bufa. — Pensa, Alyss. Celular quebrado. O que você fez no banheiro do bar com...

Apesar de estar presa as correntes, ele está próximo o suficiente para que eu acerte contra a boca dele. O movimento o pega de surpresa. Barulhento o suficiente para que eu esconda as chaves embaixo de mim sem que ele ouça ou sinta.

— Você pediu, Francis.

— Aí está a vadiazinha que eu conheço. — Apesar dele estar sorrindo, vejo a raiva borbulhar enquanto ele toca os lábios e vê o sangue. Ele morde a língua igual quando éramos e eu sei o que ele está prestes a fazer.

— Se você levantar a mão para mim. Eu juro que corto ela fora.

— Nada como uma briga de irmãos. — Ele ri, limpando as mãos na calça. Ele se levanta e para na porta. — Vamos ver se o seu cachorrinho faz mesmo de tudo por você. Enquanto ele não vem, curta sua própria companhia.

— É melhor do que a sua. — Debocho.

— Sim, irmã. Você tem toda certeza. — Ele gargalha e vai embora.

Pela primeira vez tenho esperanças. Pego a chave escondida, mas desta vez posso olhar mais de perto. Ele me pegou. Está é uma réplica de chave. Eu não vou sair daqui, não quando ele sabe tudo sobre mim e eu não sei nada sobre ele.

Justin Bieber

Inútil. Eu não servia nem para ficar bêbado e para de me sentir culpado. Eu estava voltando para o apartamento sem beber sequer uma gota de álcool.

Servi apenas para espancar um ladrão que tentou roubar o bar, descontando toda a minha raiva e frustração nele. Recebendo olhares de reprovação e outros de agradecimento. Foda-se.

Me sentei no terraço, com o celular ao lado. Olhando para o céu escuro.

Quando o celular tocou, eu atendi imediatamente.

— Obediente. — Ele saboreia a vitória. Sua voz me enoja. — Ouça com atenção. Não gosto de repetir. Você tem 24h para levantar sua bunda daí e roubar um quadro para mim no banco na conta de Brian Lenz. Sim, meu papai amado. Irei enviar uma foto do quadro para esse celular. Relaxa, ele guardou o quadro no banco de Nova York da última vez que esteve aí para visitar Aidan. Depois disso, você vai ter a minha irmã.

Ele não me dá tempo de responder ou xingar. Apenas desliga na minha cara.

Desço para o apartamento de pressa e ouço muita conversa antes de entrar.

Andrew está sentando no sofá, conversando com seu irmão Aidan que ainda está de farda, provavelmente voo direito do trabalho para cá.

— O que ele disse? — Aidan pergunta exasperado, se dirigindo a mim.

— Muita merda, como sempre. — Abro a imagem anexada e exibo para ele e Andrew. A porra de um quadro estupido, mas provavelmente tem algum valor. Francis é maluco, mas não dá ponto sem nó.

— Toda merda tem sua recompensa. — Sam sai do quarto de Alyss cantarolando, animado. Ele exibe o notebook para nós. Tem um endereço. — Eu consegui rastrear o local da ligação.

— E este carinha aqui também vai ajudar. — Sigo a voz de Formiga que está na porta ao lado de um jovem alto e elegante. Brooklyn me dá seu sorriso de criança, com uma mochila nas costas. Mas seu sorriso diminui quando ele vê o olhar que está no meu rosto.

— Absolutamente não. — Digo seco. Mas jovens e mais jovens saem de trás dele, armados com arco e flecha. E Henrik, meu antigo treinador, empurra todos para entrar.

— Não estamos pedindo sua permissão, garoto. — O velho me puxa para um abraço e pela primeira vez desde que Alyss foi embora, não sinto medo.

Aqueles são os meus Anjos da guarda, que me livraram de ir para prisão. Mas não tenho certeza se gosto, principalmente quando ouço um dos jovens chamando Brooklyn de chefe e perguntando onde colar as coisas. Merda, o meu garoto tinha trilhado o mesmo caminho que eu!?


Notas Finais


Esse é um dos meus capítulos favoritos até o momento. <3
Brooklyn é o Christopher da primeira versão, só que bem mudado.
E para quem está lendo apenas está versão e não lembra do Brooklyn, ele é o filho da moradora de rua que acolheu o Justin. Ela morreu. E o Justin adotou o Brooklyn.

Parece que o Justin não aceitou isso muito bem! E a Alyss não teve muita sorte com o Francis até agora...

Alguém aqui gosta do Francis? Pq eu gosto haha (Sempre gostei de vilões. Desculpa, mãe.)
Qual menino Lenz é seu favorito? Me: Aidan. Antes eu era apaixonada pelo Andrew, mas na segunda temporada da fanfic escrevi uma historia do Aidan com a Alexis e fiquei simplesmente obcecada por ele. <3

Eu sei que disse que iria voltar apenas no final do ano. Eu estava tentando focar nos estudos, mas as ideias não paravam de chegar e eu fui obrigada a escrever. Espero que vocês estejam gostando tanto quanto eu. :)
https://ask.fm/SyreIs


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...