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História The Other Man - O Amante - Não será a última vez. JARED


Escrita por: natalycosta

Notas do Autor


Volteeeeei!

Kkk vocês já devem ter percebido que os capítulos escritos pelo ponto de vista do Jared geralmente estão sendo maiores que os da Willa, mas é que eu realmente gosto de escrever pela visão dele e quando paro para olhar, já fui beem longe com as palavras kkk.

Ainda assim, eu espero que vocês gostem!

Capítulo 10 - Não será a última vez. JARED


Eu mesmo novamente. Era assim que me sentia após uma semana inteira me abstendo de uma das coisas que mais amava fazer na vida e agora, finalmente, tendo como resultado uma mulher nua e linda em meu colo. Claro, não uma mulher qualquer. Refiro-me à que me tirara a droga do sono durante todas as noites desde que a vira pela primeira vez e fora o principal motivo que me fizera ter a convicção de que não me contentaria com nenhuma outra antes que conseguisse o que queria e estava mais do que disposto a ter: ela.

Não costumava fazer sexo no meu carro. Se não transava aonde ia de encontro às mulheres, geralmente eu as levava a um motel luxuoso que encontrava pelo caminho e me satisfazia como bem queria ali mesmo. Mas não manter o controle ao ponto de transar dentro do carro ou até mesmo levá-las à minha casa para que as permitisse passar a noite? Não. De forma alguma, não.

No entanto, com Willa... droga, tive que me obrigar a abrir uma exceção. Ela me deixava louco sem fazer o mínimo esforço para isso.

Sei que a impressão que devo ter causado foi que havia sido completamente intencional de minha parte trazê-la a um lugar onde estivéssemos a sós somente para transar com ela.

E, bem, eu estaria mentindo se dissesse que não foi por isso. Pode não ter sido completamente, mas, porra, é claro que havia uma segunda intensão no meio disso tudo. Eu não era nenhum santo. Queria ela para mim e não iria ficar parado enquanto deixava a oportunidade de ouro passar.

Só não esperava que fosse acontecer tão rápido. E juro que tentei resistir. Achei que pelo menos seria uma atitude menos desesperada de minha parte conhecê-la melhor, quem sabe marcar de encontrá-la mais vezes, seduzi-la aos poucos, tudo isso antes de deixar às claras o que realmente queria e partir pro ataque sem cerimônia alguma.

Mas – felizmente, eu tive de admitir – não foi assim que acontecera. Quando dera por mim, Willa já estava em meus braços, eu já a beijava, e ela... bem, ela não fizera muito para impedir, o que fora um tanto surpreendente.

Eu sorri contra seus cabelos, feliz e satisfeito por as coisas terem tomado um rumo bastante diferente do que eu esperava. Estava ainda sentada no meu colo e mantinha a cabeça deitada na curva do meu pescoço, a mão pousada logo abaixo da minha tatuagem no lado direito da clavícula e a ponta de um dedo indo e voltando sobre a frase PROVEHITO IN ALTUM escrita.

Percebi que estava um tanto quieta, e remexi-me no banco para ficar mais recostado e assim poder olhá-la no rosto. Foi com esse leve movimento que senti sua boceta se contrair em volta do meu pau e só então me dei conta que ainda estava dentro dela.

Caralho. Foi imediato. Fiquei duro e pronto novamente.

Willa sem nenhuma dúvida sentiu, pois se ergueu de supetão e logo fez menção de sair de cima de mim. Ah, mas de jeito nenhum.

Eu a segurei pelos quadris e a fiz sentar com tudo novamente, fazendo-a gemer e arfar se segurando em meus braços.

– Não saia. – Falei em um tom duro e olhando-a sério para que me obedecesse.

Ela não se mexeu, mas arfava pesadamente e eu sentia o canal me apertar e latejar evidenciando o quanto estava excitada.

Puta merda. Eu já a queria de novo. E de que culpa tinha se era gostosa e linda pra cacete?

Tinha a aparência perfeita. Os seios, embora não muito grandes, eram redondos e empinados, cheios na medida certa e com pequenos mamilos rubros que contrastavam perfeitamente com a pele clara. Os cabelos escuros, lisos e sedosos, bagunçados e soltos em volta dos ombros e com algumas mechas longas emaranhadas sobre os seios como estavam agora a deixavam com um ar selvagem e... muito sexy. Uma verdadeira tentação para qualquer homem, ainda que sua aparente inocência nem a permitisse se dar conta disso – e eu tinha quase certeza que não.

No entanto, quando chegava ao rosto, pensei enquanto a olhava atentamente, a beleza já se tornava mais delicada. Os lábios eram cheios e rosados, o nariz pequeno e bem afilado, os olhos mais pareciam duas esmeraldas de tão verdes. A fazia parecer tão ingênua e... doce. E por um momento eu fui tomado por uma vontade imensa de desfazer toda essa doçura e ingenuidade. Fazê-la provar e sentir dos diversos prazeres desde os intensos até os mais obscenos e pecaminosos, que eu sabia muito bem ser capaz de lhe proporcionar.

A única questão era... Ela iria querer?

Eu sorri perversamente com o pensamento. Só havia um jeito de descobrir, não é mesmo?

Com o meu indicador, comecei a desenhar uma linha iniciando pelo seu ombro esquerdo e descendo pelo seu braço, assistindo os pelos se arrepiarem ao longo do trajeto e sorrindo com isso. Era tão vulnerável ao meu toque. Saber isso me deixava mais do que deliciado.

Tornando a segurá-la firme pelos quadris e em meu colo, aproximei minha cabeça dos seus seios e coloquei um mamilo entre os dentes. Dessa vez ela não se segurou.

– Ah!

– Gosta quando eu faço isso? – indaguei, erguendo o meu olhar para ver sua reação.

Não respondeu, é claro, mas sua respiração alterada já me dizia tudo. E então eu continuei. Lambi o mamilo durinho e o suguei para dentro de minha boca, fazendo Willa gritar. Depois fiz o mesmo com o outro, sem nenhuma pressa ao degustá-la, concentrado apenas nas sensações que lhe provocava, dando o meu melhor somente pelo prazer de ouvir os suspiros e gemidos que escapavam de seus lábios e saber que era eu o seu causador.

Olhei para cima e a vi de olhos fechados, boca entreaberta enquanto arqueava as costas e me dava livre acesso aos seios para que me fartasse à vontade, lindamente corada e entregue ao tesão.

Segui com minha língua para cima sentindo a textura da pele macia, passando pelo seu pescoço, contornando a mandíbula até alcançar a orelha.

– Rebole no meu pau, Willa – sussurrei cheio de lascívia. Ela prontamente obedeceu e eu gemi no seu ouvido. – Porra, que delícia... Não pare, querida.

E continuou, lentamente começando a subir e descer, os movimentos da bocetinha escorregadia de tão molhada saindo e engolindo de volta meu pau me deixando louco. Era apertada demais. Quentinha demais. Abrigando toda minha extensão somente para retirar e então recebê-la bem no fundo novamente. Caralho... era demais para aguentar.

Eu a segurei pelas costas e me virei com ela, fazendo com que nos deitássemos no estofamento de couro, ainda que a nova posição não fosse tão confortável devido ao espaço não muito favorável dentro do carro para nossos dois corpos, mas dessa vez ficando por cima. Bem melhor assim.

Enrosquei meus dedos no tecido fino da calcinha branca que ainda vestia até a altura dos joelhos, desci-a completamente e a tirei pelos seus pés. Com uma das minhas pernas fora do banco e meu joelho firmado no chão do carro, levantei sua perna direita e a enlacei em minha volta deixando bem na altura do meu peito, de forma que a outra permanecesse deitada e Willa ficasse perfeitamente aberta para mim.

E então recomecei as investidas, firme e duro dentro dela, comendo-a deliciosamente enquanto só ouvia seus gemidos baixinhos e sôfregos no meu ouvido.

– Você é mesmo uma gatinha manhosa, não é? – eu disse, cravando os meus dentes no seu lábio inferior e o puxando, fazendo-a choramingar enquanto metia o meu pau bem fundo e sem nenhuma reserva dentro do canal apertado. Gemi rouco e sussurrei próximo ao seu ouvido: – Isso aqui não é nem metade das coisas que tenho vontade de fazer com você, Willa.

E iria realizar todas elas, concluí em um pensamento decidido. Disso eu estava tão certo quanto sempre soube desde o inicio que a veria novamente. Podia não ser esta noite, mas, porra, eu iria tê-la novamente, e isso não era algo que estava em questão. Era loucura, eu sabia. Mas agora que já a havia provado, sentido como era ter sua língua molhada dentro da minha boca e o gosto dela mesclado ao meu, a sensação mais do que gostosa de sua bocetinha quente sendo fodida pelo meu pau... eu simplesmente não podia deixar que fosse a última vez. Seria uma tortura na pior definição da palavra.

– Vai devagar, Jared... por favor – suplicava entre gemidos, os olhos fechados enquanto mexia a cabeça de um lado para outro, as unhas fincadas como garras em minhas costas. – Jared, por favor...

– Não. – Eu respondi, duro e cortante. – Estamos perto demais para pararmos agora, e você vai gozar desse jeito.

Desci uma das mãos entre nossos corpos e comecei a estimular seu clitóris inchado, esfregando-o com os dedos, fazendo Willa gritar e rebolar os quadris enlouquecida embaixo de mim. Senti quando se contraiu em minha volta e imediatamente gozou, gemendo como a verdadeira Gatinha Manhosa que era.

– Isso, minha linda. – Eu disse, me abaixando para encostar minha testa suada à sua e murmurando contra sua boca aberta e arfante: – Goza gostoso em volta do meu pau.

Ainda mantinha as estocadas firmes e incessantes, e ela gozava mais ainda, o grito sendo abafado por minha boca na sua, nossas línguas em uma luta insaciável enquanto eu logo gemia rouco contra seus lábios e liberava o jato quente e grosso dentro do preservativo já cheio. Porra!

Esperei que cessassem os últimos espasmos de nossos corpos, e então abri os meus olhos para vê-la, surpreso ao sentir o baque que imediatamente atingiu meu peito fazendo o coração acelerar ainda mais as batidas. Se é que era possível.

– Quando vou me acostumar com o fato de ser tão linda? – indaguei baixinho, dando-me conta tarde demais que a pergunta que deveria fazer somente a mim mesmo em pensamento acabara de ser proferida em voz alta. Droga.

– Aposto que é isso o que diz para todas. – Respondeu ela ainda ofegante. Eu ri.

Pior que não estava errada. Eu tinha minhas inúmeras táticas de como conquistar uma mulher que queria transar e cobri-la de elogios sobre sua beleza era uma delas. Claro que, de todo o modo, Willa não precisava saber disso.

Porém, dei-me conta um tanto surpreso, agora, quando mencionei o quanto era linda, as palavras não vieram planejadas ou como um método para seduzi-la. Elas... simplesmente saíram.

– Não. – Eu respondi, sincero e olhando-a nos olhos enquanto começava a acariciar a maçã rosada do seu rosto com as costas dos dedos. – Você é realmente linda.

Merda. O que eu estava fazendo?

Imediatamente retirei minha mão.

Nunca me deixei envolver com uma mulher ao ponto de falar ou agir de qualquer forma que lhe demonstrasse afeto. Essa era a regra que considerava mais rígida sobre o que não deixar acontecer sob hipótese alguma em nenhuma das minhas transas casuais. Nunca. Era só sexo que queria delas, e não fazia nenhuma alusão que lhes fizesse pensar o contrário.

Então não seria agora, pensei com súbita raiva, por causa de uma mulher que mal conheci e já fodi duas vezes em uma única noite, que isso iria mudar. Somente a possibilidade de deixar isso acontecer me deixava irritado.

– Você está sério. – Sua voz quebrou o silêncio e me fez piscar. Só então percebi que me olhava atenta.

– Estou com a cabeça longe... Só isso. – Eu disse.

Franzi o cenho ao descer meu olhar e ver a delicada corrente no seu pescoço, que embora já a tenha visto ali antes, somente agora parei para notar o pequeno pingente de prata em forma de “P” pendurado. Sem nem mesmo pensar, sussurrei o óbvio significado:

Peter.

Willa de repente ficou tensa embaixo de mim.

– O-o que disse?

– O colar. – Respondi, levando minha mão até o pingente e o segurando enquanto examinava. Olhei para ela. – Foi ele quem lhe deu, não foi?  

Eu já sabia a resposta. Mas por alguma razão queria ouvir.

Mencionar Peter para ela quando sem nenhuma dúvida era a última pessoa que queria lembrar após ter acabado de trai-lo, era crueldade de minha parte e disso eu estava completamente ciente. Mas pelo menos a faria cair na real sobre o que tinha feito. Fazê-la perceber que sua capacidade de trair era a prova mais do que clara de que não o amava, e quem sabe isso a levaria a terminar com aquele idiota.

Mas, por que exatamente eu iria querer fazer aquilo? Eu não tinha que fazê-la cair na real de nada.  Já havia conseguido o que queria ao transar com ela e devia estar satisfeito, certo? O que mais eu iria desejar dela além disso?

De qualquer forma, pensar isso era perda de tempo, já que não fazia a mínima ideia de quais as respostas para essas perguntas. A única coisa que tinha certeza – pelo menos agora – era que não abriria mão de Willa. Não ainda. Se tirar Peter do caminho era o jeito melhor e mais fácil de realizar minha vontade sem nenhuma intervenção, então era isso o que faria.

Willa começou a se remexer, demonstrando desconforto pelo meu peso e me ergui para sair de cima dela.

– Acho melhor a gente voltar – disse em um murmúrio, sentando-se no banco sem me olhar e começando a recolocar a roupa.

– Não vai responder à pergunta?

– Não.

Terminou de ajustar o vestido de volta no corpo, abriu bruscamente a porta do carro e saiu. Merda!

Soltei um suspiro pesado antes de tirar o preservativo, amarrando-o em um nó e abrindo a porta para descartá-lo antes de subir e fechar a calça. Vesti a camiseta e, sem paciência para fechar de volta todos os botões, parei com os dedos na metade e saí logo do carro.

Assim que bati a porta Willa se virou para mim. Havia lágrimas em seus olhos.

Ah, não.

– Era isso o que queria o tempo todo, não era? – indagou com a voz embargada.

– Willa... – comecei, aproximando-me dela.

– Não!

– Droga, eu sabia que isso ia acontecer. – Suspirei derrotado. – Olha, você está arrependida, tudo bem, eu entendo, mas...

– E como esperava que eu estivesse? – me cortou mais uma vez, fazendo-me passar as mãos no cabelo de modo impaciente. – Droga, eu mal conheço você! Isso não devia ter acontecido... não devia...

– Sinto muito dizer, mas agora é tarde para voltar atrás! – exclamei.

– E que escolha teria me dado de qualquer forma? Você me agarrou, me beijou e...

– Ah, claro, porque com toda certeza eu iria lhe obrigar a transar comigo se tivesse tomado a simples atitude de me afastar e dito que não queria! – repliquei com ironia. – E não minta para mim dizendo que não adorou cada segundo do que fizemos dentro daquele carro!

– Isso não importa.

– Ah, não? – ergui uma sobrancelha. – Não foi o que pareceu.

– O ponto não é este! – exclamou nervosa. – Se foi bom ou não, está errado! Não devíamos ter feito! E, além do mais... – hesitou antes de terminar. Mas então olhou para mim e completou, tentando demonstrar firmeza nas próprias palavras: – Eu amo Peter.

Uma risada amarga escapou de meus lábios antes que pudesse contê-la.

– Porra, você está se ouvindo? Se sente tão culpada assim ao ponto de tentar se convencer de algo que não é verdade?

– Você não me conhece, não pode determinar o que sinto. Ao longo dos últimos três anos que Peter e eu estivemos juntos eu sempre soube o que sinto por ele. Eu o amo, e não vai ser por causa do pior erro que cometi na minha vida ao entrar dentro daquele carro com você que isso vai mudar. Estou arrependida, e isso já basta.

– Basta? – eu indaguei sério, sabendo que não bastava coisa nenhuma e que não passava de uma vã tentativa de consertar o que já havia sido feito. – Tem certeza disso?

– Sim. Não vai acontecer novamente. – Limpou as lágrimas que escorriam pelas bochechas e, ainda sem me dirigir o olhar, tornou a dizer baixinho: – Agora me leve de volta, por favor. 

Eu não falei mais nada. Não era necessário já que não adiantaria. Apenas assenti com a cabeça e ela foi para o carro.

Quando entrei e sentei ao seu lado, batendo a porta com força, percebi quando sobressaltou pelo susto. Mas eu ignorei, olhando para frente a todo o tempo e só lhe dirigindo a palavra após alguns minutos com o carro já em movimento pela estrada.

– Me diga onde é sua casa.

– Não. Deixe-me em frente à boate. – Respondeu ela. – De lá eu pego um táxi.

Minhas mãos apertaram o volante com força, e respirei fundo. Odiava ser contrariado.

– Está tarde, Willa. – Tentei convencer com calma. – É perigoso uma mulher como você pegar um táxi a essa hora, ainda mais no estado que se encontra.

Eu não a olhava diretamente, mas sabia pela minha visão periférica que imediatamente tentou descer a barra do vestido curto agora todo amarrotado para cobrir mais as pernas. Sem nenhuma dúvida também a fiz corar envergonhada, e isso fez uma ponta de sorriso se pronunciar em meus lábios.

– Me diga onde é sua casa – pedi novamente.

– Quero que me deixe na boate. Já disse.

Bufei, sem esconder minha irritação e, vendo que ela não iria ceder, respondi contra minha vontade:

– Como quiser.

Seguimos o resto do caminho em silêncio. E eu não podia suportar aquilo. Só o que passava pela minha cabeça era o fato de que estávamos a cada minuto mais próximo de chegarmos à boate e, no segundo em que o carro parasse, Willa abriria a porta, provavelmente sem dizer uma palavra ou sequer olhar para mim, e iria embora. E então eu nunca mais a veria novamente.

Não. Minhas mãos tornaram a apertar forte o volante. Não iria deixar isso acontecer. Pelo menos não sem conseguir lhe arrancar a certeza de que iríamos nos ver outra vez. E eu iria insistir até que ela me desse, por mais que relutasse.

Tinha plena consciência de que não tinha sentido algum fazer isso, considerando que eu já havia conseguido o que queria ao transar com ela e o planejado seria que assim que terminasse e estivesse com a sensação de dever cumprido, eu a dispensaria para o mais longe possível e então seguiria minha vida adiante.

Afinal de contas, era o que fazia com qualquer mulher que me envolvia, não era? Claro que, antes sempre me certificava de que não esperavam de mim nada mais além do sexo, assim como eu também não esperava delas. Assim eu as fazia com que soubessem desde o inicio onde estariam se metendo e isso me pouparia de ter que lidar com a droga do "coração partido" quando tudo acabasse.

A diferença nisso tudo era que... Lancei um olhar rápido para ela, que mantinha a cabeça virada para a janela. Droga. A maldita diferença era que com Willa eu não sentia a sensação de dever cumprido. E sim a queria novamente!

– Quando vou vê-la outra vez? – perguntei, reduzindo a velocidade do carro quando já nos aproximávamos do grande prédio que era a casa noturna. As ruas de Los Angeles eram como sempre muito movimentadas e em frente à boate havia uma fileira repleta de carros, sem nenhum espaço para estacionar.

Olhei para ela e percebi que faria exatamente o que presumi: sair sem me dirigir o olhar e sem responder minha pergunta. Apertei o botão que travaria as fechaduras das portas no instante que ela tentou abrir a do seu lado para sair.

– O que está fazendo? – indagou me olhando irritada.

– Já é a segunda vez que foge de uma pergunta minha.

– Bom, talvez porque a resposta já seja óbvia! Não vai haver outra vez. Como eu já disse, isso foi um erro. Agora abra a porta, por favor.

– Um erro, mas que você adorou cometer. – Falei ignorando seu pedido. – Estou mentindo?

Willa abriu a boca para responder. Nada saiu e então ela desviou o olhar, soltando o ar pesadamente. Até que por fim pediu mais uma vez, dessa vez em um tom baixo:

– Só... abre a porta e me deixa sair. Por favor.

– Estou mentindo, Willa? – insisti com a voz mais firme.

– Não! – exclamou ela. – Não está, droga! O que mais quer que eu diga?

Eu sorri, satisfeito por ter admitido.

– Você não precisa dizer mais nada. Só quero que, por favor, aceite me encontrar novamente. Amanhã. Me dê o seu número de telefone e depois eu ligo para dizer o local.    

Ela riu. Uma risada forçada e que me fez franzir o cenho sem entender o motivo.

– Você é louco! Eu acabei de dizer que não vai haver outra vez.

Uma buzina começou a apitar de forma repentina atrás de nós e olhei contrariado para trás.

– Merda. O carro está atrasando o trânsito.

– Então eu sugiro que abra logo a porta e me deixe sair.

– Não até que me dê a droga do número!

– Não vou dar. Agora abre a porta!

Os apitos começaram a se tornar mais incessantes, dessa vez vindo de mais carros.

– Willa, eu vou acabar sendo multado por sua causa. Isso se um desses motoristas não sair do carro e fizer da situação pior!

– Não vou dar o número, Jared. Destranque as portas.

– Tudo bem, então. – Soltei minhas mãos do volante e me recostei no banco, cruzando os braços e fingindo interesse ao olhar pela janela. – Quanto tempo acha que vai levar até que um deles saia e chegue até aqui? Talvez não só um, mas vários, levando em conta a quantidade de carros parados. Eu só espero que não seja...

– Está bem! – gritou ela. Começou a mexer na bolsa até encontrar o celular e então o passou para mim de forma bruta.

Peguei o telefone e não contive o sorriso ao deslizar o dedo sobre a tela e ver a foto principal: Willa, mais do que linda sorrindo largamente ao lado de sua bela amiga de cabelos ruivos e que logo reconheci como Sophia, a qual fazia uma careta dando a língua para a câmera. Que mulheres lindas!

Rapidamente salvei meu número na sua lista de contatos e mandei o seu como uma mensagem de texto para o meu celular.  

– Obrigada. – Falei ao lhe entregar o aparelho e logo em seguida destravando as portas. Ela sem nenhuma delonga a abriu para sair, porém antes que pusesse um dos pés para fora, a segurei firme pelo braço e fiz com que virasse para mim. Completei, dessa vez sério e olhando-a nos olhos: – Foi realmente um prazer conhecê-la, Willa.

Seu olhar ficou preso no meu por alguns segundos. Eu me aproximava cada vez mais de seu rosto, ansiando lhe dar pelo menos um último beijo, até que um xingamento alto seguido de uma buzinada estridente vindo de um dos carros – que mesmo não sabendo quem era o maldito motorista eu quis estrangulá-lo por estragar a droga do momento – a fez piscar e então puxou o braço da minha mão abruptamente, saindo do carro e batendo a porta.

Essa não seria a última vez que a via, concluí para mim mesmo enquanto a assistia caminhar para longe e logo sumir do meu campo de visão.

Dei a partida no carro e ouvi meu celular apitar dentro do porta-luvas alertando uma nova mensagem. Abri um sorriso.

Essa definitivamente não seria a última vez.


Notas Finais


Gente, estou pensando em mudar os títulos dos capítulos para português. Porque, sei lá, eu acho que fica melhor assim. Agora só se vocês preferirem, é claro! Se não, digam nos comentários que aí eu deixo como está mesmo :)

Beijos e até o próximo! <3


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