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História The Other Man - O Amante - Apenas você. WILLA


Escrita por: natalycosta

Notas do Autor


👀
Isso mesmo, pessoal, ressurgi das cinzas kkkk.

Se ainda houver algum guerreiro por aqui que ainda não desistiu dessa história, espero que sua experiência de leitura nesse capítulo seja maravilhosa, pois o escrevi com muito carinho 🙃

Capítulo 37 - Apenas você. WILLA


Fanfic / Fanfiction The Other Man - O Amante - Apenas você. WILLA

 

Droga, minha mão estava realmente suando.

Durante os três anos dos quais Peter e eu estivemos juntos, nunca sequer considerei o dever de ter que apresentá-lo a minha família. E não se tratava apenas de procrastinação por eu simplesmente não querer: eu simplesmente sentia que não seria o certo.  E, bem, o fato de eu ter morado distante dos meus pais ao longo de todo esse tempo somente me ajudou a adiar o momento com mais facilidade, aproveitando das inúmeras justificativas acerca da distância ou do tempo corrido que não contribuía para que acontecesse.

No fim das contas, foi um relacionamento que eu covardemente empurrei com a barriga, e foi necessário que outro homem surgisse na minha vida e estourasse essa bolha de ilusão para que só então eu tomasse convicção do que sempre esteve claro como água desde o início, e eu somente me recusei a enxergar por puro medo de enfrentar a realidade: entre Peter e eu nunca houve sequer uma fagulha. Ele nunca me pertenceu, e tampouco eu a ele.

Olhei para o homem lindo e confiante que estava ao meu lado, segurando minha mão com firmeza. O único e verdadeiro dono de cada genuíno suspiro de prazer que saía da minha boca e formigamento na pele; dos meus sorrisos espontâneos e palpitar acelerado das batidas no peito; o homem que pouco menos de 24 horas atrás abandonou todas as responsabilidades e atravessou o maldito oceano atlântico pelo simples fato de querer desfrutar de um tempo de qualidade comigo. 

E, bem, agora estávamos aqui, parados em frente à porta da casa dos meus pais e a única sensação que me tomava – além do evidente nervosismo – era a de alívio por sentir com plena convicção que o que estava fazendo era certo.

Seu cabelo ainda estava um pouco fora de ordem como consequência da rapidinha de minutos atrás quando meu raciocínio nublado pelo desejo decidiu que seria uma ideia brilhante fazer sexo dentro do carro quase a ponto de sermos flagrados por algum vizinho fofoqueiro dos meus pais, e por mais que ele tenha se esforçado para desamassar a camiseta, o tecido ainda se encontrava um pouco amarrotado. Céus! Eu não queria nem imaginar como estava minha aparência agora.

Um sorrisinho travesso começou a querer cruzar seus lábios rosados, pois ele imediatamente soube o que se passava na minha cabeça. 

– Willa, já falei pelo menos umas dez vezes nos últimos 5 minutos que você está perfeita e ninguém vai desconfiar de nada, então pare de fazer essa cara.

Não tive tempo de responder, pois a porta de madeira por fim foi aberta, e me deparei com os olhos brilhantes de minha mãe, tão verdes e grandes quanto os meus. Estava linda, como sempre. Mesmo com a maquiagem discreta, era perceptível o quanto Elisabeth não precisava se esforçar nem um pouco para transparecer jovialidade, ainda esbelta e exalando elegância, mesmo que já estivesse quase entrando na casa dos 60 anos.

– Meu Deus! Eu imediatamente soube que era você – disparou até mim e envolveu meu corpo em um abraço que retribuí no mesmo segundo, apertando-a forte contra mim e inspirando o aroma maravilhoso e característico de seu perfume cítrico que sempre me trazia a acolhedora sensação de lar. Eu a amava tanto que chegava a doer. 

– Mamãe... 

Afastou-se e me examinou com um sorriso emocionado nos lábios, as bochechas coradas e o rímel levemente borrado ao redor dos olhos devido às lágrimas.

– Meu amor, você está tão linda! Já estava nervosa com a possibilidade de que não viria. Richard saiu com seu irmão para fazerem a corrida matinal de todos os dias, mas já devem estar voltando dentro de alguns minutos. Vamos, entre...

– Mãe, espera! – Dei risada. Estava tão exultante com a minha chegada que não chegou nem a perceber que eu não viera sozinha. 

Somente então, Elisabeth tornou o olhar para o homem ao meu lado e abriu os lábios, a expressão outrora iluminada de alegria agora sendo tomada pela total surpresa.

O seu olhar confuso alternou de mim para ele, parecendo estar à procura do que dizer, mas sem conseguir fazer com que as palavras saíssem.

Sua atenção, por fim, se concentrou na mão de Jared que se encontrava ao redor de minha cintura, mantendo-me próxima ao seu corpo, para que só então um lampejo de clareza cruzasse o seu semblante. 

Em uma de nossas conversas à noite por ligação, eu havia lhe contado sobre o meu término com Peter – embora não tenha mencionado o quão conturbado foi – e contei por alto o fato de ter conhecido alguém que me despertava algo diferente e especial. Não citei, no entanto, que este alguém era ninguém menos que uma celebridade internacional, e tampouco que o traria em um espaço tão curto de tempo em sua casa para que o conhecesse, levando-se em conta de que com Peter somente a cogitação dessa possibilidade já me apavorava. 

Portanto, era totalmente compreensível a sua reação de choque.

– Mamãe, este é o Jared, meu... – corei terrivelmente e simplesmente travei antes de concluir as palavras. Pelo amor de Deus, Willa, quantos anos você tem? Quinze?

Jared tomou a frente da situação e lhe direcionou um sorriso tranquilo e educado, estendendo-lhe a mão.

– Olá, Sra. Campbell. Sou o Jared. Namorado da sua filha. Muito prazer.

Mais cedo eu havia explicado para ele que, após ter anulado o casamento com o meu pai biológico quando eu ainda era criança e, anos depois, tendo se casado com o homem que hoje era meu atual padrasto, minha mãe alterou o registro de seu sobrenome para Campbell.

– M-minha nossa! Que surpresa, e-eu confesso que... n-não esperava – gaguejou, parecendo confusa e abalada, e correspondeu ao seu cumprimento de modo automático. Instantaneamente abaixei o olhar, sentindo minhas bochechas esquentarem pela vergonha. Não queria que ela tivesse uma má interpretação sobre tudo, nem que o clima acabasse ficando pesado por conta disso. Estava tão empolgada em apresentar o homem que eu estava perdidamente apaixonada à minha família, que nem sequer avaliei o quanto isso poderia soar estranho para eles, já que não completara nem três semanas direito desde que saí de um noivado. 

Merda, merda, merda.

No entanto, a voz de Jared preencheu o silêncio, soando absolutamente descontraída e sob o total controle de um homem que sabia perfeitamente o que estava fazendo, e viera preparado para lidar com qualquer eventualidade inesperada:

– Bom, realmente, não estava dentro dos nossos planos que eu viesse. Precisei passar uns dias em outro continente por questões de trabalho, mas decidi visitar Willa e ficar com ela durante o fim de semana. Como irá haver o casamento de sua filha, vim deixá-la para passar o dia junto com a família e apenas não queria perder a oportunidade de conhecê-los, mesmo que seja brevemente. Peço perdão se não for um bom momento.

Eu o fitei, tentando não soar tão pateticamente surpresa e boquiaberta. Esta era a primeiríssima vez que o via se dirigindo a alguém de modo tão suave e cordial. 

– Ah, sim, claro... – um sorriso meigo desenhou os lábios de minha mãe, pintados em um discreto batom rosado. – De forma alguma seria um mau momento, querido. Para ser sincera, estávamos todos bastante ansiosos em conhecê-lo – ela estendeu a mão novamente, dessa vez o cumprimentando de modo mais caloroso. – E, desde já, peço que dispense as formalidades e me chame somente de Liz.

Sorri, sem conseguir me conter, a sensação imediata de alívio preenchendo o meu peito. 

– Vamos, entrem.

Mamãe abriu a porta e cedeu espaço para que nós entrássemos.

A casa ainda continuava da mesma forma como me lembrava desde a última vez que estivera aqui: aconchegante, acolhedora e muito bem arrumada, com papéis de parede florais de cor neutra e a enorme escadaria com corrimões de madeira escura que levava ao andar superior. Uma lareira ocupava o centro da sala de estar, e em suas laterais, ficavam as mesmas estantes repletas de livros que eu adorava; e, rodeado por sofás aconchegantes, estava um grande tapete persa da cor creme. Deus, como eu amava esse lugar.

– Por favor, me digam que ainda não tomaram o café da manhã – prosseguiu ela, após fechar a porta e passar por nós, segurando minha mão com delicadeza e começando a nos conduzir até a cozinha. – Meu Deus, a cada dia que passa você só se torna uma mulher ainda mais linda. Fiz aquelas panquecas com recheio de chocolate que você adora e ainda estão quentinhas sobre a mesa. Sua irmã ficou desesperada quando experimentou o vestido de noiva a primeira vez e quase não conseguiu fechar o zíper, então entrou numa dieta rigorosa desde então. Eu acho totalmente desnecessário, já que continua linda mesmo com as curvas mais volumosas devido à gravidez, mas mesmo assim ela ainda insiste nessa ladainha de que está enorme de gorda. Você conhece muito bem Olivia, não é? Sabe o quanto é teimosa...

Olhei de soslaio para Jared e foi no exato segundo em que ele disparou o olhar de volta para mim, o mesmo sorrisinho travesso que brincava em meus lábios sendo refletido nos seus enquanto observávamos minha mãe contornar a ilha da cozinha que fazia divisão com a sala de estar, falando pelos cotovelos e, sem nem esperar que respondêssemos, já servia as panquecas em dois pratos para em seguida pousá-los sobre a bancada de mármore.

– Vocês preferem suco ou café? 

Para ser sincera, tudo o que eu queria mesmo era ver minha irmã, abraçá-la e acalmar os seus muito prováveis ataques de nervos que antecipariam essas poucas horas que restavam até o seu grande momento. Ela com toda certeza estava apavorada, e precisava de mim. Mas mamãe também estava tão empolgada com minha chegada que me sentiria mal em não dedicar um pouco mais de tempo a ela. 

– Bom, hum... nós já tomamos café antes de sairmos do hotel, então... – Jared começou a responder por mim, coçando a nuca de um jeito sem graça que eu achei muito fofo, mas hesitou quando ela arrastou o prato sobre o balcão e sorriu docemente para ele, oferecendo-lhe o garfo para que fosse o primeiro a provar. Eu mordi o lábio inferior e desviei o olhar, tentando conter uma risada, pois já conhecia muito bem aquela tática... era quase sempre impossível lhe dizer não quando ela direcionava aquele sorriso a alguém.

A voz aveludada de minha irmã caçula surgiu do topo da escada:

– Mamãe, pelo amor de Deus! Você e essa sua mania de sempre querer empurrar comida à força em todas as pobres visitas que chegam. 

O sorriso que iluminou o meu rosto foi tão largo que poderia facilmente rasgá-lo. Eu me virei em sua direção, e os olhos de Liv se arregalaram ao só então perceber que a visita era eu, os cabelos loiros caindo em ondas sedosas sobre os ombros estreitos e eu nunca a vi tão resplandecente quanto agora, parecendo simplesmente transbordar em felicidade. Ela ainda continuava a mesma Olivia de sempre, tendo como única exceção a barriga perfeitamente arredondada e enorme que já se encontrava em seu quase nono mês de gestação. A gravidez lhe caía muitíssimo bem.

– Willa?! 

– Liv!!

Foi instantâneo. Seus olhos azuis se encheram de lágrimas ao passo em que os meus também, e ela desceu em um rompante pelas escadas. Mamãe arregalou os olhos, em espanto, largando tudo sobre a ilha e plantando ambas as mãos no peito.

– Pelo amor de todos os deuses, garota, lembre-se que está carregando o meu neto nesta barriga! Você não deveria nem subir essas escadas. Já falei milhões de vezes, mas não me escuta!

Corri em disparada ao seu encontro e colidi com ela no meio do caminho, envolvendo-a em um abraço apertado e que transbordava em saudade, enquanto ríamos feito bobas. Mais do que qualquer um, Olivia sempre foi minha melhor amiga. Às vezes eu me culpava por ter tomado a decisão de morar distante, mesmo que ela tenha me dado seu total apoio quando decidi estudar literatura em Los Angeles, oito anos atrás.

– Por que demorou tanto a chegar? – indagou ao se afastar para me olhar, ainda segurando minhas mãos. – Pensei que já estaria aqui ontem. 

– Meu voo acabou atrasando e cheguei pela madrugada. Não quis incomodar ninguém. 

Olivia revirou os olhos, olhando-me com ar de tédio, como se já soubesse que essa resposta viria.

– Não seja ridícula. Você sabe o quanto estivemos loucos nos últimos dias, preparando tudo para sua chegada mesmo que você insista em ficar por tão pouco tempo. Além do mais... 

Interrompeu suas palavras ao enfim concentrar o olhar por sob o meu ombro, as sobrancelhas bem feitas franzindo-se enquanto os lábios se entreabriam em perplexidade e confusão.

– Os estresses da gravidez estão me deixando pirada ao ponto de ter alucinações ou o Jordan Catalano em pessoa está em pé na cozinha ao lado da nossa mãe neste exato momento?

Eu não me aguentei. Gargalhei como já não fazia há um bom tempo, as bochechas completamente tomadas pelas lágrimas que já escorriam sem controle. Estava com tanta saudade que meu peito doía. 

Então, foi a vez de minhas sobrancelhas se juntarem em confusão, quando me dei conta de que não compreendi muito bem o que ela falou.

– Espera... Quem é Jordan? 

Jared aproveitou a deixa para se aproximar, passando um braço ao meu redor e depositando um beijo em minha testa, murmurando em meu ouvido que me explicaria depois. Ele estendeu a mão para Olivia.

– Oi. Sua irmã me fala coisas incríveis sobre você. 

Ela o olhou de cima a baixo, como se a ainda tentar comprovar que o homem em sua frente era feito de carne e osso e não um fruto de sua imaginação. Sem nem respondê-lo, ela tornou o olhar de volta para mim e simplesmente disparou, a voz em um tom comicamente indignado que não fez questão alguma em esconder:

– Como você de repente começa a namorar o Jared Leto e decide que é uma excelente ideia me contar somente agora?

Olivia não me esperou responder. Andou até a ilha da cozinha e pegou o garfo que Jared deixara sobre o prato, afundando-o sobre a panqueca ainda intocada e capturando um pedaço cheio da massa.

– Caramba, que loucura... – ela balançou a cabeça, como se houvesse sido subitamente atacada por uma enxurrada de informação que precisaria de um bom tempo para conseguir processar. Então, parecendo refletir consigo mesma, concluiu, antes de levar o garfo até a boca e devorar a deliciosa massa com recheio de chocolate: – Minha irmã está namorando um dos astros mais lindos e respeitados da atual indústria cinematográfica. Quem imaginaria isso acontecendo? 

Jared riu baixinho e sorriu de modo relaxado, e fiquei feliz em ver que ele estava à vontade mesmo diante do surto inusitado de minha irmã. Logo deduzi que já devia estar habituado a esse tipo de reação provocada por sua presença, e pelo visto sabia como conduzir tudo com tranquilidade. 

– Bom, em nossa defesa – começou ele, com um sorriso divertido brincando nos lábios –, eu tomo a total responsabilidade em assumir que decidimos juntos que seria melhor mantermos a relação em sigilo por pelo menos algum tempo. Porém, não seria justo manter a informação oculta da nossa própria família, então para isso abrimos uma exceção.

– E como vocês se conheceram? 

Droga. Era exatamente esse o momento que eu temia. Jared percebeu o meu nervosismo, e apertou de leve minha mão, como se a me assegurar que estava tudo bem. Ele estava prestes a responder Olivia, quando fomos salvos pelo gongo. A porta de entrada foi aberta e Nathaniel e meu padrasto entraram na casa, conversando alto e aos risos. O fôlego que eu nem percebi estar prendendo escapou de meus pulmões, e fechei os olhos, aliviada. O fato de eu e Jared estarmos namorando agora, após tão pouco tempo desde que saí de um relacionamento de três anos, com toda a certeza tornava mais do que evidente a crua verdade de que eu me envolvi com ele enquanto ainda estava comprometida a outro. Se minha mãe juntasse esses pontos agora, ela não hesitaria em iniciar seu monólogo e eu simplesmente não queria ter que lidar com isso agora. 

O dia transcorreu mais tranquilo do que eu esperava. Nate e Richard estavam morrendo de fome por ainda não terem tomado o café da manhã, e imediatamente estacaram os passos ao nos verem reunidos à cozinha, Olivia já tendo devorado quase todas as panquecas. Um bom tempo depois, ela me matava de vergonha enquanto contava, animadamente e sem dispensar nenhum detalhe, incontáveis momentos embaraçosos de minha adolescência para Jared, fazendo-o gargalhar, genuinamente feliz e relaxado como eu raramente o via estar. Aquilo aqueceu o meu coração de um jeito tão gostoso, porque eu simplesmente amava vê-lo sorrindo.

Ele não teve dificuldades para se dar bem com meu irmão e Richard, sem se permitir intimidar pela pose durona de Nathaniel. Meu irmão não era muitos anos mais velho do que eu, mas isso nunca o impediu que sempre mantivesse seu instinto protetor sempre que me via envolvida com algum cara. E éramos tão semelhantes que já houve muitas indagações sobre pessoas pensarem sermos gêmeos. Nate era alto, com incrível porte atlético e tinha os mesmos cabelos escuros, lisos e espessos que os meus; no entanto, sua pele, ao contrário da minha que era totalmente pálida, ostentava um bronze de fazer inveja, e os olhos tinham quase o mesmo tom de verde, com a exceção de que sua íris esquerda continha uma pequena manchinha marrom no canto, quase imperceptível, porém não deixando de ser uma característica única sua. Nossa mãe concebera Olívia quando eu tinha 6 anos e ele 10, após já ter se separado de nosso pai há um bom tempo e então se casado com Richard, que foi de onde nossa irmã herdara os olhos azuis e cabelo loiro claro.

Meia hora depois, meu irmão recebeu uma ligação que alegou ser importante e seguiu em direção à porta de entrada, abrindo-a e indo atender com privacidade na varanda. Richard chamou Jared para ver sua coleção de vinis que ele mantinha com muito carinho e orgulho exposta em uma enorme estante de antiguidades que ficava na garagem, e, beijando o rosto de nossa mãe, agradeci pelo delicioso café da manhã e então aproveitei a deixa para entrelaçar meu braço ao de minha irmã e arrastá-la escada acima. Mamãe apenas balançou a cabeça e sorriu, deixando-nos ir sem protestos. 

Quando por fim chegamos ao meu antigo quarto, que ainda se encontrava igualzinho a como o deixei, ela fechou a porta e meu sorriso contente se desfez ao ouvir seu soluço, os olhos lindos e azuis totalmente tomados pelas lágrimas que banhavam as bochechas vermelhas. Ela me envolveu em um abraço apertado.

– Liv, o que houve? – eu não estava entendendo sua reação, mas retribuí o abraço.

– Não é nada demais, eu só estou explodindo de felicidade! Estou a poucas semanas de dar à luz uma criança que já amo mais que tudo nesse mundo, prestes a me casar com o homem da minha vida e acabei de presenciar os olhos da minha irmã brilharem por alguém como nunca vi acontecendo antes. E a forma como ele olha para você... Aquele homem está completamente rendido, Willa. Se deixá-lo escapar por qualquer motivo que seja, eu juro que te mato.

Que maravilha, agora era eu quem estava à beira de desabar em lágrimas.

– Droga, eu sei... Ele apareceu na minha vida simplesmente do nada, e não houve um único momento que não me fez sentir completa – minha voz já estava embargada, sem que eu pudesse impedir. – Mesmo quando não era moralmente certo estar com ele, eu sentia que era exatamente onde eu deveria estar. 

Eu nunca havia mencionado para ela que Jared surgiu no meu caminho enquanto eu ainda estava com Peter, fazendo-me jogar qualquer senso de moral para os infernos ao ponto de me entregar a ele mesmo após ter ficado noiva. Mas a essa altura do campeonato, eu sabia que não era necessário mencionar. Ela já sabia. Olivia me conhecia como ninguém, e sempre soube que eu nunca amei Peter. 

   – Eu não me arrependo de nada, Liv. – Confessei, baixinho, sem conseguir olhá-la nos olhos. – Isso me torna um ser humano horrível?

Ela riu. 

– Sua boba... – ergueu meu queixo suavemente e me fez fitá-la nos olhos. – A gente não escolhe um momento devidamente apropriado e moralmente correto para se apaixonar por alguém, Willa. Quando a conexão acontece, é algo que simplesmente vai além de qualquer controle. Jamais se culpe por isso. – Bateu palminhas, daquela forma que sempre fazia desde quando era apenas uma garotinha, quando estava extremamente empolgada com algo. – Vai ser tão maravilhoso ver vocês dois juntinhos no meu casamento.

Um sorriso totalmente espontâneo se alargou em meus lábios, e a abracei novamente. Eu estava transbordando de felicidade.

– Agora, chega de falar sobre mim. – Afastei-me de seu agarre e passei as mãos pelas bochechas, querendo me livrar de qualquer resquício de lágrimas. – Me mostra logo seu vestido!

 

...

 

– Essa garotinha banguela de cabelos escuros e bochechas rosadas é você? – indagou Jared, com um sorriso bobo preso aos lábios enquanto analisava uma das fotos antigas que estava plastificada no álbum de fotos da família que minha mãe mantinha exposto com todo orgulho na estante da sala de estar. Ela praticamente arrastou Jared até a estante e entregou o álbum para ele enquanto relembrava, toda empolgada e com extremo amor na voz, os tantos momentos marcantes de minha infância. Havia também registros de muitos momentos embaraçosos de minha adolescência dos quais tentei impedi-lo de ver, mas de nada adiantou, pois ele afastou, sem esforço nenhum, o álbum de meu alcance quando tentei capturá-lo de sua mão e somente bufei, contrariada, sabendo que seria inútil tentar pegá-lo. 

Em uma dessas constrangedoras fotos, por exemplo, estava um momento que fora registrado por Nathaniel em sua velha polaroid, no qual eu saía em disparada do meu quarto, estando no auge dos meus 14 anos, com o semblante totalmente possesso de ira por ter acordado com o rosto e cabelo totalmente cobertos por pasta de dente. Nate vivia me pregando peças, e eu devolvia na mesma moeda, o que sempre rendia em sermões gigantescos de nossa mãe e castigos que nos deixava sem ver TV uma semana inteirinha. Enquanto me recordava, um sorriso nostálgico brotou em meus lábios, mas logo se desfez ao também relembrar que, naquela mesma época, eu estava bem abaixo do peso devido a ter enfrentado uma fase horrível de paranóias com o meu corpo que resultou em um longo período da minha vida jovem tendo que lutar contra o distúrbio alimentar. Não foi uma fase nada fácil, de modo que até hoje eu ainda tinha que me esforçar para manter uma alimentação bastante reforçada e, mesmo assim, sentia dificuldade para evitar perder peso. 

Neste momento, no entanto, enquanto estava deitado de modo relaxado e com as costas confortavelmente acomodadas à cabeceira acolchoada de minha cama, meu namorado se referia à foto em que Nate e eu abraçávamos uma árvore enorme e robusta no meio de um belíssimo campo verde, ambos sorrindo abertamente enquanto nossa mãe estava sentada junto a Richard sobre uma toalha de piquenique disposta no gramado, Liv ainda bebê em seu colo, toda embaladinha por uma manta verde-água. Não lembro exatamente quem tirou essa foto, mas a felicidade genuína que a minha versão tão pura e inocente de 7 anos de idade sentia naquele dia ainda se mantinha tão marcada em meu peito ao ponto de doer. 

Eu havia acabado de sair do banho e mantinha uma toalha felpuda enrolada ao corpo, parada ao lado da cama, e Jared ergueu o olhar para mim quando percebeu que não respondi sua pergunta. Franziu a testa ao notar os meus olhos completamente banhados pelas lágrimas que eu me esforçava com afinco para não piscar e acabar levando-as a escorrer por minhas bochechas, mas eu já sabia que era uma batalha perdida.  

– Ei... Meu bem, o que houve? – Levou a mão até o meu rosto, acariciando-o com o polegar. 

– Me ignora. – Funguei. – Eu sou uma idiota que chora por tudo.

– Ignorar você? Jamais. 

Ele se posicionou na cama de modo a ficar sentado na beira do colchão, e trouxe-me para mais perto, abraçando meu corpo enquanto me mantinha de pé por entre suas pernas abertas.

– Me fala. – Pediu suavemente, os olhos límpidos e tão azuis quanto o céu me encarando de perto. – Por que está chorando?

– Sempre que volto nessa casa, me sinto derrubada por uma enxurrada de lembranças de boa parte de minha infância e fase adolescente que passei quase inteira aqui. E a saudade aperta no peito. Só isso. 

Jared me abraçou mais forte contra si, não se incomodando com o fato da toalha molhada em meu corpo estar encharcando quase totalmente sua camiseta social. 

– Você tem uma família absolutamente maravilhosa, Willa. Não tenho dúvida nenhuma de que sua mãe e irmãos dariam a vida por você. Não é à toa que se tornou essa mulher tão incrivelmente linda e extraordinária... Quem seria o maluco que não se apaixonaria por você?

– Droga, você não está colaborando em nada para que eu pare de chorar! – resmunguei, estapeando o seu ombro.

Ele gargalhou gostosamente.

– Ah, é? Então vou te dar um excelente motivo para chorar.

Soltei um gritinho de surpresa quando virou o meu corpo de supetão e me atirou sem cerimônia alguma sobre o colchão, deitando-se sobre mim e me arrancando altas gargalhadas ao erguer meus pulsos sobre a minha cabeça e mantê-los presos em um agarre sólido de sua mão, para me impedir que conseguisse escapar de seu ataque impiedoso de cócegas. Maldito!

– Não! Não, não, não! Paraaaaaaa – implorei, entre incontroláveis gargalhadas, tentando me debater com as pernas, mas seus joelhos fortes as mantinham firmemente juntas e cravadas no colchão. – Jared, isso não tem graça!! – minha tentativa de protesto soava patética diante das risadas ininterruptas que escapavam tão fortes de minha boca ao ponto de fazer o meu peito vibrar. 

– Ah, tem sim...

– Você me paga!

– É mesmo? Como? – seu tom de voz havia se tornado rouco e provocante, com uma pontinha de sorriso diabólico querendo se estender pelos lábios.

Em meio aos contorcionismos de meu corpo para inutilmente tentar me livrar de seu agarre, o nó da toalha acabou se abrindo e agora eu me encontrava nua e totalmente cativa diante daquele olhar predatório que eu já conseguia reconhecer muito bem sempre que ele assumia o comando, parecendo me queimar como brasas ao descer vagarosamente sobre o meu colo exposto e seios com mamilos rijos e arrepiados, a pele ainda úmida e escorregadia pela água do banho recém-tomado, e a luz do sol que vinha da janela banhava minha pele ao ponto de fazê-la brilhar.

– Sou o filho da puta mais sortudo desse mundo inteiro – murmurou baixinho, umedecendo o lábio inferior com a língua enquanto fitava meus peitos como se fossem o prato mais saboroso de todo um banquete. Um arrepio instantâneo percorreu meus braços e senti a onda imediata de lascívia enviando a deliciosa descarga de choque direto para o meio das minhas pernas, o sangue passando a se concentrar no clitóris e fazendo-o inchar, latejando, já morrendo de necessidade por sua atenção.

Com ele, era sempre assim. Desejo no sentido mais primitivo da palavra. Ao ponto de eu simplesmente querer ignorar qualquer bom senso e me entregar de corpo e alma a qualquer fantasia pecaminosa que sua mente criativa e experiente era capaz de elaborar, realizando de bom grado todas as suas vontades. E eu amava me sentir assim: apaixonada, feminina, sensual e livre, como nunca nenhum homem foi capaz de me fazer sentir antes. Nunca fui o tipo de mulher que tinha o sexo como válvula de escape e melhor fonte de alivio. Para ser sincera, eu não sentia nem mesmo falta. Mas isso foi antes dele...

Minha fome por Jared era insaciável. Ele me tornava lasciva, quente, voraz e sempre faminta por mais, como uma maldita viciada. 

Sua ereção coberta pelo jeans já cutucava minha barriga, e gemi baixinho, abrindo totalmente as pernas e me remexendo toda na cama, doida para me esfregar nela, o clitóris implorando por fricção e alívio. Jared xingou um palavrão baixinho e agarrou meu cabelo pela nuca, descendo o rosto de encontro ao meu e tomando minha boca num beijo agressivo e enlouquecedor, a língua se enfiando por entre os meus lábios e me acariciando de um jeito erótico e cheio de tesão, como só ele sabia fazer. 

– Porra, não podemos... – sussurrou, em um lamento frustrado, beijando e lambendo meu pescoço enquanto a mão que não segurava meus pulsos deslizava até o meio de minhas pernas e começava a massagear com os dedos longos e habilidosos minha carne sensível e toda cremosa do líquido de excitação. 

– Eu tranquei a porta – sussurrei de volta, cravando meus dedos em seus cabelos e erguendo o tronco de encontro ao seu rosto, oferecendo sem pudor algum os meus seios para que sua boca selvagem os devorasse daquele jeito esfomeado que eu sempre amava. Estava cega de desejo. – A gente não precisa nem demorar. Por favor, faz amor comigo...

– Meu bem, o casamento de sua irmã acontecerá daqui a menos de três horas. Já deveríamos estar nos arrumando. Além de que você não é nem um pouco silenciosa. Sua mãe, seu padrasto e seu irmão iriam nos ouvir e eu iria me odiar se a primeira impressão que tivessem de mim fosse a de que me comporto como a porra de um adolescente no auge da puberdade que não consegue manter o pau comportado nem na maldita casa dos sogros.

– Droga, tem razão – choraminguei, fazendo-o rir, rouco e baixinho. Retirou os dedos de meu calor úmido e os levou até minha boca, totalmente babados de meus fluidos e lambuzou meus lábios com eles, fazendo com que eu os chupasse em seguida, provando de meu próprio gosto.

– Prometo compensar por isso mais tarde. Vou fazer essa boceta gozar de tantas maneiras que você vai chorar e implorar para que eu pare.

Eu não respondi, travando a mandíbula e sem conseguir esconder a irritação por ter meu orgasmo interrompido. Jared no exato segundo endureceu o semblante e me lançou um olhar sério e repreensivo.

– Está agindo como uma garotinha mimada. Continue se comportando assim, e a surra que vou dar nessa sua bunda arrebitada vai ser tão forte que vai ficar sem sentar por uma semana. 

  Levantou-se da cama e me puxou pelas mãos, obrigando-me a levantar junto com ele. 

– Agora anda, desfaz esse biquinho chateado e vai se arrumar. Não sei se ouviu, mas sua irmã já ligou pra você duas vezes, e ela com toda certeza vai me matar se sequer sonhar que sou o culpado por você não chegar ao local antes da cerimônia já ter começado.

Olivia já havia saído bem mais cedo. A equipe de maquiagem e roupa aparecera cedo para levá-la ao hotel que aconteceria a cerimônia e prepará-la com antecedência para se certificar de que não seria necessário fazer nenhum reajuste de última hora. Antes de entrar no carro, suas mãos estavam congeladas de nervosismo. Prometi que chegaria por lá no máximo uma hora antes e estaria ao lado dela até que o momento chegasse. 

Então, sim, meu namorado irritantemente gostoso estava certo. Por mais que meu corpo estivesse quase a ponto de entrar em combustão de tanta necessidade pelo doce alívio de um orgasmo neste momento, meus anseios poderiam esperar. Olivia era a minha prioridade.

Jared se despiu enquanto ainda estava no quarto e depositou as roupas, cuidadosamente dobradas, sobre a poltrona acolchoada que ficava ao lado de minha cama. Ele entrou no banheiro e deixou a porta somente encostada. Poucos segundos depois, ouvi o barulho do box de vidro se fechando sendo seguido pelo do chuveiro sendo ligado.

Segui até minha mala cinza que eu havia trago na viagem e estava depositada ao pé da cama. Eu a peguei e a coloquei sobre a cama. Era bem pequena, de apenas 10 Kg, já que o plano era somente que eu passasse o fim de semana.

Eu a abri, retirando de dentro o vestido que pretendia usar no casamento. Estava cuidadosamente guardado dentro de um grande saco de plástico, e o retirei bem devagar. 

O vestido era absolutamente lindo, embora não tão extravagante. Azul claro, da cor do céu, longo ao ponto de arrastar no chão e com a saia contendo quatro camadas de tule, leve e encantadoramente volumosa ao ponto de me fazer sentir como uma princesa; as alças eram finas e delicadas, e havia um decote discreto, porém que se agarrava muito bem aos meus seios, de modo que não os deixasse tão avantajados, mas com um ar elegante e discreto de sensualidade. Era lindo. Parecia um sonho. E azul sempre fora a cor que mais se destacou bem em contato com meu tom de pele empalidecido. Sorri feito uma menina.

Em questão de 15 minutos, eu já estava pronta, dando os últimos retoques na maquiagem e borrifando o perfume no pescoço, por entre os seios e pulsos. Optei por passar o menos possível de maquiagem, considerando que a festa seria em meio à plena luz do dia e eu não queria nada que soasse pesado demais. Passei somente rímel nos olhos, blush para dar um pouco mais de cor às bochechas e finalizei com meu já característico batom vermelho. 

Jared sorriu, docemente, ao terminar de fechar o zíper do vestido às minhas costas, enquanto me fitava com admiração através do vasto espelho que ia do chão ao teto em meu antigo closet. O ultimo acessório que peguei, foi um broche de prata em formato de folha que encontrei ainda guardado na minha gavetinha de joias. Céus, mamãe realmente preservou absolutamente tudo o que eu tinha e resolvi deixar aqui antes de ir embora. Encaixei o broche nos cabelos de modo que os prendessem lateralmente, deixando cachinhos soltos por sobre o meu ombro esquerdo, que os formei ao usar o babyliss que peguei emprestado com Olivia, mais cedo.

Virei-me para ele, enlaçando meus braços em torno de seu pescoço. Ele estava absolutamente lindo, usando um terno elegantíssimo e mantendo os cabelos castanhos ordenadamente penteados para trás com gel, a barba espessa muito bem aparada e exalando aquele seu característico perfume delicioso que sempre me deixava doida de vontade de imediatamente arrancar nossas roupas e deixar que me possuísse da maneira mais insana possível.

Percebi, no entanto, que ele parecia estar com a mente distante.

– O que está pensando?

Piscou, voltando do transe.

– Não é nada demais, só que... – hesitou, mas ergui as sobrancelhas, incentivando-o a prosseguir. Ele apertou forte as mãos sobre meus quadris, antes de respirar fundo e reunir a coragem necessária para concluir, por fim: – Quando voltar à Los Angeles, quero conhecer minha filha. 

Meu coração palpitou, e um sorriso emocionado abriu caminho em meus lábios. Minha filha… era a primeira vez que o via se referir à criança dessa forma.

– Mesmo?

Ele assentiu, e o beijei, cheia de amor e admiração. 

– Estou muito orgulhosa de você por ter tomado essa decisão.

Ele retribuiu o sorriso, murmurando bem baixinho, de um jeito tímido:

– Eu não demonstro, mas toda essa espera está acabando comigo. Não posso adiar isso por mais tempo, Willa. 

– Terá sempre o meu apoio para o que der e vier. Eu prometo. 

– Acredite, isso é absolutamente tudo o que vou precisar – beijou minha testa. – Antes de irmos, tenho algo que quero dar para você. Aguarda aqui.

Antes que eu tivesse a chance de questionar o que era, ele girou nos calcanhares e saiu do closet, voltando para o quarto. Não levou muito tempo, e já estava de volta, trazendo consigo uma caixinha retangular de veludo. Ele me comprou uma joia?

Eu ri, sem acreditar, e esperei que ele abrisse a caixa. Quando o fez, arregalei os olhos e arfei, entre o encanto e espanto. Era um colar delicado, porém elegantíssimo, contendo uma única pedra de safira em seu centro, cravejada de pequenos diamantes ao seu redor. 

– Jared, você não fez isso!! Está maluco? Não posso aceitar algo assim, de jeito nenhum!

Ele coçou a nuca, de um jeito inseguro que teria soado até fofo, se eu não estivesse tão espantada com a magnitude deste presente. 

– Eu sei, fiquei numa dúvida terrível antes de comprar, mas caso você não goste, podemos voltar à loja e posso comprar mais outra que seja de sua preferência. Qualquer outra.

– Jesus Cristo...

– Você odiou, não é? Merda...

– O-o quê? É claro que não. É só que... e-eu não sei...

– Então você gostou? – arqueou uma sobrancelha, em dúvida.

– Jared, não se trata disso...

– Pelo amor de Deus, mulher, gostou ou não gostou?

– Como eu poderia não gostar? É o colar mais lindo que já vi! M-mas... 

Suspirou, aliviado. 

– Você ainda vai me enlouquecer um dia, sabia? Anda, se vira. 

Eu estava sem palavras. Apenas fiz o que pediu, e, no instante seguinte, ele encaixava com cuidado o fecho delicado do colar sobre a minha nuca. Sorriu, totalmente satisfeito com o resultado.

Envolveu o braço ao meu redor e me trouxe com calma para junto de seu corpo, tomando meus lábios em um beijo repleto de sentimento.

– Está linda como uma deusa. Minha deusa.

Senti minhas bochechas pegarem fogo, e desviei o olhar, sem graça.

– Temos que ir, amor – sussurrei.

Porém, ele ainda me olhava de um jeito sonhador e seu olhar percorreu meu corpo com um ar tão poderoso de posse que me provocou uma sensação gostosa de borboletas na barriga. 

– Por favor, me diga que não irá encontrar nenhum antigo namoradinho da época da escola nesse casamento. Juro que serei capaz de cometer um assassinato se eu sequer sonhar que algum homem tentou tocar em você.

Dei risada, embora seu tom de voz não demonstrasse um único indício de que estava brincando.

– Vamos logo, engraçadinho. Ou então iremos nos atrasar.


Notas Finais


Até mais! 💙


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