P.O.V Jessica Moore
3 Dias Depois...
O final de semana havia chegado e estávamos todos reunidos em casa. Pattie, Jeremy, Jazzy, Jaxon, que por sinal estavam entrado na sua fase pré-adolescente, Khalil, Carol, com sua barriga ficando cada vez maior e minha mãe também estava presente.
_ Onde estão as crianças? –pergunto para Justin assim que entro na cozinha.
_ Brincando na piscina com Khalil. –responde, aproximando-se.
Olho em seus olhos e sorrio, levo minha mão direita até sua nuca e puxo-o para um beijo.
_ Desculpe interromper o casal apaixonado, mas eu preciso da Jessica. –fala Carol entrando na cozinha.
Justin agarra minha cintura, impedindo que eu me mova.
_ Jessica? Que Jessica? Essa aqui é minha amante. –responde, ainda segurando-me.
Afasto-me dele e dou um tapa em seu peito.
_ Ai! –fala passando a mão onde eu havia batido.
Dou as costas para ele e caminho em direção a Carol, mas sou parada quando escuto um ‘Psiu’, viro-me e Justin encarava-me sorrindo. Reviro os olhos e corro em sua direção, logo pulando em seu colo.
_ Não conta nada pra minha mulher. –fala, enquanto eu beijava-o.
Solto uma risada e desço de seu colo, Carol agarra meu pulso e puxa-me para fora da cozinha.
_ Amiga, preciso da sua ajuda. –fala assim que chegamos na sala.
Minha mãe e Pattie conversavam animadamente, mas param assim que percebem nossa presença.
_ O que você precisa? –pergunto, encarando-a.
_ Preciso que você ajude-me com o chá de bebê. Comprar roupas e essas coisas, porque eu estou ficando louca! –responde balançando as mãos.
_ Claro que eu te ajudo. É menina ou menino? –pergunto pousando a mão em sua barriga.
_ Não sei. Eu e Khalil decidimos saber só na hora. –responde sorrindo enquanto pousava sua mão em cima da minha.
_ Tudo bem. Por onde começamos? –pergunto, puxando-a para o sofá.
_ Vocês ficam com as roupas enquanto eu e Pattie cuidamos dos moveis para o quarto do bebê. –fala minha mãe, entregando-me uma pilha de revistas.
Divido, entre mim e Carol, as revistas e logo começamos a folheá-las. A primeira estava aberta no meu colo e quando passo a primeira página meus olhos são atraídos para uma bebezinha que estava sentada em uma cadeira de balanço, seus olhos eram azuis claros e seus cabelos loiros. Ela tinha um daqueles sorrisos de bebê que te fazem sorrir automaticamente e não foi diferente comigo.
FlashBack on
A cada dia que passava eu sentia-me pior, nada que eu comia parava no meu estômago e eu estava cada vez mais fraca.
_ Jessica? –escuto Justin chamar-me.
Eu estava caída ao lado do vaso, tudo ao meu redor girava e eu não aguentava mais ter enjoos.
_ Banheiro! –grito, logo fechando os olhos.
Escuto o barulho de seus Supras subindo a escada e logo depois a porta do quarto sendo aberta em seguida a do banheiro.
_ Meu amor... –fala, abaixando-se ao meu lado.
_ Sai. Você não precisa ver isso. –respondo, empurrando-o com a mão.
_ Jessica Ellen Moore, eu sou seu marido! –responde, pegando-me no colo.
Eu estava tão fraca que não resisti, apenas deixei-me ser erguida e levada até o box.
_ Vou te dar um banho, tudo bem? –pergunta abrindo o box e entrando comigo.
_ Não precisa, eu consigo me virar. –respondo, olhando-o.
_ Nem pensar. Na saúde e na doença, lembra? –pergunta ,colocando-me no chão.
Apoio-me na parede enquanto sinto-o tirar minhas roupas e jogá-las para fora do box. Justin puxa-me para que eu pudesse apoiar-me em seu corpo e logo liga o chuveiro na água fria.
_ Ai! –falo quando entro debaixo do chuveiro.
_ O que foi, amor? –pergunta assustado, olhando-me de cima a baixo.
_ Está fria. Coloca na morna? –peço manhosa.
_ Claro. –responde trocando a temperatura da água- Eu já volto. -avisa antes de sair.
Observo-o sair do box e andar pelo banheiro procurando algo.
_ Vem cá. –pede assim que volta.
Fico de costas para ele e com certa agilidade ele prende meu cabelo em um rabo de cavalo.
_ Onde aprendeu a fazer isso? –pergunto, virando-me para olhar em seus olhos.
_ Eu tenho uma irmã, lembra? –pergunta rindo.
Sorrio e volto para debaixo do chuveiro e assim que a água morna espalha-se por meu corpo sinto uma sensação relaxante dominar-me. Vejo Justin pegar o sabonete e esfregar em suas mãos até formar espuma.
_ Você fica linda até quando está doente. –diz, enquanto suas mãos desciam dos meu pescoço até meus seios.
Seu toque era calmo e não havia malícia, ele, apenas, ensaboava-me enquanto mantinha uma expressão pensativa em seu rosto.
_ Por que está olhando-me assim? –pergunta quando percebe que eu encarava-o.
_ Nada não. –respondo desviando os olhos de seu rosto.
Suas mãos desciam por minha cintura e logo depois minhas coxas. Depois de estar totalmente ensaboada, desde o rosto até a ponta dos pés, volto para o chuveiro e enxáguo-me. Assim que termino, Justin sai do box e pega uma toalha para que eu enrolasse-me e logo pega-me no colo, levando-me até a cama.
_ Você vai ficar ai sentadinha e não vai se mexer até eu voltar. –avisa, colocando vários travesseiros em minhas costas para que eu me apoiasse.
Justin vira-se e anda até o closet, voltando minutos depois com uma calça de moletom cinza, um casaco da mesma cor e lingerie rosa clara.
_ Vem, eu te ajudo a vestir. –fala, ajudando-me a sentar.
_ Justin, eu estou doente, não aleijada. –respondo fazendo minha melhor cara emburrada.
_ Me deixa cuidar da minha mulher? –pergunta tirando a toalha do meu corpo.
Suspiro, mas não protesto. Justin pega meu sutiã e tenta ajudar-me a colocar.
_ Você é bom em tirar, não em colocar. –falo rindo e ajudando-o com os feixes.
_ Essas coisas são complicadas. –responde fazendo uma careta para o sutiã.
Sorrio e levanto-me para colocar a calcinha, logo depois a calça e o moletom.
_ Vou pegar seus documentos e já nós saímos. –avisa, em seguida voltando para o closet.
_ Aonde nós vamos? –pergunto cruzando os braços.
_ Médico. –responde caminhando até mim.
Faço uma careta e abro a boca para protestar.
_ Nem tente discutir comigo. Sou mais forte que você então você decide, ou saímos por bem ou eu te carrego até chegarmos lá. –fala, olhando-me vitorioso.
(...)
Estávamos à meia hora sentados naquela sala de espera, minha paciência havia sumido na mesma proporção em que meus enjoos pioravam.
_ Vamos embora. –peço fazendo bico.
_ Não. –responde Justin sem ao menos olhar-me.
Respiro fundo e cruzo os braços, minutos depois sito sua mão pousar em minha coxa.
Olho ao redor onde havia alguns pacientes também aguardando, volto minha atenção para a porta de saída da sala de espera, calculando o quanto eu seria capaz de correr antes que Justin me pegasse.
_ Senhorita Moore. –chama uma enfermeira, tirando-me de meus pensamentos.
Levanto-me e Justin segura em minha cintura.
_ O senhor é o que da paciente? –pergunta e enfermeira assim que nos aproximamos.
_ Marido. –responde, ainda segurando-me.
_ Sigam-me. –fala sorrindo simpática para nós.
Andamos pelo corredor a nossa direita até chegarmos a uma sala com a porta de madeira clara e com os número 126 gravados lá.
_ Podem entrar, o doutor os aguarda. –fala a enfermeira, enquanto abria a porta.
Entramos e na mesa a nossa frente estava sentado um homem de uns 40 e poucos anos, seus cabelos eram negros, mas estavam começando a ficarem grisalhos, olhos verdes e um lindo sorriso.
_ Olá, sou o Dr. Ferras. –apresenta-se, apertando a mão de Justin e logo depois a minha.
_ Sou Justin e essa é minha mulher Jessica. –apresenta-nos, em seguida puxando a cadeira para que eu sentasse-me.
_ É um prazer conhecê-los, mas o que os traz aqui? –pergunta, voltando a sentar-se em sua cadeira.
_ Estou tendo muito enjoos, nada que como para em meu estômago, tonturas e fraqueza. –respondo apertando a mão de Justin.
_ Há quanto tempo estão casados? –pergunta, olhando ora para mim ora para Justin.
_Dois anos. –respondo sorrindo.
_ E como anda a vida sexual de vocês? –pergunta enquanto anotava algo em seu bloco de notas.
Franzo as sobrancelhas não entendendo o que isso tinha a ver com meus enjoos.
_ Bem, mas o que isso tem a ver? –pergunto ainda estranhando sua pergunta.
Vejo, pelo canto do olho, Justin com uma cara de paisagem encarando o médico.
_ E há quanto tempo sua menstruação não vem? –pergunta, encarando-me.
Olho em seus grandes olhos verdes e sinto a verdade batendo em minha cara com toda a força.
_ Ai, meu Deus! –falo cobrindo a boca com as mãos.
_ Não estou entendo, doutor. –pronuncia-se Justin.
Vejo o médico olhar Justin e depois olhar-me.
_ Vocês já cogitaram o fato de que serão pais? –pergunta, logo depois sorrindo.
Justin encarava o médico totalmente sem reação. Sinto meus olhos encherem-se de lágrimas e algo como excitação crescer em meu peito.
_ Eu estou grávida? –pergunto sorrindo.
_ Tudo indica que sim, mas faremos um ultrassom para tirar qualquer dúvida. Vou passar também um remédio para controlar seus enjoos e posso garantir que logo você estará se sentindo melhor. –responde terminando de escrever minha receita e logo a entregando para mim.
Nos despedimos do médico e andávamos em silêncio pelo corredor. Justin parecia que estava em estado de choque, pois ele não havia falado nada ainda.
_ Eu vou ser pai! –fala de repente parando de andar.
Paro um pouco mais a frente dele e logo encontro seus olhos cor de mel brilhando por causa das lágrimas.
_ Eu vou ser pai! –repete rindo e correndo para me abraçar.
Devolvo seu abraço o mais forte possível e não consigo evitar rir da sua alegria. As pessoas passavam pela gente nos olhando estranho, mas não ligávamos, pois íamos ser pais!
(...)
Gravidez: Dois meses
Minha barriga começava a aparecer e a cada dia que passava Justin ficava mais feliz e mais empolgado com tudo.
_ Amor, cuidado! –fala, fazendo-me levar um susto e agarrar o corrimão com força.
Olho para o pé da escada e ele encarava-me apavorado.
_ Merda, o que foi? –pergunto voltando a descer a escada.
_ Você pode cair. Vou mandar instalar um elevador. –responde pensativo.
Reviro os olhos e puxo-o para um beijo.
_ Você precisa relaxar. –respondo apertando sua bunda.
Gravidez: Quatro meses
Minha gravidez havia saído em todos os jornais possíveis e cada dia que passava eu recebia os parabéns de pessoas que eu nem conhecia, eram famosos do mundo da música, meus amigos do Brasil e amigos de Justin. Eles mandavam flores, ursos de pelúcia, os mais variados tipos de doces e champanhes, que infelizmente eu estava terminantemente proibida de tomar.
_ Jessica? Esse acabou de chegar. –fala Hugo ao entrar na sala.
Levanto-me do sofá e caminho até ele, que logo entrega-me uma caixa de bombom e um urso de pelúcia que segurava um coração escrito: “ Eu te amo.”
_ Obrigada, Hugo. –agradeço, enquanto voltava para o sofá.
Abro a caixa de bombom e pego um, logo dando uma mordida, o melhor chocolate que eu já havia comigo. Vejo que entre o coração do urso e sua mão estava um bilhete, pego-o, logo abrindo-o.
“Desculpe-me por não poder estar ai com você, meu amor. Espero que goste dos doces. Você é a minha gordinha preferida, te amo.”
Sorrio ao encarar aquela letra que eu distinguiria como sendo a mais bonita entre os canhotos.
_ Sinto sua falta, amor. –sussurro olhando para o ursinho.
Gravidez: Seis meses
Os meses iam passando assim como minha barriga ia aumentando, eu passava mais dias em casa, comendo e assistindo filmes. Justin havia tentando adiar o máximo de shows que conseguia, mas isso muitas vezes não era possível, então muitos dias da semana, e muitas vezes a semana inteira, eu ficava sozinha nessa casa enorme.
_ Estou com tédio. –falo para o ursinho que Justin havia me dado.
Hoje ele não tinha show marcado, mas estava no estúdio para gravar seu novo álbum o que me lembra de suas fãs, suas loucas, mas adoráveis fãs. Muitas não aceitaram quando nos casamos, mas assim que saio à notícia de que eu estava grávida recebi muitas mensagens delas, desejando-me sorte, parabéns e essas coisas, eu tentava ao máximo responder todas, mas muitas vezes era difícil.
_ O que você acha de um banho de piscina? –pergunto para o ursinho.
Obviamente ele não me responderia, mas bem lá no fundo eu não perdia a esperança.
_ É bom conversar com você. –continuo, ainda olhando-o.
E mais uma vez nada. Eu poderia desistir e simplesmente ir para a piscina, mas aquele ursinho encarava-me de uma forma estranha ou seria apenas coisa da minha cabeça?
_ Não me olha assim. Se você quiser ganhar vida e me matar pense duas vezes eu posso muito bem te afogar na pia do banheiro. –ameaço, encarando-o desconfiada.
_ Você está assistindo muitos filmes de terror! –assusta-me Carol.
_ Ai, que porra! -respondo colocando a mão sobre o peito.
_ Bom te ver também. –responde fechando a porta.
Ela estava com os braços cheios de revistas, filmes e pacotes de doce.
_ O que é isso?-pergunto, afastando-me para que ela colocasse as coisas em cima da cama.
_ Distração, você está precisando. –responde olhando estranho para o ursinho e logo depois escondendo-o debaixo de uma almofada.
Gravidez: Oito meses
Okay, eu não estava nos meus melhores dias. Meus hormônios estavam no auge e minhas emoções confusas, em um minuto eu estava rindo e no outro chorando, em um eu estava alegre e no outro com raiva, isso era desgastante. Sem contar minha barriga e que nenhuma das minhas roupas estava mais entrando. Eu estou tão gorda!
_ Sabe meu amor, quando você nascer eu vou ter que malhar para voltar ao meu peso de antes. –falo enquanto tomava sorvete.
Sinto um chute em minha barriga e sorrio.
_ Também quero participar da conversa. –interrompe Justin entrando no quarto.
Ele caminha até mim e senta-se ao meu lado logo pousando sua mão em minha barriga.
_ Oi, meu amor. –fala todo bobo para minha barriga.
Reviro os olhos, mas não consigo evitar sorrir.
_ Justin, precisamos decidir o nome. –digo, em seguida pousando a mão em cima da sua.
_ Em que você estava pensando? –pergunta voltando sua atenção para mim.
_ Que tal, Elizabeth? –pergunto sorrindo.
_ Não. –responde fazendo careta.
_ Por que não? –pergunto cruzando os braços.
_ Tem que ser um nome com ‘J’. –responde pensativo.
Respiro fundo e olho para minha barriga.
_ Julie! –falamos juntos.
_ É perfeito. –respondo enquanto acariciava minha barriga.
Justin inclina-se até sua boca bater em minha roupa.
_ Julie, meu amor, por que você não sai logo? O papai precisa transar!
Gravidez: Nove meses
A boa notícia? O pré-natal não indicava nenhum risco para mim e nem para Julie. A má notícia? Meus seios doíam, os enjoos voltaram, meus pés estavam inchados, eu não parava de comer um minuto e minhas emoções estavam mais confusas do que antes.
_ Essas escadas ainda vão me matar. –falo caminhando em direção a cozinha.
O relógio indicava 03h12min da manhã, Justin estava no décimo sono enquanto eu ainda não havia nem fechado os olhos, motivo? Julie não parava quieta. Ando até a geladeira e tiro de lá uma garrafa de água, eu estava de mau humor que nem me dei ao trabalho de pegar um copo. Guardo a garrafa na geladeira e volto para o quarto, não sem antes quase morrer ao subir aquela escada, maldita hora em que não concordei com um elevador. Entro no quarto e vejo Justin deitado de barriga pra baixo e logo começo a chorar.
_ Amor, você está bem? É a Julie? –pergunta acordando assustando com meu choro.
_ Justin, posso te fazer uma pergunta? –indago, enquanto as lágrimas continuavam a descer por minha bochecha.
_ Claro, amor. –responde saindo da cama e caminhando até mim.
_ Promete que não vai ficar bravo? –pergunto fungando.
_ Prometo. –responde pousando as mãos em minha cintura- Agora fala.
_ Você ainda vai transar comigo depois que a Julie nascer? Mesmo quando eu estiver flácida, cheia de estrias e celulite? –pergunto, olhando-o nos olhos.
Justin começa a rir, mas assim que encontra meu olhar sério segura a risada.
_ Eu vou transar com você até quando nos estivermos bem velhinhos e eu precisar de Viagra. –responde sorrindo.
_ Mas antes disso você promete sentir tesão por mim? –pergunto insegura.
_ Eu prometo sempre sentir tesão por você. Quer saber de uma coisa? Eu estou com tesão nesse momento! –responde rindo e fazendo-me rir junto.
Justin sela nossos lábios e assim que nos afastamos sinto uma forte dor na barriga.
_ Ai! –falo segurando em Justin para que eu não caísse.
_ O que foi? –pergunta assustado.
Olho para baixo e vejo um líquido escorrer por minhas pernas e o desespero tomar conta de mim.
_ Minha bolsa estourou! –falo voltando a olhá-lo.
_ O que isso significa? –pergunta confuso.
_ A Julie vai nascer! –respondo voltando a olhar para todo aquele líquido que se espalhava pelo carpete.
_ Porra! –fala Justin, em seguida deixando-me sentada em uma poltrona para ir atrás de seu celular.
(...)
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