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História The Phantom - 2 - As borboletas do fantasma


Escrita por: SatanJoker

Notas do Autor


Eu realmente não consigo me segurar quando tenho um capítulo pronto, em compensação o próximo vai demorar um pouco mais já que estarei atualizando minha outra fic feline.

Como antes esses primeiros 3 capítulos são uma introdução ainda das coisas que estão para acontecer.

Boa leitura 💜

Capítulo 2 - 2 - As borboletas do fantasma


Conseguia sentir a dor se espalhar da ponta dos dedos até seus ossos do pulso. Aquele frio do inverno estava intenso demais.

Todas as vezes que o inverno chegava e a neve demorava a cair, o frio sempre se tornava excruciante até que os flocos de gelo se espalhassem pelo chão.

E infelizmente pela forma que os raios de sol adentravam pelos tecidos que cobriam o carro de mercadorias das quais um senhor havia lhe permitido se abrigar durante a viagem até a capital do reino, provava que a neve não cairia tão cedo, logo aquele frio que congelava até os ossos não acabaria.

Tentou se enroscar entre os fenos e os sacos de arroz. Talvez aquilo o esquentasse, quem sabe? Provavelmente não, mas tinha mania de ser otimista demais.

Era seu terceiro dia de viagem desde que partira. Havia finalmente saído das asas de Gran Torino para alcançar seus objetivos.

Tinha ciência que jovem do jeito que era seria difícil se estabelecer em qualquer lugar, mesmo que realmente fosse aceito como seminarista.

Repassou várias vezes em sua mente que espécie de individualidade ele diria que tinha, já que na realidade não a possuia, mas não contaria à ninguém sobre isso. Imaginou por fim dizer sobre uma individualidade de alcance. Quem sabe areia? Talvez água? Bom, era difícil definir, porém sabia que caso alguém o questionasse deveria falar o discurso já pronto desde que começara sua jornada. 

 

"Até encontrar minha mãe, não vou utilizar minha individualidade."

 

Seria bastante justificável se tratando de que tinha como objetivo de tornar um pregador, ou quase isso, viver uma vida de privações — que não era estranha pra eles. Suspirou pesado, imaginando que talvez precisasse ser mais convincente em suas falas. 

E por mais que o sol mostrasse o raiar do dia, tentou dar um último cochilo ouvindo o trotar dos cavalos, já que sabia que estava próximo do seu destino final.

Não soube definir por quanto tempo conseguiu cochilar, já sendo incrível ter realmente conseguido em lugar tão desconfortável como aquele. Contudo, o mercadante tratou de expulsá-lo rapidamente quando chegaram a cidade. Era inconveniente ter um garoto atrapalhando seu provável comércio de arroz. 

Agradeceu a carona, entregando ao mercadante algumas de suas poucas moedas que tinha juntado.

Haviam parado na entrada da cidade e tudo que Midoriya pôde fazer fora tremer diante da grandiosidade do lugar. Era possível se ver as casas rústicas com tabelas de madeira em seus moldes, se misturando à quantidade de pessoas caminhando e cavalgando nas ruas de pedra.

E claramente seus olhos rolaram ao fundo, bem no alto da cidade, podendo ser contemplado por todos: o belíssimo castelo. Era lá que vivia a realeza de Flame, de onde partiam todas as leis, regras, decretos e ordens do reino.

Sentiu-se abençoado por ter a oportunidade de conhecer tão de perto o palácio, mesmo que ainda estivesse há horas à cavalo da cidade. Aquilo era próximo o suficiente se comparado à maioria das pessoas, que sequer tinham oportunidade de viajar até a capital, e viviam suas vidas inteiras nos campos, trabalhando na agricultura para nobres, em troca de abrigo.

Segurando saco de couro em seus ombros com apenas uma mão, iniciou a caminhada. Seu rumo era a igreja, também visível aos seus olhos, sendo uma estrutura tão grande como era em meio à cidade.

A igreja era com certeza o segundo lugar mais bem conservado e rico de todo o reino, vindo apenas atrás do palácio. Ainda que existissem muitas pequenas outras igrejas nos vilarejos, a central era que coordenava todas as outras da capital, sendo tão bem trabalhada e cuidada. Era praticamente um castelo de tão grande.

Passou o caminho todo até a igreja pensando em como abordar aqueles que iriam o recepcionar. Era verdade que tinha mandado uma carta há uns meses antes sobre se tornar um seminarista, e tinha respondido todas as questões que julgou serem cruciais da pequena prova.

Afinal, os pregadores não eram somente homens que repassavam as palavras da fé. Exerciam papéis importantes na manutenção do reino, exercendo muitas vezes cargos altos ao lado do rei ou de seus filhos.

Normalmente a plebe como Midoriya não ousava participar de algo tão importante. Ainda assim, o esverdeado não era bobo, e usaria de sua inteligência quase desproporcional para fazer parte disso.

Quando chegou em frente à grande estrutura que era a matriz da igreja, parou receoso. Seus instintos lhe gritavam de que sua vida mudaria drasticamente se cruzasse aquela porta, instintos esses que quase nunca estavam enganados. 

E antes que pudesse dar o passo inicial, sentiu alguém esbarrando contra ele. 

— Perdão. — Disse, mesmo não tendo sido de fato sua culpa. 

— Eu que lamento, fui descuidada. — Era uma garota de cabelos tão negros quanto seus olhos, um pouco robusta e vestia uma malha de metal por baixo do tecido superficial de linho, utilizando calças também. A malha só era percebida já que chegava até o pescoço. Izuku, observador como era, caiu seus olhos ao notar o brasão bordado na manga que ia até o punho. Indicava: ela era parte da guarda real.

O brasão característico em forma de uma Fênix com adornos entalhados de folhas havia um risco negro sutil e pequeno na ponta da cauda da Fênix, o que mostrava que ela não era apenas parte da guarda real. Ela era parte da guarda pessoal da família real.

Havia uma carruagem atrás dela, bem adornada, mas nada tão chamativo, provavelmente era algum nobre, ou esse seria o pensamento de qualquer cidadão comum. A garota foi até um dos cavalos, ignorando os olhares do esverdeado e mexendo em uma das patas. 

— A senhorita precisa de ajuda? — Questionou, incerto sobre o status matrimonial dela. Era estranho ver mulheres presentes na guarda, ainda assim o cabelo dela preso ao alto indicava que possivelmente fosse casada. Aquilo o confundiu de fato, mas tentou não focar muito nisso.

A espada chamativa na cintura da mesma refletiu um pouco do sol em seu rosto, fazendo com que cobrisse com uma das mãos. O sol seco e gelado do inverno.

— Não há nada que eu possa fazer, terei de levar a algum estábulo para que alguém que entenda de cavalos possa trocar a ferradura. — Estava incrédula e impaciente, assim como um animal enjaulado, o que não passou despercebido por Midoriya. Ela tinha o necessário, mas não sabia fazer o trabalho manual ainda.

— Eu posso trocar para a senhorita se quiser, desde que tenha os substitutos e equipamentos. 

— Como posso confiar em alguém cujo não sei nem o nome? 

— Ah, perdão por minha falta de postura. Me chamo Midoriya Izuku. — Ele estendeu a mão à ela, que agora já havia se levantado e retribuía o aperto, definindo que aquela garota era muito forte.

— Yaoyorozu Momo. Então o senhor entende de cavalos?

— Bem, eu morava no campo até três dias atrás, e tirando a parte de cozinhar, eu meio que fazia de tudo um pouco. — Sorriu sem jeito, ainda confuso se deveria ser informal com ela se tratando de uma cavaleira, mas ela não havia se incomodado até então. 

— Ah, ótimo. — Sugeriu sorridente, parecia bem mais aliviada de não ter de levar um dos cavalos enquanto deixava a carruagem ali. — Sabe, estou curiosa para saber o que um camponês veio fazer na capital. Não veio causar confusões, eu espero. 

— Não, não há nada com que se preocupar. Vim pegar o resultado do teste que fiz para me tornar um seminarista. Você tem uma ferradura de reserva? — Ela abriu o pequeno malote perto do cocheiro da carruagem e o entregou alguns equipamentos junto da ferradura.

— Mas assim tão jovem já vai se dedicar ao celibato? — A garota não parecia tão mais velha que ele. Talvez fosse a altura e o tamanho que enganasse um pouco, mas ela não parecia mesmo tão mais velha. 

— Eu tenho alguns objetivos pessoais. — Justificou, sabendo que era observado de perto enquanto fazia o casqueamento e pegava uma ferradura reserva. 

— Pessoais? — Momo estava bastante curiosa sobre ele, e se tratando da guarda real, Izuku não conseguia definir aquilo como bom.

Mal havia chegado e já estava sob a mira dos olhos de águia de uma cavaleira, uma cavaleira da guarda real.

Um lapso em sua mente se fez. Por que uma cavaleira, mais especificamente da guarda pessoal da família real, estava no meio da cidade? Com o brasão tão exposto dessa forma…

— Algo relacionado com a minha mãe. — Já estava terminando de trocar quando respondeu, subindo as mangas da blusa que iam até seus pulsos, possibilitando maior movimento.

Midoriya Izuku tinha um sério problemas em mãos agora, sua curiosidade, que estava tentando até então não chamar a atenção para si, falava mais alto, não conseguia e não conseguiu segurar sua língua por mais nenhum instante.

— Talvez vossa alteza possa estar desconfortável em esperar. Fico feliz em terminar rápido.

Poderia ter medido as palavras antes de jogá-las ao vento como fez? Claro. Mas não conseguia controlar sua língua curiosa e afiada. Quase pôde jurar que ouvia a voz de Gran Torino o xingando por ser tão irresponsável, principalmente quando sentiu a lâmina afiada da espada de Momo em sua garganta, lhe apertando-a de forma silenciosa, assim ninguém perceberia.

— Você é bem observador. — Anuiu ela, apertando ainda mais a lâmina. Por sorte Izuku já tinha terminado. — Levante-se devagar e se afaste do cavalo e da carruagem! 

— Lamento, não tinha intenção de ser grosseiro, estava apenas supondo que seria desconfortável. — Tentou se defender enquanto levantava lentamente, seguindo as instruções da mulher bem mais alta que ele. — Não me leve à mal. Não tinha intenção alguma com tais palavras. 

Ela soltou a lâmina de sua garganta, podendo sentir o leve ardor. Deveria ter rasgado um pouco. Tomou das mãos do esverdeado os equipamentos e guardou-os no lugar de onde foram retirados.

— Tenha cuidado com as suas palavras, camponês. Se não estivesse em débito pela ajuda, certamente o executaria aqui e agora! Boa sorte com seu teste. — Indicou subindo de novo ao lugar do cocheiro, dando partida com a carruagem logo em seguida.

Primeiro dia na capital e já tinha sido quase morto pela guarda real. De fato, não iria prestar se continuasse sendo tão descuidado.

Passou a mão pelo corte, sentindo a umidade do sangue. Ele quase tinha perdido sua cabeça.

Em compensação, suspirou. Estava certo, não sabia qual, como ou porquê, mas havia alguém de sangue real dentro daquela carruagem, alguém tentando claramente se manter em segredo.

Se era segredo, óbvio que não deveria ser abordado daquela maneira. Bateu com a palma da mão no rosto, irritado consigo mesmo.

 

 

(***)

 

 

— Nós fomos muito descuidados, Todoroki. Eu disse que sair do castelo hoje que seu pai estava presente não era uma boa ideia. Se apenas um camponês simples como aquele deduziu que você estava dentro da carruagem, qualquer um outro pode fazê-lo. — A carruagem agora ia num ritmo mais lento no caminho dentre a floresta.

— Se acalme, Momo. — Inquiriu a voz de dentro da carruagem, forte e intensa com a entonação que um líder deve ter. — É verdade que fomos descuidados, ainda que não imaginávamos que um simples camponês conheceria a insígnia da guarda pessoal do rei, mas não podemos negar que ele era bastante observador.

— E se ele tiver intenções ruins? Poderia muito bem revelar que alguém de sangue real estava vagando às escondidas pela capital. Nós dois sabemos o quão problemático isso seria, se tratando de seus planos. Quem sabe então ameaçar vossa alteza em troca de algum benefício!

— Esse camponês tem coração bom, Momo.

— Ainda assim, Todoroki, seria perigoso dema...

— Silêncio! Está duvidando de minha capacidade de discernimento? Justo agora? — A interrompeu no seu maior tom principesco, soltando um longo suspiro em seguida. Não queria utilizar aquele tipo de tom com alguém que não considerava apenas como parte de sua guarda real, mas também uma grande amiga de infância. — Não há nada com o que se preocupar.

Sorriu discreto, repuxando as covinhas de sua bochecha. Era custoso acreditar que um olhar tão inocente que se juntava às sardas espalhadas pela face que havia observado pela fresta das cortinas da janela  da carruagem lhe causaria problemas. 

Aqueles olhos verdes tão bonitos.

 

 

(***)

 

 

Poderia gritar de felicidade assim que se instalou no seu mais novo aposento. Era tão grande e espaçoso, sentia que poderia dar um baile ali! Com camas confortáveis e cortinas tão longas quanto Midoriya poderia imaginar que seria uma cortina de verdade.

E tudo se devia ao fato de que havia sido selecionado e se tornaria um pregador como desejava. O mundo dos clérigos, filhos de nobres em sua maioria, era tão diferente do que estava habituado, tão luxuoso.

Estava tão cansado de seu dia extenso, que havia sido desde uma quase morte pela manhã à um reconhecimento do novo território que moraria, uma república para aspirantes a seminaristas, seguido do melhor banho que tivera em sua vida desde que se conhecia por gente.

Não era do tipo que gostava ou se importava com riquezas e status, mas o conforto que vinha com ambos era inevitável e demasiado cômodo. Poderia se acostumar com isso sempre, caso não tivesse aspirações tão vívidas e grosseiras de salvar pessoas nem que fossem nos campos de batalhas, em todas as condições possíveis. 

Dividia o quarto com mais alguns garotos também seminaristas. Em sua maioria não queriam estar ali, mas ter um pregador na família era motivo de honra. Como poderiam recusar e dar um desgosto como aquele às suas familias? Não poderiam.

— Você gostou mesmo dessa cortina! — Afirmou um de seus colegas de cabelos preto ao qual Izuku ficou sabendo se chamar Sero Hanta, o vendo alisar aquele tecido tão nobre e branco como cetim. — Eu não consigo olhar pra você e definir o que deveria sentir; alguém obcecado por cortinas não deve ser normal. 

— Eu realmente nunca vi nenhum tecido tão grande assim! — Afirmou, esfregando os dedos e sentindo a textura. Seu, olhos brilhavam na medida que percebia não haver costuras em meio à elas. — Elas não são costuradas? Como fazem algo assim? 

— Como fazem as outras roupas: com algodão, é claro. 

— Midoriya, você deveria conhecer minha casa. Gostaria muito das minhas cortinas, as da sala em especial são vermelhas e de veludo. — O garoto loiro chamado Aoyama se intrometeu na conversa, chamando a atenção do esverdeado. 

— Oh, de veludo, Ayoama? Devem ser tão bonitas! — E seus ossos tremeram ao imaginar um tecido tão caro com uma cor tão cara e bonita estampado nas janelas de todos os cômodos. Céus, Izuku poderia acordar todos os dias e se deparar com tecidos tão magníficos sobrepostos nas janelas que guardavam o mundo à sua volta. 

— Pelo menos descobrimos algo que Midoriya gosta. — Definiu Ojirou, já que dentre todos ali Izuku era o desconhecido, o estrangeiro, o garoto que fora recrutado à igreja mesmo que como nobres que eram jamais o tenham visto em nenhuma reunião ou festa.

Izuku era o desconhecido, de hábitos estranhos e de aparência tão plebe quanto poderiam imaginar, mas dentro todos os outros jovens seminaristas, esses três eram os únicos que pareciam não ter se importando com a origem humilde. Inclusive, estavam impressionados que a igreja havia cedido um lugar à alguém como Midoriya. 

— Um viciado em cortinas. Pelo menos já sabemos o que fazer se quisermos comprá-lo. — Sero brincou, ainda vendo o esverdeado alisar as cortinas. — Midoriya, pare com isso. Elas vão ficar sujas de tanto esfregar seus dedos nelas!

O sobrenome Midoriya não era tão estranho como o garoto e a julgar pela origem humilde, mas aceito como futuro diácono, mostrava que a única dedução que ambos fizeram estava certa.

E de fato estava.

Midoriya era um filho bastardo, levemente reconhecido, mas ainda assim, bastardo.

Filho de uma serva com um nobre solidário que havia lhe presenteado com tal sobrenome, conhecido pelo comércio de lamparinas e óleos, uma referência no reino do que se tratava à última geração tecnológica.

Izuku tinha ciência também que se não fosse tal sobrenome, jamais teriam o aceito. Era certo que sua inteligência ajudava, mas num mundo como aquele aonde status importava, seu sobrenome caiu como luva.

Justo porque a distinção social que os clérigos faziam era normalmente a mais severa de todas.

E pela primeira vez, agradeceu ao seu progenitor, que não chamava de pai por razões um tanto óbvias, por ter lhe dado ao menos um sobrenome. 

— Vocês viram que o fantasma atacou novamente? Foi hoje pela manhã. Três tributários foram encontrados amarrados e apavorados. — Um dos garotos que não fazia questão de conversar com o esverdeado se aproximou dos outros três. 

— Então além de estarmos quase em guerra com o reino de Ingenium, ainda tem um maluco atacando os habitantes. — Disse um Ojirou descrente.

— Não é um maluco, ele é um fantasma. Dizem que o espírito dele vaga por aí procurando seu assassino. — Sero explicou, fazendo caras e bocas para assustar os outros colegas de quarto. A conversa chamou a atenção de Midoriya, que parou de alisar a cortina. 

— Não existem fantasmas, Sero. 

— Por que acreditam mesmo que seja um fantasma? — A curiosidade do esverdeado falou mais alto, chamando a atenção dos outros. 

— Dizem que quem já o encontrou sentiu as temperatura esfriar, como todo espírito mal intencionado faz assim que passa. — Sero era do tipo exibido, por isso, assim que começou a contar, deu passos sorrateiros pelo quarto, indo de um em um de seus colegas. — Todas as vezes que ele aparece, o símbolo da morte, uma borboleta negra, é deixada em frente às suas vítimas. 

— Ele mata os que o encontram? — Izuku voltou a questionar, recebendo olhares raivosos de seus colegas amedrontados. 

— Mortos? Oh, não, ele não mata suas vítimas. Isso seria tão pouco se comparado ao que sofreu em seu assassinato, motivo pelo qual ele usa uma máscara que cobre seu rosto quase inteiro, então ele ainda procura por seu assassino em cada um que cruzar seu caminho. — Ergueu as mãos na altura dos olhos. — Se algum dia se separarem com o fantasma, nunca o olhe nos olhos, pois a visão que terão vai congelar a sua alma.

Seus colegas deram um passo para trás, seguido de uma comoção assim que Sero anunciou. 

— Isso são um monte de bobagem. Não existem fantasmas e ninguém vai congelar minha alma além desse frio que está fazendo nesse inverno. — Ojirou começou a se ajeitar em sua cama. — E vocês todos deveriam dormir. Já está ficando tarde e amanhã nós teremos um baile para preparar, que precisa acontecer daqui a duas semanas e tudo precisa estar perfeito. É, até então, o maior negócio que o rei poderia fazer. Não temos porque nos preocupar com esses boatos de fantasma.

O loiro parecia ter sido a voz da razão, já que todos os outros colegas de quarto o seguiram, se arrumando em suas camas. Incluindo Midoriya, que se ajeitou tão confortável no colchão de plumas, sentindo que poderia afundar naquela maciez há qualquer momento.

Mas Izuku sempre tivera mania de pensar demais, e seus pensamentos ainda não quiseram o deixar em paz antes que ele os colocassem em ordem.

 

1° — O que alguém com sangue real fazia tão camuflado em meio à capital? Andando em segredo pela cidade, como se não quisesse ser descoberto.

 

2° — Por que alguém que se intulava como fantasma não matava à suas vítimas? E quais eram os objetivos de se atacar tributários? 

 

3° — Por que sentia que ambas as coisas estavam conectadas? 

 

Assim que organizou com dificuldade as perguntas principais, tratou de refutar todos os seus pensamentos, imaginando que talvez fosse um fantasma mesmo e que não havia ninguém da realeza na carruagem. Talvez fosse tudo de sua cabeça.

Mas seus instintos raramente o enganavam. 


Notas Finais


Bom espero que tenha ficado tão bom quanto eu gostaria kkk
Ja adianto que no próximo finalmente Midoriya e Shouto irão se encontrar de verdade, de uma maneira bem surreal.

Betado pela @AYNIEL


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