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História The Power Of Three - Uma Busca Decepcionante


Escrita por: SoulMaster845

Capítulo 5 - Uma Busca Decepcionante


Fanfic / Fanfiction The Power Of Three - Uma Busca Decepcionante

A estrada parecia vazia e sem sentindo e a cidade onde havia passado a infância parecia demorar uma vida pra chegar, Eduardo dirigia atento em tudo que acontecia a sua volta, mas a única coisa q passava por sua cabeça era que queria chegar logo para descobrir o paradeiro de Arthur.

Cerca de 8 horas havia passado e finalmente o rapaz pode ver sua antiga cidade se aproximar, era o mesmo lugar, mas tudo estava completamente diferente.

- Parece que a civilização moderna finalmente chegou aqui – ele disse para si mesmo.

Dirigiu até o antigo bairro até encontrar a casa da prima onde foi recebido com muito carinho, a família da mãe dele sempre foi carinhosa e receptiva, já a do pai, Eduardo achava que estavam todos mortos, nunca havia visto uma única pessoa.

- Edu! – uma mulher morena veio ao encontro do loiro – que saudade primo.

- Mari – ele exclamou e correu para abraça-la – nossa não consigo nem dizer a saudade que eu sentia de você.

- Eu imagino, vem conhecer o aniversariante – ela disse o puxando para dentro.

Eduardo foi arrastado para dentro da casa até chegar na sala, diferente de como se lembrava, mas ainda grande, no meio dela havia um garoto sentado jogando videogame.

- Bruno, pausa um pouco e vem conhecer o primo da mamãe – Mariele disse ao filho.

O garoto fez o que ela pediu e se levantou para cumprimentar o rapaz.

- Oi, eu sou o Bruno – ele estendeu a mão para Eduardo.

- Oi, eu sou o Eduardo – fez o mesmo, mas meio que sem jeito.

- Se você morava em outro país, como eu to te entendendo? – ele perguntou curioso.

- É que antes de eu morar fora eu morava aqui.

- Ah – ele fez pensando um pouco – então ta bom.

Ele voltou onde estava e continuou a jogar.

- Sério que ele vai fazer 6 anos já? – ele perguntou para a mulher.

- Sério, da até medo de ver que o tempo ta passando.

- Pois é.

- E você? Quando vai ter o seu filho? – ela perguntou cutucando a o primo.

- Deus que me livre, espero que nunca, não sinto que seria um bom pai, já imaginou uma criança me chamando de papai? Seria horrível – falou afastando a prima.

- Credo Edu, não fala assim, as coisas mudam quando você tem um.

- É por isso que tento evitar o máximo.

- Idiota! – ela disse num sussurro – vem cumprimentar o resto do pessoal.

- Ok – falou seguindo a outra.

Eduardo cumprimentou o resto das pessoas da casa, ele iria atrás de achar tudo o que podia sobre Arthur no outro dia, tudo o que ele podia fazer no momento era cair de cara numa cama e ficar dormindo o quanto podia.

Logo cedo ele já saiu da casa dos parentes e foi até a antiga escola, ela estava no mesmo lugar, mas totalmente diferente de como a conhecera, entrou na secretaria e foi recebido com um sorriso de uma mulher que ali trabalhava.

- Posso ajudar? – ela disse vindo até o balcão.

- Eu gostaria de saber se eu posso ver a lista de alunos de um determinado ano, eu estudei aqui até 2008 e então fui morar fora, eu gostaria de poder reencontrar algumas pessoas da minha sala.

- Claro, só vou precisar da série e de seus documentos.

- 1 ano B – falou entregando o RG que já estava em mãos.

A mulher foi até um armário trancado e pegou uma pasta antiga, folheou alguns arquivos e puxou uma folha, conferiu o nome do documento com o da lista, colocou a folha no scanner, guardou a oficial e veio devolver o documento com a folha copiada em mãos.

- Aqui está, a lista toda – falou entregando.

- Muito obrigado, não sabe como isso é importante pra mim – ele sorria de orelha a orelha.

- Por nada, precisa de mais alguma coisa?

- Só isso, muito obrigado – falou saindo.

Mal saiu da escola e já estava procurando na lista pelo nome do amigo, não foi difícil achar, ele era o primeiro da lista.

- Arthur Gomes da Silva – falou arfando de excitação.

Eduardo mais que rapidamente pegou seu celular e começou a pesquisar tudo o que pode sobre o garoto, mas não encontrava nada, nenhum Arthur Gomes, ou Arthur Silva ou Arthur Gomes da Silva era o que ele procurava, o garoto não existia mais.

- Merda! – exclamou ainda parado na porta da escola.

Ele entrou em seu carro e foi até a antiga casa do amigo, viu uma das vizinhas que lembrava já ter visto naquela época e foi tentar conversar.

- Com licença, senhora – se aproximou – a senhora conhece as pessoas que já moraram nessa casa? – apontou.

- Sim, eu já moro aqui a um bom tempo – ela disse com um sorriso prestativo no rosto.

- A senhora se lembra de um garoto chamado Arthur que morava só com a mãe e o irmão, mas então o irmão sofreu um acidente – a medida que dizia a senhora parecia se lembrar.

- Claro, no que posso ajudar?

- Você sabe o que aconteceu com eles?

- Eu não estava aqui no dia, mas disseram que foi uma confusão, parece que houve uma gritaria, veio policia e levou alguém eu acho – ela dizia tentando juntar o que sabia para fazer sentido - não sei se alguém foi preso, mas parece que sumiram dai, nunca mais voltaram, acho que o senhorio mandou tirar todas as coisas de dentro e continuou alugando.

- Entendo – ele suspirou decepcionado – a senhora não saberia de mais nada sobre isso?

- Não, sinto muito – ela disse se retirando.

- Obrigado – falou para a senhora já se afastando.

Eduardo, decepcionado entrou em seu carro e continuo lá dentro sem saber o que fazer, teve então a brilhante ideia de ir até aquele lago onde foi em seu ultimo dia no Brasil, aquele lugar trazia varias lembranças para Arthur e talvez pudesse achar alguma coisa lá. Ele pegou o caminho para o lugar e ligou para Julia.

- Alô? Você o achou? – ela perguntou animada.

- Não, parece que ele nunca existiu, não existe nada sobre esse Arthur Gomes dos Santos.

- Nossa eu nunca iria lembrar que esse é o nome completo dele.

- Nem eu, mas mesmo indo la e achando isso eu não consegui nenhuma informação a mais, fui até a antiga casa dele, falei com uma vizinha e ela me contou a história que você me contou, só que mais aberta e menos precisa.

- O que você vai fazer agora? – ela disse chateada.

- Eu to indo no lago onde a gente passou meu ultimo dia no Brasil, ver se alguma coisa me chama atenção, se eu tenho uma luz, não sei.

- Ok então, eu preciso desligar agora – ela disse já desligando.

Eduardo estava quase sem esperanças, mas isso tudo mudou quando ele chegou até o local e vendo o que viu, Eduardo ficou completamente sem um pingo de esperança no corpo, o lugar estava sendo minerado por uma pedreira, isso significava que o lugar onde Arthur tinha memórias de seu irmão não existia mais, perguntando para as pessoas da vizinhança, descobriu que o lugar tinha começado a uns 4 anos e isso já era tempo o suficiente para Arthur perceber que nada ali era o mesmo e parar de ir até lá.

Eduardo estava desolado, pois não avançou em nada na busca por seu amigo e isso o deixava frustrado, tanto que nem ouviu o celular tocar pela terceira vez, quando se deu conta já estava tocando uma quarta e foi quando atendeu.

- Alô – atendeu sem animo.

- Edu, preciso que você venha me ajudar com os preparativos da festa – Mariele dizia afobada – claro que se você não estiver ocupado.

- Não, tudo bem – ele disse tentando parecer mais animado – eu só preciso comprar um presente pro Bruno né?

- Ta tudo bem, depois nós vamos ao shopping e você da uma olhada nas lojas – ela disse se afastando um pouco do telefone, dava pra perceber que ela parecia ocupada.

- Shopping? Tem um shopping nessa cidade? – Eduardo não acreditava no que havia escutado.

- Meu querido, faz muito que você saiu daqui, a cidade continuou evoluindo – ela disse rindo – agora preciso desligar, vem logo.

Eduardo entrou no carro e dirigiu até a casa da prima onde ficou até a tarde enchendo balões e arrumando a decoração da casa, ajudou a tia com alguns doces até que tudo estava pronto.

- Pronto, faltam 3 horas pra festa começar – Mariele descabelada e parecendo que correu uma maratona se jogou no sofá ao lado de Eduardo – quer ir ao shopping?

- Bora lá – ele disse também descabelado.

Os dois deram uma ajeitada no rosto e foram para o lugar, Mariele sempre dando a direção e Eduardo dirigindo ainda incrédulo com o fato de haver um shopping naquela cidade.

- Onde você pretende ir? – ela perguntou ao entrar.

- Uma loja de brinquedos deve ser bacana né?

- Ótimo, eu vou numa loja ver uma roupa pra eu usar essa noite, deixei tudo de ultima hora, se divirta.

- Você também.

Os dois se separaram e Eduardo ficou procurando por uma loja de brinquedos, achou uma enorme e começou a procurar, ficou quase meia hora andando pelos corredores da loja e dispensando os vendedores até se cansar e sentar no chão do corredor dos bonecos da Marvel.

- O que esse garoto iria gostar de ganhar? – ele falou para si mesmo.

- Eu quero ganhar esse – um garoto de no mínimo 2 anos apontou para um capitão américa na prateleira.

- Você gostaria de um desse? – Eduardo tentou socializar com a criança – mas e esse do homem de ferro que pisca, não é legal também?

Ele acenou que não com a cabeça e continuou apontando para o Capitão América.

 - Você acha que meu priminho vai gostar de ganhar um desse?

Ele acenou que sim. Eduardo estava sorrindo para o garoto e se levantando para pegar o boneco quando o pai do garoto apareceu do nada.

- Caio! – ele veio desesperado – me desculpa se ele ta atrapalhando – falou pra mim.

- Não que é isso, ele até me ajudou a achar um presente pro meu primo – Eduardo riu – não é mesmo carinha? – estendeu o punho para que o garoto batesse no dele.

- Eduardo! – Mariele veio desesperada ao encontro do primo no corredor – já achou o que queria?

- Já sim Mari – falou para a prima – bom, obrigado por tudo – se despediu dos dois e foi até o caixa pagar.

- O Bruno vai adorar isso, ele ama esse Capitão América – ela dizia no caminho.

- Espero que sim, nossa eu sou um fracasso com criança, teve que outra criança vir e me ajudar se não ainda estaria la, jogado no corredor.

- Que drama, era só pegar qualquer um e já era.

Os dois riram um pouco e seguiram para fora do shopping. Voltaram para a casa, tomaram banho e se prepararam para a festa.

- Você disse que é um fracasso com criança, mas vai ter que me ajudar a cuidar de 20 – Mariele veio até Eduardo com uma garrafa de refrigerante.

- Meu Jesus Cristo, eu não posso pular pra trás? – ele disse fazendo cara feia.

- Ninguém mandou você vir, poderia ter ficado lá no Rio curtindo a vida boa e a praia, agora chega de preguiça e venha treinar pra quando ter o seu próprio filho.

- Para de falar isso Mariele, que coisa.

Eduardo ficou ajudando a prima até o fim da festa, todos que moravam na casa estavam acabados e ainda tinham a sujeira da criançada pra limpar, quando viram a hora já era quase 1 da manhã.

- Eu preciso dormir – Eduardo falava – amanhã preciso pegar o caminho de volta.

- Só mais um saco preto Edu – Mariele implorava.

- Ok – ele consentia.

Quando todo o trabalho já estava feito, Eduardo pode então dormir, completamente esgotado e, lá no fundo, decepcionado por seu dia ter sido tão desapontador e não ter levado a caminho algum, mas ele não podia desistir e ele não iria.



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