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História The Purchased Love - Capítulo Trinta - A thump reality


Escrita por: MrsPriorEaton

Capítulo 30 - Capítulo Trinta - A thump reality


Natalie 

Adentro o quarto de Beatrice e apanho Sophie em meus braços. Ela havia aberto um berreiro no momento em que joguei Beatrice da escada -  parece até que estava sentindo que a mão havia sido machucada. Tento balançá-la de um lado para o outro, na tentativa de acalmá-la porém, nada resolve.

Minha intenção nunca foi jogar Beatrice da escada, eu pretendia eliminá-la, mas não daquela forma. Mas também nunca imaginei que ela iria descobrir tudo desta maneira. Enfim, meus planos tomaram outro rumo e eu precisei pegar um atalho. 

- DONA NATAAALIEE! – Berra Joana do andar de baixo. Com certeza deve ter visto minha filha esparramada no pé da escada. 

Deposito Sophie novamente em seu berço e ajeito a minha blusa. Coloco a minha melhor cara de desentendida e apareço no pé da escada. Abro a minha boca e o desespero atingi os meus olhos. Desço as escadas desesperada e encontro Beatrice no pé da escada, com a sua cabeça sangrando. 

- MEU DEUS JOANA, O QUE FOI QUE ACONTECEU AQUI? – Pergunto nervosa.

- Eu...Eu...Eu não sei senhora Natalie, quando eu cheguei ela já estava assim. – Diz Joana desesperada. 

- Ligue para uma ambulância! Agora! – Digo colocando a cabeça de Beatrice em meu colo. 

Sua testa estava com um corte um tanto profundo, seu nariz estava sangrado e ela estava completamente apagada, mas ainda respirava. Livrar-me dela seria mais difícil do que eu havia pensado. 

Droga.

Joana volta para a sala com uma expressão aflita e tudo o que conseguimos ouvir naquele momento é o som do berreiro de Sophie no andar de cima. Aquele bebê não podia ficar em silêncio por dez minutos não?  

- Vá lá pra cima! Fique com a Sophie. – Digo apontando para a escada com a cabeça. 

- Sim, senhora! – Diz ela subindo as escadas apressadamente.

A ambulância não demora muito para chegar e assim que entramos dentro do veículo, os enfermeiros começam a fazer os primeiros socorros em Beatrice. Eles comunicam-se entre si, porém não consigo entender muita coisa. 

Mais rápido ainda, chegamos ao hospital e eles logo a levaram para um centro cirúrgico. Talvez a sorte estivesse ao seu lado, talvez ela fosse sobreviver aquela queda. Eu precisava pensar em um segundo plano o mais rápido possível. 

Tobias 

“Eu me lembro de anos atrás, alguém me disse que eu deveria ter cuidado quando se trata de amor, eu tive.

E você foi forte e eu não. Minha ilusão, meu erro, eu era descuidado, eu esqueci, eu esqueci. E agora, quando tudo está feito não há nada a dizer. Você se foi e tão sem esforço.  Você ganhou  Você pode ir em frente, diga a eles.

Encaro o dia pela janela de meu escritório. O céu estava meio cinzento e as horas pareciam andar mais devagar que o normal – se bem que os dias andam passando mais devagar desde aquele dia, desde quando ela havia ido embora. 

A cada dia que se passava ficava mais difícil conviver sem a presença dela, mas eu estava sendo orgulhoso demais e não havia ido atrás dela até agora. Eu sei que ei estava errando, mas o medo, o receio de me machucar mais naquele história estavam falando mais alto naquele momento. 

“Diga a eles tudo que sei agora. Grite isso de cima dos telhados. Escreva isso no horizonte, tudo o que nós tínhamos se foi agora.

Diga a eles que eu era feliz e meu coração está partido. Todas as minhas cicatrizes estão abertas. Diga a eles o que eu esperava ser impossível.

Desapaixonar é difícil.  Se apaixonar por traição é pior . Confiança partida e corações partidos, eu sei, eu sei.

Nove meses. 

Já havia se passado nove meses, ela estava mais perto de ter o seu filho agora – filho este que pode ser meu. Fecho meus olhos e respiro fundo. A última vez em que a vi ela estava linda, sua barriga já estava bem formada e bem redonda. Naquele dia eu quase falei com ela, eu quase perguntei sobre o meu filho. Mas então ela saiu correndo para o banheiro e então eu lembrei-me o por que estava mantendo uma distância dela e resolvi a deixar sozinha. 

“Pensando que tudo o que você precisa está lá, construindo fé sobre o amor e palavras. Promessas vazias serão degastadas. Eu sei, eu sei  e agora, quando tudo se foi não há nada a dizer e se você terminou de me envergonhar, você pode ir em frente sozinho, diga a eles.

Diga a eles que eu era feliz e que meu coração está partido agora."

Aquele bebê podia ser meu, mas também podia não ser. Eu não tinha nenhuma prova que me mostrasse que ela não estava se encontrando com Peter, então eu preferi acreditar no que eu havia visto. Em prol disto eu preferi manter-me afastado, eu não queria me apegar á um bebê que no final das contas poderia não ser meu. Eu estava sendo um babaca nesses últimos meses, eu sabia, mas eu só estava tentando me proteger de outra decepção. Eu sabia os riscos que eu estava correndo, eu  sabia que eu podia ser pai daquela criança, mas a ideia de me manter afastado falou mais alto do que a de me aproximar dela. 

Um dia ou outro eu tentava pegar alguma informação com o Zeke, mas aquele cabeça dura não me contava absolutamente nada sobre Beatrice e nem sobre o bebê. Eu sabia que o mais cabeça dura da história era eu, mas eu tentei, falhamente, algumas vezes saber dela, da criança. Eu sei que eu deveria ter tentado mais vezes, mas o que me reconfortava agora era que eu pelo menos havia tentado. 

Flash Back On

- Tobias chegou alguns papeis aqui para você assinar. – Diz Zeke adentrando a minha sala. 

- Claro. – Digo retirando minhas mãos de meu rosto. 

Eu havia acabado de voltar do shopping, havia saído simplesmente para aliviar a cabeça de todos os problemas que estavam me atormentando, quando eu a encontrei caminhando em minha direção carregando uma pequena sacola em suas mãos. No primeiro instante ela estava cabisbaixa, distraída, mas foi somente ela levantar a sua cabeça e o seu olhar encontrar com o meu que ela parou abruptamente. 

Meu olhar imediatamente caiu  sobre o seu corpo e eu encontrei uma grande barriga redonda. Ela estava linda, sem dúvidas nenhuma uma das gravidas mais lindas que eu já havia visto. Meu coração estava descompassado e quando estava prestes a caminhar em sua direção e falar com ela, ela simplesmente saiu correndo para dentro do corredor. Eu obviamente fiquei desnorteado e saí o mais rápido possível daquele lugar. 

“Ela não queria falar com você seu idiota, ela deve me odiar neste momento. Ela não me quer perto dela.” – Penso bufando frustrado.

- Como ela está Zeke? – Pergunto jogando a caneta com uma certa força contra o papel á minha frente. 

- Ela quem? – Pergunta ele arqueando as sobrancelhas.  

- Beatrice, como ela está? – Pergunto novamente. 

- Por que você não pergunta isso para ela? – Diz ele encarando-me sério. 

- Eu tentei. Pelo menos ia tentar, mas ai ela saiu correndo de mim. – Digo suspirando.

- Você a encontrou? – Pergunta ele com a voz engasgada. 

- Sim. – Digo suspirando. – Eu só quero saber Zeke, como está a criança, como ela está. – Digo fechando meu olhos na tentativa de controlar o choro. 

- Tobias dê um tempo para ela cara. Eu só lhe peço isso meu irmão, deixa ela terminar essa gestação em paz, tranquila. Tranquilidade é tudo o que ela precisa agora. – Diz ele suspirando. 

Eu sabia que havia algo atrás de suas palavras, mas eu não iria insistir neste assunto. Beatrice havia deixado claro que não queria me ver nem pintado de ouro, depois ela saia correndo de mim e agora Zeke me mandava ficar longe dela, logo ele que sempre apoiou eu ir atrás de minha filha. 

Eu estava confuso demais para pensar  e deduzir algo. Talvez o melhor agora era aceitar o que o Zeke havia falado e a deixar em paz, pelo menos até ela terminar a gestação.

Talvez....

Flash Back Off

- Com licença, senhor Tobias. – Diz Cara entrando na sala do nada. 

- Sim? – Digo girando o meu corpo. 

- A senhorita Shauna deseja falar com você. – Responde ela séria. 

- Pode deixar ela entrar. – Digo sentando o meu corpo rígido na cadeira. 

“O que a namorada de Zeke queria comigo?” – Penso tentando compreender a charada antes mesmo da hora. 

- Oi Tobias, perdão vim assim do nada. – Diz ela entrando na sala ofegante. 

- Tudo bem, aconteceu alguma coisa? – Pergunto sério. 

- Sim.  – Diz ela sentando á minha frente. – Na verdade, aconteceram duas coisas. – Complementa ela tensa. 

- O que houve? – Pergunto ficando curioso, ao mesmo tempo que nervoso. 

- Primeiro, a sua filha nasceu. – Diz ela encarando-me. 

“Filha? 

Era uma menina? Ela nasceu?” – Penso encarando Shauna em choque. 

- Oh, sim é uma menina. O nome dela é Sophie. – Diz ela com um fraco sorriso. 

- Sophie. – Digo sussurrando. – É um belo nome. – Complemento sentido meu coração se aquecer por dentro. 

- Sim, é sim. – Diz ela suspirando. 

Fico alguns segundos processando aquelas informações que quase esqueço-me de que ainda faltava mais uma notícia. 

- Você me disse que eram duas coisas. – Digo despertando-me de meu transe. 

- Sim. – Diz ela ficando mais tensa. – A Tris sofreu um acidente Tobias. – Diz Shauna fazendo com que meus olhos esbugalhem-se e  meu coração perca algumas batidas. 

- Ela o que? – Pergunto com a voz falha. 

- Eu não sei bem como aconteceu, a empregada a encontrou no pé da escada desacordada e sangrando muito. – Diz ela aflita. 

Levanto de minha cadeira e passo minhas mãos por meu cabelo. Aquilo era minha culpa. Tudo aquilo era culpa minha. Eu deveria ter ficado com ela, eu deveria ter apoiado ela na gravidez, eu...eu não deveria ter deixado ela voltar para a casa dos pais dela. 

- Como ela está Shauna? – Pergunto parando na sua frente desesperado. 

- Tobias, ela teve alta do hospital esta manhã. Ela estava frágil, precisava repousar..  – Diz Shauna deixando a frase morrer no meio. 

Fecho meus olhos e sinto as lágrimas arderem sobre a minha pálpebra. Dou uma respirada fundo e solto o ar encarando Shauna fixamente. Meu corpo inteiro tremia e um medo surreal apoderava-se de cada veio de meu corpo. 

“Deus, por favor não me tire ela.” – Penso implorando. 

- Como ela está? – Pergunto duramente. 

- Ela está em coma. – Diz Shauna em um suspiro de voz. 

Deixo o meu corpo desabar em cima da cadeira e levo minha cabeça para as minhas mãos. Minhas mãos suavam ao mesmo tempo que meu coração batia cada vez mais fraco. 

Coma? Ela estava em coma. 

Sinto meu corpo inteiro pinicar e meu coração apertar-se. Eu não poderia acreditar que aquilo estava acontecendo, não com ela. Eu sempre tive um lado protetor excessivo e quando estava com Beatrice ele era ligado ao extremo todos os dias, e agora eu havia falhado. Mesmo não estando com ela, eu havia falhado em cuidar dela, eu havia permitido aquilo. 

“Eu. Eu.” – Aquela palavra ecoava repetidamente em minha mente. 

- A onde ela está? – Pergunto com a voz falha. 

- No hospital Central, Natalie está com ela. – Diz ela séria. 

- E a Sophie? – Pergunto sentindo meu coração apertar-se.

- Está com a empregada. – Diz ela encolhendo os ombros. 

- Eu irei visitar Beatrice, enquanto isso eu peço que fique com a Sophie. – Digo levantando da cadeira. 

- Claro. – Diz ela levantando-se no mesmo instante. 

- Fique com ela até eu chegar lá. – Digo sentindo o desespero atingir cada veia de meu corpo. 

- Eu irei lhe esperar. – Diz ela caminhando para fora de minha sala. 

Apanho as chaves de meu carro e pego meus documentos. Saio estarrecido de meu escritório e dirijo feito  uma bala pelas ruas de Nova York.  De todas as maneiras a quais eu imaginei em revê-la nenhuma era daquela forma. 

Entro no hospital meio perdido e começo a caminhar por um corredor a onde a balconista do hospital tinha me informado ser uma sala de espera. Entro em uma sala aberta a onde continha uma Natalie em meio á alguns sofás e poltronas. 

- Tobias! – Diz ela assustada. - O que você faz aqui? – Pergunta ela com os olhos arregalados.

- Como ela está Natalie? – Pergunto ríspido. 

- Ela está no centro cirúrgico. Ainda não tenho notícias. – Diz ela fria. 

- Soube que ela está em coma. – Digo sentindo um aperto no coração. 

- Sim, eles a induziram em um coma. Senão ela não aguentaria o caminho até aqui, afinal ela acabou de ter um bebê. – Diz ela seca. 

- É eu sei disso. – Digo sentando em um sofá, embasbacado com tudo.

- Tobias. – Diz ela sentando ao meu lado e apanhando a minha mão. – Eu não irei lhe iludir, Beatrice pode não resistir a esta queda. – Diz ela com uma voz “fraca”. 

- O que você quer dizer com isso? – Digo sentindo o sangue queimar por dentro de minhas veias. 

“Como ela tinha a cara de pau de falar aquilo, numa hora dessas?” – Penso ficando nervoso. 

Ela vai ficar bem. Ela vai sobreviver. Fico repetindo aquelas frases em minha mente em uma tentativa falha de me acalmar. 

- Eu estou falando da minha neta, Tobias. Ela não pode ficar jogada no mundo. – Diz ela nervosa.

- É ela não irá ficar. – Digo convicto. 

- Não? Se Beatrice não suportar todo esse processo, com quem ela irá ficar? – Diz ela elevando um pouco a sua voz. – Um bebê tem um custo muito caro Tobias, eu não vou conseguir criar ela sem ajuda. – Finaliza ela estarrecida. 

Solto uma gargalhada falha e encaro a mulher sem escrúpulos sentada a minha frente. A filha dela estava quase morrendo em alguma sala daquele hospital e ela estava pensando na pensão alimentícia de sua neta. Era incrível. 

- Você não irá criá-la. – Digo seriamente. 

- Não? – Pergunta ela arqueando as sobrancelhas. – O que? Vai me dizer que você resolveu ser o pai dela agora? – Diz ela incrédula.

- Sim Natalie, eu resolvi ser o pai da Sophie. Demorou para eu perceber, mas agora que minha filha está aqui eu não a irei deixar sozinha nesse mundo. – Digo exaltando cada palavra. 

- Você não pode fazer isso. – Diz ela levantando-se do sofá estarrecida. – Você negligenciou ela, você deu as costas para a sua filha e agora você quer pegar ela para você?

- Eu fui um estúpido em duvidar da paternidade da Sophie, eu fui estúpido em pensar que Beatrice queria somente uma pensão com esse filho, mas agora eu não sou mais um estúpido Natalie. Beatrice em todos esses nove meses só veio atrás de mim uma única vez, para me fazer um único pedido e eu em minha tolice preferi dar-lhe as costas, mas eu não irei dar mais. Eu sou o pai da Sophie e eu serei o pai dela você querendo ou não. – Digo encarando-a friamente. 

-  Eu vou processar você. – Diz ela elevando mais a sua voz. 

- Processe. Assim todos irão saber que os Prior deserdaram a própria filha por que ela não quis se casar com o pretendente que eles lhe arrumaram e depois quando encontraram vantagem no novo relacionamento dela a reassumiram na família. – Digo recebendo um olhar surpreso de Natalie. 

- Se você contar isso, todos irão saber que você comprou a minha filha, que ela era uma dançarina em uma boate impropria. – Diz ela com sangue no olhar. 

- Por mim, você pode contar Natalie. – Digo dando de ombros. – Não sou eu que estou concorrendo á um cargo público. Minhas empresas não precisam de aprovação do povo. 

Seu rosto passa do branco para o vermelho em dois segundos e mais rápido do que eu imaginava ela dá o braço a torcer e sai batendo o pé da sala de espera. Solto um suspiro e afundo o meu rosto. Eu não acredito que aquela mulher me fez discutir sobre dinheiro enquanto Beatrice está em perigo em um leito de hospital. Aquela mulher era pior do que eu poderia imaginar. 

Estou sentado esperando alguma notícia quando meu telefone começa a tocar. Encaro o número desconhecido em minha tela e atendo o telefone com aquele ar de desconfiança. 

- Alô? – Digo fraco.

- Tobias! Alguma novidade da Tris? – Pergunta aquela voz á qual reconheci ser de Shauna.

- Não, eles estão operando ela. – Digo soltando um suspiro. 

- Qualquer coisa avise-me por favor! – Diz ela apreensiva. 

- Pode deixar. – Digo suspirando.

Finalizo a chamada bem na hora que um barulho de choro adentra o local. Meu coração se aperta e quando estou prestes a retornar a ligação para saber o que estava acontecendo, um médico adentra a sala. Levanto-me desesperado e encaro-o esperançoso. 

- Doutor, aconteceu alguma coisa com Beatrice? – Pergunto sentindo meu coração disparado. 

-  A operação foi um sucesso. – Diz o médico arrancando um suspiro aliviado de meus lábios. – Mas...- Recomeça ele a dizer porém o interrompo. 

- Mas o que doutor? – Pergunto aflito. 

- Nós teremos que mantê-la no coma. Ela está muito fraca ainda e pode ser que ela ainda não suporte o processo de recuperação, tanto da gravidez, quanto da queda. São dois acontecimentos grandes para o corpo dela se recuperar ao mesmo tempo. – Finaliza ele suspirando.

- Eu entendo. – Digo sentindo-me como se estivesse acabado de levar um soco em meu estômago. 

- É, a pancada que ela sofreu na cabeça foi muito forte pode ser que isso lhe traga consequências. – Diz o Doutor sério. 

- Consequências? Que consequência Doutor? – Pergunto chachualhando o médico por seus ombros desesperado.

- Acalme-se rapaz. – Diz ele assustado com o meu ato. 

-  Perdão. – Digo afastando-me e o encarando-o aflito. – Só estou nervoso. 

- Tudo bem. – Diz ele suspirando. - Ela pode acordar desmemoriada. 

Agora sim a facada havia sido cravada em meu coração. Sento-me no sofá sentindo o mundo a minha volta desabar. Ela podia não lembrar-se quem eu era, ela podia acordar sem se lembrar de todas  as coisas boas e ruins que havíamos vivido, ela podia acordar sem se lembrar da Sophie. 

- Eu sinto muito. – Diz o Doutor sincero. 

- Eu posso vê-la? – Pergunto arqueando as sobrancelhas. 

- Claro. – Diz ele em um fio de voz.

Levanto-me do sofá sentindo-me meio zonzo ainda com aquelas notícias e caminho lentamente até o seu quarto. Quando abro a porta sinto meu coração bater mais apressadamente e uma dor insuportável atravessar todas as minhas entranhas. 

“ Não me deixe com toda essa dor. Não me deixe na chuva, volte e traga de volta meu sorriso. Venha e leve essas lágrimas embora, eu preciso que seus braços me abracem agora.

 As noites são cruéis. Traga-me de volta aquelas noites em que eu tinha você ao meu lado. Refaça meu coração, diga que irá me amar de novo. Desfaça essa dor que você causou quando você saiu pela porta e saiu da minha vida. Não chore essas lágrimas, eu chorei muitas noites. Refaça meu coração, meu coração.

Leve embora aquela triste palavra de adeus. Traga de volta a alegria para a minha vida, não me deixe aqui com essas lágrimas. Venha e beije-me para essa dor ir embora. Eu não posso esquecer o dia em que você saiu. O tempo é tão cruel e a vida também é tão cruel sem você aqui ao meu lado.

Refaça meu coração. Volte e diga que me ama. Refaça meu coração, doce querida. Sem você eu não posso continuar, não posso continuar.” 



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