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História The Purchased Love - Capítulo Trinta e Um - Little Sophie


Escrita por: MrsPriorEaton

Notas do Autor


Oi Pessoal,
Peço um milhão de desculpas mas....como sempre estou correndo contra o tempo, tempo este que se torna cada dia mais curto, vai entender!
Eu já estou uns dias sem postar e como eu sei que esta semana vai ser puxada para eu, eu não terei tempo de postar nada mais para á frente então para não deixar vocês na mão eu resolvi publicar o capítulo, mas não terei como responder todos de uma vez, então irei respondendo conforme o tempo me aparecer.
Peço desculpas para vocês, eu odeio não poder responde-los, mas eu me odeio mais ainda por não poder postar nada para vocês!
Enfim, espero que vocês gostem!
Beijoos!

Capítulo 31 - Capítulo Trinta e Um - Little Sophie


Tobias 

Caminho lentamente até a sua cama sentindo as lágrimas escorrerem sobre o meu rosto. Ela estava deitada, com alguns fios perfurando a sua pele de seu braço. Seu rosto estava pálido e seus olhos mantinham-se fechados. Paro ao seu lado e apanho a sua mão sentindo aquele velho formigamento invadir todas as veias de meu corpo. 

Fecho meus olhos e sinto uma dor forte atingir o meu coração. Doía-me ver ela daquela maneira, doía-me não poder fazer nada, simplesmente tudo doía-me naquele momento. 

- Tris? – Digo afagando o seu rosto. – Tris? – Chamo-a novamente na esperança de receber alguma reação de seu corpo, porém o único barulho que escuto são os seus batimentos cardíacos vindo de uma tela que continha cabos presos em seu peito. 

Sento meu corpo com cuidado ao seu lado na cama e fico acariciando o seu braço. 

- Perdão. Perdão por ter sido um babaca com você, perdão por não ter-lhe escutado anjo. – Digo encarando o seu rosto que estava sem expressão nenhuma. – Por favor volta! 

Não aguentando a dor que se apoderava em meu peito, afundo meu rosto em sua barriga e rodeio seu corpo com meus braços a apertando forte. 

- Tris volta para mim por favor! – Digo soluçando por conta do choro. – Você pode me xingar, você pode me bater, você pode me odiar, você pode nem querer mais olhar na minha cara, mas por favor volte, só volte! Eu não aguento ficar aqui sem você, eu já sofri muito com a sua ausência nesses nove meses, eu sei que a culpa disto tudo é minha, eu sei que mereço um belo castigo por tudo o que eu lhe fiz passar, mas eu lhe peço...por favor, não me castigue desta maneira. Não me deixe sozinho neste mundo sem você.

Levanto o meu rosto e encaro-a, mesmo com as lágrimas embasando a minha vista. Levo minhas mãos em direção ao seu rosto e afago a sua bochecha, descendo em seguida para a sua boca.

Aquilo só poderia ser um pesadelo. Eu iria acordar dele á qualquer momento e ver que tudo não passou de um sonho ruim e que ela está bem, que ela está aqui comigo. Mas aquilo não era a verdade, eu não estava vivendo um sonho na vida real, eu estava vivendo um pesadelo. 

- Não me deixe sem você. Por favor não me deixe. – Digo chorando desesperado. 

Afundo meu rosto novamente em sua barriga e acaricio-a sentindo o toque de sua pele trazer aquela corrente elétrica de volta para o meu corpo. Estou tão concentrado em tentar sentir o máximo de seu corpo – com o toque de meus dedos – que só percebo que não estou mais sozinho no quarto quando escuto um limpar de garganta. Levanto-me fracamente e encaro a enfermeira a minha frente. 

- Perdão senhor, mas preciso trocar a medicação. – Diz ela com um sorriso envergonhado.

- Claro. – Digo levantando-me um pouco entorpecido. Aproximo-me de seu rosto e deposito um beijo em sua testa. – Eu irei voltar. – Finalizo  dando-lhe uma última olhada. 

Saio de seu quarto meio zonzo e vou caminhando lentamente para fora daquele hospital. Assim que abro as portas para a rua, uma aglomeração de repórteres estavam na frente do hospital á espera de algo. 

- Tobias é verdade que o filho que Beatrice carregava era seu? 

- O que aconteceu com ela?

- Ela está em coma? 

- O que você será da criança agora? 

Perguntas e mais perguntas chegam ao meu ouvido, porém tudo o que eu consigo fazer é ir afastando os repórteres e caminhar em direção ao meu carro – que com muito custo e esforço consigo alcançar. Entro dentro de meu carro e saio arrancando pneu á fora pelas ruas movimentadas de Nova York.

 O caminho até a casa de Natalie é tranquilo – para minha sorte - e logo estou estacionando em frente a uma enorme casa branca. Desço do carro ainda sentindo-me tonto e aperto a campainha com o coração acelerado. 

- Senhor Tobias! – Diz uma empregada de meia idade, com a voz um tanto espantada. 

- Onde está a Shauna? – Pergunto adentrando a casa um pouco afobado. 

De repente Shauna aprece saindo de uma sala com um pequeno manto rosa embolado em  seu braço que fazia um barulho estridente de choro. Ela aproxima-se de mim e finalmente consigo encara-la. Ela continha meus olhos e sua boca era um pouco carnuda assim como a minha, seu rosto era gordinho e sua pele era branca igual a neve. Seus poucos fios de cabelo eram loiros e seu rosto estava um pouco avermelhado por conta do choro. 

Ela era linda. 

Tão pequena, tão frágil. Ela era a cara de Beatrice, apesar de ter mais de mim do que dela. Com receio, estendo meus braços em direção ao seu pequeno corpo e apanho-a em meu colo, aproximando seu rosto de meu peito. No instante em que ela se aconchegou em meus braços o seu choro sessou e ela foi lentamente fechando os seus pequenos olhos. Levanto o meu rosto um pouco assustado e encaro Shauna com os olhos completamente marejados. 

- Ela estava chorando desde o momento em que a Tris caiu da escada. – Diz Shauna limpando as lágrimas que escorriam de seu rosto com o auxilio de sua mão. – Ela sabe que você é o pai dela Tobias. 

Abaixo o meu rosto e encontro-a em um soninho profundo – mesmo que para alguém que tenha acabado de fechar os olhos. Ela deveria estar com sono á muito tempo, porém, ela sentia que algo  de errado estava acontecendo. Ela queria a mãe e como a mãe dela não apareceu, ela se contentou com o péssimo pai que ela tinha. 

- Ela é linda. – Digo suspirando. 

- Ela se parece com você. – Diz ela encarando Sophie. 

 Encaro-a ainda bestificado por ela estar aqui. Eu posso ter visto ela somente uma vez na barriga de sua mãe, mas mesmo assim ainda era surreal imaginar ela tão pequena dentro de uma barriga. 

- Tobias, alguma coisa aconteceu nesta casa. – Diz Shauna tensa cortando o breve silêncio que havia se instalado no recinto. 

- Como assim? – Pergunto um pouco confuso. 

- Eu não sei. Joana disse que ouviu um berreiro alguns minutos antes de encontrar a Tris naquele estado e quando eu subi em  seu quarto para apanhar uma fralda para a Sophie eu encontrei uma mala em cima da cama dela. Eu vi ela arrumando aquela mala para ir para a maternidade, mas desta vez ela estava recheada de roupas normais e roupas da Sophie. Eu acho que Tris iria embora antes de cair. – Diz ela suspirando. 

- Quem estava na casa com ela? – Pergunto ficando tenso. 

- Só as empregadas e a Natalie. – Diz ela arqueando as sobrancelhas. 

- Você disse que a empregada escutou alguns berros vindo do andar de cima, será que Natalie e Beatrice estavam brigando momentos antes dela cair? Será que ela caiu de fato? – Pergunto ficando tenso com as minhas suspeitas. 

- Você acha que alguém empurrou ela? – Pergunta Shauna estarrecida.

- Sim e eu já tenho até a minha suspeita. – Digo sentindo o nervoso me subir. 

- Natalie. – Diz ela suspirando. 

- Sim. Ela veio me pedir uma pensão para poder criar a Sophie. – Digo sentindo todo o desprezo por aquela mulher subir em mim novamente. 

- Ela o que? Eu não acredito que ela teve essa cara de pau. – Diz Shauna embasbacada.

- Sim, ela teve e se eu já tinha motivos para querer deixar a minha filha longe dessa mulher, agora eu tenho mais ainda. – Digo encarando minha filha. – Você pode arrumar as coisas dela? – Finalizo subindo brevemente o meu olhar em direção á Shauna.

- Claro, irei fazer uma mala para você. – Diz ela dando-me as costas e subindo as escadas. 

Viro meu corpo pra frente da porta e fico balançando Sophie em meus braços. Eu havia pegando um bebê em meus colos somente uma vez em toda a minha vida – que foi no batizado do filho de uma prima minha - por que fui obrigado a segurar a criança enquanto o fotografo tirava uma foto e agora, eu estava ninando uma – meio desengonçado é claro, mas estava. 

- Eu não irei deixar que nada de ruim lhe aconteça minha filha. – Digo depositando um beijo em sua testa.

A ficha finalmente havia caído. Tinha demorado, mas havia caído. Eu tinha uma filha, uma filha que já vivia mais de nove meses dentro da barriga de Beatrice, mas que somente agora eu a estava conhecendo. Não era nem para ela conhecer-me, não era nem para ela querer ficar em meu colo, mas aqui estava ela tranquilizando-se em meus braços. Eu não merecia isso. Fico mais alguns minutos balançando o seu corpinho  de um lado para o outro, quando uma voz retorna a sala. 

- Bom, aqui está a mala com algumas das coisas dela. – Diz Shauna colocando uma mala de rodinhas ao lado de meu corpo. – Bem ali, na porta está a cadeirinha do carro e aqui está uma coisa que eu achei que deveria dar a você. – Finaliza ela dando um longo suspiro.

- O que? – Pergunto arqueando minhas sobrancelhas. 

- Quando ela estava grávida, esperando a chegada da Sophie, ela escreveu um diário para você. Tobias, ela nunca quis o seu dinheiro, ela nunca quis enganar você, ela só queria que você fosse pai. – Diz Shauna estendendo-me um caderno de tamanho médio. 

Apanho o caderno com as mãos trêmulas e sinto meu coração bater mais forte. Ela nunca desistiu de mim, mesmo eu agindo igual á um babaca ela ainda tinha a esperança deu aparecer e querer fazer parte da vida da Sophie. 

Eu não merecia Beatrice Prior. Acho  que nunca mereci ela de verdade. 

- Obrigado. – Digo com um sorriso sincero.

Shauna apanha Sophie em seu colo, enquanto eu ajeitava as coisas em meu carro. Eu iria levar a minha filha para morar em minha casa e mais para frente – quando Beatrice acordasse -traria a sua mãe, para tentar formar uma última vez a família que ela sempre quis. 

- Shauna, obrigado por tudo mais uma vez. – Digo quando termino de passar o cinto em Sophie. 

- Não há o que agradecer Tobias. – Diz ela com um sorriso sincero. – Irei passar esta noite com Beatrice, qualquer coisa eu lhe aviso.

- Obrigado. – Digo agradecendo mais uma vez. 

Entro dentro de meu carro e desta vez dirijo mais devagar, com medo daquela cadeirinha sambar pelo banco, ou de acabar acordando a Sophie em alguma virada. Eu conhecia  a minha filha á menos de uma hora e meus instintos de proteção já estavam todos ligados. 

Assim que chego em minha casa, retiro a sua mala – a deixando dentro de minha sala – e apanho Sophie em meu colo, balançando um pouco de seu corpo para que ela mantenha o seu sono. 

- Que criança é essa? – Pergunta Evelyn adentrando a sala. 

Evelyn. 

Já havia esquecido-me de que ela estava morando aqui. Sim, ela havia conseguido persuadir-me a deixá-la ficar comigo em um de meus momentos de fraqueza e puro álcool. Eu já havia tentado expulsar ela daqui, mas ela não saia nem a pau.

- Minha filha. – Digo seco. 

- O bebê de Beatrice? – Pergunta ela assusta. 

- Sim. – Digo caminhando para a cozinha sem olhar em sua cara. – Ana, por favor vá até o shopping e compre um berço, para agora. – Digo depositando meu cartão de crédito na bancada. – É traga também fraldas, coisas para fazer leite e tudo o que uma recém nascida precisar por favor. 

- Sim senhor Tobias. – Diz ela pegando o cartão e saindo em seguida do meu campo de visão. 

- Ela irá ficar conosco? – Pergunta Evelyn acompanhando-me enquanto eu subia as escadas. 

-  Qual foi a parte de ela é minha filha você não entendeu? – Pergunto rudemente, sem paciência nenhuma.

- Tudo bem! – Diz ela levantando suas mãos em sinal de redenção e voltando-se para o andar de baixo. 

Caminho até o meu quarto e deposito Sophie no meio de minha cama. Apressadamente coloco dois travesseiros, dos dois lados de seu corpo  e apanho o diário sentando-me ao seu lado, ainda sentido receio de deixá-la cair, mesmo que deitada na cama. Abro a primeira página e as lágrimas já atingem meu rosto ao ler as suas primeiras palavras: 

“Tobias, 

Eu sei que você não quer olhar em minha cara e que você acha que está criança que eu estou carregando não é sua, mas eu não irei ser responsável por lhe privar de ser pai.

 Eu não irei jogar isto na sua cara, já que você duvida de minha índole, mas eu acho importante você poder acompanhar - mesmo que inconsciente - o crescimento de sua filha ou filho. 

Hoje eu fiz meu primeiro ultrassom. Foi estranho. Estranho não ter você lá, eu não fui sozinha, fui com Shauna, mas não é como se ela fosse preencher o vazio que você causou por não estar lá. Foi estranho por ouvir um coração batendo dentro de minha barriga e foi estranho ver algo tão pequeno sendo gerado. 

Eu fiquei apavorada, mas o que mais me doeu foi por você estar perdendo aquele momento. Perdendo por ser egoísta, perdendo por ser um idiota e um grosso. Você poderia estar ali, mas você não estava.” 

Aquelas primeiras palavras lidas já atingem-me com a força de um soco em meu estômago. Como eu pude ser tão idiota? Como eu pude deixar ela sozinha? Como eu pude ter perdido os primeiros batimentos do coraçãozinho de minha filha? Passo para a próxima página e o embolo em minha garganta vai ficando maior. 

“Tobias, 

Hoje ela ou ele - ainda não descobri - mexeu. Foi uma sensação muito estranha. 

 Foi a primeira vez que eu o senti mexer com tanta força. Para você ter uma ideia a minha barriga até tombou um pouco para o lado, é uma sensação dolorida, porém é um alivio poder ver e sentir que ele ou ela realmente está aqui, dentro de mim.” 

Fecho o caderno sentindo um aperto enorme em meu coração e encaro os pezinhos de Sophie, imaginando-os chutando a barriga de Beatrice. 

Deve ter sido mágico. 

Deixo as lágrimas, a dor e o sofrimento tomarem conta de meu corpo. Eu poderia não saber o que aconteceu naquele dia para saber como é  que Beatrice acabou parando na cama ao lado de Peter, mas eu sabia que eu amava aquela mulher e eu estava disposto a lutar por ela quantas vezes fosse preciso. 



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