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História The Rise of The True Lord - Capítulo 63


Escrita por: AllyLittleWolf13 e _TiuLucifer

Notas do Autor


Link da tradução:
https://archiveofourown.org/works/40126944/chapters/100497924


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Capítulo 64 - Capítulo 63


— Sunshine... — O apelido carinhoso foi proferido num sussurro melancólico. Draco, Colin, Neville, Fred, George e Tom cercavam a cama onde o seu amado permanecia adormecido. O corpo pálido e magro ainda estava coberto de hematomas, sangue seco manchando as inúmeras ataduras e uma respiração tão fraca que parecia inexistente. — Acabamos criando uma revolução. — Um sorriso sem forças adornou os lábios do Malfoy.

— E foi sem querer. — Fred fungou.

— Eu queria ver a cara da cabra velha. — George se apoiou no gêmeo para impedir as lágrimas de caírem. Depois de tanto tempo juntos, Draco contou a verdade sobre Dumbledore para os outros consortes de Hadrian, e, para seu alívio, eles acreditaram em suas palavras e mantiveram-se fiéis ao amado.

— Estão todos do seu lado, Sunshine. — Colin agarrou com força a coberta que aquecia o moreno, se impedindo de segurar a mão enfaixada.

— Você iria adorar ver as flores que lhe mandaram. — Neville fungou ao olhar ao redor do quarto. Ele estava cheio de vasos com as mais belas flores e presentes intermináveis dos admiradores de Hadrian.

— Então, por favor... — Tom segurou com força a caixinha dos colares que Hadrian iria presentear ele e Draco com os colares de Moonlight e Traveler. — Volte para nós, Sunshine. Nós precisamos de você.

— Nós te amamos. — Todos disseram ao mesmo tempo, permitindo que suas lágrimas finalmente escorressem por suas faces.

 

— Você precisa ser forte, Ragnuk. — Newt segurou o ombro de seu amigo, que ainda sustentava o glamour para parecer humano. — Você mesmo me contou o quão forte ele é, ele vai sair dessa.

— Ninguém vence a morte, Newt. — Seus olhos se fecharam enquanto sua mente era bombardeada das lembranças felizes de seu filho. — Vocês não conseguem sentir, mas eu sim. Ele está impregnado com o cheiro da Morte. Eu sinto sua magia enfraquecendo a cada segundo que passa, seu brilho está se apagando. Ele está tão perto de morrer... — O bruxo puxou o amigo para um abraço e o confortou como podia.

Newt só podia imaginar a dor que o outro sentia, ele mesmo não suportava a ideia de perder seu filho. Já fora terrível perder sua amada Porpentina Goldstein. A única coisa que ele podia fazer era orar para que Hadrian sobrevivesse, ou para que Ragnuk e Maray consigam superar esse pesadelo.

 

— Como ousam?! — Dumbledore jogou as coisas que estavam em cima da mesa para o chão, seus olhos ardendo em puro ódio e sede de vingança.

Tudo estava desmoronando, cada maldita peça de seu jogo estava sendo morta. Todos os anos em que ele trabalhou arduamente para conseguir o bem maior estavam ruindo. Tudo por causa daquele maldito garoto! Agora sua tão preciosa imagem de Lord of Light estava sendo jogada na lama! Suas mentiras e manipulações querendo emergir para a superfície! Dumbledore queria invadir aquela maldita casa cheia de Death Eaters e matar cada um deles! Ele ansiava por ter o pescoço fino de Hadrian envolvido por suas mãos enquanto ele esganava até a morte! Esse maldito garoto iria pagar por tudo o que fez!

 

Eu sei que todos já devem saber... — Ragnuk segurou sua esposa num forte abraço enquanto encarava seus súditos. Nunca, em toda a sua vida, ele imaginou que veria o Reino Goblin tão deprimido. Não era apenas os sentimentos de seus habitantes, a magia do lugar estava deprimida; o sol não brilhava mais como antes; as nuvens escuras derramavam suas lágrimas sem parar; a vegetação não era mais vívida e a magia estava enfraquecida. — Porém, como seu rei eu devo-lhes a verdade sendo dita por minha boca. Hadrian Tamish Potter, meu filho e Príncipe deste reino, está em coma, lutando contra a Morte, que deseja acolhê-lo. E-eu não sei se ele sairá dessa vivo, pois seu corpo está impregnado com o cheiro da Morte. — Ragnuk reprimiu um soluço. Ele e sua esposa choravam, junto com todos que amavam o pequeno bruxo. — Me desculpem. — Sem conseguir mais se conter, Ragnuk levou sua esposa para casa, onde ambos se sentiram livres para se abraçarem fortemente e chorar. Eles nunca viram seu povo lamentando a possível perda de seu amado Príncipe.

 

— Como ele está? — Severus perguntou na quinta noite desde que o tratamento de Hadrian havia começado. Todos estavam reunidos no quarto do moreno para escutarem o relatório de Meggie.

— Ele está se recuperando lentamente. — Vários ofegos aliviados foram escutados. — Porém ele ainda não está dando sinal de que irá acordar, então nossa teoria de que ele tenha entrado em coma está começando a se concretizar. — Ela checou sua prancheta com anotações. — Os cortes estão começando a cicatrizar; já reconstruímos alguns tendões, músculos e vasos sanguíneos; seus ossos quebrados foram removidos juntamente com os estilhaços e já cresceram novamente; conseguimos reverter a gangrena das extremidades. Ou seja, seus pés, mãos e sua perna esquerda. Sua perna estava sem irrigação sanguínea devido a um osso fraturado que cortou a artéria principal, o que, graças ao feitiço que o impedia de sangrar, não o permitiu morrer por hemorragia. As queimaduras estão começando a criar cascas, o que é um ótimo sinal, seus hematomas estão desaparecendo e seus órgãos feridos já estão curados. Não há nenhuma sequela devido ao abuso de vários nervos pela tortura, ele continua com o tato, conseguirá mover qualquer parte do corpo como antes. Seu coração também não será afetado pela parada cardíaca, continuará forte e saudável. O grau de sua hipotermia está regredindo e as poções nutricionais estão fortalecendo seu organismo. O seu corpo está muito bem, se recuperando lentamente, mas bem. O que nos preocupa ainda é o seu núcleo mágico. Ainda estamos doando magia para ele, porém não está dando resultado algum. Parece que seu núcleo não aceita magias externas, nem mesmo a de seu familiar. Ele continua fraco e debilitado. Não sabemos o que pode acontecer. Ele pode sobreviver, porém nunca acordar. Ou o seu núcleo mágico irá trabalhar até a sua morte. Eu sinto muito.

 

Escuridão.

Era isso que ele via e sentia. Parecia que o seu corpo estava flutuando no espaço, todos os seus sentidos estavam adormecidos, seus olhos pesavam tanto que ele não conseguia abri-los, mesmo que tentasse desesperadamente. Às vezes ele conseguia escutar alguns sussurros distantes, as vezes seu corpo sentia um toque tão singelo que parecia o vento acariciando sua pele. Ele não sabia quem era, não sabia onde estava, não sabia de nada. Tudo o que sabia era que estava flutuando no nada.

— Sunshine...

“Outra vez. Uma voz distante sussurrou ao longe. O que isso queria dizer? Quem estavam chamando?”

Vamos, filhote. Eu preciso de você.

“Que estranho. Os sussurros nunca foram tão pertos um do outro. Este parecia mais forte, parecia que estava mais perto.”

— Uma rebelião...

“O que? O que era uma rebelião? Por que estavam falando disso? O que estava acontecendo?”

— Seu corpo está se recuperando, mas temo que ele não sobreviva.

“Sobreviver? Alguém estava morrendo? Quem? De quem estão falando? Quem eram essas pessoas?”

— Ele vai voltar para nós, Nev. Você verá.

“Nev? Quem era Nev? Quem irá voltar? Quem eram eles?”

— Nós te amamos, Sunshine. Volte para nós.

“Sunshine... Eu já escutei isso uma vez...”

— Hadrian ainda está dormindo?

“Hadrian... Hadrian. É o meu nome! Eu sou Hadrian! Eles estão falando de mim? Quem são vocês?”

Nós estamos te esperando, Sunshine. Eu preciso de você. Você é o meu Sol. O único que me amou como eu sou. Volte para mim, meu amor.

“Tom! Tom! Eu lembro de você, Tom! Você pode me ouvir?! Eu quero voltar! Tom?!”

— Não sabemos se ele irá sobreviver até o final do mês.

“Não! Eu não quero morrer! Eu quero voltar! Eles precisam de mim! Minha família! Eu quero vê-los mais uma vez! Quero poder abraçá-los e dizer-lhes o quanto eu os amo! Me deixe voltar! Me deixe abrir os olhos!”

Ele estava tentando, ele realmente estava. Mas seu corpo não obedecia a suas ordens. Ele tentava com todas as suas forças abrir os olhos, mexer algum membro, fazer qualquer coisa. Ele só precisava mostrar a todos que estava vivo, que estava tentando voltar para eles.

“Eu quero! Eu preciso voltar! Eles precisam de mim! E-eu quero mais tempo com eles! Eu preciso voltar para a minha família! Eu prometi que iria acabar com esse pesadelo! Prometi que mudaria a injustiça que se tornou aquela sociedade! Prometi que não abandonaria minha família! Eu os amo e quero vê-los de novo! Eu preciso voltar!”

Seu corpo fora envolvido por uma sensação de plenitude enquanto seus sentidos despertavam. Ele pode sentir correntes e amarras o prendendo, com todas suas forças ele começou a lutar para se libertar. Ele precisava acordar. Precisava abrir os olhos. E então, quando finalmente conseguiu se livrar das restrições que o prendiam, ele abriu os olhos.

 

Hadrian sentia o seu corpo tão pesado e dolorido. Todo o seu ser se forçava a abrir os olhos. Suas pálpebras pareciam chumbo, estavam tão pesadas. Mas ele precisava acordar. Ele precisava mostrar a todos que havia voltado para eles. Com um suspiro de exaustão ele conseguiu, finalmente, abrir os olhos. Sua visão estava dolorida e turva conforme se ajustava a claridade do ambiente.

Uma claridade que ele foi privado por muito tempo. Conforme suas pupilas ajustavam o foco de sua visão, Hadrian pode olhar ao redor. O sol invadia o quarto pelas janelas, ele conseguia ver os grãos de poeira pequeninos voando no ar, cintilando contra a luz acolhedora do astro incandescente. Uma brisa refrescante fazia as cortinas ondularem, e Hadrian tomou um longo fôlego, apreciando a doce sensação de respirar. Forçando a sua memória a trabalhar, ele percebeu que este era o seu quarto na Malfoy Manor. Ele se sentiu aquecido quando viu o tanto de presentes e buques cuidadosamente arrumados para não deixar o ambiente bagunçado. Com mais um fôlego profundo, Hadrian pode apreciar o perfume das flores em seu quarto.

Ele tentou se mover, mas percebeu que era muito difícil, seu corpo todo parecia pesar toneladas. Então ele tentou chamar por alguém, mas falhara novamente. Sua garganta estava tão seca que chegava a machucar, sem contar que todos os seus músculos do corpo estavam flácidos pelo desuso, então nem sua boca estava querendo funcionar. E agora? O que faria para chamar alguém?

“Nyx... Você pode me ouvir? Eu voltei.”

 

Era mais um dia como os outros. O sol nasceu e todos estavam reunidos na sala de jantar. Era um sábado, então aqueles que tinham que voltar para Hogwarts puderam ficar um pouco mais. Mesmo que o tempo parecesse radiante e feliz naquela manhã, nenhum integrante daquela sala se sentia assim. Esse era o décimo dia que Hadrian não acordava. Todo o seu corpo já estava recuperado, e seu núcleo mágico parecia começar a se regenerar e acumular magia. Porém não havia nenhum sinal de que ele iria acordar. Então eles assumiram que a hipótese dos mediwizards havia se concretizado.

Os semblantes abatidos, as comidas praticamente intocadas, os olhos vermelhos e inchados por causa das lágrimas, ninguém ali estava bem. Nyx estava deitada perto da janela, enrolada em Hera enquanto as duas se confortavam e se aqueciam ao sol. O silencio preenchia o ambiente, ninguém queria conversar banalidades enquanto uma pessoa amada estava à beira das Portas da Morte.

Com a calmaria do pesar, todos viraram alarmados para uma Nyx que acabara de se erguer em alerta. A serpente negra tinha as pupilas em fendas minúsculas que desapareciam no vórtice azul que eram seus olhos. Todo o seu corpo estava tenso e em alerta. Então todos ficaram receosos com o que poderia ter feito a cobra ficar naquele estado.

“Nyx...” — A serpente pode escutar um sussurro fraco em sua mente. Uma voz tão parecida com a de seu amado filhote. — “Você pode me ouvir?” — Não poderia ser... Poderia? — “Eu voltei.”

Hadrian... — Seus olhos encararam Tom com intensidade antes que ela saísse em disparada para o segundo andar

— O que ela disse, Tom? — Maray perguntou reocupada enquanto todos se levantavam.

— Hadrian... — Dito isso todos desataram a correr até o quarto do moreno.

Hadrian?! — Nyx chamou em desespero enquanto fazia a porta se escancarar com sua magia.

“Nyx!” — Ele chamou em seus pensamentos. Tentando com todas as suas forças sorrir, mas só o que conseguiu foi uma careta estranha. Seus olhos, porém, não tiveram nenhuma dificuldade em derramar lágrimas de felicidade.

Meu filhote! — A cobra subiu rapidamente na cama e envolveu o corpo do bruxo em um abraço apertado. — Você voltou! Voltou para mim, meu filhote! Eu fiquei tão preocupada com você! Pensei que o perderia para sempre! Eu não suportaria essa dor! Não suportaria te perder! Eu te amo tanto, filhote! Nyx desejava poder chorar toda a sua felicidade enquanto acariciava o rosto do garoto com sua cabeça.

“Eu voltei.” — Mesmo que tentasse, seus músculos não conseguiam se mover para abraçar a serpente e acariciar lhe as escamas. — “Eu não poderia deixá-los. Eu te amo, Nyx. E voltei para você. Tudo vai ficar bem.”

Hadrian! — Maray e Ragnuk chamaram em uníssono enquanto choravam sua alegria e corriam para abraçar o seu filho. Nenhum deles percebeu que deslizaram para o gobbledegook.

Meu bebê! Meu amado filho! — Com a avalanche de emoções os consumindo, eles perderam o controle sobre o glamour e revelaram suas verdadeiras aparências. — Você voltou para mim! Estou tão feliz por tê-lo em meus braços novamente! Eu te amo, meu filho!

Nunca mais o deixaremos ir! Você viverá sobre nosso abraço para sempre! — Os goblins choravam de alegria ao verem o filho tentando sorrir para si. Nem se importaram com o grupo de bruxos incrivelmente surpresos com a revelação.

“Eu voltei, mamãe, papai. Eu os amo.” — Nyx usou sua magia para permitir que os pensamentos de Hadrian fossem ouvidos por todos em alto e bom som. — “Eu não vou a lugar algum.”

 

— No final nem precisamos interferir. — Uma voz desumana comentou com orgulho.

— O filhote é forte. — Outra voz desumana comentou.

— Ele não cairá tão facilmente. — Ninguém ali era “comum”, suas vozes já indicavam o tamanho de seus poderes. Eles estavam muito além da normalidade e seus conceitos.

— Ele não iria se deixar levar tão facilmente. — O tom de sua voz desnatural indicava que um sorriso se abria.

— O filhote não está pronto para vir para os meus braços. Ainda não.

— É agora que a verdadeira batalha se inicia. — O ser com maior poder de todos ali presentes comentou enquanto olhava para a imagem de Hadrian sendo abraçado pelos pais e Nyx. — Ele precisará ser ainda mais forte para o que está por vir. Boa sorte, Hadrian Tamish Potter.



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