Pov's May Lee
Acordar? Era, algo que eu não queria, mas era necessário?! Ou talvez não seja a única opção necessária por aqui, eu posso ter uma segunda opção, se matar? seria fácil demais, seria dar tudo que essas pessoas querem, eu ainda mantinha meus olhos vermelhos de tanto chorar, meu espelho estava totalmente estilhaçado com seus cacos de vidro espalhados pelo chão, e um coração mais que arrependido, como pude errar dessa maneira, me entregar a Park Jimin?O maior idiota da escola, me deixar levar pelo alcool e influência de Hoseok, acreditar em Jennie, como fui errada, como tenho culpa nisso, como vou encarar as pessoas, eram muitas dúvidas, muitos questionamentos, mas as respostas, elas acabavam por se distanciar cada vez mais, era como se nenhuma das minhas alternativas, fosse me tirar desse pesadelo, eu somente teria que aguentar, e enfrentar, mas como? Me sinto tão humilhada, tão exposta, eu só queria alguém que me abraçasse e pudesse entender, que todos nós erramos e que se eu estivesse em completa sanidade, jamais faria aquilo.
Apenas me levantei da cama, não posso deixar minha mãe descobrir, depois da morte de meu appa, ela vem se virando em mil, pra conseguir ajudar em casa, para me dar uma vida feliz novamente, isso a desgraçaria, a faria ter vergonha de mim, preciso fingir que tudo está bem, que não sou essa pessoa horrível que todos devem estar pensando, peguei o resto de celular que ainda existia, pois eu havia quebrado ele contra o espelho, ontem a noite, ele ainda funcionava mas estava totalmente rachado, eu queria e não queria, ler as mensagens, queria saber o que acontecia no mundo lá fora, mas tinha medo de me magoar mais.
[...] Entrei no chuveiro, deixei aquela água gelada rolar por meu corpo, tentando fazer que as coisas fiquem claras para mim, mas quanto mais eu pensava mais mal eu me sentia, apenas me agachei no canto, abraçando minhas pernas, meu choro saia descontroladamente, eu só queria sumir no mundo, tinha plena consciência que minha vida não seria a mesma mais.
Eu vestia minhas peças de roupa calmamente, não queria ir a escola, não queria encarar os julgamentos, eu estava psicologicamente abalada, notei meu celular, ou o resto dele como queira, tocar, olhei e o número não era registrado nele, mas mesmo assim atendi.
- Alô. - Digo desconfiada.
- Oi May, É o Taehyung - Aquela voz, que eu não esperava ouvir, mas que me passou conforto, assim que a escutei, eu estava me sentindo tão protegida, e isso era somente uma ligação, como eu poderia me sentir assim, uma felicidade incontável surgiu por mim.
- Ah, Taehyung, tudo bem, por que está me ligando? - eu tinha medo da resposta, com certeza, minhas fotos já estão salvas em seu celular e de alguma forma, ele veio me "contar", pensando que não sei do acontecido. Vergonha. isso era o que eu sentia.
- desculpe te ligar assim tão cedo, mas pensei em fazer algo essa tarde, não quero ir a escola, quer sair comigo? - A voz de Taehyung, era de quem não sabia nada, ou que fingia muito bem, ele estava normal, do jeito que eu queria estar.
- Quero - Disse sem nem pensar, o quanto eu puder evitar a escola, eu evitarei. - a onde nós encontramos então?
- eu te busco em casa, que tal? passo no horário da sua aula, assim sua mãe pensa que irá para a aula! - esse lado dele, eu não conhecia, seria um novo Taehyung á vista?
- Claro, estarei te esperando. - Dito isso, ele se despediu, eu não sei como, mas Tae surgiu no momento que mais precisei, nem parece que ontem eu estava na companhia dele. Já sinto falta.
Me arrumei como se nada estivesse errado, juntei os cacos de vidro, pondo em uma sacola, com o aviso para os coletores não se machucarem, caminhei escada a baixo, vendo a casa silenciosa, como sempre uma carta de minha omma, se encontrava na geladeira, lá dizia, para eu mesma preparar o almoço, pois no meio da noite, ela teve que ir ao hospital, fazer um plantão de emergência, mais um ataque havia acontecido, apenas largo o papel, remexendo minha cabeça, isso me trouce lembrança do assassino que eu vi, a um tempo, eu ainda tinha medo dele, mas o mesmo não assombrava mais meus pensamentos como antes, mas só de relembrar um arrepio corre meu corpo, abro a geladeira, pegando um copo de leite, irei comer uns biscoitos com leite, não quero preparar nada, aliás daqui a pouco Tae deve estar chegando, mas não tão rápido, já que o mesmo estaria de apé.
Comia calmamente treinando o melhor sorriso falso que eu podia, se Tae ainda não sabia, eu queria que por mais tempo, ele não descobrisse isso, a única coisa que quero é saber quem fez isso, quem me expôs dessa maneira, quero destruir essa pessoa, matá-la seria uma ótima ideias, mas não consigo ter forças pra isso, enquanto eu tentava imaginar quem seria possível, e nenhum nome vindo a mente, pensei que seria interessante ligar a tv, pego no controle e ligo a mesma, de novo noticiários, recheados de destruição e mortes, olhei um jornal onde a frente da minha escola estava sendo filmada, aumentei o volume do som, a repórter relatava, mais um caso de mortes em nossa cidade.
- Hoje pela manhã os policiais da cidade de Daegu vieram até a escola xxx, onde o diretor da instituição Kim Namjoon foi encontrado morto com pinos de metais perfurando seu corpo, estes pinos, não são de fabricação sul coreana, elas vem da Arábia Saudita, e seriam caras demais para uma pessoa comum ter, o assassino de Daegu volta a atacar, até quando viveremos com medo? Quando nossa segurança irá voltar, as autoridades preci... - quando a repórter iria continuar, ouço som de uma buzina em frente a minha casa, eu não estava esperando ninguém, pelo menos ninguém que tivesse carro.
Caminhei até a janela da sala, assim que retirei a cortina para enxergar a rua, encontro alguém colado ao vidro, me assusto de uma maneira, que solto um grito sem querer, pondo a mão sobre meu coração, o mesmo dá seu sorrisinho quadrado e fala algo pelo vidro abafado.
- Te assustei tanto assim? - ele fala rindo, caminho até a porta a abrindo.
- Você me deve um coração novo Kim Taehyung. - dou um tapa nele.
- Nem foi pra tanto, nem sabe posso fazer pior - ele sorri, só que o mais estranho é, Taehyung sorrindo?! só podia ser o dia mais estranho do mundo, e mais estranho ainda, ele me procurar, ele querer fazer algo comigo, o quanto foi difícil criar essa amizade com ele.
- Mas estão faremos o que hoje?- pergunto me atirando no sofá e ele ao meu lado.
- Vamos nos divertir, acho que terei de mudar minha imagem com você, começamos mal, mas acredito que você me entenda porque sou assim? - ele me olha sugestivo, eu realmente não estou achando natural essa aproximação.
- eu entendo, mas então está de carro? - o olho meio incrédula, ele é só um estudante, que mora em um apartamento normal, nada de riqueza, para ter aquela
- demorou para perceber hein? eu comprei, cansei de ser o nerd, maltratado, peguei um dinheiro que eu guardava e investi, você me fez perceber que eu merecia me valorizar - nem tudo está perdido, agora que minha vida se tornou uma merda, de humilhação e ser maltratada possivelmente pelos outros, a de Taehyung mudou radicalmente.
Peguei minha mochila, fingindo ir pra escola, porque mesmo que agora minha omma não esteja em casa, tem chances de eu voltar, e ela estar, então devo montar o cerco perfeito, não quero morrer de vergonha de encara-la, já que Tae agi como se não soubesse de nada seria interessante, a gente continuar nesse mundo de mentira.
Eu levei ele até a saída, e entramos no carro, era bem confortável, eu me sentia bem com ele, mas ainda assim era estranho, e essa sensação não mudava.
- Você viu que o Diretor Namjoon foi morto?- olhei para ele, esperando alguma reação mas nada aconteceu.
- Hunm, ouvi algo sobre, mas não me interessei, não gosto de jornalismo, eles aumentam as histórias, não foi bem assim.
- como você pode saber? - falo o encarando, ele liga o carro e saímos.
- Eu não sei, é só dedução, algo óbvio, a única coisa que me deixa confuso é, o que essa pessoa teria contra Namjoon, ele era uma boa pessoa.
- aigo Tae não chame um assassino de pessoa, espero a polícia ache esse... - minha raiva era evidente - esse lixo, e o matem, nem prisão ele merece, tirar a vida de outras pessoas, é o fim de uma pessoa que nunca irá mudar - ele apenas engoli seco, e apertou voltante, parecia ter mudado de humor radicalmente.
- Já parou para pensar que tem pessoas que merecem? Ninguém saí matando de graça! - dobramos uma esquina, onde várias flores coloriam a rua.
- descordo de você, por isso o mundo está como está - ele suspira, parando o carro, era uma praça tomada por flores, e muito bonito, havia um cachoeira, gigante em frente aquela paisagem dos deuses - que lindo!- falo boquiaberta.
- Você ainda não viu nada - ele desce, e corre para meu lado, abrindo a porta do carro, além dessa mudança repentina, ele estava diferente nas atitudes, ele agia como se fosse interessado em mim, algo que não me parecia muito normal.
Andamos juntos, enquanto ele dizia o nome de cada flor, e árvore, o conhecimento do Kim sobre botânica me impressionava.
- Como você entende tanto de flores?
- Aprendi com a minha vizinha, a senhora Kang, ela ama flores, e sempre me contava e mostrava fotos, desse lugar aqui, ela dizia que era mágico, então pensei em...- ele para me encarando - trazer você aqui, só achei que você precisava disso hoje. - ele parecia não saber de nada, mas suas palavras era de quem sabia de tudo, se ele viu as fotos fico envergonhada.
- Obrigada, eu precisava mesmo, você adivinhou certo.
- é que eu queria me redimir também, te deixei ontem ir embora, sem nem te levar embora, quando fui até a parada depois, você não estava lá.
- é...- me lembrando do que aconteceu com Jimin e sua revelação, um tanto que chocante.
- vamos aproveitar - noto Tae retirar sua camisa do corpo, onde foi parar o garoto tímido? que nem amigos tinha. Ele retira a bermuda e eu grito.
- Hey, hey vai com calma ai, não quero ver nudes não.
- Tudo bem May, eu fico de bermuda. - ele corre até uma pedra, tomando impulso e se atirando dentro da água, ele mergulha e me olha rindo. - vai ficar ai Lee so me olhando, ou vai entrar também?
- Prefiro te assistir.
- Isso é injusto, te trouxe aqui para nos divertirmos, não para ficar me olhando - ele diz, vindo até a mim.
- Taehyung não,... - saio correndo, e ele corre atrás de mim, o mesmo desliza na pedra e cai, corro desesperada até ele, não quero mais mortes, por ele ser burro, e estar com os pés molhados, tentando correr sobre pedras perigosas. - Meu deus, você está bem? - ele colocava a mão nas costas.
- Ai está doendo, por favor vê se ficou roxo? - ele diz , o mesmo se levanta e se vira, assim que olho, noto nada no lugar o mesmo ri, e me agarra atirando me na água junto dele.
- Eu vou te matar - começo pular sobre ele, molhei minha roupa toda, e não tenho outra, como chegaria em casa?! ele prende minhas mãos, e sorri pertinho de mim, aquele sorriso quadrado, que antes me dava medo, agora me fazia querê-lo, aigo May Lee pare de pensar nisso, no máximo é amizade, no máximo, não faça besteira de novo, você pode ter evitado o mundo hoje, mas amanhã será um novo dia, e uma hora as consequências virão de forma trágica, e eu espero poder mudar tudo isso.
- Não me mata não, quero estar bem vivinho para te incomodar - ele aperta minha cintura por dentro da água, estávamos molhados e era algo estranho, nunca pensei na vida que estaria assim com.. ele. - aliás, não quer tirar alguma parte da roupa, elas ficam pesadas dentro da água.
- Não, fico assim mesmo, e você me paga. - ele se afasta, soltando minha cintura, indo nadar.
Passamos o tempo todo rindo e brincando, se todos pudessem conhecer ele, como eu estou, teriam dado chance ao mesmo, não seriam tão ridículos ao ponto de menos prezar a pessoa incrível que o Kim é.
[....] Já estava anoitecendo, e ele ainda estava dando saltos na cachoeira, eu já me encontrava quase seca, sentada em uma pedra em frente ao Castanho quase Moreno, ele sorria e as vezes irritantemente jogava água em mim, já ficava mais fresquinho o vejo sentando ao meu lado.
- Kim vamos embora, está ficando tarde, e se não se lembra temos um assassino a solta.
- ai May, não se preocupe não vai nos acontecer nada.
- isso que você pensa, depois que ele matar a gente, daí quero ver você dizer isso. - ele sorria em deboche, como se eu estivesse louca.
- Posso te garantir que não irá acontecer nada. eu estou aqui, posso te proteger.
- Ui ok, depois eu não quero estar nos jornais tá.
- não vai estar, para você deve ter algo especial reservado.
- você tá me dando medo - ele sorriu e me estendeu a mão.
- você está certa, vamos embora - andamos até o carro, e ele me dá a mão novamente me fazendo entrar, ele corre até a porta do motorista, entrando e consequentemente molhando tudo por ali. Mas o mesmo não parecia se importar.
Ele ligou o rádio e tocava Portugal the man, e eu amo essa música, comecei a cantar. (LINK DA MÚSICA NOTAS FINAIS)
- gostamos pelo visto da mesma música - ele sorri respirando fundo cantando o refrão - Ooh woo, I'm a rebel just for kicks, now. I've been feeling it since 1966, now. Might be over now, but i feel it still ! - cantamos esse trecho juntos, era muito engraçado, como ele estava diferente e assumo estar amando, ele me fez esquecer todas as coisas difíceis que eu passaria hoje, mas eu sei que uma hora elas irão vir.
- Obrigado pelo dia de hoje, eu fiquei muito feliz, além de conhecer um lugar novo. - ele sorri, fazendo um sinal estranho.
- corrigindo, você conheceu não só um lugar novo mas um Kim Taehyung novo também.
- é eu sei, mas pode me dizer um motivo além do qual, você já falou? essa mudança me assusta, não esperaria isso de você do nada.
- eu só achei uma forma de viver a vida, e já disse, você me mostrou isso, talvez não sejamos tão diferentes assim.
ele estaciona em frente a minha casa, só agora pensei como ele conseguiu meu número.
- Como tem meu número?
- Jennie - ele responde, me olhando.
- ela disse algo de mim?
- por que quer saber? - me sentia aflita, ela teria falado algo das fotos com Taehyung, ele teria visto o site, é tão horrível essas dúvidas, mas eu também não queria, que ele não soubesse e eu fosse a motivadora da descoberta.
- só não estamos mais nos falando, estranhei.
- ah desculpe eu não sabia.
- mas encontrou ela a onde para pedir o número?
- credo, tudo isso é curiosidade - ele responde, e sim é sim.
- Não, só queria saber mesmo.
- hun, tudo bem, até amanhã, te busco para ir a aula?
- Sim, se você quiser.
- claro, então não se atrase eu sou pontual. - ele me ameaça rindo,e eu retribuo, nunca vi Taehyung rir tanto em um dia só, e nunca me vi tão feliz em um dia só, como eu amo ver aquele sorrisinho quadrado, que o deixa tão fofo.
[.....]
Eu já me encontrava atirada sobre a cama, pensando no dia maravilhoso com Taehyung, não quis ver as mensagens de ninguém, aquilo só me machucaria, entrei no Facebook, vi minhas fotos na Time Line de muitas pessoas, comecei a chorar novamente, mas Tae me fez ver as coisas de forma melhor hoje, ele mesmo está se superando irei superar isso, toda chacota, e desdém das pessoas eu irei ultrapassar, apenas me vi triste pela morte do diretor Kim, ele não merecia era um bom homem, eu precisava urgentemente, me cuidar vivia sozinha em casa, o perigo se torna melhor, minha omani nem me ligar, havia ligado, fora de casa dessa maneira me sentia desamparada, é o mesmo que saber que a alguém com você, e não ter, preciso de ajuda, talvez no momento seja melhor ter o Kim ao meu lado.
Apenas cliquei em desativar, e fiz com que meu Facebook sumisse, assim fiz com Kakao Talk, e todas minhas redes sociais, o quanto eu puder evitar o mundo lá fora eu vou.
Assim que peguei meu cobertor para me cobrir, vejo a luz do meu celular ligar, era uma mensagem, porque não sei, mas sorri automaticamente pensando que poderia ser Taehyung, o número também não era registrado, mas como eu não havia decorado o do Tae, poderia ser.
li a mensagem.
olhe pela sua janela.
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