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História The Sins - XXLI - Cúmplice


Escrita por: AuroraYumi

Notas do Autor


Gente, perdão pelo sumiço enorme! Eu estava super bloqueada e não conseguia escrever nada, até que nessa semana eu morri de saudades e voltei!
Não se preocupem que irei terminar sim a história!
Um beijo e obrigada pelos comentários, vocês são maravilhosos <3

Capítulo 31 - XXLI - Cúmplice


Fanfic / Fanfiction The Sins - XXLI - Cúmplice

Rodoviária, 5 anos atrás.

Alexia saltou do ônibus que horas atrás tinha acabado de pegar, para a cidade vizinha. Saiu andando, sem rumo, pela estrada. Não acreditava no que tinha acabado de fazer. Tinha abandonado toda a sua vida, o homem que amava, amigos e um lar. A dor no peito era angustiante. Sentia-se perdida, desolada, mas tinha que se reerguer. Valia a pena pagar o preço por ficar sozinha para salvar a vida de Jack.

- Jack... – Suspirou. Deitado naquela cama de hospital parecia tão indefeso. O homem forte e alto parecia tão pequeno. Não queria aquilo que acontecesse de novo com ele.

Começou a chover, colocou o capuz do casaco sobre a cabeça. Viu uma placa luminosa escrita “Hotel Shain”. Correu na direção do estabelecimento e entrou. Tocou o sino que ficava em cima do balcão e esperou por alguém que fosse atende-la.  

- Olá. – Um senhor negro, baixinho, que aparentava estar nos seus cinquenta anos, apareceu.

- Hmm... Oi. Eu queria um quarto, por favor. – Tirou o capuz.

- Claro. É 40 o pernoite. – Disse, com um sorriso gentil. Alexia retirou o dinheiro de dentro da bolsa e entregou para ele. – Quarto 203. – Lhe deu a chave.

- Obrigada. – Deu um sorriso sem mostrar os dentes.

– Qual o seu nome? - O senhor perguntou, antes que ela pudesse sair dali. Alexia pensou em um nome que não chamasse a atenção.

- Lexi Schimidt.

- Meu nome é Hugo. Bem-vinda ao Hotel Shain. – Sorriu. Alexia fez um sinal afirmativo com a cabeça e saiu. Subiu as escadas e andou pelo corredor, que também era a varanda do hotel. Entrou em seu simples quarto, que só possuía uma tv, uma cômoda, um criado-mudo e um abajur, além da cama, e trancou-o. Ficou aliviada em ver uma cama de casal, onde ela pôde deitar a vontade. Estava tão cansada, que nem conseguiu tomar um banho. Adormeceu ali mesmo. Abriu os olhos pela manhã. Estava encarando o teto, demorou alguns minutos para acordar de verdade e perceber onde estava. Ergueu seu corpo para levantar da cama, mas não conseguiu. Seus pulsos e tornozelos estavam amarrados à cabeceira da cama e sua boca amordaçada. Arregalou os olhos e tentou gritar, era inútil. A TV estava ligada.

- Ora, ora, minha garotinha acordou. – Lá estava seu pai. Ele acabava de sair do banheiro e estava enxugando o rosto com uma toalha, após ter se barbeado. Alexia grunhiu, remexendo-se na cama. – Melhor não fazer isso, vai se machucar. – Raphael sentou-se na beirada da cama. Alexia afastou a perna. Estava coma respiração ofegante. A única coisa que conseguia sentir por ele era ódio e rancor. – Deve estar se perguntando “O que papai está fazendo aqui?” – Ele riu. – Eu estava seguindo o seu ônibus e me perguntando para onde você iria. Meu plano era só sequestrar você e pedir um bom dinheiro para o policial. – Disse. – E ficaria tão fácil fazer isso, já que você acabou chegando em um dos meus locais favoritos de entregas de mercadorias, o dono é um velho conhecido... Mas, meus planos mudaram... Preciso sair daqui e fugir.– Alexia franziu as sobrancelhas, sem conseguir acreditar que, aquele senhor gentil, conhecesse o seu pai psicopata. – O dono disse que me denunciaria e que não queria fazer mais parte do negócio. Tenho que admitir que fiquei impressionado com a coragem do velho. – Ele riu. – Então, fiquei irritado, me descontrolei e acabei matando ele. – O coração de Alexia bateu mais rápido. Estava sozinha com aquele homem em um quarto de hotel. – Não se preocupe, eu não vou te matar... Não se você fizer um favorzinho pra mim. – Disse. – Eu vou retirar a mordaça agora, mas se gritar, eu mato você em um segundo. – Ele suspendeu uma sobrancelha e Alexia fez que sim com a cabeça.

- O que você quer? - Perguntou, com a voz trêmula.

- Que esconda uma coisinha para mim, enquanto eu cuido do corpo do velho. – Ele retirou o nó das cordas que a aprisionavam-na. – Já sabe, se fugir, eu mato todos que você gosta. Bem na sua frente, antes de te matar, é claro. – Retirou a arma das costas e apontou para ela. – Levante e pegue sua mochila. – Alexia fez o que ele mandou e andou em direção à porta. Ele a empurrava com o cano da arma e ela se arrepiava, aterrorizada. Era raro ficar assustada, mas aquele homem a deixava morrendo de medo. Desceu as escadas, com ele seguindo-a logo atrás e ele abriu o quarto 101, pegou um pano sujo de sangue que estava em cima da cama. – Anda. – Apontou a arma para fora do quarto e foram para a frente do hotel. Ele baixou a arma, jogou o pano no chão e entregou uma faca, que estava enrolada no tecido, suja de sangue.

- O que devo fazer com isso? - Sentiu-se enjoada ao ver o sangue ainda fresco.

- Quero que você corra e esconda essa faca, muito bem escondida. – Ele deu aquele sorriso maldoso. Alexia olhou para a faca e pegou-a, arrependendo-se logo em seguida. Não sabia o que fazer, estava amedrontada e confusa, não conseguia pensar direito com aquele psicopata a sua frente. Colocou a faca em sua mochila e correu, como ele havia mandado. Correu para bem longe e jogou a faca em um matagal. Suas mãos estavam tremendo e sujas de sangue. Nunca mais voltaria para Jack. Nunca mais teria a vida que um dia teve. Aquele era um adeus definitivo.

 

Dias atuais. Sala de Interrogatório da Delegacia.

- Foi isso que aconteceu. – Alexia enxugou as lágrimas que insistiam em cair. – Desculpa chorar. É que só de me lembrar me dá calafrios. – Olhou para Ed.

- Não se desculpe. – Ele suspirou e ficou pensativo por um momento.

- O que foi? É tão ruim assim? Vou ser realmente presa? - Alexia perguntou.

- Não é isso... Bem, a sua situação é um pouco complicada. Mas, acho que entendi o que aconteceu...

- Como assim? - Ela franziu as sobrancelhas.

- Raphael sabia que aquela câmera estava ali, ele fez de propósito. Ele queria que você tocasse na arma, isso tornaria você uma cúmplice do assassinato. – Disse. Alexia ficou preocupada. Jack entrou na sala de repente, com um tripé e uma câmera, Ed se levantou e sentou-se ao lado de Alexia, deixando a cadeira para ele.

- Bom, preparados? - Ele começou a armar o equipamento e ligou a câmera. Alexia balançou a cabeça afirmativamente para Ed.

- Minha cliente está pronta. – Ed disse. Jack olhou para Alexia, mas era como se não enxergasse a Alexia que beijou horas antes. Ele olhou para ela como uma mera suspeita, Alexia sentiu seu coração doer mais uma vez.

- Então, vamos lá. – Jack disse.



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