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História Tocando Rosas - Com Si eu vejo sua face


Escrita por: violetfairy

Notas do Autor


Eiiii queridos lírios! Sim, eu já estou aqui, viram como não demorei? hahaha
Queria só esclarecer um detalhe, que é quando Regina ora se refere a Emma como irmã, ora como amiga. Não é como se ela categorizasse Swan de acordo com o que acontece, é só que ela a vê das duas formas mesmo. como uma irmã e uma amiga.
Bem, espero que vocês gostem do cap, ontem já estava pronto mas o final não me pareceu à altura de vocês, então eu resolvi arrumar. Espero agradar, apesar de que ficarão aflitas. ~~la capa do cap~~

Desculpem pelos erros, tenho que dizer que por mais que eu revise sempre passa algo porque parece que eu tenho algum problema - só pode- :/, mas vou corrigindo à medida que vejo.
Boa leitura!
Mwah da borboleta.

Capítulo 7 - Com Si eu vejo sua face


Fanfic / Fanfiction Tocando Rosas - Com Si eu vejo sua face

 

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- Mary?  - perguntei assim que ouvi o sinal de que haviam atendido o celular.

- Oi querida! Tudo bem? – ela respondeu com a voz animada.

- Sim, tudo ótimo! – sorri ao dizer.

- A Academia continua tão bárbara quanto a dois dias atrás? – ouvi sua risada, eu sentia falta daquele som.

- Sim! Hoje eu tive Prática Pianística e Percepção Musical, os professores são muito agradáveis e pacientes, meus colegas também são legais, mas como eu havia lhe dito, as turmas são pequenas. – expliquei.

- Ah meu amor fico feliz por você e por Emma, hoje ela ligou para o pai contando-lhe também como foi nos últimos dias e pelo que ele me disse, está tão entusiasmada quanto você.

- Ela está! Não para de falar sobre suas aulas também! – dei uma risadinha. – Não sei como vocês nos aguentam.

- Ora Regina, para nós não é incômodo algum, pelo contrário, ficamos felizes em saber que estão gostando e que está sendo como o esperado.

- Está sendo até melhor Mary. – falei com sinceridade. – Bem, agora preciso me arrumar para ir com Emma naquela cafeteria que havíamos dito, parece que precisam de pessoas para trabalhar.

- É um lugar tranquilo mesmo? – perguntou, cuidadosa como sempre.

- É sim, não precisa se preocupar. Pelo que eu vi, é bastante aconchegante, tem até um ar vintage que eu adorei e livros para quem quiser ler enquanto toma seu café, achei brilhante! Sem falar que é uma cafeteria Mary. Aquele cheirinho me embriaga. Precisamos conseguir esse emprego.  – respirei profundamente fingindo estar no lugar.

- Ai Regina, você não existe. – a Nolan riu de novo, era bom saber que eu a divertia. – Agora vá, não quero atrasá-la. Boa sorte a vocês. Um beijo querida e mande outro para Emma.

- Obrigada. Beijo Mary, mando sim! Te amo. – estalei um beijo para ela.

- Te amo também.

A semana realmente havia sido maravilhosa, a Academia era tão linda por dentro quanto por fora e muitas vezes fazia com que eu me transportasse em pensamento à época Renascentista onde a arquitetura fora bastante influenciada pelo classicismo. Aquela construção parecia um sonho.

As aulas iam muito bem e me apresentavam a um universo grandioso da música, o qual eu nem tinha noção de que existia. Percebi que o que eu sabia era pouco em relação a tudo o que eu podia aprender ali e isso me deixava ansiosa e fascinada ao mesmo tempo. Estudar algo que era uma paixão para mim não tinha outro nome que não extraordinário.

É, eu tinha muito a agradecer todas as noites.

Emma já estava quase pronta para nossa entrevista, então fui para o banho rapidamente. Não demoramos muito para sair de casa e a cafeteria ficava logo no outro quarteirão, assim, chegamos bem cedo. A senhorita que nos entrevistou foi muito gentil e pareceu ter gostado de nós. No fim, não foi algo tão formal como eu esperava. Havia três vagas e uma delas fora preenchida na semana passada por um rapaz e eu esperava que as outras duas fossem nossas. Swan também tinha gostado do lugar.

- Será que a Dona Ariel vai escolher a gente? – Emma perguntou enquanto voltávamos pra casa.

- Estou sentindo quem sim. – cruzei os dedos. – Ela parece ser uma chefe legal.

- De acordo. Vai ser perfeito, tanto os horários quanto o local. Tudo pertinho pra gente e vamos ficar próximas uma da outra o dia todo, a não ser quando estivermos em aula. – a loira observou.

- Nossa não sei como vou suportar você. – revirei os olhos teatralmente ganhando um tapa no braço.

- Sua ridícula. Eu sei que você ama me ter por perto, ta bom? – Emma cruzou os braços e parou na porta do nosso prédio que tinha poucos apartamentos e ficava sufocado entre dois outros maiores.

- É brincadeira sua boba. – ri e abri a porta.

- Sabe quem eu vi hoje no corredor da sala que você estava quando fui te esperar? – perguntou enquanto subíamos dois lances de escadas em Z.

- Não, quem? – ergui as sobrancelhas.

- Killian Jones! – vi um brilho fugaz atravessar os olhos verdes da minha amiga.

- Não brinca! E porque você não me mostrou? – andamos até o apartamento e destranquei mais uma porta.

- Porque nem eu fui falar com ele, estava com outros rapazes. – Emma bufou e se jogou em um dos sofás.

- Isso nunca havia te impedido antes. – lancei-lhe um olhar inquisitivo, mas ela não respondeu. – Emma?

- A gente só está aqui há duas semanas, não é hora pra isso Regina, preciso me concentrar nas aulas. – ela fechou a cara.

Agora eu tinha certeza de que havia algo ali, interesse da parte dela, mas não queria admitir.

- Tudo bem. – levantei as duas mãos em sinal de rendição. – Não precisa ficar estressada. – segurei uma risada.

- Ah desculpe. É só que... Hmmm você está com fome? Vamos jantar? – ela mudou de assunto, ponto para mim. Emma estava interessada naquele rapaz e eu iria buscar saber quem era ele e se merecia minha irmã. Afinal, amigas e irmãs são para isso.

- Vamos!  - deixei o assunto passar, pois não queria chateá-la, quando ela quisesse conversar sabia que eu estaria lá e afinal de contas, ainda era cedo, ela tinha razão, de todo modo, eu sabia que aquilo teria continuação.

 

♪ ♫ ♪

 

“Querido Raio de Luz,

Eu estou bastante cansada, deve ser porque é sexta-feira. Essa primeira semana foi ótima, mas cobrou bastante de nós.  E na próxima saberemos o resultado da entrevista, torça por nós, okay?

Meus olhos querem fechar, contudo eu não queria deixar de falar com você, ou melhor, escrever... Pode parecer uma coisa boba, mas às vezes fico imaginando você lendo cada uma de minhas palavras e rindo uma vez ou outra. Eu imagino o som da sua voz e ele é lindo. Imagino que você me vê na sua frente e seus olhos têm aquele brilho especial, o brilho do seu apelido, querido.

Apesar daquele pesadelo, não consigo pensar em você como alguém tão frio e que poderia me fazer algum mal, eu sinto aqui dentro do meu coração que a cada batida carrega você, que você tem um coração bom e que vibra na mesma sintonia que o meu. Eu imagino como seria sentir seu abraço e não sei por que, mas algo me diz que eu me sentiria protegida e em casa, como se sempre tivesse que ser assim. Seus braços se moldariam perfeitamente ao redor de mim e eu encostaria a cabeça em seu peito, sentiria seu cheiro conhecido, ah Raio de Luz eu iria estar em um paraíso particular, tenho certeza.

Desculpe-me por esses devaneios, parece que meus pés saem um pouco do chão ao pensar em ti.

Esteja bem querido. Sonhe com os anjos.

Regina.”

Naquele dia eu tive menos palavras, pois um nó em minha garganta parecia prendê-las ali e impedi-las de chegar a minha mente para que pudessem ser escritas. Ademais, na próxima segunda-feira, eu já tinha que realizar uma apresentação de calouros para uma das minhas professoras e dois convidados dela, só de pensar o nervosismo me tomava.

Pai me ajude a controlar isso, por favor.

Deitei-me e conversei com Ele, isso sempre me deixava mais calma. O sono me venceu logo e eu tive uma noite sem sonhos.

 

♪ ♫ ♪

 

NARRADOR

 

Regina estava sentada ao piano, suas belas e suaves mãos suavam, então ela as esfregou pela segunda vez no forro do vestido azul e suspirou.

“Anjos de luz, anjos queridos, cuidem de mim, me ajudem a tirar as pedras que parecerem pesadas demais do caminho, cuidem de quem mais fica comigo.” – a moça pediu silenciosamente.

Ouviu a porta se abrir, era o último convidado da professora, pelo visto, atrasado, mas Regina não o viu, pois estava de costas para a porta.

- Você sabia que eu estava ocupado Nimue. – o homem disse com intimidade. - Tive que largar assuntos importantes na sala da diretoria para estar aqui. Nos inícios de semestres, o trabalho aumenta, ainda mais com os tais bolsistas que a Academia resolveu aceitar esse ano. Espero que valha a pena. – a voz dele era grave e não soava tão amigável assim, mas também era firme e clara, além de bonita.

A morena sentiu olhos cravados em suas costas e então as paredes à sua volta pareceram se aproximar cada vez mais dela, objetivando sufocá-la.

“Acalme-se Regina, você só precisa tocar.” – disse a si mesma apenas movendo os lábios.

- Muito obrigada por vir, não tomarei seu tempo. Sinto falta de você dentro das salas... – Nimue dizia.

- Vamos logo, por favor. – o sujeito  a cortou sem nenhuma consideração.

Ele estava tendo um dia péssimo e seu humor, que já não era nos melhores, piorara, então, resolvera descontar em qualquer um que cruzasse seu caminho como se o pudesse fazer livremente.

Aquele homem iria ouvir Regina e dar algum parecer sobre sua apresentação, apesar de apenas a nota da Senhora Nimue valer no final, qualquer coisa que seus convidados dissessem pesaria. O segundo ouvinte permanecera calado até então.

 Regina se perguntou por que aquele senhor era tão hostil... Sua aflição cresceu com algo mais, ela tinha medo de não ser boa o suficiente.

- Senhorita Mills, pode começar. – a professora disse e a moça engoliu a seco levando as mãos às teclas do piano. Elas estavam trêmulas.

“Droga!” – pensou fechando as mãos em punho e tomando uma longa respiração, como Mary a havia instruído no dia de seu teste.

Houve alguns instantes de silêncio.

- Eu não tenho o dia inteiro. – a voz impaciente do homem que entrara por último queixou. - Não vai tocar senhorita?

- Bem, sim, eu... – as palavras dela saíram quase num sussurro tamanho era seu nervosismo, mas ela não poderia imaginar que tudo o que estava sentindo fosse ser substituído por sentimentos novos e exponencialmente maiores quando se virou para que as três pessoas ali entendessem o que dizia.

 Sua respiração pareceu ter ficado presa nos pulmões. Seus olhos arderam no ato.

“Não, não podia ser, mas é... Podia ser sim. Como? Ele?” – seus pensamentos eram incoerentes.

Regina conseguiu fazer um único movimento, tornando o corpo para frente novamente tentando formular alguma linha que fizesse sentindo em sua mente.

“Raio de Luz. Pai era Raio de Luz!” – gritou internamente.

- O que há? – a voz implicava de novo e era a dele, mas a moça não conseguia nem ao menos se mexer. Apertou os olhos tentando evitar que as lágrimas caíssem, mas o resultado foi contrário.

Ele não sabia quem ela era, não tinha como saber, mas o que ele estaria fazendo ali? Foi o que Regina se perguntou.

- Qual é o seu nome? – Raio de Luz inquiriu, mas ela teve medo de falar e sua voz denunciar seu estado de espírito naquele momento.

- Regina Mills, Robin. – a professora respondeu pela morena.

“Robin. O nome dele era Robin. Robin. Um bonito nome, assim como ele.” – pensou Regina.

- A última da lista dos bolsistas. – ele bufou. – Já parou para pensar que talvez tenha um motivo para você ter passado por último?

O homem a estava testando, uma vez que a moça não se atrevia a tocar, ele iria pressioná-la.

- Robin. – a professora disse em tom apreensivo. – Senhorita Mills, está se sentindo bem?

O que ela poderia dizer? Não. Sim. Confusa. Na verdade, Regina achava que poderia desmaiar a qualquer minuto. A vida estava pregando uma peça na moça, talvez se ela se beliscasse acordaria em sua cama ainda enroscada nas cobertas... A quem Mills estava tentando enganar? Aquilo era real.

- Por um acaso pensa que isso aqui é algum tipo de brincadeira? Pelo que sei você sabe falar senhorita.  – a voz do homem estava mais próxima. – Um pianista precisa de muito mais do que um rosto bonito, concorda? Precisa ter coragem, sentir cada nota, ter talento... Você teve uma chance que foi entrar nessa instituição. A última da lista, a propósito. Poderia ao menos honrar isso nesse momento? – suas palavras eram tomadas por escárnio e Regina não conseguia nem ao menos processar que aquilo se tratava de uma espécie de ódio gratuito e mais, vindo de alguém com quem ela se importava tanto a ponto de tentar apagar de sua cabeça aqueles últimos minutos.

Robin estava bem atrás dela àquela altura, mas a morena se negava a crer que aquelas frases saiam da boca daquele homem para quem ela lia todos os dias, para quem ela escrevia docemente...

- Primo. – o outro convidado também repreendeu os modos de Locksley, mas ele não era um homem que se deixava conter ou convencer facilmente. Muitos acontecimentos o haviam moldado e de um jeito nada agradável.

- Não vai dizer nada mesmo? – Robin parentava ficar cada vez mais nervoso. Abaixou-se e bateu a mão no lado das teclas mais graves, fazendo Regina levar um susto. Ela virou o rosto para o lado por instinto e viu a própria face dele frente a frente à dela. Seus olhos eram magníficos, mas seu olhar, antes adormecido, era delineado por dureza. Todo o ar da sala parecia ter acabado naquele instante para a moça.

“Raio de Luz, meu Raio de Luz. O que a vida fez com você?”- refletiu Regina.

Ele a olhou de maneira intensa pensando enxergar mais do que deveria, porém, afastou a conjectura  e franziu a testa antes de falar.

- Lágrimas não são argumentos e muito menos palavras. Se nos encontrarmos novamente espero que esteja à altura dessa instituição ou ao menos preparada para os desafios que ela exigirá. – seu rosto estava tão perto que a moça podia sentir o hálito do homem banhar seu rosto.

Foi demais para ela. Levantou-se às pressas e saiu correndo porta afora, ignorando os chamados da professora, até se encontrar sozinha e em choque com o que acabara de acontecer.


Notas Finais


Eita e então?? Ficou bom o cap? Gostaram do modo como o narrador contou tudo? Na verdade, antes, esse final estava com ponto de vista da Regina, mas como ela estava bastante confusa e alheia ao que acontecia às suas costas, ao menos no início, achei que havia ficado bastante limitado, então troquei e expliquei tudo melhor, ou ao menos tentei.
Se estiverem com alguma dúvida, podem perguntar aqui embaixo! Por favor contem para mim o que acharam do cap e especialmente do Robin de Locksley u.u
Um grande mwah


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