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História Tocando Rosas - Com Fá IV seremos uma coleção de memórias?


Escrita por: violetfairy

Notas do Autor


Olá lírios, desculpem a demora e o cap não tão grande. Quando as aulas voltam eu fico com a cabeça meio travada e cheia e por isso alguns capítulos demoram mais.
Aqui, procurei demonstrar mais sobre os sentimentos do nosso casal, em especial, de Robin, que é mais explicado quando há o narrador. Quero que percebam o quanto ele se envolveu para que talvez mais tarde possam entender as ações desse personagem.
Agradeço à Thaynara por me ajudar com as traduções do italiano e à Marina por me ajudar tanto com suas palavras de apoio e amizade.
Dedico esse cap à lírio Jules que está fazendo aniver hoje, parabéns! Que Deus te ilumine sempre, você é um amor <3
Boa leitura lírios.
Desculpem os erros.
Mwah

Capítulo 25 - Com Fá IV seremos uma coleção de memórias?


Fanfic / Fanfiction Tocando Rosas - Com Fá IV seremos uma coleção de memórias?

 

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NARRADOR


 

- Sim, Mary Margaret. Ela está bem, descansando na verdade. - Robin respondeu quando a mulher desesperada telefonou para o celular da filha. O homem olhou a moça dormindo tranquilamente em sua cama, ela estava deitada com a barriga para cima, um braço estava sobre a barriga e a mão machucada pousava suavemente ao lado de sua cabeça. Sua expressão, apesar de tudo, era serena, o que trazia um pouco de paz a um perturbado Locksley.

- Oh Robin, Emma acabou de contar para mim o que houve. Como está a mão dela? Como puderam fazer tamanha crueldade?

- Sem danos irremediáveis. O infeliz por sorte não conseguiu quebrá-la, mas deslocou alguns dedos e há uma contusão no dorso. - o reitor mirou a mão inchada envolvida em faixas e esparadrapos de sua namorada, no entanto, não se demorou muito tempo e desviou o olhar sentindo de forma precoce a calmaria partir e a ira lhe tomar mais uma vez. Fez uma promessa a si mesmo de que encontraria quem fez aquilo e o faria pagar extremamente caro por machucá-la de maneira tão covarde.

O estado de espírito do homem, porém, também era proveniente da discussão que tivera mais cedo com sua mãe, que agora sabia que ele estava namorando uma aluna da Academia L.G. e o condenara pela conduta, não que Robin esperasse algo diferente.

Ingrid por sua vez, não havia reconhecido a morena na cama do filho até escutar o nome e se lembrar do dia da apresentação na instituição. Era a mesma moça que ela encurralou no banheiro com críticas sobre seu desenvolvimento ao tocar.

A senhora Gold era adepta a um comportamento esnobe e egoísta, porém, de fato, tratava-se de uma conhecedora de música, fruto dos vários anos de ensinamentos rígidos de etiqueta colecionados por sua família e pela nova em que entrara, quando se casou com Gold. Como uma mulher detalhista e tradicional, prezava por condutas estritas, formais e únicas em todo e qualquer aspecto, principalmente em relação às artes, em especial, à música. Por esse motivo - e outros da própria natureza azeda da mulher - não apreciou de todo, o talento livre e indomável de Regina. Mills lembrava-lhe o próprio filho, Robin, o qual ela tentou moldar à sua maneira e obteve algum sucesso. Regina parecia um desafio maior e pelo julgamento de Ingrid, padrões deveriam ser seguidos, nem que para isso, a mágica nos dedos da jovem moça precisasse ser apreendida em uma gaiola, mesmo que claro, ela não tivesse absolutamente nada a ver com a vida da morena.

Ingrid, prepotente, pensava tudo poder, sem restrições ou freios, quase um espelho do marido, que por sua vez, era um tanto mais frio por dentro. Além disso, a loira ainda via diferença entre o mundo em que Regina vivia e o mundo de seu filho, ou seja, a alta sociedade. Assim, para seu infortúnio, deixou que a frase “sei que está com ela apenas para se divertir, então saiba a hora de colocar um fim nisso.” saísse de seus lábios, a qual foi recebida por Robin como um enorme ultraje e falta de respeito, fazendo-o gritar com a mãe e mandá-la embora de sua casa.

Robin não se orgulhava do modo como muitas vezes era obrigado a tratar os pais, tampouco se arrependia. Ressentimento de anos atrás ainda habitavam sua alma.

- Sei que está cuidando dela, por favor, não pare. Meu coração se aperta por estar longe das minhas filhas e saber que elas correram perigo e uma está machucada, deixa-me desesperada. - Mary tornou a falar.

- Eu entendo sua preocupação, mas procure se acalmar, senhora Nolan. Perceber que está tão aflita vai deixar suas filhas apreensivas. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para cuidar delas. Ademais quanto à Regina… Eu não poderia lamentar mais por tudo isso. Ela terá à disposição o que quer que precise para que a mão fique boa logo e terá a mim. No entanto, temo não ser o suficiente. - a última frase saiu quase em um sussurro, o homem tinha receio de que suas palavras tornassem a afirmação mais real, tinha medo de não merecer sua rosa.

- Não diga isso, Robin. Para Regina bastam seus sentimentos, garanto. Ela lhe tem em seu coração. - Mary lhe assegurou.

- É o que tento manter em mente. - Robin comentou com um suspiro e se despediu da mãe de Regina pretendendo ficar mais alguns instantes pertinho de Mills.

O loiro colocou o celular sobre sua mesa de leitura num canto do quarto e se aproximou da cama, passando a mão no rosto com uma expressão cansada. Então, sentou-se ao lado de Regina, inclinou o corpo e se apoiou em um braço para olhá-la de perto.

Locksley examinou o rosto da namorada com cuidado, buscando gravar em sua mente cada detalhe dos contornos suaves da amada. Levemente estendeu a mão e lhe tocou o queixo delineado, seus dedos tatearam até as maçãs elegantemente proeminentes da bochecha para então traçar o nariz fino e bem desenhado. Ela era tão linda…

Robin estava em um momento bastante incomum, permitindo-se apenas sentir. Sentir a pele quente sob seu toque, sentir a respiração harmônica da mulher à sua frente, sentir que que estar ali ao seu lado era o mais certo em meio ao seu mundo todo errado, sentir aquele envolvimento que ele não ousava nomear e que já transcendia os limites de qualquer outro que já tivera na vida.

Ele aproximou o rosto de seu colo e traçou a clavícula direita com o nariz inspirando seu cheiro delicioso com determinada concentração, após, com um polegar, percorreu a outra clavícula. Regina se mexeu um pouco e murmurou algo ininteligível.

- Che la mia rosa sia protetta da ogni male c'è nel mondo. - o loiro proferiu com esperança voltando a olhá-la.

Como se tivesse ouvido um chamado, Mills abriu os olhos devagar, quase em câmera lenta e se deparou com a face de Raio de luz, um sorriso floreou seus lábios rosados.

- Oi. - ela sussurrou com a voz rouca da manhã e Robin achou que não poderia existir melhor som no mundo inteiro.

- Oi pra você também. - ele lhe retribuiu o sorriso. - Como se sente?

- Como se tivesse passado um caminhão em cima de mim. - Regina respondeu com sinceridade, mas deu uma risada em seguida.

- Seu humor matinal me emociona. - Locksley se valeu de ironia.

- Vamos, deixe de ser torrão. O que seria de nós se não fôssemos capaz de rir da própria desgraça? A noite de ontem foi lastimável? Foi. Um pouco assustadora também, mas agora está tudo bem. Vou me recuperar. Estamos juntos… - Regina levou uma mão ao rosto de Robin e acariciou sua barba de dois dias. - Poderia ser pior.

- Está dando uma de Pollyanna. - o homem pontuou, mas se rendeu aos encantos de Mills sorrindo torto. - Sempre achei impossível existir alguém com o tipo de pensamento da garota, vejo que estava errado.

- Conhece Pollyanna? - ela levou uma mão ao coração realmente surpresa. - É um dos meus livros favoritos desde a infância.

- Claro que conheço, também o li, mas faz muito, muito tempo.

- Oh minha santa! Acho que você é o homem da minha vida. - Regina falou em tom teatral, usando o humor para tentar esconder a verdade no fundo de suas palavras.

- Cuidado com o que diz senhorita Mills, pode se tornar realidade.

Ao ouvir aquilo, a pianista ergueu as sobrancelhas e seus olhos brilharam com uma alegria contida, mas se limitou a comentar e piscar para o namorado.

- Quem é que sabe, não é mesmo?

 

♪ ♫ ♪

 

O médico havia me dado uma semana de atestado e eu estava torcendo para que minha mão levasse isso para sarar. Felizmente, pelo telefone, Emma havia me assegurado de que iria pegar com alguma de minhas colegas, a matéria para que eu estudasse, quanto às aulas práticas, essa era outra história. Também avisei à senhorita Ariel sobre o ocorrido e ela pareceu bastante preocupada comigo. Era uma boa chefe.

 Suspirei lamentando minha pouca sorte e olhando minha mão inchada sobre o colo. Através das frestas entre a faixa eu conseguia enxergar os dedos arroxeados, pelo menos agora não estava doendo.

- Porque esse olhar tão melancólico, querida? - ouvi a voz de Robin antes mesmo que pudesse perceber sua presença no quarto. Ele havia insistido para que eu ficasse em sua casa e após alguma discussão, cedi. Não queria dar-lhe trabalho e nem ser a causa de sua falta na Academia L.G., mas seu discurso sobre cuidado com boa vontade e belas intenções fez amolecer minha teimosia. Mais tarde, minha irmã também viria com Killian.

- Minha mão está tão feia. - pensei se algum dia ela voltaria a ser como era. - E eu não posso mover os meus dedos. - um simples farfalhar de dedos já me aterrorizava. - É estranho.

Eu ainda tentava invocar meu discurso de horas atrás e pensar positivo, só que às vezes vacilava.

- São lindas e delicadas de qualquer jeito. - De Locksley sentou-se ao meu lado na cama e levantou a mão esquerda para beijar, após, inclinou-se e levemente beijou a direita por sobre o tecido branco. - Inclusive quando estão arranhando minhas costas. - ele olhou para mim com um sorriso sacana nos lábios e uma sobrancelha sugestiva e inclinada.

Balancei a cabeça e ri tentando esconder o rubor que chegava às minha bochechas.

- Você só consegue pensar nisso? - o encarei com os olhos em fendas.

- Não, eu penso em você também. Depois eu penso em sexo.

- Robin de Locksley, você é um pervertido.

- Culpa sua. - ele se aproximou e beijou meus lábios para então sussurrar em meu ouvido. - Estar dentro de você faz com que eu me sinta ora no Novo Céu, ora na Nova Terra.

Arregalei os olhos e então lhe dei um tapa no ombro com a mão boa, mas logo mudei minha abordagem e comecei a fazer cócegas em suas costelas. Robin fez menção de rir, todavia, encolheu-se e segurou meu pulso.

- O que está fazendo?

- Cócegas? - avancei para cima dele fazendo com que se inclinasse na cama e deitei meu tronco sobre o dele, porém, Robin ainda segurava meu braço com uma expressão confusa. - Ninguém nunca te fez cócegas?

- Hmmm. - ele pensou por um instante. - Talvez Nanci tenha feito quando eu era criança, mas não me lembro realmente. Essa sensação…

- Oh Robin. - esfreguei meu nariz no dele e lhe dei um selinho imaginando um pequeno menino de olhos azuis que nunca tinha dado uma boa gargalhada ao sentir cócegas. Um nó se formou em minha garganta. - Quando eu estiver boa, vou fazer você perder o fôlego com cócegas, isso é uma promessa. - dei uma mordida fraca em seu queixo e deitei a cabeça na curva de seu ombro.

- Vai ser ruim? - ele acariciou meu cabelo.

- Não ruim, vai ser divertido.

- Eu vou poder fazer isso com você também? - uma de suas mãos correram até a minha cintura.

- Não! - segurei seu pulso e ri antes mesmo de ter a sensação de pânico tomando conta de mim.

- Divertido, hein? - Robin usou um tom irônico e então, para fugir daquilo, ao visualizar todos os frascos de remédio sobre o criado mudo, fiz a primeira pergunta que veio em minha mente..

- Como você se tornou um médico? - seu corpo ficou um tanto tenso sob o meu e então ergui o rosto para olhar em seus olhos. - Zona perigosa?

- Não exatamente. - ele fechou os olhos. - Lembra-se sobre minha vingança contra Marian? - agora eu entendia a tensão.

- Sim. - respondi séria. Minha curiosidade era maior que meu desconforto ao mencionar daquele nome.

- Aquilo se fundou ao fato de o pai dela ter me feito perder qualquer chance de independência, uma vez que investi tudo o que tinha nos negócios dele que foram por água abaixo. Assim, quando voltei para casa, humilhado, ainda tentei fugir do controle de meu pai cursando a faculdade de medicina e não a carreira de músico implantada na família há décadas. - Robin revelou suas orbes e me fitava com uma expressão vazia. - Usei o dinheiro dele para pagar, mas com a esperança de um dia devolver cada centavo e estar em um segmento diferente do que ele queria impor.

- Mas você voltou à música… - comentei.

- Às vezes não podemos escolher pelo que a alma chama. - seus lábios se pressionaram em uma linha reta. - Conclui o curso e estava prestes a fazer uma especialização em cardiologia, mas no fim, percebi que ao tentar fugir do controle do meu pai sobre minha vida, eu mesmo a estava estragando, fadando-me a uma profissão na qual eu nunca seria completamente realizado, enquanto minha paixão pela música era obrigada a ficar escondida em um canto, latente. Foi aí que me desfiz do meu orgulho e voltei-me ao meu verdadeiro dom. Cresci no ramo musical até chegar ao posto de reitor. Hoje, no entanto, isso não está fazendo muita diferença. - De Locksley ergueu a própria mão, a que não podia tocar. A peguei e dei-lhe um beijo na palma.

- Não diga isso, você vai conseguir, tenha fé. - disse e ele apenas suspirou. Meu coração doeu ao me colocar em seu lugar. Pude sentir na pele o medo de não poder tocar mais ao ser atacada por aquele sujeito, agora eu podia quase compreender totalmente o que Robin sentia.

- Hoje sou independente, - ele continuou - não preciso de nada do Senhor Gold, mas querendo ou não, a Academia carrega o nome dele.

- Você é um ótimo médico para mim e se esforça encontrando tempo para estudar sobre o que há de novo na área. - sorri tentando amenizar o relato. - Chegou onde está por mérito próprio. Pelo que já li e o ouvi tocar naqueles vídeos da internet, é um pianista inigualável. Você é único Robin. Não desista, por favor.

- É um assunto do qual não quero falar agora. - limitou-se a responder.

- Sua última marca está ligada às suas tentativas de fugir do controle de seu pai? - não consegui me conter e a questão simplesmente saiu.

- Um dia eu lhe respondo. - seu maxilar ficou rígido, então entendi que eu não devia mais fazer aquela pergunta, ao menos não naquele momento, e assenti com a cabeça. - Agora preciso saber… - Robin parecia mais a vontade ao me ver desistir. - Porque desmaiou ontem a noite no armário? Eu examinei e não havia qualquer contusão em sua cabeça. - ele acariciou minha bochecha com o polegar. - O que sentiu?

Rolei para o lado da cama e mirei o teto, rapidamente o loiro se apoiou em um braço para olhar em meu rosto.

- Fiquei com muito medo, eu não conseguia respirar. - fechei os olhos com a lembrança, não exatamente do armário, mas do porão. Sem que eu pudesse perceber, meu peito começou a subir e descer mais rápido.

- Regina, amor, acalme-se. Ei… Está tudo bem. - Robin se aproximou ainda mais, passando um braço ao redor de mim. - Parece-me que passou por uma crise de pânico.

- Desculpe. Está tudo bem. Tudo bem… - inspirei o ar profundamente e pressionei os olhos, abrindo-os logo em seguida. - Lembranças de quando eu morava com minha tia às vezes me deixam fora de mim. Não consigo controlar, Robin.

- Não precisa se desculpar. Ela não vai mais lhe fazer mal.

Engoli a seco e meneei a cabeça recebendo um beijo na testa.

Meu Raio de Luz era a solução.

- Talvez aquela fita azul a faça se sentir melhor agora, não? - o loiro perguntou roçando a barba em minha bochecha.

- Você é tudo o que eu preciso. - o puxei para um beijo calmo, mas que não deixava de ser intenso, logo invadindo sua boca com a minha língua enquanto sentia suas mãos passearem por meu corpo redecorando cada detalhe e parando em minha coxa para apertá-la com necessidade. - Como sabe sobre a fita? - questionei quando precisei me afastar para respirar.

- Observando… Parece ser importante para você. Ela te acalma.

- Ela é. Meu amuleto, na verdade. Eu tenho algumas delas, um presente da minha mãe, Cora. Foi tudo o que me restou de lembrança.

- Sinto muito, Regina. - apenas dei-lhe um sorriso torto demonstrando que estava tudo bem. - Sabe qual é meu amuleto?

- Qual? - mordi o lábio.

- O mais correto seria dizer quem… Uma certa rosa de sobrenome Mills.

Eu não fazia ideia do que fiz para merecer alguém como ele, mas agradecia aos Céus imensamente por tê-lo ao meu lado. O envolvi com meus braços e naquele momento senti que o mundo poderia desabar sobre nós, seríamos os dois contra ele e nada mais importava.


 

♪ ♫ ♪

 

Aproximadamente dois meses mais tarde (cenas do próximo capítulo)

 

 

- Robin? - chamei da cozinha e não houve resposta, havia um bom tempo que um silêncio sorrateiro reinava no apartamento.

Estranhando a situação, caminhei até o quarto e me deparei com a caixa na qual eu guardava todas as cartas que escrevera para Raio de Luz caída no chão. Não havia mais cartas e principalmente, não havia Robin.

Levei a mão à boca sentindo todo o ar fugir de meus pulmões. Quando eu pedira para que ele pegasse o violino que Mary e eu havíamos comprado de presente para Emma, na parte de cima do guarda-roupa, nem ao menos por um segundo se passara em minha cabeça que ele encontraria a caixa.

Saí correndo do quarto em direção à saída e encontrei a porta da sala totalmente aberta.

- Burra! Burra! Como fui burra! - minhas pernas perderam a força e cai de joelhos no chão sentindo lágrimas queimarem em meus olhos. Eu tinha consciência de que o havia chamado de Raio de Luz no dia do incidente da Academia, no entanto, ele pareceu ter deixado o fato de lado ou simplesmente ter se esquecido, mas agora, claro que ele ligaria os pontos… As cartas eram datadas.

Não era para acontecer daquele jeito, eu contaria logo…

Robin nem ao menos se dera ao trabalho de tirar satisfações comigo. Eu estava muito encrencada, para não dizer perdida.

Tomei uma longa respiração antes de pegar a primeira bolsa que encontrei e sair de casa às pressas para ir atrás dele.

“Pai, por favor…” - nem mesmo sabia como pedir algo para evitar uma consequência da qual eu mesma era a grande culpada.

A verdade abre caminhos, mas quando escondida por muito tempo, aparece como um temporal imbatível… E devastador.

Contar... Não contar... Aquela era a questão. Tantas oportunidades perdidas no vão de um sentimento que te aprisiona e que pode causar mais danos do que se imagina. O medo. Ou seria egoísmo? Talvez fosse um eco dos dois. 

Naquele dia eu me perguntei se Raio de Luz tornaria-se apenas uma memória, ou a memória seria eu, caso ainda fosse digna. Seríamos nós apenas uma coleção de memórias?


 


Notas Finais


E então, o que eu acharam desse cap? Sei que pode parecer mais fraquinho, mas está tudo nos conformes para que a fic caminhe como planejado. Obrigada por lerem TR e por todos esses faves que me deixam muito feliz viu! <3
Dei um salto no tempo ai que será explicado melhor no próximo capítulo. Fiquem tranquilas. Preparem-se para ele! u.u

obs: a tradução do que o Robin disse para a Regina é "Que minha rosa esteja protegida de todo mal que houver no mundo." Inspirei-me ai em uma cena que eu amo de Outlander e adaptei para o que eu queria demonstrar sobre Robin. Espero que tenham gostado.

Pollyanna - a personagem citada no capítulo - é protagonista do livro de Eleanor H. Porter, publicado em 1913 e considerado um clássico da literatura infantojuvenil. O livro fez muito sucesso, até que a autora veio a publicar, em 1915, uma continuação chamada Pollyanna Grows Up (no Brasil, "Pollyanna Moça"). Mais onze Pollyannas se seguiram, muitas delas escritas por Elizabeth Borton ou Harriet Lummis Smith. A mais recente sequência de Pollyanna foi publicada no meio da década de 1990, escrita por Colleen L. Reece. É um livro com uma lição muito valiosa, ao menos para mim. Eu amei quando o li! Muitos podem achar chato o fato de alguém ver sempre o lado melhor das piores situações, não consigo fazer isso, mas podemos tentar, não é? Afinal, a vida passa muito rápido e se focarmos no pior dela e mais, no por das piores situações, vamos perder tempo demais e até pessoas demais.

Mwah da borboleta.


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