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História Todas as minhas flores - ❁ Talvez não seja nessa vida.❁


Escrita por: MinMiih

Notas do Autor


Finalmente minhas provas acabaram! Vou postar essa OS e aproveitar para dar alguns avisos lá nas notas finais.

Essa é a primeira OS que escrevo, então por favor podem dar dicas e opiniões ♡

Eu sempre achei a ideia de Hanahaki bem poética, meio absurda, mas de alguma forma boa de se desenvolver uma história. Espero que entendam o contexto.

Enfim, leiam as notas finais!!! Principalmente se você já acompanha alguma fic minha!!

Capítulo 1 - ❁ Talvez não seja nessa vida.❁


Fanfic / Fanfiction Todas as minhas flores - ❁ Talvez não seja nessa vida.❁

A fase terminal de uma doença é a pior para quem fica, mas para quem finalmente está partindo é como uma amiga que quando chegar será bem recebida.

Fui diagnosticado com câncer aos catorze anos, mas ironicamente eu não estou morrendo disso.

Eu não estou morrendo de câncer ou alguma outra doença que eu possa culpar meu corpo. Eu estou morrendo de hanahaki, a doença mais egoísta de todas. Meu coração estúpido não conseguiu superar um amor unilateral e então resolveu que eu não deveria viver.

Era absurdo pensar assim, eu estava morrendo porque amei demais. Foi silencioso e não tinha cura.

Nunca pensei que morreria de uma forma tão egoísta e melancólica, mas agora estou aqui com flores saindo pela minha boca e rasgando minha garganta, sangue escorrendo involuntariamente de alguns pontos do meu corpo e uma falta de ar que a qualquer momento explodiria meus pulmões.

A morte a essa altura seria um alívio.

Sehun, meu melhor amigo, dormia sereno na cadeira desconfortável ao lado da cama em que eu estava deitado. Foi uma noite difícil, as enfermeiras me deram morfina, mas aquilo não mudaria que a cada segundo as raízes de miosótis iam mais fundo em meu corpo. Grudando e destruindo tudo em mim que lutava por extinto para viver.

Flor de miosótis. Chega ser irônico. A flor que simboliza a caridade e a fraternidade, mas que também deixa o pequeno recado "Não me esqueças". Era a flor perfeita para ser a favorita de um médico. Era perfeita para ser a flor favorita de um oncologista sorridente e caridoso.

Foi inevitável, quando vi eu já estava empolgado pelo tratamento, empolgado com a possibilidade de ser curado e poder ter a chance de conquistar o médico. O tempo dele gasto comigo, preenchiam minhas memórias com histórias que eu mesmo criei. Até hoje não sei se me apaixonei por Chanyeol médico ou por Chanyeol que eu criei em meus sonhos.

Não sei se Chanyeol soube o que eu sentia ou sequer se ele chegou a me ver de outra forma, mas quando a notícia de sua morte chegou meu corpo já fraco acabou simplesmente desistindo de viver.

Traidor.

Meu corpo e alma desistiram de mim por ele. A ideia de ir para o "céu" era mais aconchegante, quem sabe ele estivesse lá?

Maldito corpo. E os meus pais? Amigos? Eu era tão dele assim que não suportava ficar em um mundo em que ele não existisse?

Mais uma crise de tosse começou e as pétalas azuis voavam para fora da minha garganta como vômito. Estava próximo. Eu podia sentir o vento frio da morte chegando ao meu corpo.

Não demoraria muito.

Finalmente o tormento acabaria.

A dor dilacerante de ser cortado por galhos finos de dentro para fora passaria.

Eu nem ao menos tive a chance de cura. Ele nem chegou a saber o que eu sentia, a intensidade dos meus sentimentos ficaram guardadas para sempre.

Quem sabe em outra vida? Uma dimensão em que meu corpo não esteja frágil e ele possa me notar como homem.

Operar e retirar as flores nunca foi uma opção para mim. Eu não queria esquecer. Meu corpo já fraco não queria esquecer a pequena chama de felicidade que tive durante dias sombrios. 

Encaro com os olhos embargados o pequeno monte de pétalas sujas de sangue. O azul delicado contrastando com o sangue vermelho escuro, quase preto.

Mais uma crise de tosse.

Pior. 

Muito pior.

Assisto como um telespectador Sehun chamar o enfermeiro bonito que tem cuidado de mim a tanto tempo.

Luhan veio depressa, mas ao olhar meu estado soube que não havia jeito. Nem toda morfina do mundo me deixaria permanecer nesse mundo. Era a hora.

Penso que minha alma já não estava mais no corpo fraco e engasgado deitado, pois, daqui observando os dois rapazes loiros eu não sentia dor, apenas alívio.

Chanyeol de vez em quando tomava minha consciência e eu era transportado para momentos em que passei com ele. Tudo mórbido e triste, sercado por remédios e o cheiro de hospital, mas ainda sim quando me lembrava do sorriso bonito meu corpo já frio pela morte voltava a se aquecer.

— Eu vou dar uma dose de morfina, mas creio que não vá funcionar, avançou muito essa madrugada Sehun. Pelo que vi nos exames o sistema respiratório está todo comprometido.

Ainda vomitando os bolos de sangue e pétalas vi o momento em que Luhan furou meu braço, deixando que o remédio me trouxesse alívio. O alívio que costuma vir não veio. A falta de ar era grande mais.

Tentei o meu melhor para sorrir, Sehun tinha que saber que eu estava bem, mas a visão de alguém derramando sangue e pétalas pela boca era triste de mais, imagino.

A tosse passou por um momento. Um instante de alívio para o corpo que tentava com todas as forças se agarrar ao último suspiro de vida, mas as flores ainda estavam lá.

Sehun pegou minha mão ensanguentada. A pele quente e viva contrastando com a minha fria e desbotada.

— Você não pode simplesmente gostar de mim Baekkie? — percebi a voz de Sehun tremer como se ele, a qualquer momento, fosse liberar as lágrimas que parecia segurar a tanto tempo.

— Eu amo ele Hunie você é o amigo que mais amo no mundo, mas… - a forte dor no pulmão me fez cortar a frase no meio procurando por oxigênio o suficiente para continuar. — mas tem que ser ele. Ele é o motivo de todas as minhas alegrias e sinto que só posso ser feliz nesse mundo e em qualquer outro se for com ele ao meu lado.

Eu conseguia sentir as raízes indo mais fundo em meus órgãos e funções tão normais como inspirar e expirar já pareciam impossíveis.

— Não faça isso, por favor Baekkie, eu posso acabar como você! Eu amo você! O que eu faço quando você não estiver mais aqui?

— Você não vai acabar assim, você vai encontrar alguém que ame de verdade e não por desespero. O meu erro não foi amar alguém que não me amava, meu erro foi amar alguém que está longe demais para sequer ter a chance de me amar. Esse alguém não tem como me amar agora, mas talvez, só talvez, em outra vida eu tenha mais sorte. Eu não sei para onde vou quando tudo acabar, mas espero ir para o lado dele.

— Hyung, não diga isso… eu te amo, fique comigo. Eu posso... — ele finalmente soltou as lágrimas.

A culpa de ver o meu melhor amigo chorando pela minha morte foi devastadora. Ele não merecia. Ninguém merecia aquela situação toda.

Pensei em Chanyeol, nos dedos cumpridos e cuidadosos examinando meu corpo frágil. O sorriso quente quando tudo em mim era frio, sempre me encorajando, me dando forças quando eu queria desistir. 

Minha primeira pétala saiu no momento em que recebi a notícia de sua morte. Foi automático. Quando soube que nunca poderia confessar meus sentimentos engasguei, logo em seguida a pétala pequena e delicada saiu, em um tom de azul-céu delicado, ainda sem estar manchada de sangue.

Meus pensamentos foram cortados pelo grito que saiu da garganta do desconhecido deitado. Desconhecido, pois aquele não era mais eu.

O galho fininho finalmente rasgou a garganta por completo.

Mais e mais galhos faziam o seu melhor para florescer dentro do meu corpo semi morto. Tentando com tudo que podiam arrancar o resto de vida que me pertencia.

Meus pais chegaram, minha mãe chorava e abraçava Sehun. Meu pai mal se mexia, observando em agonia o corpo do próprio filho desfalecer por amor.

Não tentei falar. Não sairia nada, apenas grunhidos de dor e agonia. Quanto menos eu falasse mais rápido seria.

Sehun chamava meu nome em desespero. Chamava por mim. Implorava para que eu o amasse.

Mas eu não podia. Nunca poderia. Eu pertencia a Chanyeol mais do que a mim mesmo a essa altura.

Pisquei uma, duas, três vezes. Na esperança que entendessem que aquele era o meu "está tudo bem, eu vou ficar bem".

Tudo estava conturbado quando finalmente parei de respirar. Não tinha mais por que lutar. Até mesmo meu corpo frágil não via mais motivos para lutar.

Com o último olhar nas pessoas que eu também amava, deixei meu corpo ir.

A última coisa que vi antes de fechar os olhos foi o sorriso largo e bonito de Chanyeol. Suas mãos estendidas para mim, em um pedido mudo para que eu o acompanhasse.

Sem pensar duas vezes, segurei sua mão, pela última vez nessa vida. E pela primeira na vida que viria a seguir.

 ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ ❁ 

Ao perceber que Baekhyun tinha morrido Sehun soltou todas as lágrimas engasgadas. 

Conheceu Baekhyun no hospital, enquanto fazia fisioterapia para tratar de um pé quebrado. Baekhyun ainda que doente e fraco era lindo. Tinha os cabelos castanhos, olhos doces e amêndoados. Foi inevitável começar a ter sentimentos pelo menor. O sorriso quadrado doce e tão cheio de vida preso em um corpo tão fraco.

Ele estava lá quando a primeira pétala de Baekhyun saiu. Sabia que o menor nutria sentimentos pelo médico, mas nunca soube que tão fortes.

Chorou mais ainda, chorou até engasgar, chorou até soltar sua primeira pétala.

A pétala de tulipa amarela, sem sangue, delicada e macia.

Tulipas amarelas eram as favoritas de Baekhyun e ironicamente significavam "amor sem esperança".

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Notas Finais


Então, agora os avisos:

》Quem acompanha My tumblr boy viu que estou a um tempo sem atualizar e é tudo culpa das provas! Mas o capítulo tá escritinho só falta terminar de editar.

》Eu vou mudar meu user pro mesmo que eu uso no wattpad! Byuniee. Eu gosto mais dele e quero deixar o mesmo nome nos dois lugares, então caso alguém que me acompanha perceber atualização com esse nome é minha mesmo!

》Até o final dessa semana sai Operação golfinho também!

Bom, acho que falei tudo.

Se você não acompanha nenhuma dessas fanfics corre lá!!! risos ~bem cara de pau eu.

Obrigada por ler até aqui ♡ até a próxima.


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