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História Together - Capítulo Único


Escrita por: wildkook

Notas do Autor


Oi gente! Então, essa é minha primeira fanfic yaoi e não tenho experiência nenhuma com esse tema e tipo de escrita, então espero que não me apedrejem por estar ruim, certo?
Ela foi betada pela linda, maravilhosa, diva do universo: Gliz! Queria agradecê-la por isso, por todo o apoio e suporte que ela me deu, se não fosse por ela essa fanfic nunca teria existido. Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Taehyung voltava de mais um dia cansativo no trabalho. Durante o caminho, cogitava a ideia de pedir demissão. Não aguentava mais a pressão exercida sobre si, não aguentava as altas expectativas que seus superiores tinham dele. Ele só queria um pouco de paz. A paz que encontrou logo quando abriu a porta do pequeno apartamento onde vivia e foi recebido com um largo sorriso seguido de um abraço apertado.

 

— Bem-vindo em casa. 

 

Taehyung sorriu. Um sorriso cansado, porém verdadeiro. Envolveu Jeongguk em seus braços, retribuindo o gesto. Ficaram assim durante longos minutos, até que Jeongguk se soltou e acariciou o rosto do mais velho. Este apenas fechou os olhos e apreciou o toque. 

 

Jeongguk e Taehyung haviam se conhecido ainda no colégio e desde a primeira vez que pousaram os olhos um no outro, sabiam que estavam destinados a ficarem juntos. Tudo o que viveram a partir de então, foi anotado com a caligrafia do mais novo em um caderno de lembranças. O primeiro encontro, o primeiro abraço e o primeiro beijo. A primeira declaração e a primeira vez que Taehyung resolveu segurar a mão de Jeongguk em público. Naquele pequeno caderno Jeongguk explicava seus sentimentos, descrevia suas sensações e comentava sobre suas descobertas. Dizia que mesmo que Taehyung fosse meio frio e distante às vezes, ele ainda o amava e o amaria para todo o sempre. Taehyung, por outro lado, nem sempre era tão carinhoso como o mais novo, mas isso nunca significou que ele não o amasse. Ele apreciava o modo como Jeongguk sempre sabia como acalmá-lo, não importando o tamanho de seus problemas. Amava o modo como ambos desfrutavam de cada segundo juntos e o modo como sempre conseguiam estar conectados, fosse por um abraço, por um beijo ou pelos dedos entrelaçados. Amava o modo como não era necessário palavras quando se tinha olhares, sorrisos e sensações. E a sensação que Jeongguk causava nele era, com toda a certeza, a melhor que já tinha experimentado. 

 

— Quer comer alguma coisa? - Jeongguk quebrou o silêncio.

— Sim. - Taehyung respondeu rapidamente, passando os dedos pelos cabelos, bagunçando-os. — Estou morrendo de fome. 

 

Jeongguk tomou-o pela mão e o guiou até a cozinha, acendendo a luz e revelando a mesa cheia de comida. Taehyung soltou um suspiro surpreso, encantado com a preocupação do mais novo. Virou-se para ele com os olhos brilhando. 

 

— Jeon, isso não era necess...

 

O mais novo o calou com um breve selar que serenou todos os nervos do outro. Nada mais importava. As preocupações haviam sumido e os problemas tinham evaporado. Naquele momento, Jeon Jeongguk era tudo o que importava. Sentaram-se à mesa e comeram em silêncio, sentindo a calma que um proporcionava ao outro. Os dois viviam daquilo, de momentos e de gestos. Viviam de afeto, de carinho, mas principalmente, viviam de amor. Entendiam-se como ninguém. Conversavam por olhares. Viviam com o coração. Taehyung sempre usava a razão, enquanto Jeongguk preferia seguir o coração. Taehyung gostava de falar sobre coisas difíceis e Jeongguk não entendia muito bem porque ele gostava de complicar as coisas. Taehyung era sério ao mesmo tempo em que Jeongguk vivia sorrindo. Eram opostos, e os opostos se atraem porque as diferenças se completam. Naquela noite, adormeceram rapidamente devido ao cansaço do dia, mas adormeceram juntos e abraçados, assim como viviam cada dia de suas vidas. 

 

-

 

Na manhã seguinte, Taehyung foi acordado pelos raios de sol que atravessavam a fina cortina do quarto. Mexeu-se um pouco e sentiu como se a cama fosse grande demais para ele. Coçou os olhos e procurou por Jeongguk, sem sucesso. 

 

— Jeon? - chamou-o com a voz sonolenta.

 

Sem resposta. O rapaz decidiu levantar-se para preparar o café e surpreender o mais novo quando este resolvesse aparecer. Quando chegou à cozinha, encontrou Jeongguk apoiado na pia respirando pesadamente.

 

— Jeongguk! O que houve? - Ele perguntou desesperado quando se aproximou e notou que o garoto estava gelado.

 

Ele estava pálido e com um aspecto fraco, quebrável, mas mesmo assim forçou um sorriso na tentativa de tranquilizar o mais velho, fracassando. Taehyung tentou procurar algo nas gavetas mais próximas, algum remédio ou algo que pudesse trazer a cor de volta para o rosto dele, mas o garoto mais novo segurou seu braço. O aperto era fraco, mas mesmo assim parou o rapaz. 

 

— Está tudo bem, Tae. - garantiu — É só um mal-estar. 

— Você precisa ir ao hospital e fazer os exames para ter certeza de que realmente é apenas um mal-estar. - O mais velho aconselhou.

— Não se preocupe, meu amor. Logo tudo ficará bem.

 

-

 

As recaías de Jeongguk ficaram cada vez mais frequentes. Taehyung insistia para que ele fosse até o hospital para ter certeza de que não era nada grave, no entanto, Jeongguk mantinha o sorriso no rosto e continuava dizendo que estava tudo bem, que não era absolutamente nada. Ele estava cada vez mais fraco, embora se esforçasse para que parecesse que estava tudo certo. Taehyung percebia. Ele percebia quando Jeongguk tentava esconder que estava se sentindo mal e acabava sentindo-se pior ainda por não saber como ajudá-lo. Tudo foi de mal a pior quando Taehyung acordou no meio da noite com um pedido de socorro. Jeongguk não estava conseguindo respirar devido a um súbito ataque de rinite e aquilo só complicaria as coisas. O rapaz não teve outra opção a não ser carregar o mais novo até o carro e dirigir rapidamente até o hospital mais próximo. Assim que chegaram, o garoto foi rapidamente socorrido pelas enfermeiras e médicos que estavam por ali. Colocaram-no em uma maca e correram com ele por um extenso corredor. Tudo girava e Taehyung não sabia muito bem o que estava acontecendo. Ele só se lembrava de ver Jeongguk ir embora como uma brisa suave pelo corredor, até sumir de sua vista. Ele queria ter o acompanhado, mas fora impedido por uma enfermeira. 

 

— Não é permitido a entrada de pessoas não autorizadas. - Ela informou. — O senhor vai ter que esperar aqui. 

 

Taehyung esperou. Esperou por duas horas sem notícias de Jeongguk. As duas piores horas de toda sua vida. A angústia, o medo e o desespero já haviam tomado completamente o seu controle, e ele simplesmente não sabia o que fazer. Quando a ideia de invadir aquele maldito corredor e sair à procura do mais novo passou por sua mente, um dos médicos que havia socorrido Jeongguk apareceu. Ele era alto, aparentava ter uns trinta e poucos anos e usava grandes óculos que cobriam boa parte de seu rosto. Taehyung correu até ele e segurou em seu avental, quase implorando por notícias. 

 

— Como ele está, doutor? - perguntou aflito.

— Nada bem. Ele teve uma queda de pressão muito brusca, isso o desidratou e desencadeou uma pequena hemorragia interna entre o estômago e o fígado. - O homem explicou. - Nós conseguimos hidratá-lo novamente e controlar o sangramento, mas ele ainda está desacordado. 

 

As palavras do médico pareciam voar por perto dos ouvidos de Taehyung, mas não chegavam a entrar. Ele não conseguia cogitar a ideia de que Jeongguk - o seu Jeongguk - estaria passando por tamanho sofrimento e ele não poderia fazer nada. E naquele momento, tremendo de medo, o rapaz desejou com todas as suas forças que pudesse tomar as dores do mais novo. O aperto no avental do médico foi se tornando mais fraco, enquanto Taehyung tentava organizar as palavras em sua mente de um modo que tudo fizesse sentido. 

 

— Eu... Eu posso vê-lo? - Ele sussurrou.

— Eu realmente não aconselho o senhor a... - O médico começou, mas foi impedido.

 Por favor. - Taehyung pediu. — Eu preciso vê-lo doutor. 

 

O médico suspirou, mas acabou concordando com a ideia. Pediu para que o rapaz o seguisse e começou a guiá-lo pelo tal corredor. Durante todo o caminho, Taehyung focou sua mente em suas memórias com Jeongguk. Lembrou-se das tardes em que passaram juntos, das brincadeiras que apenas eles entendiam e de como tudo o que Jeongguk fazia tinha um significado especial para ele. E então, lembrou-se de que nunca tinha dito nada daquilo para ele. 

 

— Chegamos. - O médico disse, assustando-o e tirando-o de seus pensamentos. - O senhor deve ser breve, essa área não é recomendada para visitantes e os outros pacientes também precisam descansar. 

 

O quarto era um longo retângulo e o clima pesou. Havia cerca de quatro camas em cada parede separadas apenas por cortinas ásperas e pouco transparentes. Taehyung conseguia ver o contorno dos pacientes que descansavam, como em um espetáculo de sombras chinesas. Com a indicação do médico, ele foi até a última cama à esquerda, perto da janela temendo o que pudesse encontrar escondido atrás daquela cortina branca, com receio de que Jeongguk não estivesse ali. Com o corpo inteiro tremendo, ele se aproximou. Teve vontade de cair no chão ali mesmo e se acabar em lágrimas. Jeongguk estava deitado como se dormisse tranquilamente, mas seu corpo inteiro estava preso por inúmeros fios e cabos ligados às máquinas que faziam um barulho constante e certamente irritante, indicando os batimentos cardíacos dele.

 

A máscara de oxigênio que usava cobria quase completamente seu rosto, menos os seus olhos que se encontravam fechados. Um fino cabo ligava o braço dele a um frasco de soro, que pingava constantemente. Seu corpo estava coberto por um fino lençol branco e Taehyung teve a impressão de que aquilo não poderia esquentá-lo por muito tempo. Sem coragem nenhuma, o rapaz se aproximou e sentou-se na beirada da cama. Tentou segurar a mão de Jeongguk, como sempre fazia, mas teve que segurar o choro quando percebeu que seria praticamente impossível levando em consideração a quantidade de fios que conectava Jeongguk às máquinas.

 

Seu coração fora duramente esmagado. Quis dizer tantas coisas, mas desejou mais ainda que Jeongguk pudesse ouvi-las. E quando se deu conta, notou que seu rosto e o lençol que cobria o mais novo estavam molhados, carregando as lágrimas de sofrimento e de angústia do rapaz. Naquele momento, Taehyung percebeu que poderia dar a sua vida para salvar a de Jeongguk. 

 

— Se você soubesse o quanto eu te amo... - Ele sussurrou. - Não faria uma coisa dessas comigo. 

 

Suas palavras saíram duras, secas e ásperas. Ele queria poder fechar os olhos e quando os abrisse novamente, pudesse ver Jeongguk deitado na cama, ao seu lado, sussurrando seu rotineiro "Bom dia, meu anjo" com um sorriso moldado no rosto. Queria que tudo aquilo fosse um pesadelo e que logo ele acordaria e se veria livre daquele inferno. Mas tudo o que ele poderia fazer era desejar que pudesse estar no lugar dele para poupá-lo de todo aquele sofrimento. Ver Jeongguk naquela situação, tão frágil e fraco, fez com que Taehyung percebesse que ele era a pessoa certa para sua vida.

 

Fez com que ele se arrependesse de todas as vezes que deixou de dizer "eu te amo", fez com que ele se martelasse internamente por ser tão frio e insensível com aquele que era a luz de sua vida. Jeongguk trouxe de volta o brilho no olhar de Taehyung, trouxe de volta a luz que lhe fora roubada e adoçou sua vida. Jeongguk conseguiu fazer o que ninguém jamais havia conseguido: trazer a felicidade para a vida de Taehyung. Ele conseguiu, com seu jeito meigo, com seu grande sorriso e com seu coração de ouro, Jeongguk conseguiu. Porém, naquela noite no hospital, Taehyung viu todas as suas memórias e toda sua felicidade por um fio. 

— Com licença... - Ele ouviu uma voz feminina e quando olhou para trás, viu uma enfermeira. - O senhor terá que sair, o horário de visitas já acabou. Sinto muito.

 

Taehyung concordou e limpando as lágrimas, deu uma última olhada em Jeongguk antes de se aproximar e depositar um beijo demorado na testa deste. Sussurrou que voltaria no dia seguinte para buscá-lo. "Eu prometo", ele disse. Sendo assim, acompanhou a enfermeira até a saída, mas antes que ela voltasse aos seus afazeres, ele chamou sua atenção.

 

— Sim? - ela perguntou.

— Me prometa que vocês vão fazer de tudo para salvá-lo. - Ele disse com firmeza.

— Senhor, nós já estamos fazendo o possível para salvar a vida dele. - A moça disse com um sorriso torto.

 

Ele balançou a cabeça e logo saiu da vista da enfermeira. Taehyung entrou no carro e ligou o motor, mas não saiu do lugar. Sabia que não conseguiria dirigir até em casa, por isso acabou adormecendo ali mesmo, estacionado na frente do hospital. 

Na manhã seguinte, quando foi acordado pela claridade do céu nublado, percebeu sua situação. Estava deitado sobre o volante e com os olhos inchados. Havia chorado até pegar no sono, sem perceber. Quando se deu conta de onde estava, logo saiu do carro e foi em direção a recepção. Lembrou-se vagarosamente dos rostos da noite passada e viu o médico que havia falado com ele.

 

Taehyung pensou em chamá-lo, mas notou que o homem não o havia visto e estava tão concentrado em uma bateria de exames que este não quis atrapalhá-lo. Olhou no relógio e viu que faltavam apenas alguns minutos para o horário de visitas. Ele poderia ver Jeongguk novamente.

 

Falou rapidamente com uma das atendentes da recepção e sentou-se a fim de esperar. Novamente, sua mente viajou para suas lembranças com Jeongguk. Lembrou-se de quando ele resolveu comprar um cachorro e riu da própria tolice quando se lembrou de como ficou bravo com o garoto do sorriso fácil. Recordou-se de quando ambos escreveram suas iniciais em dez árvores no parque, pois era o número favorito de Taehyung. Lembrou-se de quando Jeongguk comprou-lhe um leão gigante de pelúcia e que, naquela noite, ambos divertiram-se como crianças. E então, logo o tempo passou. Depois de preencher todos os papéis, Taehyung fez o mesmo caminho da noite passada. O mesmo corredor, a mesma sala, a mesma cama na parede à esquerda, perto da janela. Porém, Jeongguk não estava lá.

Taehyung sentiu como se o chão estivesse sumindo debaixo de seus pés. Ele correu para fora, nem se importando se os barulhos de seus passos fossem acordar algum paciente que descansava ali. Trombou com várias pessoas, muitas delas parentes de pacientes, mas não se desculpou. Não havia tempo para isso. Ele só precisava encontrar Jeongguk. 

 

Toda a correria acabou na cafeteria do hospital. Taehyung encontrou o médico com quem falou na noite passada e com lágrimas nos olhos, se aproximou. O homem se levantou e, mantendo a postura, deu atenção a ele. 

 

— Onde ele está, doutor? - Ele perguntou, com a voz baixa — Onde Jeongguk está?

 

O médico suspirou. Taehyung não sabia e nem entendia, mas para um médico é extremamente doloroso perder um paciente. É como se todos os anos de esforço e estudo não tivessem valido à pena. Depois de um longo minuto de silêncio, o homem começou.

 

— Ele está em um quarto. - Ele disse e Taehyung suspirou. — Porém suas condições pioraram. Tentamos de tudo. Conseguimos controlar alguns problemas, mas outros foram se formando e nós... Nós simplesmente não conseguimos mais. Ele tem pouco tempo de vida, creio que algumas horas ou um dia. Eu sinto muito, mas nós não conseguimos salvá-lo. 

— Qual é o quarto onde ele está? - Taehyung perguntou, ignorando completamente as desculpas do médico.

— 101. 

 

O rapaz agradeceu, mas dessa vez, seus passos eram lentos e pesados. Ele não sabia definir o sentimento dentro de si. Jeongguk, seu Jeongguk, o amor da sua vida tinha não tinha nem mais um dia para viver. Aquilo era demais para suportar, porém suas lágrimas já não caíam mais. Seu único desejo era entrar pela porta do quarto 101 e ver Jeongguk de olhos abertos, sorrindo e dizendo que sentiu falta dele. Taehyung seguiu as orientações que uma enfermeira lhe deu e não demorou muito para encontrar o tal quarto. Bateu na porta delicadamente e com um longo e doloroso suspiro, entrou. Encontrou Jeongguk exatamente como tinha imaginado. Sorriu.

 

— Senti sua falta. - Ele sussurrou, claramente esforçando-se para falar.

 

Taehyung rapidamente se aproximou do mais novo, dando-lhe um abraço. Jeongguk se assustou com o gesto, mas logo o retribuiu. O ato durou longos e silenciosos minutos, mas ambos estavam fazendo o que sempre faziam: aproveitando o momento. 

 

— Como está se sentindo? - O mais velho perguntou, se soltando do abraço.

— Muito bem! - Jeongguk sorriu abertamente. — O médico me disse que vou ter alta e já até me deu os papéis, não é ótimo? Assim poderemos passar o resto do dia juntos! 

 

Taehyung sorriu vendo a animação do mais novo, porém as pontadas em seu peito tornaram-se mais fortes. A mesma felicidade de vê-lo daquela maneira transformava-se em dor ao lembrar-se de que aquele poderia ser o último dia que ambos passariam juntos. 

 

— Tae? - ouviu a voz suave do mais novo. — Está tudo bem? Você me parece tão distante...

— Não é nada, meu anjo. - Ele respondeu. — Eu estou bem. Quer que eu termine de arrumar suas coisas?

 

Jeongguk sorriu e balançou a cabeça. Logo após pegar os poucos pertences dele, Taehyung o ajudou a se levantar e a caminhar até a saída. Jeongguk fez questão de agradecer ao médico que o ajudou e disse-lhe que era um bom homem por ter salvado sua vida. O médico agradeceu o elogio e também se despediu de Taehyung. Ambos trocaram um olhar significativo e então, nunca mais se viram. 

 

Naquele dia, Taehyung levou Jeongguk em seus lugares favoritos. Foram ao parque e fizeram um piquenique. Depois, caminharam entre os corredores de cerejeiras no centro da cidade e tomaram o sorvete de palito que o mais novo tanto gostava. Ele fez questão de realizar o máximo de desejos possíveis de Jeongguk, enquanto lhe restava tempo. O mais novo, mesmo sem entender nada, aceitou tudo de bom grado.

 

— Tae, não precisa de tudo isso. - Ele ria. - Até parece que vou morrer hoje!

 

Taehyung apenas sorria e mudou de assunto. Ficaram juntos até o final do dia, rindo e se divertindo. Quando finalmente voltaram para casa, sentaram-se na varanda e observaram o céu estrelado. Jeongguk fez questão de folhear o caderno de lembranças de ambos e descrever aquele dia. Porém, aquela página havia algo de diferente: a caligrafia de Taehyung. Jeongguk ainda estava muito fraco, por isso pediu para que o mais velho escrevesse. E ele o fez. 

— Eu te amo muito, sabia? - Jeongguk disse, observando os traços do rosto do mais velho.

— Eu te amo muito mais. 

 

O frio começou a incomodá-los, então logo entraram e foram se deitar. Jeongguk ficou na cozinha um pouco, escrevendo algo em um pedaço de papel. Taehyung aproveitou o momento de solidão para tomar uma série de remédios que o faria adoecer sem nenhuma dor. E então, naquela noite, ambos adormeceram juntos, como sempre faziam. Fecharam os olhos e nunca mais os abriram. 

 

Jeongguk havia deixado uma carta para Taehyung. Ele nunca pôde lê-la: "O futuro sempre foi incerto, mas depois de conhecer Kim Taehyung, cada dia tornou-se um novo começo. Eu me perco na imensidão do sorriso dele, nas águas de seus olhares e no timbre de sua voz. Não posso negar o bem que ele me faz, sem ao menos dar-se conta disso. Estamos conectados por um elo invisível, uma necessidade invencível, uma relação inquebrável. Não consigo - e nem quero - imaginar viver em um mundo onde eu não possa admirar a beleza do sorriso dele. Eu rezo para que Deus o proteja e que o ajude a realizar todos os objetivos que ele tem. Rezo para que ele mantenha o sorriso no rosto e tenha toda a felicidade do mundo. Rezo para que eu possa acompanhar a trajetória dele, apoiando-o sempre. Ele é o Sol, é a chuva, é o vento e é o chão. Ele é a base, o apoio e o resto. Ele é o corpo e a alma. Ele é o tudo e o nada. Ele é o barulho silencioso e o silêncio barulhento. Ele é a inspiração, é a admiração e o sinônimo de superação. Simplesmente não há explicações literárias para o amor, para a admiração e para o orgulho que sinto por ele. E se eu tivesse a chance, diria que estou orgulhoso de ver o quanto ele cresceu, o quanto sou grato por tê-lo em minha vida e o quanto eu o amo com todo o meu coração."


Notas Finais


É isso. Confesso que essa não era a ideia inicial, mas a fanfic saiu totalmente do meu controle durante a escrita e acabei chegando nisso. Mesmo assim, talvez eu escreva algo com a ideia inicia, ainda estou pensando. Enfim, espero do fundo do meu coração que tenham gostado. Deixem cometários, críticas e sugestões!


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