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História Tormenta de Amor - Espionando


Escrita por: AlexyNoah

Notas do Autor


Olá!
Sem desculpas por postar tão tarde....

Um agradecimento sincero aos que leram, comentaram e curtiram, vocês não sabem como é bom e estimulante isso.
Bom, aqui esta o capitulo prometido.

Capítulo 6 - Espionando


Fanfic / Fanfiction Tormenta de Amor - Espionando

Espionando  ------------- MG ∞ TR -------------------------------

A tarde estava quente, o poeira pairava no ar estagnado, era um dos raros dias de folga de Mérope, sem muita opção de entretenimento, resolveu se banhar no lago. Esperou que seu pai e irmão saíssem de casa para depois ir.

O caminho até o lago não era fácil, não passava de uma trilha esburacada e cheia de pedras soltas, mas isso não era empecilho para a jovem que caminhava com um tímido e raro sorriso nos  lábios.

A parte mais profunda do vale era ocupada por águas de um tom estranho de verde, talvez por sua profundidade, talvez refletindo a cor das árvores que o cercavam.  Naquele dia, as águas estavam parada, brilhando sob os raios do sol.

A calmaria aparente, escondia perigos, muitos foram os que morreram ali, alguns se afogaram, outros simplesmente desapareceram sem deixar vestígios. Arrastados para as profundezas por algum animal? Diziam que o lago era amaldiçoado, mas Mérope não tinha medo. Se morresse ninguém sentiria sua falta e talvez ela descansasse ou voltasse como fantasma - mas isso ela não queria passar a eternidade como fantasma!

 Sem pressa tirou o vestido, ficando apenas com a roupa intima e se jogou na água, deu um longo mergulho e voltou para a superfície. A água a acalmava, relaxava e a deixava feliz, então pegou a varinha, sussurrou um feitiço, deixando vários litros de água flutuando no ar, que ao refletir no sol formavam arco-íris. Encantada com as cores, a água e a liberdade, ficou brincando distraída.

Não muito longe dali, Tom estava mortalmente irritado. Realmente, aquele não era o seu dia! Tudo estava bem, até conversar com sua mãe... Duvidou do amor de Cecília, o cavalo premiado atrasou, a baia dele - que estava pronta - estragou do nada, o pai o chamou de incompetente na frente dos empregados, e só para prejudicar ainda mais seu dia, o cachorro de sua mãe escapou e por estarem todos ocupados, sobrou para ele procurar a porcaria do cachorro!

Pensou em desistir da busca, afinal era só a droga de um cachorro, mas sua mãe faria um escândalo e ficaria inconsolável por semanas, e para o bem de seus planos, precisava de sua mãe tranquila. Pensando assim seguiu com sua missão.

Em sua busca pelo saco de pelos, ele não esperava ver a ladrazinha descabelada andar sorrindo assustadoramente até a beira do lado. E com certeza, não esperava ver ela tirar a roupa e mergulhar, afinal, todos sabiam que era perigoso nadar no lago.

"Deve ser louca" - pensou - "Se quer morrer afogada, o problema é dela" - mas continuou a olhar a garota que agora voltava a superfície. Esfregou os olhos e se beliscou para ter certeza do que estava vendo.

Havia água flutuando no ar, como bolhas de sabão sopradas por um canudo, por estarem expostas ao sol, elas resplandeciam e giravam em muitas cores vivas. Mais do que assustador, aquilo era lindo, deslumbrante. Quando teve a certeza de não estar sonhando, drogado ou sofrendo algum tipo de alucinação, visão ou ilusão e olhou para a garota que estava fazendo aquilo acontecer.

Em sua mente, ele não sabia classificar o que era aquilo, que tipo de criatura era aquela garota? Uma fada? Não, muito feia para ser fada. Uma sereia? Claro que não, ela tinha pernas! Uma bruxa? Isso, ela era uma bruxa! Ele devia ficar horrorizado, mas também estava fascinado. Devia estar com nojo, mas se sentia atraído. Não pela garota, ele a achava feia e estranha, mas o que ela podia fazer... Como devia agir? O que acontecia com as bruxas pegas? Ainda eram queimadas? Afogadas? Ele não sabia. O mais importante era o que ele lucraria com essa informação. Conhecer uma bruxa verdadeira deveria trazer algum beneficio... Talvez ela soubesse onde estava o saco de pelos.

Enquanto Tom pensava, a garota na água iniciou um dança, de alguma melodia em que apenas ela podia escutar, os movimentos não tinha nenhum sentido, mas era fascinante. As águas antes calma, começou a se movimentar acompanhando o balaço da garota. Tom não era capaz de desviar o olhar.

Repentinamente um barulho quebrou o encanto e a garota parou a exótica dança e olhou assusta em volta, tentando localizar a fonte do barulho. Assustado Tom fez o mesmo, ambos viram o cachorro branco e marrom ser enrolado por uma grande cobra, enquanto o pobre cachorro rosnava e tentava se soltar.

Horrorizado, Tom viu o pobre cachorro se debater inutilmente, ele não conseguiu se mover ou gritar. Apenas ouviu a garota soltar uns estridentes e sibilantes sons, enquanto corria até o cachorro e a cobra estavam. Estarrecido, percebeu que a cobra parava para escutá-la - se é que isso era possível - e então soltar o cachorro que gania aterrorizado. Incrédulo, viu a cobra se enroscar na garota, subindo até os ombros e se aninhar ali.

Ainda sem ação, viu ela voltar para o lago acariciando a cobra e juntas brincando na água. Sem saber o que fazer Tom voltou para casa, pelo mesmo caminho que o sortudo cachorro sobrevivente.

Mérope estava entretida com a bela magia que fazia com a água, que não percebeu os dois pares de olhos que a fitavam, Tom e Morfino, apenas o barulho do cachorro que a tirou da atividade e quando viu o pobre sendo apertado pela serpente, não pensou antes de dizer:

"Pare! Ele não é de comer!"

"Parece apetitoso"

"Os pelos vão fazer mal para você. Vem comigo, em casa tem bastante ratos."

"Ratos?"

"Sim, grandes e suculentos ratos"

A serpente soltou o cachorro e se envolveu em seu corpo e juntas foram para o lago. Aproveitaram a água até quase o pôr do sol,  então Mérope lançou um feitiço para secar as roupas - quando estava sozinha, sempre acertava os feitiços - mas deixou os cabelos molhados, vestiu o mesmo velho vestido de sempre e feliz desaparatou até o casebre onde morava.

 

Morfino

Ele estava possuído pela raiva. Então era isso que ela fazia quando ele e o pai não estava em casa. Ela saia para se banhar no logo e brinca de fazer magia, uma magia digna de uma sangue puro, porque a imbecil não usava essa magia em casa? Ela gostava de ser maltratada e de apanhar? Só pode!

Ele estava tão absorto contemplando a irmã, que não percebeu a presença de Tom. Ele não conseguia desviar o olhar da jovem que agora dançava com a pura magia e descobriu que a desejava. Hipnotizado, se preparou para interromper a irmã, mas um barulho desviou sua atenção, se preparou para jogar maldições e azarações, mas era apenas uma serpente tentando comer um cachorro. Viu sua irmã parar a serpente e esta se enrolar em seu corpo, a imagem era tentadora, excitante. Caiu em si, quando percebeu que a garota era sua irmã, esse devia ser o efeito da magia presente na exótica dança.

Balançou a cabeça, depois ela pagaria caro por fazê-lo sentir essas coisas estranhas. Então desaparatou.


Notas Finais


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