Louise
- Por que eu não posso deitar logo? - perguntei.
- Vamos lavar seus pés e escovar os dentes primeiro – Louis me puxou com minha maleta de higiene para o banheiro. De algum jeito ele me convenceu a sentar no balcão ao lado da pia. Ele teve que me colocar lá, já que não alcanço. Escovamos os dentes e ele lavou meus pés.
Bash e Maddie apareceram rindo enquanto ele os secava, mas estou muito bem pra ligar. Então peço para Lou me levar, e ele me carrega mesmo. Troco minha roupa na barraca e ele espera lá fora.
- Posso chamar a Maddie, se precisar de ajuda, acho que Nao já dormiu, ela estava tonta de sono – ele falou.
- Estou bem, pode entrar.
- Vamos tirar isso daqui – ele pega a camisa de... a camisa do Nate. Onde está a minha? Da última vez que vi estava no ombro do "Quase-capitão-Blake".
- Você pode trazer a minha blusa? - perguntei para Louis. - E água? E marshmallows?
- Mais alguma coisa? - pergunta, mas estou rindo e abanando as mãos para que ele vá.
Pego o celular ao meu lado e tento desbloquear, então percebo que é o dele. Há mensagens de pessoas que não conheço. Paro de ver, a luz está muito forte. Mas tiro umas selfies.
- Louise, pare de tirar fotos no meu celular – ele entrou e deixei de lado depois de tirar uma foto com ele ao fundo. Então fechou a barraca e se sentou comigo. - Sua blusa – jogou em cima de minha mochila. - Água e marshmallow – entregou-me. - Quero essa garrafa vazia e pode engolir isso – mostrou-me duas aspirinas.
- Mas eu não quero remédio – reclamei.
- Quer sentir dor amanhã? - perguntou. Eu adorei o Louis de cabelo raspado, mas sinto falta do seu cabelo.
- Não – respondi, abrindo a boca, colocou o remédio em minha língua, engoli com a água.
Ele se deitou e me deixou comendo o doce e bebendo a água. Quando o líquido acabou desliguei nossa lanterna e me deitei também.
- Mas você vai dormir? - questionei, cutucando seu braço.
- Isso aí.
- Pensei que íamos dividir a barraca para dar uns amassos. Mas parece que você envelheceu – bufei. - O Louis que conhecia não dormiria ao meu lado sem me oferecer uns beijos antes.
- Nao me disse que você terminou há pouco tempo com um veterano – contou.
- Já tem umas semanas e agora ele é calouro, a veterana sou eu – lembrei.
- Tem certeza?
- Claro que sim – e eu tinha. Essa história tem um ponto final e a com Louis não terá um continuativo.
- Quanto é mil dividido por trezentos?
- Três vírgula três periódico, por quê? - perguntei.
- Pra ter certeza que não está tão bêbada – e me beijou.
Não tem magia, nem fogo, nem nada demais. Eu queria um beijo, estou ganhando isso, e está ótimo por enquanto.
E é isso, minha língua e a dele até cairmos no sono, porque é um ótimo jeito de ser ninada.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.