História Tóxic Desire - Confused.

Justin P.O.V

Quando sinto as mãos de Zaylla na barra da minha camiseta eu me afasto imediatamente passando as mãos entre os meus cabelos.

— O que houve?  Há alguma coisa errado? — Perguntou encostando o seu corpo nas minhas costas e abraçando o meu peitoral enquanto beijava o meu pescoço. Me esquivei dos seus toques e a encaro com a respiração ofegante.

— Eu tenho namorada. — Digo logo de uma vez e ela me encarava incrédula.

— Você o que? — Repetiu sem acreditar me olhando com um olhar decepcionado. — E você ainda tem a cara de pau de me falar que estava sofrendo por mim? SOFRENDO TANTO QUE JÁ ESTAVA SE ESFREGANDO COM OUTRA VADIA PRA COLOCAR NO MEU LUGAR? TADINHO, NÉ! — Gritou descontrolada e começou a socar o meu peitoral.

— VOCÊ SUMIU DURANTE QUASE QUATRO ANOS! QUATRO ANOS, PORRA! VOCÊ QUERIA QUE EU FIZESSE O QUE HEIN? — A afastei de mim empurrando o seu corpo pra trás. — QUE EU DEIXASSE DE VIVER POR SUA CAUSA? QUATRO ANOS NÃO SÃO QUATRO MESES OU QUATRO SEMANAS, CARALHO! — Explodi apontando o dedo em seu rosto e seus olhos estavam marejados.

— Tudo bem, amor! Eu te entendo, eu te desculpo. — Eu neguei com a cabeça. — Mas isso não significa nada, é só você terminar e pr...— Eu ri com escárnio.

— Você acha mesmo que eu vou terminar com ela só pra ficar contigo? Nunca. — Eu disse totalmente sério. — Eu nunca mudaria a minha vida por você, nem pararia um segundo da minha vida por você. — Ela negou com a cabeça enquanto lágrimas silenciosas escorriam dos seus olhos.

— Justin! Por favor...— Eu neguei com a cabeça, mas ela se aproximou de mim.— Não vai dizer que você não ficou balançado quando me viu? Não sentiu nada? Eu duvido que não. — Ela disse e eu assenti.

— Fiquei um pouco mexido sim, mas isso não significa que eu queria voltar pra você e que eu acredite em você. — Digo entre dentes e ela negou incrédula.

— Meu Deus, Justin! O que mais eu tenho que fazer pra você acreditar em mim? Me fala! — Eu arqueei as sobrancelhas.

— Você tem provas de que o seu irmão te manteve em cativeiro nesses últimos anos?— Ela negou com a cabeça.

— Não! Eu não tenho provas, mas é a verdade! Eu juro, Justin! — Eu ri irônico.

— Eu sabia! Mais uma das suas mentiras! Não sei porque eu ainda perdi o meu tempo com isso viu. — Neguei com a cabeça e sai do seu apartamento com ela atrás de mim.

— Justin! Me espera. — Eu neguei com a cabeça e peguei meu celular discando o número do Khalil pra ele vir trazer o meu carro.

— Me deixa em paz, Zaylla! — Exclamei totalmente irritado quando o celular deu três toques eu ouço a voz do Khalil do outro lado da linha.

— Chefe? — Eu respirei fundo.

— Eu vou te mandar a localização pra você vir trazer um carro pra mim! Não demora. — Digo apenas isso e encerro a chamada logo em seguida mandando a minha localização pra ele.

— Justin, não precisava disso! Eu mesmo ia te levar, eu não te trouxe? — Eu neguei com a cabeça rindo debochado.

— Não precisa, já estão vindo me buscar. — Digo e ela respira fundo secando as lágrimas e se aproxima de mim.

— Justin? O que você sentiu quando me viu? — Ela acariciou meu rosto me encarando e eu me esquivei do seu toque.

— Por que você não tem as provas? — Mudo de assunto e ela bufa.

— Não muda de assunto! Eu quero saber se você ainda sente algo por mim! — Exclamou irritada.

— E eu quero saber se você realmente tá dizendo a verdade! Porque depois de tudo o que tu fez eu simplesmente não consigo acreditar em ti. — Ela riu irônica negando com a cabeça.

— Mesmo assim você não acreditaria em mim! De qualquer jeito você não acredita em mim, Justin. — Eu revirei os olhos. — Eu tô correndo risco aqui, se algum aliado do meu irmão souber que estou aqui a casa cai pra mim. – Eu assenti concordando.

— E eu não tenho nada a ver com isso! Se vira pra lá. — Ela negou com a cabeça.

— Pelo menos em respeito ao que tivemos um dia, você podia me proteger. — Eu a olhei incrédulo.

— Vai nessa. — Eu digo ríspido. — Não vou me meter nisso. — Ela franziu o lábio numa linha fina.

— Eu estou no seu território, se você me acobertasse eles não vão me descobrir aqui nunca. — Eu neguei com a cabeça.

— E por que eu faria isso? — Ela respirou fundo.

— Não adianta falar com você. — Eu a encarei entediado. — Com você desse jeito não tem como, cheio de ódio, de rancor e de deboche. — Eu desviei o olhar quando vi uma SUV se aproximar. Era o Khalil, suspirei aliviado, finalmente vou sair de perto dessa cínica.

— Caso você precise, aqui está o meu número de celular. — Ela colocou um papel no bolso esquerdo da minha calça jeans. — Qualquer hora, qualquer coisa é só me ligar, estarei esperando por sua ligação ou mensagem. — Ela me deu um selinho demorado e saiu lentamente entrando de volta no seu apartamento. Franzi o cenho e entrei no carro nervoso assumindo o controle do volante.

— Nenhuma palavra disso que você viu, caso contrário já sabe né. — Digo olhando seriamente pro Khalil e ele assentiu se borrando de medo. Cheguei em casa com a minha mente a mil, bolei um cigarro de maconha enquanto estava deitada na minha cama. Retiro o papel do meu bolso vendo que tinha um número de telefone anotado ali, minha consciência me alertava de que era melhor rasgar ou queimar aquilo, porém algo dentro de mim me impedia de fazer isso. Trago mais uma vez o cigarro em minhas mãos e praguejei mentalmente, maldita hora que essa mulher resolveu voltar. Não vou negar que fiquei balançado sim, a gente ficou quase dois anos juntos e ela foi a primeira mulher que gostei de verdade. Mas eu tinha que colocar na minha cabeça que isso agora era passado, eu já estava em outra. Eu amava muito a Kathleen e se caso ela descobrir essa merda...Eu não quero nem imaginar. Eu tenho certeza dos meus sentimento pela minha namorada, mas fiquei confuso em relação a minha ex? Droga. Realmente eu estava confuso e eu sabia que tinha que evitar  Zaylla a qualquer custo, pro meu próprio bem e pra mim conseguir ter autocontrole, porque se não eu poderia acabar fazendo algo que depois ia me arrepender. Droga, mil vezes droga.