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História Tradição da Caçada - It makes me wonder


Escrita por: Tulyan

Notas do Autor


Sorry a tensa demora... meio q meu pc estragou enquanto produzia esse cap, e tive q refazer ele do 0 ;-;

Por sorte tinha o beat dele anotado :3

Bom, obrigado a todos que acompanham, e boa leitura.

Capítulo 29 - It makes me wonder


Estava livre.

Essa frase ecoa na mente da loba que olha para o trânsito rápido lá fora, pelo vidro, gotas translúcidas de chuva caem desaceleradas pelo vento do carro acelerado. Seus olhos podem contar quantas cores os pôsteres e neons das lojas tem, pode ver como as pessoas caminham com seus guarda-chuvas abertos, e sequer são capazes de oferecer abrigo a alguém que anda do seu lado e na mesma direção.

Consegue também observar como é raro encontrar crianças em meio a tanta gente, tanto que só vê uma, que segura a mão de um homem de terno e postura tão negra quando a do Ilustre. claro, as mães tem consciência de como o mundo é, e as sensatas os ensinam em casa. Talvez, se ela fechasse os olhos, até poderia recobrar a voz da sua, o som delas se perseguindo pela casa enquanto brincavam de pega-pega, ou de quando Muriko tropeçava da própria cauda durante a curta estadia que teve em uma escola, afinal, conheceu o crime desde cedo.

— Muri. – Nero fala com ela pela terceira vez, a chama com calma, mas, só agora poder ver suas orelhas se levantando.

Tal como os seus olhos, a atenção da Nanci salta para o lobisomem ao seu lado.

— O-oi... – um pouco desconcertada, ela esfrega um dos olhos, umedecendo seu punho.

— Estamos chegando. – ele comenta enquanto coloca o celular no saquinho de lixo que dependura no câmbio.

— Ah, é...

— Acha que ele consegue? – o homem pergunta.

— Quem? – ainda um pouco perdida, ela funga o ar, um pouco saturado pelo aromatizante no porta-luvas.

— O diabo, acha que ele dá conta? Sabe, eu tô com você nessa, de matar ou morrer.

E os punhos de Nero apertam contra o volante de couro negro.

— A última vez contatamos os mortos, acho que um vivo é mais simples. – ela tenta ser razoável.

— Não acho que isso se aplique a ele. Estou certo que poderemos ter uma pista apenas, vai ser uma jornada longa. – e um quase sorriso cresce no seu rosto, não por satisfação com a situação, mas, por apenas não estar só.

— Eu prefiro ficar apenas na parte de matar, morrer não parece muito agradável. – a loba brinca.

— É, bem por aí. – Nero sorri de verdade, porém, isso some ao ver que errou a rua. Não que a Nanci precise saber.

Por isso, apenas começa a contornar o quarteirão.

O freio de mão é puxado com firmeza, o carro fica na rua, por mais que tenha uma calçada grande para estacionar, é melhor que esteja pronto para o que está por vir. Só não entende muito bem porque aquele diabo gostaria de vir até esse fim de mundo, esses bairros de periferia, depois de tudo que aconteceu, são tão abandonados que as pessoas sequer andam nessas ruas, e as poucas casas ocupadas, são por mendigos que encontram nesses tetos um mínimo conforto.

Afinal, é o lugar perfeito para o que vão fazer. Por isso ele olha para todo os cantos, verificando se não tinha ninguém os vigiando ou seguindo, como fez por todo o caminho.

A casa abandonada já não tem janelas, a porta perdeu sua tinta e a madeira está velha e surrada pelo tempo, por sorte, o chão de ladrilhos ainda se mantinha intacto na varanda, mesmo que o branco esteja desbotado e sujo, ainda oferece um piso mais seguro para as patas da loba, que apertam as garras com força, convicta do que vai acontecer.

— Tá, vamos nessa. – Nero repete para si mesmo enquanto abre a porta.

A sala que observa é grande e vazia, a tinta na parede desbotada dá espaço para o mofo negro que cresce e escorre nos cantos. Por sorte não estava estagnado esse cheiro horrível, já que sequer há vidro nas janelas.

— Ren! – Muri o chama, tentando não respirar o ar mofado. – Ren!

— Aqui no fundo! – as orelhas grandes da Nanci vão para a direita, rumo a um corredor curto, que leva a uma cozinha, ou ela acha que é.

— Muri, não esquece. – Nero a avisa, tocando no seu quadril bem onde está a pistola que lhe deram.

Por isso, ela baixa os olhos um pouco e assente.

— Aham. – e ela toca no metal já aquecido pelo seu corpo. – Ren, o que tá fazendo num lugar desse?

A Nanci até sorri por lembrar dos lugares que já esteve, esse nem é tão ruim.

— Acha que eu vou fazer isso aonde? Numa lanchonete? – Muri sorri ao ouvi-lo mais à frente.

E junto ao lobisomem, chegam até um cômodo que um dia já foi uma cozinha, aqui, apenas um balcão de mármore preto pode ser identificado, junto ao que um dia foi uma pia, agora tomada pela ferrugem e a mesa, aparentemente a única coisa segura de se tocar, está com alguns objetos que nem a Nanci nem o lobisomem conseguem reconhecer.

— Desculpe Muri. – e quando passam pelo arco da porta, vê seu amigo depois de tanto tempo.

Sua pele avermelhada ilumina-se apenas com uma lâmpada velha no teto, que sequer sabem como ainda funciona.

— O que houve? – um pouco assustada, a Nanci apruma os sentidos e leva a mão até a arma na sua cintura.

— Pelo que falei no celular, tava com a cabeça cheia. – ele passa a mão direita pelos seus chifres, cerrando os olhos amarelados.

— Não é só você, mas e aí? – a Nanci agiliza, afinal, se fazem algo tão perigoso, melhor que seja agora.

— Olha, Muri, procurar essa coisa não vale a pena, confia em mim.

— Eu e o Nero. – a Nanci suspira. – Já sacrificamos muito, e ainda arriscamos muito, sei de como ele é perigoso, mas, já fomos longe demais pra voltar. – e suas orelhas caem. – Mesmo assim, não quero que você se arrisque por minha causa.

— Você é uma boa pessoa Muri. Só fez algumas escolhas péssimas. – e o sorriso no seu rosto traz conforto, principalmente agora.

— Eu só vou tentar, se algo acontecer, eu apenas encerro tudo. – o diabo avisa.

— Claro, claro. – Muri observa então os itens na mesa.

Havia um osso, um fêmur de algo pequeno, um crânio de pássaro, uma taça branca com água e sete anéis do que, depois de Nero tentar tocar, se prova ser prata, já que o lobisomem larga aquilo como se estivesse muito quente.

— Podemos ajudar em alguma coisa?

— Não, só preciso de silêncio. – para isso, os dois então se sentam mais afastados.

Porém, ambos na mesa de mármore sujo, enquanto o diabo coloca dois anéis em cada dedo indicador, médio e polegar, deixando para o último a função de afundar na água junto ao crânio e o pequeno osso. Seus dedos estralam quando os apertam com força, fazendo os anéis marcarem sua pele avermelhada e levando apenas o indicador e médio para a água, onde afundam suas pontas e os polegares, tocando a base da taça na mesma altura, fecham o circuito.

A Nanci troca olhares com o lobisomem, que dá de ombros enquanto observa como o diabo parece concentrado e firme no que fazia. Seus olhos amarelos logo reviram, contorcem e ficam brancos, no mesmo instante que a tarde nublada se esforça a iluminar as suas costas.

Muri sente o vento gelado entrando pelos vãos das vidraças quebradas, suas patas ao ar também ficam mais frias, porém, se mantêm atenta, ser pega de surpresa é algo que ela não quer mais, nunca mais.

— É, quanto tempo ele demora? – o lobisomem pergunta baixo.

— Shh... – Muri apenas soa, pedindo para que o deixasse trabalhar.

— Tá... ok. – e no segundo seguinte, Nero tira do bolso de seu casaco de couro uma barra de chocolate um pouco amassado.

O som do pacote é barulhento, mesmo que ele tente abrir o mais devagar que consegue, mas a Nanci toma da sua mão, abre de uma vez e morde um pedaço, só para devolvê-lo ao lobisomem, que até perguntaria se ela queria mais algum, porém, ela parecia em alerta. Por mais que tivesse um sorriso pequeno no rosto, também quer se colocar nessa esperança, no que esse homem ali a frente pode fazer.

Mas a ansiedade está o matando aos poucos, por isso, volta a olhar o seu celular, mas não havia nenhuma notificação, nenhum aviso ou alerta, nenhuma novidade depois das mensagens de como aquela tornozeleira vai viajar bem em um caminhão de um frigorífico.

Muriko até olha o celular do lobisomem, de canto de olho, mas torna a observar as janelas e a porta, havia quartos que quer verificar, mas, não quer ir sozinha, muito menos parecer estar com medo. Talvez seja por toda essa tenção que nota primeiro, mais alto que o muro da casa ao lado dessa, uma massa negra e distorcida se contorcendo e indo na direção deles.

— Nero! – a Nanci o chama, puxando a pistola da cintura e apontando para aquela coisa.

O lobisomem faz o mesmo, porém, o que faz é estourar os botões da blusa azul que usa debaixo do casaco, não tem tempo de tirar mais peças de roupa, apenas começa a morder os dentes que crescem como adagas de puro branco.

Porém, o diabo estava em um transe tão profundo que sequer podia reagir aos soldados que inundam a sala com luz ofuscante, a Nanci até podia ouvir o som dos disparos, com os olhos apertados pela luz intensa, tenta mirar em algo, mas, é simplesmente impossível.

— Baixem as armas, os dois! – uma voz calma exige, não lá de fora, mas logo na porta ao lado deles.

Muri xinga a si mesma por não ter percebido nada, mas, um simples olhar é o suficiente para ver suas fardas negras com algumas luzinhas em partes específicas, algo assim, talvez seja mágico. E claro, ela só pode ver isso quando há fuzis mirados para a sua cara, junto a escopetas e dois escudos táticos.

— Quem são vocês! – Nero é quem pergunta, metade em humano, e a outra metade indo para sua forma verdadeira.

— Disse para largarem as armas e se renderem, o amigo de vocês está na nossa mira. – apontando para o diabo, no mesmo instante que as luzes cessam.

A Nanci pode ver aquela criatura atravessando a janela com a sua forma nevoada, os ossos caninos iluminados pela fraca luz no teto, e aqueles olhos vermelhos fixos nos dela. Suas narinas apertam, assim como a sua garganta, pois, suas mãos de dedos longos e com garras afiadas pousam nos ombros de Ren.

— Não! Por favor, não machuca ele! – ela pede.

Não havia como sair, as duas únicas saídas estavam com soldados e eles vestiam um traje tão fechado que ela mal sabe que raça devem ser, mas, todos possuem máscaras de gás negros, como todo o resto.

— Joga a arma no chão, e você fica como humano, na verdade, podem fazer você ficar.

E isso conta para o lobisomem sobre o cheiro de prata das escopetas, não é para mata-lo, é para mutilá-lo e impedir que atingisse sua forma plena. Seu rosnado é a última coisa que some, antes do líder deles estalar os dedos.

Não parecia que tinha algum controle sobre aquela coisa, mas, parecia um cão adestrado que apenas obedece a comandos.

— Infelizmente, a tentativa de nos rastrear foi bastante falha.

— Vocês, mataram o Mattew! – Muri grita, mas, não pode fazer nada além disso.

— Um infortúnio. Estávamos muito interessados na criatura que ele era, mas, estamos em outro momento, porque não vamos até a sala, não quero que ele seja atrapalhado.

— Como nos achou?! – Nero pergunta, irritado com como tudo dá errado.

— Foi eu quem marquei o encontro. – se afastando da porta, e por ser o único que não aponta nenhuma arma para eles, apenas deixa uma pistola sob a barriga, este único auditor aponta para o pequeno corredor.

Os soldados se movem da mesma forma, porém, a loba jamais vai deixar um amigo para trás, por mais que o seu coração esteja acelerado e a pistola agora caída perto da sua pata direita, não pode se render, seria o fim.

— Eu não quero morrer. – ela diz, com o olhar fixo no diabo.

— Vamos para a sala, lá poderemos conversar com mais calma, o que acha?

Sua boca aperta, ânsia de vômito toma conta da sua barriga gelada, pois é apenas uma palavra e ela cai no chão. Por isso se xinga por não ter deixado tudo de lado, por não ter aproveitado a chance e fugido, criado uma vida longe dali, não importa como.

— Tá, tá bem. – ela baixa as orelhas e apenas obedece, não tem mais nada a ser feito além disso.

— Acho que ele não vai encontrar nada dele. – o mesmo homem que os dois passam é quem entra na cozinha.

Muri até tenta virar para ver, mas, recebe um impacto forte de uma coronha no rosto, mas não doí tanto quanto ouvir o som de um disparo. Seu grito de agonia a impede de ver qualquer coisa, pois é empurrada com violência até a sala, o piso frio no chão é molhado pelas suas lágrimas e logo há mãos segurando os seus pulsos, a arrastando até uma das paredes que bate a cabeça.

Antes que pudesse recobrar os sentidos, as armas voltam a ser miradas no seu rosto.

— Filho da puta! – ela grita, colocando a mão no focinho que escorre sangue.

Mas logo Nero é quem fica ao seu lado, gemendo de dor por ter uma faca de prata enfiada nas costas.

— Caralho Nero! – desesperada, Muriko coloca as mãos nele, tentando ajudar, mas.

Só agora volta na sua mente o som que ainda ecoa nessa casa, o som do disparo de uma arma, e aquela criatura pairando pelo corredor, sedenta por caçar algo além do diabo que lhe suja a boca de sangue,

— Sim, confirmado, não foram capazes de entrar em contato com CA 94043.

Guardando sua pistola que acabara de dar fim a uma vida, esse filho de uma prostituta, como Muri o nomeia, reaparece.

— Bom, felizmente seus serviços já não são mais necessários para nós, ficamos felizes com o seu empenho, mas já está na hora de virarem estatística. – e aquela criatura emerge atrás dele.

— Por que você matou ele! Seu merda! – Muri urra, irada.

— Pelo mesmo motivo que vou matar vocês, é apenas uma pesquisa de mercado Muriko, não fique chateada. – a voz tão tranquila desse verme a irrita, ela quer morder sua garganta e arrancá-la fora.

— Matar tanta gente, é pesquisa?

— Claro, é necessário alvos para uma arma ser testada, não acham? – e aquele soldado fala, torando a pegar sua pistola, uma 9mm comum. – Acreditam mesmo que poderiam entrar em uma instalação militar assim? Admiramos a coragem e a astúcia, mas, em tempos de magia, não deveriam confiar apenas nos seus olhos.

— Vocês são monstros! – Nero exclama, entredentes. – Mataram o meu irmão!

— Segredos devem ser levados até o tumulo. Assim como vocês vão levar, não levem para o lado pessoal, aliás, vou deixar o nosso amigo aqui comer a cabeça de vocês, vai ser bem mais indolor e limpo.

Apesar de já haver homens na cozinha preparando para simular um incêndio, como conta o cheiro de fumaça que paira no ar, igual a essa coisa negra, que sobe ao teto e se torna parte dele, como uma aranha, que rasteja e flutua pelas trevas e se aproxima lentamente, saboreando o momento, se alimentando do terror.

— Não, não! – a Nanci arrasta as patas no chão sujo, tentando atravessar a parede com as costas, porém, não cede.

As suas mãos suam, como tudo, porém, especialmente a direita, que molha com algo diferente de suor. Nero estava sangrando, mas se mantinha entre ela e a criatura com a ferocidade natural de sua raça.

Morrer não é um fim para um lobisomem, ser um espírito da caçada eterna tem seus benefícios. Mas ele não deixa de morder os dentes com dor, afinal, a faca ainda estava enterrada entre as suas costelas, e com certeza a sua falta de ar é por isso.

— Muri... foge! – ele diz, lutando para se manter de pé, para não desmaiar com tanta dor e falta de sangue.

— Eu não vou deixar mais um morrer! – ela grita de novo, tentando puxar as calças do lobisomem, que já estavam aos pedaços por conta da quase transformação.

Antes que Nero pudesse falar algo, agradecer a coragem ou alguma coisa do tipo, o som alto de um disparo faz seu corpo tremer, assim como da Nanci, que se assusta pelo estrondo repentino e os respingos de sangue no seu rosto, já que a bala atravessou a barriga do lobisomem e acertou alguns centímetros ao lado da sua.

Com os olhos arregalados, ela apenas pode ver o seu amigo cair de joelhos, jorrando sangue no chão velho enquanto os soldados se afastam, certos de que tudo vai ser finalizado com duas mordidas, pois aquele monstro paira ao lado de Nero e toca a sua nuca com a ponta da boca, fazendo os dentes afiados riscarem a sua pele pálida e logo arreganhá-la, para comer a cabeça do lobisomem em uma só mordida.

Muri não é mais capaz de olhar, os sons estão ocos, um chiado agudo está no fundo da sua mente caótica, que se pergunta por que eles não valem alguma coisa. Por que a sua vida não valeu nada até agora, por que vai se juntar aos mortos indigentes, ou no máximo ter alguns minutos no jornal.

Todos os seus anos não valeram de nada, são lixo no final, ninguém vai chorar por ela, por isso pode encarar a pistola mirada na sua cabeça com certa paz, ela nunca teve escolha desde o começo, não existe fórmula para a felicidade, existe fórmula para sofrer menos.

— Hora de dormir cachorrinho. – aquele soldado na sua frente apenas pode receber seus votos de maldição.

Mas a Nanci não olha para ele, há um amigo ainda com ela, mesmo que a bocarra daquela coisa esteja com os incisivos já cercando a base do seu pescoço, nos últimos instantes que tem, vale muito mais a pena lembrar dos momentos bons que pode passar com essas pessoas, que, ao menos para ela, podem ser chamados de amigos.

A vertigem de sua audição é por ouvir o ranger da luva que puxa o gatilho em meio ao som pesado e violento do seu coração. Seus olhos se fecham devagar, agarrados aos últimos microssegundos que pode viver, deixando um pouco da escuridão, para que não visse Nero morrer de forma tão brutal.

— Hnnnf! – um gemido pesado e próximo faz suas orelhas levantarem.

Aquele soldado estava ao seu lado, pronto para atirar, mas, não o fazia, não conseguia, ela pensa. A porta da casa abre devagar, mas nenhum dos outros soldados reage, permanecem estáticos, congelados no ar, movendo apenas os olhos na direção do som leve de passos tranquilos.

Um par de tênis da Hora de Aventura aparecem no chão, vestidos por uma criança que tem no seu peito uma blusa estampada com a lendária cena final de One Piece, seus cabelos longos e encaracolados caem pelas suas costas em cascatas negras, mas não tão escuras quanto os seus olhos, que não tem nenhuma cor além dessa. Como olhar para o próprio vazio cósmico, o próprio abismo negro e infindável.

Sua mão esforça para fechar a porta atrás de si, Muri quer chorar, mas não faz ideia se é de alívio ou medo. Porém, erra feio ao tentar estipular a minha idade.

No fundo do pequeno corredor de acesso a cozinha, a criatura se mantém acuada, aterrorizada como um cão traumatizado por abusos, se encolhe em um dos cantos.

— Q-quem é você? – a Nanci me pergunta.

— Ora, vocês passaram por tanta coisa só para me conhecer. Acho que já sabe a resposta, Muriko. It makes me wonder…


Fim, acho.


Notas Finais


Enfim, partiu escrever outra história fofa... tava pensando em Nancis ultimamente, em uma guerra, talvez lazers... hmmmm


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