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História Trahison - KJN - Capítulo 5


Escrita por: Bowop e JeonLilly

Notas do Autor


Esse capítulo foi focado demais no que a S/n está passando e sentindo, em meio a todo o caos que virou a vida dela, então espero que compreendam o personagem e que se sintam livres para comentar as suas opiniões e visões sobre o ponto de vista dela. 

Boa leitura! E aproveitem de mais um capítulo de traição!

Recomendação musical para o capítulo: Say Something, A Great Big World  feat. Christina Aguilera.

Capítulo 8 - Capítulo 5


Veneza


"Diga algo, estou desistindo de você! Eu serei o único, se você me quisesse... Em qualquer lugar, eu teria te seguido. Diga algo, eu estou desistindo de você. E eu, estou me sentindo tão pequeno... Foi muito pra minha cabeça, eu não sei absolutamente nada."

_Say Something feat. Christina Aguilera (A Great Big World)



S/n Williams, point of view


   No relógio digital que mantínhamos sobre a hack da televisão, marcavam exatas cinco e meia da manhã. O quarto estava um pouco escuro, sendo iluminado apenas por algumas luzes, que vinham de fora. Eu deveria estar dormindo àquela hora, mas se era algo que eu não conseguia fazer, era dormir. Acho que as palavras paz e descanso, não existiam mais no meu dicionário e por mais que eu tentasse fechar os meus olhos mesmo que fosse por um segundo, aquela maldita lembrança vinha em minha mente; me mantendo acordada e me ferindo cada vez mais. Eu realmente queria dormir. Queria ter um sono tranquilo, que me tirasse dessa realidade de merda, da qual estou vivendo. Queria ter um sono que me aconchegasse assim como minha mãe fazia, quando eu estava triste e precisando do seu colo... Ah, falando em minha mãe... Céus, que saudade eu sentia dela, que saudade eu sentia do meu pai. Já haviam se passado anos, mas o vazio sempre se encontrou ali, mesmo que em uma intensidade um pouco mais fraca. Porém, com aquela traição, pareceu que o buraco que eu tinha tentado concertar, havia se abrido novamente. Um pouco mais fundo, um pouco maior; e naquele nomento, tudo o que eu queria era dormir... Talvez dormir para sempre e ter em mente que aquele sono, seria a paz e o descanso que à semanas eu não sabia o que era. 

   Olhei, pelo o que contei, pela milésima vez para ele e não pude conter um suspiro baixo, formado de mágoa e dor. Eu realmente não conseguia compreender, como uma pessoa tinha a capacidade trair aquele ou aquela, que dizia amar e ainda se sentir bem com isso. Afinal de contas, ele era um sádico, ou apenas um mentiroso; um mentiroso que mentia assustadoramente bem? Pois em seu semblante calmo e descansado, eu não conseguia encontrar nem um pingo de angustia ou um pequeno desconforto que fosse. E ao observá-lo, me lembrei de algo que minha mãe costusmava a dizer, " as suas ações ruins te assombram durante o sono, te mantendo acordado e te tirando a paz e mesmo que você não se importe com elas quando estiver de pé, assim que você fechar os seus olhos elas irão te perseguir".

   Mordi o meu lábio inferior, impedindo que um soluço deixasse a minha garganta. Era quase surreal, ter em mente que antes, eu conseguia... Eu me sentia verdadeiramente realizada, em vê-lo ao meu lado de manhã, assim que abria meus olhos. Mas como diz aquele velho ditado: " tudo o que é bom, dura pouco" e foi realmente isso o que aconteceu. Era doloroso lembrar que éramos casados à  cinco anos e que antes, eu poderia afirmar com todas as letras que eu era feliz; que eu fui feliz! Ou pelo menos era isso o que eu achava; até dois meses atrás, quando descobri da maneira mais escrota, que eu era corna.

   Os meus olhos estavam vermelhos e inchados por ter chorado a noite toda. Um choro mudo, para que ele não escutasse e viesse me consolar e me indagar sobre o motivo das minhas lágrimas; mas o que estava em silêncio pelo lado de fora, gritava a plenos pulmões em meu peito. A dor... A dor de ser traída era tão grande, que eu começava a entrar em um processo de bosta, chamado de negação. Eu, S/n! Realmente não queria acreditar que o meu marido, aquele mesmo homem que cuidou de mim e me deu apoio desde as mortes dos meus pais; havia me traído. Eu, S/n! Realmente não queria acreditar que isso estava realmente acontecendo. 

   Voltei a olhar para o lado e novamente a visão dele, dormindo sem nenhuma preocupação, ao meu lado; invadiu o meu campo de visão e as lágrimas antes já secas e marcadas em minhas bochechas, novamente se tornavam vivas e traçavam o mesmo caminho pelo meu rosto. A verdade é que alguns dias após aquela infeliz descoberta, eu havia adquirido um medo... O medo de olhar no rosto daquele homem e me lembrar que naquele rosto, eu vi uma expressão de intenso prazer em sentir uma mulher que não era à mim, sua esposa! Eu criei um medo de olhar para aqueles lábios e me lembrar deles sendo mordidos com violência, enquanto a promíscua secretária pedia para ele ir mais fundo e forte, como ela gostava! Eu criei um medo de olhar para aqueles cabelos e me lembrar da cena em que ela os puxava, com luxúria e revirava os olhos, enquanto a língua dele trabalhava na intimidade dela! Porra... Foram tantos medos, mas o pior, foi de olhar para o seu corpo e perceber que a derme dele, não aquecia apenas o meu, mas o dela também. 

   Por um momento, me lembrei de alguns anos atrás... Me lembrei que naquela época, éramos como todo casal apaixonado; carinhos em todos os momentos, fazíamos amor quase todos os dias e as brigas eram quase inexistentes. Nós realmente não nos cansavámos de nos amar... E como se a realidade atual tivesse sido jogada sobre mim, igual a um balde de água fria, percebi que tudo havia acabado. A minha admiração? Ah a minha admiração se transformou em mágoa e o meu amor? Ele se transformou em uma coisa feia, fria e sem cor... Ele se transformou em ódio! 

   A verdade é que o que realmente me matou por dentro, foi vê-lo me traindo de uma forma tão nojeta e inescrupulosa. Se Namjoon realmente não sentia mais nada por mim, sem ser uma pequena atração, o que o impedia de sentar comigo e me explicar tudo? Eu com certeza não iria ficar com ódio dele, ou nada do tipo. Tristeza? Sim, obviamente que iria existir, - pelo menos de minha parte -; saudade? Isso sem sombras de dúvidas! Mas pelo menos ele iria sair desta relação de cabeça erguida. Como um verdadeiro homem, como um ser de bom caráter. Porém não foi isso o que aconteceu e por não conseguir ser o que eu acreditava que o Kim era, foi que ele resolveu acabar com a minha dignidade e com tudo o que era de bom que eu sentia por ele. 

   Voltei o meu olhar para a janela e vi a cidade começando à acordar, no lado de fora daqueles vidros. E então um novo flashback veio em minha mente. No dia em que eu descobri tudo, me encontrava tão carente dos seus carinhos e beijos quentes, cheios de amor, que até me atrevi a sair de casa só para recebê-los. Me lembro que eu resolvi ir de táxi e em todo o momento um sorriso bobo não saía dos meus lábios; chegava até mesmo a ser ridículo. Chegando naquele maldito prédio, não foram com beijos e carinhos que eu fui recebida. Mas sim com uma cena, - digna de um filme porno, barato; diga-se de passagem -, que eu fui recepcionada. Aquela tarde sem dúvidas, foi a pior tarde de toda a minha vida. Pois foi a tarde em que eu me senti pela primeira vez, sozinha e desamparada. Eu senti que tudo o que vivi ao lado dele até então, foi uma completa mentira. Caramba! Nem mesmo na época em que os meus pais morreram, eu me senti desta forma; pois sabia que eu tinha um alguém ao meu lado. Uma pessoa que estaria comigo sempre e só queria me ver bem. Não importasse o que ela teria de fazer para conseguir isso. 

   Após uma noite noite regada a choro e um conflito interno entre o certo é o errado e memórias umas boas e uma outra tão ruim, que conseguia passar por cima de todas, junto com os primeiros raios mais fortes do Sol que nascia no horizonte, veio a minha decisão. Eu não estava conseguindo conviver com tudo isso, era demais para mim, aquela noite foi a prova disso! Me rendi aos encantos dele, mesmo sabendo de tudo o que ele fazia comigo pelas minhas costas e mesmo assim fui capaz de me deitar com ele e ainda por cima gemer o seu nome e isso além de ser inadmissível, chegava a se encontrar em um nível de insensatez que nem eu mesma conseguia entender. Então estava decidido, eu iria deixá-lo de uma vez e tentar procurar a minha felicidade em outro lugar.  Tentar acender a chama que havia se apagado em mim, desde aquele dia. 

   Por mais que eu ainda tinha algumas mínimas reservas sobre aquela decisão, eu não podia me esquecer do fato de não conseguir nem sequer olhar para ele, sem me machucar lembrando de tudo, então o certo era optar pela escapatória mais "fácil", para tudo aquilo. 

   Ainda em silêncio, me levantei daquela cama e fui até o closet. Tive que ser rápida! Em breve Namjoon acordaria e a minha decisão iria ser ainda mais difícil de ser tomada; então com agilidade peguei três malas das prateleiras de cima e coloquei sem muito cuidado, todas as minhas roupas dentro das mesmas. Assim como os sapatos e os meus outros pertences. Após isso, um banho rápido, um pouco de maquiagem, uma boa roupa e um perfume caro; conseguiram encobrir um pouco da minha dor. 

   Levei duas malas para o corredor de fora do apartamento e ao voltar para o quarto novamente, com o intuito de buscar a única que sobrara; não consegui deixar de olhar para o homem que dormia de bruços, à alguns metros de onde eu estava. Era estranho e doloroso olhar para ele e assim que uma lágrima ameaçou cair novamente, em um reflexo involuntário e muito rápido a sequei com as pontas dos meus dedos e respirei fundo, agarrando a alça da mala escura, ao meu lado. 

— Adeus, Namjoon! E até nunca mais... - confesso que aquela despedida, me doeu como uma faca atravessando o meu peito e mesmo que eu nunca tivesse sentido tal dor antes, eu poderia imaginar a sensação dolorosa e angustiante, que era ter uma lâmina atravessando a minha pele, rasgando cada músculo de uma forma lenta e infernal. E então, eu levaria as minhas mãos até o local, tendo-as sujas com o meu próprio sangue; enquanto caía de joelhos no chão e sentia os meus olhos pesarem aos poucos, no mesmo momento em que perceberia que o pouco de vida que ainda me restara, começava a deixar o meu corpo.


[...]


   Aquele dia que mesmo começando a ter a bela presença do Sol, não conseguia me fazer sentir um pouco menos, muito pelo contrário, eu não ligava para o dia, pois a minha dor conseguia fazer tudo o que estava ao meu redor, ficar monótono. O trânsito começava a se formar e dentro daquele táxi, um ar fresco e com aroma de menta, se alastrava por todo o veículo; o taxista que escutava alguma música antiga no rádio, parecia entender que eu não queria conversa e não tinha ânimo para nada, então não puxava nenhum assunto comigo. Pelos cantos dos olhos, pude vê-lo levando discretamente a sua mão até o volume do som, abaixando consideravelmente a música. 

   Pelo reflexo do vidro da janela do carro, eu conseguia ver o quão mortos os meus olhos estavam e mesmo com a maquiagem leve que servia para disfarçar as olheiras e dar um pouco de luz em meu olhar, via que na verdade, nada iria conseguir disfarçar o quão devastada eu estava.

   Eu realmente não fazia ideia de quanto tempo já estava dentro daquele veículo, porém as palavras em um tom baixo e um pouco receoso, do homem me fez acordar no mesmo momento e perceber que nos encontrávamos em frente ao aeroporto e que ele estava ao lado da porta, - agora aberta -, do passageiro de trás. 

— Hey, moça! Está tudo bem? Nós já chegamos! 

— Ah sim... - tentei dar um sorriso, mas foi em vão e quando percebi que as minhas bochechas estavam molhadas, tratei de secar algumas lágrimas que eu nem percebi que havia derramado. — Eu... - olhei para um ponto qualquer dele, ainda um pouco perdida em meio as minhas palavras. — Eu estou bem! - respondi aquele homem, tentando muito mais convencer a mim mesmo, do que esclarecer a sua dúvida. — Será que o senhor poderia me ajudar com as malas? - perguntei, me preparando para deixar o carro e parando ao seu lado.

— Claro. - o taxista sorriu gentil e fechou a porta do carro, andando até o porta malas e não demorando em o abrir e retirar a minha bagagem lá de dentro.

— Obrigada! - agradeci verdadeiramente; mais por ele ter comprendido que eu não estava bem e não ter puxado assunto comigo durante o percurso do condomínio, até o aeroporto, do que pelas malas. Por fim, entreguei o valor da corrida para mesmo, que se curvou levemente e me deu um sorriso gentil.

— Boa viagem, moça e espero que encontre o que procura! - fiquei parada sem reação ao ouvir aquela frase e com um riso fraco e nasalado, o homem se afastou entrando novamente no carro e partindo para longe de mim.  

   Ainda um pouco confusa com as suas palavras, agarrei o carrinho e entrei no aeroporto, indo direto para o painel de viagens marcadas. E após ver que um vôo sairia em alguns minutos, com destino a um lugar que era tão almejado por mim, não perdi tempo e fui para um das dezenas de balcões. 

   Realmente tive muita sorte em conseguir comprar uma passagem para um vôo que estava prestes à sair e após fazer o check-in e despachar a minha bagagem, percebi que o destino realmente estava conspirando ao meu favor e que aquilo só poderia ser um sinal. Um sinal de que agora a minha vida iria dar certo. Ou pelo menos era para isso que eu estava torcendo.

   A chamada do vôo para Veneza foi feita e não esperei mas nem um segundo; segui para o portão de embarque e fiz os procedimentos necessários e logo eu já estava dentro do avião. Agradeci imensamente pelo fato de que a única poltrona que sobrara havia sido a que estava ao lado da minha. Então isso significava que eu iria viajar sozinha e sem precisar conversar com ninguém. Isso era ótimo, ou não! Já que nem mesmo um segundo depois que o avião decolou e eu me vi cada vez mais longe do chão, uma lágrima solitária escorreu em meu rosto.

   Era inevitável, ele me faria falta! Afinal ele havia sido o único homem que eu amei em toda a minha vida e isso não é algo que você consegue contornar ou esquecer. O que eu senti por Namjoon havia sido forte demais e  apenas em me lembrar do seu nome, a vontade de gritar para todos naquele avião, o quanto eu havia sido burra de amá-lo, de me entregar a ele e confiar a minha vida ao mesmo; era avassaladora.

   Eu não seria capaz de passar horas pensando nele e chorando por sua causa, então rapidamente alcancei de dentro da minha bolsa, uma cartela de remédios para dormir; coisa que eu não tomava à um bom tempo e após pedir um copo d'água para a aeromoça, engoli o remédio; sentindo o mesmo descer com dificuldade pela minha garganta. Me trazendo uma sensação ruim, de que à qualquer momento eu iria me afogar com a minha própria saliva.


[...]


   Incrivelmente, eu consegui dormir as doze horas seguidas, - tempo de duração do vôo de Seul para Veneza -. E ao desembarcar do avião, não deixei de me apressar para pegar as minhas malas e entrar em um novo táxi, rumando para o hotel onde eu iria me hospedar. 

— Vi prego di portarmi a Bauer Venezia. (Por favor, me leve ao Bauer Venezia). - em um perfeito italiano, disse o meu destino para o taxista que após guardar as minhas malas no bagageiro, ligou o carro e diferente do outro que eu peguei para ir até o aeroporto de Seul, ele escutava uma música italiana, um pouco atual e às vezes até se arriscava em cantar alguns versos, em voz baixa.

   Eu aprendi o idioma ainda na faculdade, desde aquela época eu era fascinada por aquele lugar e tudo o que tinha nele. E como os meus planos eram de morar naquela cidade, assim que me formasse, eu aprendi a falar fluentemente o idioma. Porém, como me casei com Namjoon, essa vontade acabou sendo esquecida; mas agora tudo havia mudado e eu estava disposta a fazer o que eu tinha vontade, afinal, eu ainda era nova e merecia recuperar o tempo perdido. Já a decisão de ficar no Bauer Venezia; do qual que é um dos melhores hotéis de Veneza, foi uma recomendação de uma amiga minha, que viajou para essa cidade e me falou muito bem sobre o hotel. A garota me disse ótimas coisas sobre o lugar, aumentando ainda mais a minha vontade de viajar. Ela disse também que o hotel possuía um bar maravilhoso e é claro que de cara eu já aprovei. Afinal, quem não gosta de um bom local, onde você só precisa beber alguns drinks e relaxar?

   Durante todo o caminho, eu não desgrudava os meus olhos da janela. A paisagem do lado de fora daquele taxi era magnífica e eu não sabia explicar o quão reconfortante estava sendo passar por aquelas ruas movimentadas, com muitas casas de arquitetura antiga e pessoas simpáticas, felizes e muito educadas. Era realmente incrível! E por um momento, cheguei até mesmo a esquecer o motivo que me levou a ir para aquela cidade.

   A minha vontade de tirar milhares de fotos, deixar gravado em meu celular cada estabelecimento, cada ruela e cada casa, era imensa. Mas foi quando vi de longe, a Basílica de São Pedro, um dos lugares do qual sempre sonhei em visitar e logo depois algumas pontes, como a Rialto, a Dos Suspiros e a Della Paglia; foi que a ficha caiu e eu realmente vi que estava em Veneza.

— Namjoon iria amar, fotografar todos esses lugares... - disse baixo o suficiente para que o motorista não ouvisse e no mesmo momento me odiei ao ponto de cravar as próprias unhas nas palmas das minhas mãos e fechar os olhos, no mesmo momento em que respirava fundo e tentava me concentrar em apenas uma coisa. 

   Sem lágrimas, seja forte! Você merece ser feliz, S/n!

   As minhas pálpebras ainda se encostavam, quando eu senti o carro sendo freado, suavemente e em um sinal de curiosidade, abri os meus olhos e olhei para o lado; tendo a visão de um hotel de parência rústica. No mesmo momento um pequeno e singelo sorriso se formou em meus lábios, mesmo que eu não deixasse os meus dentes aparentes. Estudei rapidamente o local e vi que toda a arquitetura do lugar havia sido pensada com um intuito fixo; o retrô! E mesmo que eu nem tivesse entrado no mesmo ainda, já me encontrava encantada por ele.

   Curiosa em conhecer o interior daquele hotel, eu mesma abri a porta do carro e parei ao lado do veículo; esperando que o motorista retirasse as minhas malas e que eu enfim, pudesse pagá-lo. E assim que isso aconteceu, com a ajuda de um dos bellboys que ficavam na frente do hotel, subi aquelas lindas escadarias de pedra sabão, com o funcionário ao meu lado; carregando a minha bagagem. 

   Não foi preciso muito tempo até que os meus olhos fossem arregalados, ao capitarem tamanha beleza que possuía aquela recepção. As paredes eram douradas e todas as poltronas e sofás do lugar, eram de couro branco, assim como os tapetes aparentemente de pele de urso e as cortinas de seda, que iam do teto e caíam como uma cascata no chão; as cores muito bem escolhidas, se encaixavam perfeitamente, dando um contraste ainda mais maravilhoso com os lustres vintages, feitos de cobre e que com as luzes acesas, pareciam ser decorados com alguns diamantes.

   Pelo o que eu pude perceber, todos os funcionários vestiam uniformes preto com braco e bordô. Atrás do balcão da recepção se encontrava uma grande televisão, da qual ocupava uma parede inteira, e nela passava algum filme italiano; que com certeza era do genwero romance.

   Cheguei no centro do lugar e um homem, muito bem vestido, equilibrando uma bandeja de prata em apenas uma mão, enquanto a outra encontrava-se atrás de suas costas, me parou ofecendo uma taça de champanhe de morango. Sem hesitar peguei uma taça e continuei o meu caminho até uma das recepcionistas, que me olhava com um grande sorriso de boas vindas.

— Buona sera, voglio il tuo migliore suite, per favore. (Boa noite, eu quero sua melhor suíte, por favor.) - fiz uma breve saudação para recepcionista, não deixando de retribuir o seu sorriso gentil.

— Buona sera signorina, io controllare che hanno ancora alcuni dei nostri migliori suite offerte di lavoro, attendere solo un minuto, per favore. (Boa noite senhorita, irei checar se ainda tem alguma de nossas melhores suítes vagas, espere só um minuto, por favor.)  - a mesma me respondeu calmamente, começando a digitar algo, no seu computador. 

   Alguns segundos de espera e reabrindo um novo sorriso, a recepcionista voltou a falar comigo. 

— Qui, per fortuna ancora una suite vacante per resevar avrò bisogno i dati signorina. (Aqui, achei, por sorte ainda tem uma suíte vaga, para reservar eu vou precisar dos seus dados senhorita.) - após ouvi-la falar que tinha uma suíte disponível, entreguei os meus documentos para a mesma, que logo terminou os procedimentos e me entregou o cartão do quarto de número mil quatrocentos e quatro. 

   Aquele sem sombra de dúvidas seria o meu recomeço e se tudo desse certo, eu nunca mais iria precisar ver o homem que me destruía, apenas com a sua presença traidora.

   Kim Namjoon agora era apenas uma parte infeliz do meu passado; uma parte que eu queria apagar de minha mente e coração. Mesmo que eu demorasse anos para alcançar tal objetivo; eu definitivamente estava disposta a ser uma nova pessoa e viver uma vida totalmente diferente do que a que eu levava em Seul, ao lado daquele ser mal caráter e promíscuo.

   Eu só queria ser livre!


Continua...


Notas Finais


Estão gostando de como as cenas estão sendo descritas?

See you soon, kisses <3


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