1. Spirit Fanfics >
  2. Trapaças do Destino >
  3. Próximos passos

História Trapaças do Destino - Próximos passos


Escrita por: HunterPriRosen

Notas do Autor


Oi, gente!

Cheguei mais cedo porque uma leitora vai viajar amanhã, ficará sem internet por tempo indeterminado e eu quero que ela saiba qual é o babado do Bruce antes da viagem.

Viram? Eu sou boazinha kkkkk

Prosseguindo, depois do capítulo anterior, algumas leitoras desenvolveram cada teoria sobre o babado. Teve gente achando que o Brubru está apaixonado pela Olivia eheheheheh Mas não é nada disso, eu só shippo os dois como amigos (se é que existe shippar como amigos, mas enfim).

O babado nem é um biiiiiiiiiiiiiiig babado, mas mesmo assim espero que gostem deste capítulo que eu ameiiiiiiiiiiii escrever!

Ah! E tem uma singela homenagem aos shippers de Lokivia no meio dele kkkkkkkk

Boa leitura!

Capítulo 28 - Próximos passos


Bruce Banner mentiu para mim.

O que será que ele quis dizer com isso, além do óbvio, é claro? Mentiu sobre o quê? E por quê? Como ele pôde mentir para mim de novo e depois de tudo?

É o que me pergunto mentalmente, enquanto o observo com a minha cara de poucos amigos, em pé na sua frente, com os braços cruzados contra o peito, esperando ele finalmente começar a se explicar.

A vontade que tenho é de voar no seu pescocinho e lhe dar uns bons sopapos, mas então me lembro de um conselho da minha avó — ouvir primeiro, soltar os cachorros depois — e permaneço imóvel e disposta a ouví-lo até o fim, antes de tomar qualquer atitude. Drástica ou não.

— Será que você pode se sentar? Por favor — Bruce me pede sem jeito, movendo as mãos entre os joelhos com certa impaciência. — Isso me deixa meio tenso e nervoso, e eu não quero, de forma alguma, que o outro cara apareça de repente e destrua o seu apartamento.

Eu devia manter a minha postura firme e intransigente, mas quando Bruce diz isso, tudo o que eu faço é me sentar ao seu lado, sem retrucar e me sentindo meio desarmada.

Por um momento, quase me esqueci de que ele é o Incrível Hulk, que o Hulk esmaga tudo e que, por medida de segurança, é melhor não estressá-lo.

Inevitavelmente, me lembro da nossa discussão na Torre Stark, há alguns dias, e de ter feito a prancheta que Bruce segurava voar para o outro lado do laboratório. Me lembro do auto controle que ele demonstrou o tempo todo e só então me dou conta de que Bruce deve ter feito um grande esforço para manter a calma naquele dia.

Em contrapartida, me dou conta também de que independente do que ele tenha escondido de mim, eu gosto muito de Bruce e quero vê-lo bem. Mais do que isso, quero a nossa amizade de volta. Por isso, espero que o que ele tenha a me dizer não seja muito grave e que eu seja capaz de relevar no fim das contas.

Estou quase pedindo para Bruce deixar esta questão toda para lá e lhe pedindo desculpas por ele ter mentido para mim — pois é, estranho —, quando o dito cujo agradece de forma contida:

— Obrigado. — E em seguida, anuncia: — Eu serei breve, Olivia. — Então, me fitando nos olhos, ele finalmente abre o jogo, atrapalhando-se em alguns momentos por puro nervosismo: — Naquele dia, quando eu te contei sobre o seu DNA alienígena, eu... Menti. Eu quero dizer, um pouco. Talvez muito. Melhor dizendo... Eu realmente analisei parte da sua saliva, daquele copo que o Tony tirou das suas mãos, quando você viu o Steve pela primeira vez, mas aquele material serviu apenas como ponto de partida. Não era suficiente para fazer um mapeamento completo e detalhado do seu DNA e entender mais sobre você. Pela saliva, eu vi apenas que havia alguma coisa diferente em você, Olivia, mas o resultado foi inconclusivo. Então, no dia em que você me atacou, foi atropelada por uma bicicleta e eu te levei para a Torre, eu... Enquanto você estava inconsciente, eu... Colhi uma amostra do seu sangue e... Refiz todos os testes possíveis. — Após um breve instante em silêncio, ele finaliza: — Bem, o resto você já sabe.

Devo estar com uma cara de limão azedo a la gafanhoto asgardiano — ótima hora para pensar em Loki, por falar nisso —, já que Bruce se mexe um pouco no sofá, engole em seco e recomeça meio envergonhado e visivelmente culpado:

— Olha, eu sei que foi errado, mas eu e os outros, você sabe, queríamos muito entender a sua imunidade ao bracelete e eu não imaginei que isso magoaria você porque... Sim, por um momento, a minha curiosidade científica me deixou cego. E eu sinto muito por isso, Olivia. Por tudo, na verdade. — Diante do meu silêncio sufocante, Bruce pede: — Por favor, diz alguma coisa. Você quer que eu vá embora?

Abro a boca para responder, mas as palavras simplesmente não saem. Então, me dou conta de que não sei o que dizer. Muito menos o que pensar. A verdade é que nem sei o que estou sentindo neste momento. Decepção? Sim, um pouco. O suficiente para mandar Bruce Fofo Banner embora do meu cafofo? Não, nem de longe.

Claro que a vontade de voar no seu pescoço e estapear o seu rostinho lindo ainda está aqui, fervilhando em minha mente maquiavélica, mas a vontade de entender melhor o que ele me contou e por que agiu assim é mais forte.

Então, querendo sondar, eu indago:

— Por que você não me contou antes? Naquele dia mesmo na Torre.

— Porque... — Bruce hesita por um instante, mas acaba respondendo: — Eu ia contar, Olivia, mas quando eu vi como você ficou, eu tive medo.

Franzo o cenho e rebato surpresa:

— Medo de mim?

— De que você não me perdoasse. Sim — Bruce responde, enquanto mantém seu olhar fixo no meu. — Na verdade, eu ainda estou com medo disso — confessa, me encarando de um jeito ansioso, como se quisesse muito que eu o tranquilizasse sobre isso, que eu dissesse que está tudo bem, que eu o desculpo por tudo.

Mas, ao contrário do que Bruce espera, eu continuo em silêncio, avaliando o que ouvi e tentando decidir o que fazer a respeito.

Tudo o que sei é que, surpreendentemente, eu não estou com raiva dele por ter escondido aquele detalhe de mim. No fim, é só um detalhe a mais na investigação que os Vingadores fizeram a meu respeito. Mesmo assim, me sinto meio zonza e preciso pensar mais um pouco.

Talvez cansado de esperar por uma definição de minha parte — ou quem sabe entendendo o meu silêncio como uma definição —, Banner retira algo do bolso do casaco e estende em minha direção, explicando sem jeito:

— Olha, aqui estão todas as informações que eu consegui com base no seu DNA. O que eu tinha impresso já foi destruído, eu juro. Bem como a amostra do seu sangue. Agora você pode fazer o mesmo com isso, se quiser. — Diante da minha hesitação em pegar o pendrive, Bruce articula: — Aceite como um pedido de desculpas, Olivia. Eu não me importo com o que você vai fazer, mas me pareceu errado ficar com isso. É seu, é sobre você, então apenas aceite.

Olho de Bruce para o pendrive algumas vezes, respiro fundo e finalmente seguro o objeto em minha mão. Fecho os dedos em torno dele e começo a pensar em como a vida é irônica às vezes. Eu, que durante tanto tempo, quis descobrir quem era o meu pai a todo custo, agora sinto que não estou preparada para lidar com as minhas origens. Ainda mais porque, de acordo com as informações contidas no pendrive, eu tenho origens alienígenas.

Sei que isso não vai mudar o que está dentro de mim, mas neste momento, decido que assim que possível vou descartar este pendrive e esquecer este assunto. Pelo menos por um tempo. Pelo menos até eu me sentir pronta para encarar a verdade e quem sabe descobrir mais sobre ela. Sobre mim. Sobre o meu misterioso pai.

— É melhor eu ir agora.

A voz de Bruce me desperta de tais pensamentos e, quando dou por mim, ele já está de pé e caminhando em direção à porta.

Por um momento, cogito simplesmente deixá-lo ir, mas algo dentro de mim é mais forte do que o orgulho e me faz levantar do sofá em um pulo.

Então, convencida de que não estou com tanta raiva dele e que vale a pena mantê-lo em minha vida, o chamo:

— Bruce. — Ele detém o passo e se vira na minha direção. Então, eu respiro fundo de novo e pergunto: — Você está arrependido, certo?

Sem hesitar por um instante sequer, o Vingador fofo afirma:

— Totalmente.

— Então, se você pudesse voltar no tempo... — começo a dizer e em seguida me detenho, esperando que ele complete.

E é o que Bruce faz na sequência:

— Tudo seria diferente. Eu não teria agido como agi, eu juro.

Minha avó costumava dizer que perdoar é bom. Difícil, mas deixa uma sensação muito agradável dentro de nós. Eu nunca fui muito de perdoar, sempre fui bem orgulhosa, aliás, mas agora eu percebo que Susan Mills tinha razão. É muito bom deixar as desavenças para trás. E no caso de Bruce, e dos Vingadores de uma forma geral, sinto como se o que eles fizeram tivesse perdido completamente a importância.

Aliás, me sinto meio idiota por ter ficado tão magoada na época. Acho que é porque finalmente percebi que os Vingadores não agiram mal intencionados. Eles foram apenas... Humanos. Mesmo Thor, que nem é gente da gente, foi humano. E humanos estão suscetíveis ao erro.

Sendo assim, e me sentindo incrivelmente leve, caminho até Bruce, paro diante dele por um instante, tomo coragem e digo:

— Eu acredito em você.

Não espero Bruce assimilar minhas palavras nem mesmo dizer qualquer coisa em resposta, simplesmente dou mais um passo à frente e o abraço forte.

Ele fica paralisado como uma estátua de Michelangelo por algum tempo, mas finalmente retribuiu o meu gesto, meio desengonçado e dando uns tapinhas nas minhas costas. Tão leves e gentis que nem dá para acreditar que estou abraçando o Incrível Hulk.

— Você é tão fofo, Bruce Banner — deixo escapar, o abraçando mais forte. — Que o Capitão Gato América não me ouça agora, mas eu acho que ele acabou de perder o posto de Vingador favorito de Olivia Mills.

Bruce ri baixo, antes de se desvencilhar do meu abraço, sorrir levemente e dizer:

— Eu prometo que não conto para ele.

Sorrio de volta, dou um leve soco em seu ombro e assinto:

— Combinado, Brubru!

Desmancho o meu sorriso aos poucos à medida que percebo que Bruce está me encarando demais. Me analisando, eu diria. Visivelmente intrigado — e me chamem de maluca, mas ele parece um pouco admirado também —, até que finalmente quebra o silêncio, dizendo:

— Você mudou, Olivia. — Franzo o cenho e ele esclarece rapidamente: — Para melhor, é claro.

Escancaro a boca, me fazendo de ofendida, embora no fundo eu tenha entendido muito bem o que Bruce quis dizer com isso, e me divirto internamente, quando ele gesticula meio atrapalhado:

— Não que você não fosse legal antes, mas é que agora... Eu não sei, mas você está mais... Humm... Mais legal do que antes. Eu quero dizer, diferente, mais madura e... Ainda assim, continua sendo você. Enfim, eu não sei explicar direito, mas...

Controlo a vontade de rir, apoio uma mão em seu ombro e o tranquilizo, dizendo:

— Eu entendi, Bruce, não se preocupe.

O Vingador fofo relaxa imediatamente, respira fundo e, depois que eu afasto a minha mão, anuncia:

— Eu adoraria ficar mais um pouco, mas eu realmente preciso ir agora, então...

— Okay — concordo, passando por ele e abrindo a porta.

No entanto, quando Bruce começa a cruzar a soleira, eu me lembro de algo — ou melhor, de alguém —, e como se minha voz tivesse vontade própria, me ouço falando:

— Ah! Por acaso, você tem notícias do... Da... Dos... Humm... — Hesito, me dando conta de como isso é ridículo e impróprio, já que eu deveria me concentrar em esquecer o gafanhoto asgardiano e não em sondar sobre ele. Sendo assim, desvio do olhar de Bruce por um instante, me apoio na porta e disfarço: — Do Steve?

Visivelmente desconfiado da minha pergunta e postura, meu amigo fofo estreita seu olhar sobre mim e responde calmamente:

— Até onde eu sei, ele e a agente Jessica Wally estão em uma missão. Por quê?

Gaguejo um pouco e sinto que estou sendo artificial, quando respondo:

— Por nada... Nadinha! Era só para saber mesmo. Que legal... Que bom para eles, né? Uma missão. Legal. Salvar o mundo e tal.

— É, acho que sim — ele assente ainda mais desconfiado. E, quando eu penso que Bruce se deu por convencido e vai se retirar, ele arqueia um pouco as sobrancelhas e articula: — O Thor não entrou em contato desde aquele dia, Olivia. Mas quando ele fizer isso, pode deixar, eu te dou notícias... Daquele ser.

Não queria soar tão empolgada, mas novamente minha voz ganha vontade própria e eu exclamo:

— Você faria isso?!

Ao me dar conta de como essa empolgação me denunciou, eu controlo a ansiedade, tento ignorar o meu coração subitamente acelerado e desconverso, fingindo desdém:

— Eu quero dizer, supondo que eu queira mesmo saber qualquer notícia sobre aquela... Coisa? Então você não se importaria de... Eu quero dizer...

De repente paro de falar e estreito o meu olhar na direção de Bruce, que me encara de volta visivelmente intrigado.

Sinto que quero lhe perguntar algo, mas não sei como dizer, nem mesmo se devo. Eu devia esquecer este assunto, mas não consigo. A curiosidade me domina e eu preciso urgentemente que alguém me diga que não foi um erro me apaixonar pelo gafanhoto asgardiano. Me julguem, mas eu preciso saber.

Sendo assim, apenas continuo olhando para Bruce, esperando que ele tenha a capacidade de ler os meus pensamentos.

Não sei se ele tem este dom, mas o fato é que Bruce acaba matando a charada e indagando:

— Por acaso, você quer a minha opinião sobre você e Loki? Sobre o seu envolvimento com ele?

Meu orgulho me leva a rir sem humor e rebater no susto:

— Que envolvimento? Não teve envolvimento nenhum, só um... Beijinho chocho e sem importância.

No entanto, quando Bruce arqueia uma sobrancelha e me olha firme, eu respiro fundo, me dou por vencida e assumo de vez:

— Okay, qual é a sua opinião sobre... Lokivia? — Hesito um pouco, franzo o cenho e reflito: — Cruzes, isso soou meio estranho. — E endireitando a postura, cruzo os braços contra o peito e intimo: — Enfim, você shippa ou não?

Franzo o cenho de novo, me perguntado internamente por que estou falando deste jeito esquisito sobre mim e o traste trapaceiro. Como se alguém fosse shippar a gente. Rá!

Todavia, paro de pensar nisso, quando vejo um sorriso discreto se formando no rosto de Bruce Banner. Sorriso este que ele controla e disfarça para que não vire um riso sonoro.

E então, depois de me torturar com um longo momento de silêncio, Bruce articula de um jeito calmo e emblemático ao mesmo tempo:

— Se você me perguntasse isso há algumas semanas, eu seria totalmente contra. Aliás, eu era totalmente contra. Mas agora, depois de tudo o que aconteceu... Eu só quero que você seja feliz, Olivia. Se será com o Loki, algum dia, quando ele finalmente entender que você não mentiu sobre os seus sentimentos, eu só peço que você o mantenha na linha. Nada mais.

Fofo! Fofo! Fofo! Nem sei por que fico tão feliz com a aprovação de Bruce Banner sobre mim e o gafanhoto asgardiano, mas fico. Me julguem. Tem alguém que shippa a gente, afinal. Ou quase isso. Enfim, já é alguma coisa.

Estou me regozijando com esta sensação engraçada e leve, quando Bruce me desperta, completando:

— Ou então eu terei que dar outra surra antológica nele. Eu não posso negar que seria um prazer, na verdade.

Surra? Que surra? Como eu não fiquei sabendo deste babado fortíssimo antes?

Oh! Certo! Bruce deve estar se referindo a batalha de Nova York, quando o Deus da Trapaça foi derrotado pelos Vingadores e levado de volta para Asgard com o rabinho entre as pernas.

No entanto, confesso que eu não sabia deste detalhe. Então quer dizer que Loki levou uns bons sopapos do Incrível Hulk? Humm... Acho que Bruce acabou de subir mais um pouquinho no meu conceito.

É o que estou pensando, enquanto controlo a vontade de rir ao imaginar Loki, um poço de orgulho, todo arregaçado depois de um duelo com o meu Vingador favorito. Bem feito para aquela gentalha!

De repente, a vontade de rir passa e eu me vejo preocupada com aquele traste. Será que Loki ficou muito machucado na época? Será que cuidaram dele depois? Tadinho do trapaceiro irresistível... Deve ter ficado cheio de hematomas, todo quebrado, desconjuntado, descabelado e humilhado.

Pisco algumas vezes, afastando esses últimos pensamentos e me lembro de que Loki mereceu a surra. E que eu não dou a mínima se ele saiu machucado. Aliás, se eu tivesse poderes especiais e estivesse lá, com certeza teria ajudado a nocauteá-lo também, afinal, por muito menos, eu lhe dei uma joelhada em seus Países Baixos. É isso. Ponto final.

Estou tentando me convencer de que eu bateria mesmo em Loki, quando Bruce coloca as mãos nos bolsos da calça e se despede, dizendo:

— Se cuide, Olivia.

Sorrio em concordância e assim que meu amigo fofo sai, eu fecho a porta e apoio as costas nela. E então começo a me sentir uma idiota por ter perguntado sobre Loki para ele.

Eu não devia querer saber nada sobre aquele traste. Eu devia me concentrar em esquecer Loki, e não em dar indícios de que ainda estou interessada nele. Mesmo porque, eu não estou. Não poderia estar, depois das coisas nada gentis que aquele mequetrefe me disse antes de zarpar para Asgard. Das acusações que fez. Das conclusões precipitadas que tirou.

Por tudo isso, tenho que esquecer o Deus da Trapaça, seu beijo... Chocho e sem importância, esquecer tudo o que vivi e senti, e seguir em frente. Simples assim. E eu vou conseguir.

Sendo assim, enterro este assunto dentro de mim, respiro fundo e só então percebo que ainda estou segurando o pendrive que Bruce me entregou.

Eu devia descartá-lo imediatamente. Ou então jogá-lo no chão e sapatear em cima. Mas, que pessoa em sã consciência faria algo assim? Ainda mais diante das informações que o pendrive armazena sobre mim.

Será que não seria melhor dar uma olhadinha bem rápida no conteúdo antes? Só para entender melhor esta questão de pai ET de Varginha? Será que dar uma espiadinha não vai me dar a coragem necessária para ir em busca da verdade sobre as minhas origens? Será que não vai acender de novo a curiosidade sobre a identidade do meu pai? Curiosidade esta que culminou no acidente e morte da minha avó? Será que eu devo desenterrar este assunto de novo?

Quase sem perceber, caminho até a cozinha e me sento diante da bancada onde eu e Loki fizemos nossa primeira refeição juntos.

Nem sei por que me lembrei deste mequetrefe agora, mas me obrigo a afastá-lo de minha mente e me concentro no notebook sobre a bancada. Giro o pendrive entre os dedos e mordo o interior da minha bochecha, até que tomo uma decisão.

Em seguida, a coloco em prática, levantando a tela e espetando o pendrive na entrada USB na lateral do notebook.

Hesito quando uma pasta se abre diante dos meus olhos, mas então me dou conta de que não tem nada ali que Bruce já não tenha me dito antes.

Resumo da ópera, eu não sou totalmente humana. Grande coisa.

Além disso, que mal tem em olhar o tal mapeamento do meu DNA? Provavelmente deve ser um emaranhado confuso de números, siglas e caracteres, nada de mais.

Sendo assim, clico duas vezes sobre a pasta e uma lista de arquivos surge na tela. Como eu previa, há vários títulos com sequências numéricas e combinações impronunciáveis. No entanto, há também um documento mais simples no fim da lista. Intitulado como laudo final.

Eita... E agora? Clico ou não clico? Abro ou não abro?

Bem, o arquivo deve ter uma explicação geral sobre o meu DNA e as conclusões de Bruce, mas também não deve acrescentar muita coisa ao que eu já sei, ao que ele já me disse, certo? Certo.

Comprimo os lábios, como o Baby da Família Dinossauros, e me recosto na cadeira, enquanto meus olhos permanecem fixos no último arquivo.

Instantes depois, decido que vou abrí-lo e seja lá o que Deus quiser. Porém, quando me inclino para a frente e me preparo para clicar no arquivo, meu celular vibra sobre a bancada e eu me volto para ele imediatamente.

Na sequência, pego o aparelho e vejo que chegou uma mensagem de Josh.

Na verdade, desde que eu lhe contei, por alto, que eu e “Tom” terminamos o nosso “relacionamento”, meu melhor amigo tem me enviado mensagens todos os dias, super preocupado e querendo me ver de qualquer jeito.

No entanto, tudo o que eu respondi em todas as mensagens foi que eu queria ficar sozinha por um tempo e que quando estivesse me sentindo melhor, entraria em contato com ele.

Claro que Josh não se conformou com isso e continuou insistindo em me ver ao longo da semana. E claro que eu, incapacitada de contar toda a verdade para ele, desconversei todas as vezes.

Me ajeito melhor na cadeira e resolvo abrir a sua mensagem, que diz:

“Já chega, Liv. Eu sinto muito pelo que aconteceu, mas você precisa reagir. Eu e a Amy vamos passar aí mais tarde para te pegar. Vamos sair um pouco, espairecer, conversar, ver gente. Nem pense em dizer não.”

Por um instante, tudo o que penso em fazer é responder não e ponto. Mas então me dou conta de que por mais que eu não possa me abrir com Josh em relação ao Loki, ele está certo. Eu não posso continuar assim, me arrastando pelos cantos. Tenho que reagir e seguir em frente.

Aliás, é o que tenho tentado fazer deste ontem, quando decidi reorganizar minha vida, fui até a faculdade trancar o meu curso e depois fui a Torre Stark, conversar com o Homem de Ferro e Cia.

Eu dei passos importantes ontem. E hoje também, quando me acertei com o fofo do Bruce. Então, talvez agora seja um ótimo momento para dar o próximo passo na minha nova vida. Na minha vida pós Loki.

É isso. Sair com os meus amigos e me distrair um pouco vai me fazer bem. E eu tenho certeza que Josh e Amy não vão tocar no assunto “Tom”, a menos que eu dê indícios de que eles podem falar sobre isso.

Além disso, em algum momento eu tenho que contar aos dois que não vamos mais estudar juntos na New York University. E é bom que seja antes do início das aulas, que por acaso, é essa semana ainda.

Tenho que contar que marquei uma sessão com o meu novo terapeuta para a próxima semana também, e combinar alguma coisa para o meu aniversário daqui a quatro dias.

Não estou nem um pouco a fim de comemorar a data, mas sei que Josh e Amy vão ficar inconformados, então talvez eu possa propor uma pizza e uma sessão de Pica Pau aqui no meu cafofo.

Pensando em tudo isso, eu digito a resposta para Josh:

“Okay. Me peguem às oito.”

Depois de enviar a mensagem, me recosto na cadeira e encaro a lista de arquivos contidos no pasta aberta no notebook por algum tempo. Logo depois, abaixo a tela e me levanto, decidida a dar uma olhada nisso em outro momento.

Não estou pronta para dar este passo agora. Não quero pensar em minhas origens. Na verdade, quero esquecer que não sou totalmente humana. Enquanto eu puder, pelo menos.

 


Notas Finais


Ahahahahah antes que vocês me perguntem sobre o pai da Olivia, resposta só no final da fic.

Por falar em final da fic, com este capítulo eu quis encerrar uma espécie de ciclo. Vimos a Olivia se entendendo com o Bruce (que do jeito dele, shippa Lokivia kkkkkkkk) e vimos que a moçoila está dando mais passinhos com o intuito de seguir em frente.

Pois bem, então comunico para os devidos fins, que o próximo capítulo iniciará outro ciclo e acho que vocês vão gostar. O capítulo será POV Loki e isso significa que teremos, além dele, é claro, Thor, Odin, Sif, Heimdall, Asgard. Maaaaaaaaaaaas, não será só isso...

Ah! Antes de encerrar quero compartilhar com vocês as fanart's que recebi esta semana.

A primeira delas, na verdade são duas, feitas pela leitora Pendragon está neste link aqui: http://www.devaneiosdeumahunter.blogspot.com.br/2015/08/fanart-e-video-trapacas-do-destino.html É uma imagem e um vídeo e eu ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii os dois, muito obrigada, amore!!!

E a segunda fanart foi feita pela minha mishamiga Hunter Debora Jones e eu ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii também e muito! Está aqui ô: http://www.devaneiosdeumahunter.blogspot.com.br/2015/08/fanart-lokivia-by-hunter-debora-jones.html

Obrigada, meninas! E obrigada a todo mundo que está acompanhando TD e me seguindo no Twitter! Muito obrigada pelo carinho, chuchus!

Conforme vocês viram aí, eu tenho um bloguinho bem simples onde posto algumas coisinhas sobre as minhas fanfics, então vocês podem ficar de olho nele também eheheheh

Ah! Só para encerrar, no capítulo de hoje aprendemos como comprimir os lábios a la Baby da Família Dinossauros. Para quem não entendeu a referência, veja a imagem aqui: https://mobile.twitter.com/HunterPriRosen/status/634809023188074496

Beijos de luz! E não se esqueçam das reviews, hein? Inté!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...