História Tricks - People Change: First part

“Quando uma mudança é feita, coisas se perdem tudo sai de seu lugar, ou até se quebram. Leva um tempo até tudo voltar ao normal, e às vezes nem com o passar dos anos voltam ao seu lugar. Talvez nunca volte. E então, quando isso acontece o vazio que elas causam fica, esperando ser preenchido de alguma forma. A vida não é justa, o céu não é sempre azul, as borboletas não são sempre coloridas, nem toda lágrima é de felicidade. Nem todo coração é reconstruído.

Quando a vida te der escolhas, escolha com cuidado, mas quando ela te forçar a seguir um caminho; Boa Sorte.” 

 “Não sou mais quem eu era, eu não sou mais Justin Drew.

Bieber assumiu. “

“Meredíles assumiu.

Agora não tem mais volta. Eu vou te vingar papai.”

5 anos depois...

Las Vegas. Boate L.aV.ida. Dias Atuais.

01:23 AM.

Jade Black Meredíles.

A noite mal havia começado e eu já estava no meu décimo copo de vodka, ou mais conhecido como shots.

- Vem! – Alicia me puxa animadamente. Ela também não estava mais tão pura.

E então uma batida se faz, nos fazendo sorrir.

Driver roll up the partition please
I don't need you seeing 'Yonce on her knees'
Took 45 minutes to get all dressed up
We ain't even gonna make it to this club
Now my mascara running
Red lipstick smudged […]

A letra em si não me dizia nada, mas a batida sim, me lembrava o quanto eu queria sentir a vida pulsar pelo o meu corpo naquela noite. Sim, a vida, as vibrações, as sensações, o tato, o calor.

Rebolo ao lado de Alicia e jogo o cabelo para o lado sem me importar nem um pouco se ficariam bagunçados depois.  Ali começa a cantar algumas de suas partes favoritas e eu a acompanho. Naquele momento quase me vi como uma universitária que estava curtindo com as suas amigas e que no dia seguinte teria que enfrentar uma bela de uma ressaca enquanto escutava uma aula chata de alguma matéria na faculdade.

 Mas essa ilusão não durou muito tempo já que meu braço é puxado bruscamente me fazendo ficar de costas enquanto a suposta pessoa, que agora eu sabia que era um homem pelo o seu membro em minha bunda, se esfregava em mim e apertava meu braço.

- Fica quietinha, e vem comigo gracinha. – Aperta mais meu braço.

Ele ta de sacanagem?

Desço meu braço livre até a minha liga onde estava minha arma, assim que consigo alcançá-la com minha mão a puxo.

- Mulher errada. – Me solto girando meus calcanhares dando uma rasteira nele o fazendo cair de joelhos perante a mim.  – Antes que faça isso com as mulheres, procure saber quem são elas primeiro.  –  Sorrio irônica e vejo sua cara de pânico ao notar quem eu era – Pena que você não vai ter outra chance. – Solto o gatilho e disparo contra sua cabeça fazendo seus miolos sujarem a quem estava em volta. Inclusive eu. Filho da puta, além de deixar meu braço roxo, suja meus louboutins.

Só então percebo que a música tinha parado e todos olhavam assustados pra mim.

Foda-se essa porra é minha mesmo.

- Limpem isso. Agora – Ordeno para os meus empregados apontando com cara de desgosto para o chão. – E DJ, a música – Sorrio olhando pra ele que olha assustado e logo coloca a musica de novo. Aos poucos tudo volta ao normal. Quem frequentava minha boate, já estava acostumado com isso.

Olho para o meu estado e desejo dar 500 tiros em todos que estão a minha volta. O problema é que na minha arma não comportava munição o suficiente para isso. Uma pena.

Alicia havia sumido, e Kat estava sumida desde que chegamos, o que é estranho, mas se estivesse acontecendo algo elas viriam me falar.

Caminho para o andar de baixo onde ficava o meu escritório. Vou ao banheiro e tiro os sapatos tirando a saia também. A blusa era grande o bastante pra ficar como vestido. E aí de alguém se  criticasse. Não estou mais de bom humor.

Volto para a sala principal e me sento na poltrona, encosto a cabeça e respiro fundo girando a cadeira. Isso me divertia e me distraia.

Paro de costas para a entrada e me perco em pensamentos quando ele é grosseiramente interrompido pela porta escancaradamente aberta fazendo um estrondo. 

- Antes que tenha pensamentos diabólicos. Espera um pouco, sou eu. E quando eu terminar de te contar o que preciso você pode sair daqui matando todo mundo. Como sei que vai fazer.

- O que quer Katy? – Continuo de costas.

- Roubaram o carregamento de hoje. Tudo. Até o caminhão. O motorista e os capangas que foram fazer o serviço sumiram.

Respiro fundo e viro lentamente.

- Quero nomes.

- Não temos.

- Localização do GPS?

- Nenhuma.

- Suspeitos?

- Vários, nenhum ao certo.

A encaro contando até 10. Mas não faz muito efeito já que sinto a raiva me consumir.

- CARALHO! COMO ASSIM? NOSSA EQUIPE É MUITO BEM TREINADA PARA QUE ESSE TIPO DE COISA NÃO ACONTEÇA! EU VIM AQUI ATOA ENTÃO? – Me refiro sobre ter vindo a Vegas.

- Foi uma falha! Eles roubaram como se fossem mágicos, sem pistas. O estilo deles é parecido com o nosso, foi a única coisa que ficou bem evidente.

- Uma falha de 3 milhões Kateryne . – Sorrio com ironia. – Apenas suma da minha frente.

Ela saiu batendo a porta com força.

Não estou acreditando nisso. Realmente não estou.

Jogo um vaso de flores na parede com toda força o fazendo se despedaçar.

Sento de novo e começo a raciocinar. Era o melhor que eu podia fazer agora.

[...]

Depois de uma maravilhosa noite mal dormida, arquitetando planos, rastreando sinais, procurando suspeitos, minhas olheiras estavam assustadoras. Quando resolvi que era hora de dormir deviam ser 7:00 da manhã, ou mais.

E adivinha? Toda a porra do meu esforço foi pra nada! E ai sou obrigada a considerar a idéia de que só vamos descobrir quem é, se eles deixarem. Isso me irrita profundamente. A idéia de não estar no controle me irrita.

Desço as escadas da minha mansão em Vegas e já sinto falta do ar frio de Nova York ao olhar o sol lá fora. Não combino com o calor. Prendo os fios de meu cabelo e vou para a cozinha pegar uma caneca com café. Era tudo o que eu precisava. Cafeína.

Assim que volto para a sala com a minha xícara na mão sou abordada por Jean. O chefe da minha segurança. Não estava com saco para problemas no momento.

Finjo que nem o vi e ameaço sair do lugar quando ele me chama novamente entrando na sala me fazendo parar e bufar

- A menos que você tenha descoberto quem foi o autor do desastre de ontem a noite, não venha falar comigo ou você conhecerá o inferno daqui a pouco. – Digo bebericando meu café. Ele sabe que eu não estava brincando. Todos sabem.

- Quase isso, senhora. – Subo meu olhar para os dele, agora interessada no assunto – Uma encomenda para senhora.

- Então tragam pra mim!

- Acho que não passa pela porta...- Ri fraco e eu me mantenho séria o fazendo imitar uma tosse e parar de rir – É..- Limpa a garganta – A senhora tem que ir lá fora ver.

Bufo colando meus chinelos e o seguindo para fora de casa.

- Eu espero ser....- Me calo ao encarar um caminhão.

- O que é isso? – Eis que Alicia e Katy surgem atrás de mim.

E como um clarão em minha cabeça.

- Esse é o caminhão do carregamento? – Franzo o cenho encarando Jean.

- Parece que sim. Mas não o abrimos ainda.

- E estão esperando o que mesmo? – O olho e me afasto.

- Estão checando pra ver se é seguro - Katy responde pegando o MacBook da mão de Dilan, também da segurança. – Ao que tudo indica... É seguro – Diz um tempo depois de digitar algumas coisas. – Abram.

Todos se preparam apontado suas armas, agora, destravadas para o caminhão. Eles conheciam as normas.

Logo eles abrem o caminhão e um cheiro horroroso que eu reconhecia bem é inalado.

- Agora já sabemos onde estão os capangas e o motorista – Alicia diz com as mãos no nariz.

Aproximo-me, prendendo a respiração, subindo no caminhão, analisando tudo em volta com cuidado.

Olhos os cadáveres e todos eles foram picotados. Logo nas áreas vitais. Sem sinais de tiros. Eles queriam fazer sangue. Deixar marcado.

Meus olhos passam por todo o interior sujo até eles encontrarem algo branco no final no caminhão.

Aproximo-me, abaixando em seguida vendo um “castelo” de cartas. Analiso bem e parecia firme. Até porque para chegar até aqui precisava estar. A última carta da base do castelo era diferente, tinha algo escrito. Puxo a mesma fazendo tudo desmoronar. Viro lendo a mesma.

“ Vai começar pela base. Até o topo cair. Eu estou dando as cartas agora.

                                                                                                                                                DB.”

Ergo meu olhar sentindo um misto de emoções. Mas o que mais dominava era a raiva.

Não sabem com que acabaram de mexer.

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