História Tricks - Im still here bitches.

“Não poderia dizer que sentia muito por ter a largado.

Mas parece que o mundo dá voltas.

Agora ela não está do meu lado.”

“Ele voltou para minha vida. Meu Justin está aqui, na minha frente, e eu não posso sentar  e contar a bagunça que tem sido minha vida desde que ele saiu dela.

Agora ele é meu inimigo. “

“Inimigos e inimigos. O número só cresce.

 Isto é um jogo de interesses, seja o mais esperto.”

Jade Black Meredíles.

Ilha Meredíles.

8:34AM.

- O que faz aqui? – Gaguejo – Você...você não é real. – Dou um passo para trás com a arma trêmula em minha mão.

- Sou eu, estou aqui. Eu vim atrás de você. – Se levanta dando dois passos na minha direção. Deixo a arma cair. Com apenas dois passos ele me desarmou.

Olho em volta procurando por ajuda, mas não tinha ninguém. Era apenas eu e ele.

As lágrimas começam a rolar pelo o meu rosto e eu dou mais um passo chegando a algo sólido e gélido, a parede.

Vejo Justin caminhando em minha direção e sinto suas mãos em meu rosto em um carinho suave. Fecho os olhos deixando as lágrimas rolarem, mas não vão muito longe, logo as sinto serem interrompidas por outro toque.

- Hey...não precisa chorar, eu estou aqui. Estou aqui por você. – Nossos rostos estavam tão próximos agora que eu podia senti-lo, podia sentir seu calor, seu cheiro, sua respiração. – Eu te amo Jade...- Sussurra em meu ouvido. – Eu sei o que você quer, você prefere morrer ao ter que me matar. Eu te conheço como a palma da minha mão.

Manipulador.

Essa era a definição dele.

De repente o ar não entra circulando pelos os meus pulmões. Meu sangue parece congelar, a dor é gritante, meu coração parece estar quebrando.

- Você é fraca, querida, sempre foi. Não sou mais o mesmo. – Sussurra com a voz rouca.

Olho para ele e em seus olhos castanhos não se vê nada.

Olho para baixo e sinto a arma sendo descarregada dentro de mim.

Não escuto.

Não vejo.

Não sinto.

O que mais doeu, não foi sentir o tiro me perfurando. Foi olhar em seus olhos;

“Os sonhos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido.”

Levanto rapidamente sentando na cama, respirando o mais rápido que eu pude, me engasgando um pouco. Parecia ter me afogado.

Suspiro passando as mãos pelo cabelo os prendendo em um coque alto.

DB.

Agora faz sentido. Ele não se escondeu ele deu uma mensagem subliminar. Drew Bieber.

Levanto-me indo para o meu banheiro, olhando no grande espelho a minha frente. Olheiras visíveis.

Abaixo os olhos deixando as lágrimas me invadirem, logo depois a raiva.

Passo minhas mãos pelo balcão do banheiro jogando tudo no chão.

Grito fazendo minha garganta doer. Preciso disso, colocar pra fora.

- Jade? – Escuto a voz de Katy - Jade! O que está havendo? – Ela entra no banheiro ainda com cara de sono e baby doll.

Choro compulsivamente escorregando pela parede.

- Eu estou tão confusa. Eu não sei o que sentir. Dá onde ele veio? Que porra aconteceu depois  que eu fui embora? – Choro mais.

- Jade...- Katy senta ao meu lado me fazendo deitar no colo dela. – Sinto muito por você estar passando por isso. – Faz carinho na minha cabeça.

- Você o viu? – Encaro ela, me referindo a Chris.

- Quem? Justin? Sim. - Suspira

- Não...Tinha gente com ele...os meninos...eles estavam aqui. - Digo cautelosa.

Ela me olha por um tempo tentando raciocinar e assim que a ficha cai ela abre a boca para tentar falar alguma coisa. Mas nada sai. Ela tenta novamente e diz e um fio - Chris estava aqui? Ele está com ele?

Meus pensamentos na noite anterior são inevitáveis.

FlashBack On

“- Quem é você? – Minha voz falha. Jade caralho!

- Você sabe quem eu sou. E eu te conheço muito bem. – Olha em meus olhos, os seus estavam em choque.

- Talvez, se fosse alguém importante. – Retomo a postura. Sorriu irônica.

- Eu costumava ser. – Arqueia uma das sobrancelhas sorrindo.

Encaro ele, agora com certa raiva.

- Sabe...Bieber não é? – Não deixo ele responder. – Qual é a sua origem? Não vai me dizer que montou a máfia Canadense sozinho. – Me curvo a sua frente, reconstruindo minha barreira de ironia.

- Você sabe minha origem. Mas se quiser saber o resto, se vire. Agora chama seu chefe que eu não estou muito a fim de continuar esse papinho com você.- Dá um sorrisinho.

Gargalho o mais irônica possível. – Eu sou a dona dessa porra aqui. – Grito apontando para o galpão. - Você está sobre o meu comando, então acho melhor não me irritar. -

Se antes ele estava confuso, agora a coisa mudou completamente. Ele não esperava isso.

Dou meu melhor olhar superior.

Justin Drew Bieber.

Filha da puta.

Alguém me atualiza? Quando foi que a minha ex namorada virou dona da máfia Americana?

Só posso estar tendo um pesadelo.

Algo me chama atenção enquanto ela falava, encaro discretamente o alto dos muros e consigo ver perfeitamente meus homens e abaixo uma caixa de força de alta tensão.

Me remexo na cadeira, sentindo o que eu queria.

- Acho que você não deveria contar tanto com isso. – Molho os lábios.

Logo os tiros começam e os homens dela começam a ser abatidos.

Ela começa a atirar atrás de mim enquanto desviava e lutava com alguns dos meu homens que iam em cima dela. No outro canto consigo ver uma loira, também lutando, encaro o seu rosto rapidamente e logo a reconheço. Kateryne.

Que merda está acontecendo?

Enquanto Jade se distrai se defendendo, eu e os caras somos desamarrados e logo levantamos correndo para o muro, o escalando, não sem antes pegar o isqueiro do meu bolso e jogá-lo em cima da caixa de força.

Se faz um grande estalo.

Olho para Jade, que tinha acabado de matar os que estavam em sua volta.

Tenho que admitir. Ela é quase tão boa quanto eu lutando.

Ela me procura e logo seus olhos chegam onde eu queria.

Nos meus. Sorrio e olho para baixo, Jade me acompanha acompanha chegando a caixa de força.

Ela pega sua arma enfurecida tentando atirar em mim.

Tarde demais, já tinha pulado.  

Logo a explosão é escutada.

Nós nos vemos por aí, Jade.

Jade Black Meredíles.

Ilha Meredíles.

Seco as lágrimas cansando de chorar.

Chega. Eu quero respostas.

- Procura pra mim, procura tudo o que puder sobre Justin Drew Bieber. – Encaro Katy.

- Tudo bem.

- Quero um relatório hoje a noite na minha mesa. Nós vamos para casa. – Me levanto respirando fundo. – Agora eu preciso ir ver a putinha. – Me levanto saindo do quarto, descendo para o segundo andar, andando até o final do corredor.

Pego as chaves do quarto e destranco a porta.

- Amiga? – Digo irônica.

Ninguém responde.

- Alicia? – Olho no banheiro.

No closet.

Debaixo da cama.

Nada.

Me aproximo da cortina e a abro vendo as barras da janela quebradas e uma mini serrinha do lado.

Filha da puta.

Ela fugiu.

Alicia Angeline Lowery.

O vôo foi rápido. Já estava onde tudo começaria.

Pisava com força no acelerador do meu conversível vermelho o fazendo voar pela pista.

Jade Meredíles me paga.

Eu vou escrever V de vingança com o sangue dela.

Sorrio com a idéia. Ah querida você não perde por esperar.

Viro o retrovisor principal pra mim retocando meu batom vermelho.

Eu ainda estou aqui vadias. 

Justin Drew Bieber.

Canadá.

12:39

Tinha acabado de chegar em casa, depois de um vôo cansativo para caralho. Precisava tomar um banho e dormir. Subo para o meu quarto depois de reforçar a segurança na minha mansão, indo direto para o banho.

Eu tive tempo o suficiente pra pesquisar tudo o que eu queira.

Jade Black Meredíles. Não é de colocar sua cara por aí, mantém quem realmente é escondido. Essa é uma diferença entre mim e ela. Ela se esconde e paga de boa moça rica. Eu to pouco me fodendo. Gasto mesmo, se quiser me prender tem que ter provas, e isso, eu nunca dou.

No ano que fui embora Jade perdeu o pai.

No mesmo dia que eu.

Saio do banho, pegando a toalha começando a me secar indo para o closet, me vestindo com uma boxe da Calvin Klein preta e uma bermuda cinza ficando sem camisa mesmo.

Pego o notebook que estava aberto em uma foto antiga minha com ela, e uma foto dela recente que achei em um dos eventos de caridade que ela promoveu. Como eu nunca a vi por aí?

Não duvido nada que o pai dela fosse envolvido nesse mundo e que ela tenha ficado com tudo que era dele.

E ao ver Katy por lá, o pai dela também estava envolvido, ou ela era muito amiga e\ou muito burra pra entrar nesse mundo de graça.

Primeiro passo para guerra é conhecer seu inimigo.

Feito.

Escuto alguém bater na minha porta. Reviro os olhos, matar mais alguém hoje não iria fazer diferença.

Não respondo então a pessoa entra assim mesmo.

Ryan.

Tinha que ser. – Fala playboy.

- Se eu te contar você não vai acreditar. – Fala meio assustado.

- O que?

- Tem uma pessoa aí querendo te ver, é melhor vo...

- Deixa que eu mesma me reapresento.  Ai meninos senti tanta falta de vocês. Aquela putinha quis fugir depois de tudo o que passou e blá blá blá. Não aguenta o tranco. Mas parece que o destino é bem irônico. Não é mesmo?

Alicia Lowery estava bem na minha frente, mais ruiva do que nunca, com roupas pretas e curtas, e um belo batom vermelho. Um olhar bem diferente do que era.

- Perderam a fala? E Justin...que saúde. – Se aproxima de mim passando o dedo pela minha tatuagem de cruz, mordendo os lábios. – Jade é uma burra. – Olho Chris rapidamente e ele estava mais chocado que eu além de parecer um pouco raivoso.

Faço um sinal para que ele saia. E ele o faz batendo a porta. Um plano já passava pela minha mente suja.

- Parece que ele não gostou muito. – Dá uma risadinha digna de puta.

- Parece que o tempo lhe fez bem...- A puxo pela cintura cheirando seu pescoço apertando sua bunda – Gostosa.

- Melhor do que você pensa. – Se afasta milimetricamente me beijando.

Sorrio malicioso a jogando contra parede com força a fazendo arfar, arranco sua blusa jogando-a em um lugar qualquer. Aperto seus seios ainda por cima do sutiã preto de renda sem pudor algum.

A mesma geme em meu ouvido arranhando minhas costas. Tiro as mãos dela dali. Puta nenhuma deixa marcas em mim.

Levanto uma das suas pernas segurando sua coxa na altura da minha cintura descendo meus beijos para o pescoço dela, mordendo e chupando com força.

A mesma se solta de mim, se abaixando e tirando minha bermuda junto com a boxe

Jogos são jogos. E nesse que eu vivo, eu faço as regras.

Pessoas são usadas constantemente.