--------------------Flashback On ---------------
O garotinho corria pelo jardim enorme de sua casa e brincava entre as flores que estavam alinhadas, uma de cada tipo. Seus olhos brilhavam ao ver as rosas brancas, suas preferidas. Apanhou algumas delas e as juntou para levar ao seu pai, seu orgulho; e na outra fileira, apanhou algumas vermelhas carmesim para sua mãe que era seu anjo da guarda, assim a nomeou.
O pequeno Park caminhava entre o curto bosque no meio das flores até chegar ao portão que havia a saída, então o abriu e olhou por cima dele. Parou os passos e suas orbes se fecharam e abriram lentamente; estava sonhando? Seu pai estava com uma mulher... Mas não era sua mãe, era simplesmente outra !
Os cabelos avermelhados dela eram como as rosas que havia colhido, e o sorriso era luxurioso, não era sincero como de sua mãe...
O pequeno Park correu pelos fundos e viu a moça adentrando sua casa, ela passou pela sala e após subiu os degraus que tinham o destino para os quartos que tinham lá. E seu pai, estava a guiando com a mão em sua cintura, enquanto distribuía carícias em seu rosto.
O menino subiu em seguida e os seguiu até o quarto de seu pai, e ali entraram o casal e fecharam a porta.
Não demorou para Park começar a ouvir gemidos e palavras obscenas que não faziam sentido para si, mas, só crescia sua angústia no peito e seus olhos encheram-se de lágrimas.
Correu pelo corredor enorme e desceu até o porão, pegou aquele misterioso potinho que seu pai guardava de si para não mexer no mesmo.
Assim que subiu, caminhou tranquilamente e secou suas lagrimas. Ninguém roubaria o lugar de sua mãe ! Jamais roubariam ! Nem uma mulher do cabelo avermelhado o faria.
Percebeu a movimentação na cozinha e foi lá espiar; e então desceu até lá e viu a empregada preparando uma deliciosa sopa de legumes, sua preferida.
Sorriu gentilmente para a mulher, a qual chamava de tia e se sentou na cadeira, observando as ações dela.
- O que foi, Channie? Cansou de brincar entre as flores? Você está todo sujinho de terra - Disse a mais velha se aproximando e em seguida limpando as bochechas sujas. - Você viu seu papai hoje? Ele está com um convidado, então se comporte. - E voltou ao seu trabalho.
- Tia, eu posso levar isto para eles? Eu deixo na porta... - Disse fazendo um bico em seguida
- Não, este é meu trabalho. - Disse a mais velha e o fez ficar emburrado, ela estragaria seu plano... Mas não quer dizer que não teria o famoso, plano B.
- Estou indo, não mexa em nada ! - Disse ao colocar os pratos fundos com o alimento dentro, e enfim, saindo do cômodo e levando até o quarto. Até para a empregada era revoltante ver aquilo, mas era seu emprego e não poderia perde-lo.
Channie ficou pensando com a cabeça apoiada e teve uma ideia,e sorriu travesso. Saiu do local correndo até o carro desconhecido que viu mais cedo e entrou dentro do automóvel, ficando lá dentro sozinho e no silêncio da região de sua casa. Tão sossegado e ninguém via o que acontecia dentro ou fora da grande Mansão dos Park's, ja que era tudo fechado por um portão e muros.
Chan apenas se encolheu mais e seu coração deu um pulo ao ouvir a voz conhecida de seu pai. Ele abaixou-se e quando a moça entrou, percebeu que não havia mais ninguém e antes que ela ligasse o carro. Se ergueu e encostou no pescoço da mulher a faca de serra que roubou da cozinha, em cima da mesa.
- Você não vai roubar o papai... Você é uma intrusa... Assim como as formigas nos meus biscoitos - Disse rente ao ouvido dela e em um movimento só fez um corte no pescoço dela, fazendo espirrar sangue entre o vestido branco dela e o volante.
Park saiu correndo com a arma branca que usou e sorriu satisfeito, era a melhor sensação que havia sentido naquele momento, suas mãos sujas de sangue eram como se estivessem sendo hidratadas com o vermelho carmesim do líquido. Seus passos pararam quando estava no meio das rosas novamente, agora sentado e rindo atoa, como se estivesse ganhado em um jogo de pega-pega. Seus olhos brilhavam como as estrelas do céu e seu coração palpitava de emoção, juntamente com o sentimento de satisfação do ato mais cedo.
Assim que se cansou de gargalhar, se deitou no chão e olhou o céu azul e colocou sua mão canhota na frente do sol, que iluminava aquele lugar; e assim, via o sangue que estava entre seus dedinhos e suas unhas cortadinhas - Aish... Papai pode descobrir... - Resmungou e se ergueu, finalmente indo até a lavanderia escondido e se lavou, do rosto até as maos. E a faca, colocou dentro de seu bolso e sim, iria devolver para a cozinha.
------------------------------- Flashback off-------------------
O casal, Oh e Channie estavam sentados na mesa, enquanto jantavam juntos pela primeira vez na vida, na enorme Mansão de Park.
O mais velho encarava o vazio após lembrar do seu primeiro homicídio, a sua primeira vitima e o primeiro sangue a escorrer por sua palma da mão. Se recordava até do cheiro doce que tinha aquele líquido tão avermelhado que manchou a manga de sua roupinha branca daquele dia.
Suspirou e voltou a consciência, encarando Oh comer como se estivesse passando fome; e sorriu, ficando satisfeito pelo "marido" se alimentar tão bem daquele jeito. Sua ação foi quebrada quando ouviu a voz da empregada o chamar, e então virou o rosto, a atendendo.
- Senhor Park? Eu estou perguntando se você quer mais comida -Disse a velha e antiga empregada, a mulher que chamava de tia
-N-Não... Estou satisfeito... - Negou olhando ela.
Passou a mão sobre sua testa e percebeu o quanto estava suando frio ao lembrar do seu passado.
- Ya! Pode colocar pra mim, eu como por ele - pediu Oh, dando de ombros pra situação de Park.
Estava se fazendo com aquele banquete, nunca tinha comido tanta como naquele dia; pois, sempre que comia com seus pais, sua mãe controlava seus modos e sua boca, o fazendo comer pouco.
- Oh... Você nunca irá me trair certo? - Perguntou, movendo o garfo sobre o prato que estava ainda com o molho da carne.
- Huh? - O Olhou confuso com a boca cheia e pensou bem. Estavam casados agora, então fidelidade era o principal ali. - Não... Estamos casados, não tem o porquê de te trair mesmo que seja por contrato.
- Ótimo - Park sorriu de canto e encheu mais a taça de Sehun que só faltava mais um gole para acabar o vinho.
Sehun o olhou desconfiado e agradeceu, porém não iria esquecer do olhar misterioso do rapaz.
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