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História True Love - Papis cafetão


Escrita por: littlesnard

Capítulo 2 - Papis cafetão


Eu não tenho ideia de quantas horas de vôo foram de Bh até Donetsk, eu dormi praticamente a viagem toda. Só acordei um momento com o raio de sol batendo em meu rosto, fechei a pequena cortina e voltei a dormir e só acordei agora com uma voz anunciando que dentro de alguns minutos estaríamos em terra firme!

Assim que o avião pousou logo deram permissão para que saíssemos do avião. Desci e fui pegar minhas coisas, desejando mentalmente que meu skate estivesse lá se não vou ter que matar alguém! Peguei minhas coisas e fiquei parada sem saber oque fazer. Será que alguém viria me buscar? Não faço ideia de onde estou. É tão fácil se perder nesse lugar, e olha só pra essas elas agem como se não tivesse ninguém a sua volta. Totalmente frias!

- Manuela Feraz? – uma voz masculina disse meu nome. Olhei para trás e lá estava um homem de terno, e de... chapéu de motorista? Qual é! Ele parecia ter a mesma idade que meu pai, não me lembro muito dele mais aquele não era meu pai.

Peguei minha mochila do chão e coloquei nas costas e meu skate na mão. Andei até desconhecido e só agora percebi que ele também segurava uma “plaquinha” com meu nome.

- Manuela Feraz? – sem notar minha presença ele chamou pelo meu nome mais uma vez. Revirei os olhos afinal esse sobrenome era do meu pai e eu odiava esse nome.

- Tô aqui. – eu disse ao lado dele, e o mesmo pareceu surpreso ao me olhar.

- Você é Manuela Feraz? – enfim ele abriu a boca pra falar alguma coisa. Suspirei aliviada por ele falar português.

- Surpreso? – ironizei. Claro que ele estava!

- Você só não parece com a garota da foto! – foto? Revirei os olhos.

- Quer ver minha identidade? – enfiei a mão no bolso pra pegar.

- Não, claro que não. Vamos. O senhor Feraz está esperando! – senhor Feraz? O velho tá bem.

Segui o homem até o carro e o mesmo abriu a porta para que eu pudesse entrar. O povo cheio de frescura! Entrei no bando de trás, o motorista entrou e logo deu partida. Estranhei as ruas tão vazias. Que lugar depressivo!

- As ruas são sempre vazias assim? – não pude deixar de perguntar.

- Nas madrugadas sim! – arregalei os olhos. Como assim de madrugada?

- Quantas horas de diferença do Brasil? – perguntei.

- 5 horas a frente! – assenti.

- Quanto tempo trabalha pro Lorenzo? – ele me olhou sem entender, por chamar meu pai pelo nome. Eu não chamo de pai.

- Deve ter uns cinco anos. – assenti. - E aproposito, meu nome é Carlo! – assenti sem tirar os olhos da janela.

- Ok Carlo, e oque têm de bom pra fazer nesse lugar? – no canto dos meus olhos pude ver ele ri.

- Creio que não veio porque quis certo? – bingo.

- Pois é. Minha mãe me mandou pra esse lugar! – revirei os olhos.

- Aqui não é ruim. Garanto que vai gostar! – ele não pode ta falando sério.

- É com certeza. – eu disse irônica. Ele riu de novo.

Dês de então fiquei em silêncio apenas olhando a visão da janela. Até que o carro parou em uma grande mansão... tipo, grande mesmo! O portão se abriu automaticamente e o carro entrou.

- Só pode ser brincadeira! – disse um pouco alto demais, pois Carlo me olhou de lado. Isso aqui é oque? A casa branca? O carro parou e abri a porta antes que Carlo abrisse pra mim. Eu tenho mãos, preciso disso não!  

O lugar era gigante. Com o gramado verde, com bancos, coqueiros. Isso era só a parte da frente, ainda têm a parte de trás! E carros? 3 carros, e mais algumas garagens desocupadas.

- Por aqui senhorita! – Carlo me tirou do devaneio. O segui seja pra onde ele estava indo.

- Não me chama de senhorita, isso é pior que a morte! – ele riu. Ele ri de tudo!

Ele abriu a porta e nós entramos na casa. Meus olhos correram envolta de todo aquele lugar. O lugar era surpreendente, com duas escadas pra cada lado! Agora eu sei por que o cara não me procurou, ele tá bem demais aqui.

- Um momento! – Carlo disse e sumiu entrando em um daqueles cômodos, me deixando sozinha viajando naquele lugar! Logo ouço passos e vejo Carlo voltando, junto com um cara... meu pai.

- Filha que bom que está aqui. – ele veio até mim e me abraçou. Meus braços ficaram soltos sem toca-lo, depois dei um passo pra trás me afastando. Qual é cara, ele me abandou a 10 anos atrás e agora age como se nada tivesse acontecido? Ele me olhou sem entender.

- Senhor vai precisar de mim na parte da manhã? – a intensão de Carlo foi tirar todos do momento totalmente desconfortável.

- Provavelmente não! – meu pai respondeu. - Manuela todos os empregados estão dormindo, amanhã te apresento a eles. Vou lhe mostrar seu quarto para que possa descansar! – minha vontade era de sair correndo dali.

- Ótimo to cheia de sono! – meu pai apenas assentiu enquanto Carlo ria silenciosamente. Meu pai o olhou com ar de repreensão, e o mesmo parou de rir.

- Carlo você está dispensado até amanhã a tarde. – meu pai disse e Carlo assentiu.

- Sim senhor. Tenham uma boa noite! – ele disse sorrindo. Eu gostei do Carlo, ele não é desses adultos chatos e irritantes.

- Venha vou te mostrar seu quarto. – apenas assenti e o segui.

Subimos as escadas e passamos por um corredor cheio de portas. Enfim no fim do corredor ele abriu uma porta.

- Seu quarto! – ele disse erguendo a mão enquanto outra girava a fechadura. Nem preciso dizer que o quarto era gigante não é mesmo? E uau, ele é rosa, eu amo rosa. Qual é eu sou maloqueira mais amo rosa.. e preto. O único defeito daquele quarto eram as bonecas feias de porcelana! - Então gostou? – meu pai me tirou do devaneio.

- Até que não é ruim não! – qual é gente, não me vendo por qualquer coisa não.

- Ah, e ali é seu banheiro. – ele apontou e olhei pra ver. Depois meus olhos voltaram a rodear aquele quarto e aquele silêncio desconfortável tomou conta do espaço. - Bem vou deixar você dormir, amanhã te mostro o resto da casa! – mais uma vez eu só assenti. Meu pai ficou me olhando por alguns segundos e depois saiu, fechou a porta. E eu fiquei ali sozinha naquele quarto, daquela casa e daquele lugar que eu não sabia nada sobre as coisas ou sobre as pessoas. Suspirei e encarei aquelas bonecas e dei um calafrio de pé a cabeça. Eu odeio bonecas!

Eu estava tão cansada que me joguei naquela cama e dormi do jeito que eu estava, de tênis e de roupa.

(...)

Acordei no outro dia com um pequeno fio de luz entrando pela janela e batendo direto no meu rosto. Murmurei e me levantei, e cai com o skate que estava no meio do caminho.

- Ô merda! – reclamei. Me levantei e fui até o banheiro! Me deparei com um banheiro enorme e com uma...jacuzzi? Vou dormir nesse banheiro!

Achei melhor não usa-la agora. Tirei minha roupa e entrei na ducha. E quanto girei aquele negoço, saiu água de todos os lados e por toda volta. Gostei daquilo.

Fiquei mais minutos que o normal tomando meu banho. Vesti meu jeans clássico, com uma regata e por cima uma blusa de frio roxa. Coloquei meu tênis largo, penteei o cabelo deixando o mesmo penteado solto de sempre e desci.

Na escada dei de cara com uma empregada passando pro outro lado. A mesma fez um gesto de cumprimento com a cabeça e continuou andando. Logo que desci vi meu pai conversando com alguém no telefone. Assim que ele me viu disse que precisava desligar e veio em minha direção.

- Boa tarde filha, dormiu bem? – assenti. Não me surpreendi com o boa tarde, estou acostumada a acordar tarde mesmo.  - Venha, vou te apresentar para os empregados.  – empregados?

- Empregados? Quantos são? – perguntei curiosa.

- 2 Faxineira, 2 cozinheiras, 1 jardineiro e bem... um dos motoristas você já conhece! –mais oque?

- Uma casa desse tamanho? Mais de 3 carros na garagem. Empregados. Virou cafetão foi? – ele parou no meio do caminho e me encarou. - Que foi? – me fiz de boba. Ele soltou um ar de repreensão e voltou a caminhar. Sorri vitoriosa.

Assim que entramos na cozinha, as duas cozinheiras estavam fazendo seus afazeres. Quando ambas nos viram elas se posicionaram uma do ladro da outra.

- Manuela, essas são Marie e Lena. – ele disse.

- Ei. – dei um tchauzinho.

- Olá senhorita. – elas disseram juntas. Uai, todos aqui são brasileiros?

- Tudo oque quiser comer só pedir a elas. – o encarei.

- Que isso, preciso dessas frescuras não. Eu mesma preparo. – falei. Elas pareceram aliviadas ao ouvir isso. Talvez elas esperavam uma patricinha cheia de frescuras.

- Vamos que vou te apresentar aos outros. – fiz um sinal com dois dedos para as duas como despedida e elas sorriram pra mim. Meu pai observou aquilo.

Ele me apresentou a todos da casa. A cada um que eu conhecia era um suspiro de alivio dado por eles. Sem duvida eles esperavam uma patricinha. Eu não sou de agradar mais fico feliz por não ter sido como eles esperavam! O fato estranho, é que todos que conheci falavam português.

- Porque todos aqui são brasileiros? – minha curiosidade falou mais alto.

- Nem todos são brasileiros. Exigi no currículo que todos que quisessem trabalhar aqui, falassem português! – revirei os olhos.

- Pra que tanta frescura?  Afinal você fala Ucraniano! – isso é muita frescura, sério.

- É bom ver todos na minha casa falando minha língua, me sinto mais confortável. – confortável? Foi embora do brasil porque quis.

- Atá! – não dei mais ideia.

- Têm mais alguém que quero conheça. – olhei sem entender.

- Quem? – séria outro de seus empregados?

- Minha mulher! – meus olhos se arregalaram automaticamente. Eu estava chocada, sem saber como agir ou oque falar. O filho da mãe tinha uma esposa? É por isso que ele nos deixou? E ainda por cima deixou pra falar isso aqui e agora? Minha atenção foi desviada ao ouvir alguém batendo a porta e se aproximar. Era uma mulher loira muito bonita por sinal. Talvez alguns anos mais nova que meu pai.

- Olá querida. Seu pai falou tanto de você! – a mesma disse enquanto se aproximava. Seu sorriso estava de orelha a orelha! Eu não consegui dizer nada. Apenas fiquei olhando pra ela paralisada.

- Manuela? – meu pai chamou. Enfim acordei.  - Essa é Elizabeth! – uma coisa dentro de mim se irritou.

- Quanto ele te paga? – perguntei pra ela. A mesma se chocou com meu ato, seu sorriso desapareceu. A expressão de meu pai mudou para irritado.

- Sua mãe não te deu educação? – meu pai perguntou irritado.

- NÃO. ELA ESTAVA MUITO PREOCUPADA EM NOS SUSTENTAR. JÁ QUE O EX MARIDO IRRESPONSAVEL  A ABANDONOU COM UMA FILHA DE 7 ANOS! – só então percebi que tinha gritado. Ele pareceu sentir culpa. Nem me importei, apenas virei as costas e fui pra qualquer lugar fora daquela casa. 

 


Notas Finais


Gente eu sei que o jeito que to escrevendo ta muito chato. Mais é porque é a visão da Manuela. E sei que pqp que guria chata que ela é aksjakjs desculpa por ela ser tão chata, isso vai mudar no decorrer da historia!


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