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História Trust Me - Jeon Jungkook - You can Trust Me


Escrita por: meixmoon

Notas do Autor


Desculpe a demora, eu tive uns problemas, não estava conseguindo escrever, e não tinha um pingo de animo e inspiração. Enfim, espero que gostem. <3

Capítulo 10 - You can Trust Me


Fanfic / Fanfiction Trust Me - Jeon Jungkook - You can Trust Me

Jungkook paralisou diante aquela cena, não conseguia pensar em nada. Suas mãos suavam, seu coração batia com uma velocidade desigual, e seus olhos enchiam. Fechou o punho com força e cerrou os dentes e deu dois passos em direção aos dois, antes SeungJo entrou na frente, o garoto o olhou o rapaz e em seguida aquela cena novamente.

- Não faça isso, seu manager esta bem ali. Pode ser pior pra você. – Suspirou e seguiu as pressas para a van.

Suas pernas estavam bambas, sentia que poderia chorar a qualquer momento, mas teria que ser forte e segurar até quando puder. Colocou seus fones, cruzou os braços e escorou na janela fechando os olhos. Estava cansado, não pelos treinos e promoções, mas sim por chorar escondido, ver a pessoa que ama todos os dias e não conseguir um misero oi, de ser ignorado tantas vezes, ter de engolir grosseiras e olhares frios. Não agüentava mais, talvez o que viu a minutos atrás teria sido a ultima gota.

Mal conseguiu treinar naquele dia, devidos a todos erros cometidos por Jungkook, foram liberados mais cedo. Quando chegou ao dormitório, foi direto para o banho, e por fim deixou suas lagrimas caírem livremente e se misturarem com a água quente.

- Por que tem que ser assim? – Disse entre soluços.

Após o banho, vestiu-se e deitou. Colocou os fones e vez ou outra cantarolava um trecho da musica.

- Jungkook? – Chamou-lhe Taehyung. – Jungkook? – Mexeu em seu ombro e finalmente teve atenção. O garoto tirou os fones e o olhou. – O que houve?

- Nada.

- Nada? Há dias você esta assim, e hoje esta bem pior.

-Só estou cansado e quero dormir.

- Esta assim por causa da Mei? – Sentou na beira da cama.

- Não.

- Jungkook? Você mente mal.

- É Taehyung, será que agora pode me deixar dormir em paz? – Disse seco. Taehyung fitou o chão e suspirou.

- Como quiser. – Levantou e saiu.

Jungkook arrependeu-se por ter falado assim com Taehyung, só queria ajudá-lo, mas Jungkook queria ficar sozinho. Fechou seus olhos e permaneceu ali o resto do dia.

 

 

Mei foi pega de surpresa, não conseguiu se soltar, Dongsun a segurava pelos braços com força. Apertou os olhos e tomou forças para empurrá-lo.

- Nunca mais toque em mim. – Dito isso se afastou.

Correu para o outro lado da rua e Sawako a chamou, duas, três vezes, até que Mei finalmente parou.

- O que foi aquilo? – Disse enquanto via Mei parada de costas a ela.

- Você é cega garota?

- Não, um pouco estrábica, mas cega não. Porque ficou assim?

- Deixe alguém te beijar de repente e veremos como vai reagir.

- Mei, você não se importou quando o Jungkook te beijou, e porque ficou assim agora?

- Isso não vem ao caso, Sawako.

- Já que se importou, é porque gostou.

- Não, Sawako, eu não gostei. Odiei ele ter feito isso. E me erra, ta? – Saiu de la deixando a menor sozinha.

Mei não foi para o ponto de ônibus de sempre, foi para outro. Também não pegou o mesmo ônibus, o que pegou passava perto, mas teria que caminha um pouco mais até chegar em casa.

Andou sem pressa, enquanto ouvia uma de suas musicas favoritas. Realmente não gostou do beijo de Dongsun. – Tem gosto de cigarro. – Disse baixo para si mesma fazendo careta.

Assim que chegou em casa subiu direto para o quarto. Nem deu ouvidos ao que sua mãe dizia, só escutou balbucios de sua mãe e o ranger da escada. Jogou a bolsa no chão e se jogou na cama, ao lado de Apolo, suspirou e fechou os olhos. – Ele beija melhor. – Disse a si mesma seguido de um breve sorriso.

O gato levantou e deitou sobre o abdômen de Mei, que pensava no beijo de Dongsun. O rapaz segurou com força seus braços, de certo modo ele sabia que ela iria detê-lo, então segurou-a firme. Não queria atingi-la, mas sim atingir Jungkook.

Sua mente estava num completo caos, viu de longe a pequena caixa com suas laminas, respirou fundo. Não ia se machucar, não naquela hora, nem naquele dia. Seus pensamentos se misturavam, Jungkook e Dongsun. Ambos rodeavam sua mente. Não gostou do beijo de Dongsun, pois no fundo queria sentir os lábios de Jungkook novamente.

- Mei? – Ouviu sua mãe lhe chamar. – Mei?

- Entra. – Disse seca. A mulher entrou e seguiu até o pé da cama.

- Não vai se trocar? – Mei apenas assentiu. – Se troca e desça pra almoçar.

- Não quero comer.

- Mas você tem que comer, anda logo. – Mei bufou e abriu os olhos.

Se trocou em poucos minutos e logo desceu. Sua mãe havia feito bulgogi, Mei adorava e sua mãe sabia bem disse.

- Faz tempo que não faz bulgogi. – Disse já se sentando. Sua mãe deu um fraco sorriso.

Mei se alimentou bem naquele dia, até recebeu um elogio de sua mãe. Mei passou o dia no quarto, dormindo, brincando com Apolo e falando com seus amigos.

“Mei, faz tempo que não faz vídeos tocando e cantando.” – Leu a mensagem de um de seus amigos. Realmente fazia tempo que não gravava. Mei levantou da cama e foi a procura de sua câmera, revirou o quarto e encontrou. Era uma câmera profissional, presente de sua mãe, foi a única coisa que Mei pediu a sua mãe.  

Posicionou a câmera e o abajur ao lado, dando uma melhor iluminação. Sentou em frente e pensou por um instante, tinha uma musica e seu violão estava em mãos, mas não era aquela musica que realmente queria. Havia uma que era um tanto significativa, suspirou e decidiu que seria ela.

 

“I tear you down
I make you bleed
eternally
can't help myself
from hurting you
and its hurting me
I don't have wings
so flying with me won't be easy
cause im not an angel
I'm not an angel”

Tocava na versão acústica, que era sua favorita. A musica saia suavemente por seus lábios e pelas cordas do violão. Seus pensamentos estavam em Jungkook. Os sentimentos por Jungkook se confundiam e se dividiam em pena e esperança, a música só a fazia ficar mais indecisa. Quase tinha certeza, não completamente, mas sabia que nascia um novo sentimento dentro de si, qual não queria admitir, mas que estava cada vez mais difícil.

Nunca mostrava seu rosto nos vídeos, eram sempre em preto e branco, e mangas para cobrirem seus braços. Editou rapidamente e publicou. Seus vídeos não passavam de 2.000 visualizações, mas não se importava.

Mei acordou aos berros de sua mãe, não havia ido trabalhar. Levantou-se, vestiu seu uniforme e saiu. Começava a chover e fazia frio. “Maldito uniforme” – Resmungava se apertando. Não queria ir a escola, não queria ver Dongsun. Mas entre ir a escola e ficar em casa, era melhor ir, em compensação teria plantão dois dias seguidos.

Quando chegou ao portão notou cochichos e olhares para si, Mei abaixou a cabeça e seguiu diretamente para a sala. Dongsun não havia chegado, nem Jungkook. Mei debruçou sobre a mesa e esperou que a aula começasse. Jungkook chegou e sentou ao lado sem pronunciar nada, Mei esperou o costumeiro Oi. Suspirou e fechou os olhos.

Quando a aula deu inicio, Mei ergueu-se e pegou seu material, seu caderno já estava um tanto velho, pontas dobradas, arames tortos e capa riscada. Se não rabiscava as folhas, riscava a capa. Seu estojo não era diferente, o mesmo em anos, vermelho e todo rabiscado, manchas de canetas estouradas e seu nome escrito com corretivo.

Mei olhou a frente e fitou Dongsun, estava de costas, o garoto sempre ia até Mei quando chegava, naquele dia não foi. Estava conversando com o garoto ao lado, Mei revirou os olhos e voltou a atenção ao professor a sua frente.

- Irei passar um trabalho...

- Em dupla? – Gritou Hyuk.

- Sim, Hyuk. – Respondeu um tanto sem paciência. Hyuk sempre atrapalhava. – O trabalho é sobre comportamentos do corpo humano. Como o que acontece quando levamos um susto ou quando sentimos medo e suas formas de defesa. Anotaram? – Todos assentiram. – Agora, tragam os nomes com as duplas. – Mei escreveu apenas seu nome. Sempre fazia trabalhos sozinha. Levou seu papel e rapidamente voltou. O senhor começou a ler os papeis a anotar em seu caderno. – Vai fazer sozinha de novo Mei? – Olhou a garota que apenas assentiu. Anotou mais alguns nomes e sempre anunciando para a turma. – Vai fazer o trabalho sozinho também Jungkook?

- Sim senhor.

- Seung Jo vai fazer com quem?

- Hyuk, mas a Mei é a única sozinha. – Disse sorrindo apontando para Mei. A garota olhou para SeungJo como se pudesse matá-lo.

- Se importa Mei? – Mei olhou para Soohyun que apontou para Yun indicando que faria o trabalho com ela. Mei encostou as costas na cadeira e negou lentamente. – Tudo bem, Jungkook fará o trabalho com Mei. – Disse anotando no caderno.

Jungkook agradecia o amigo mentalmente. Segurou um largo sorriso que insistia em escapar. Olhou para Mei que ainda rabiscava o caderno.

- O trabalho, será entregue em uma...

- Vale quanto? – Interrompeu Hyuk.

- 4,0. Posso acabar?

O professor explicou como queria o trabalho, tinham uma semana. Deixou os alunos apenas conversando, não passou nada. Mei ficou escrevendo nas folhas, e Jungkook olhando-a de canto. Seu coração batia forte e suas mãos suavam, isso já era típico em Jungkook.

Após as primeiras aulas, todos seguiram para fora. Mei comprou seu café e foi para a arquibancada, onde Sawako já se encontrava.

- Cadê o Dongsun? – Perguntou Sawako.

- Não sei.

- Não falou com você hoje? – Negou enquanto tomava um gole do café. – Você realmente não gostou?

- Já disse que não Sawako.

- Nem sentiu nada? – Mei bufou e negou. – Mas sentiu quando Jungkook te beijou, não é? – Mei a olhou por um instante, sua face começava corar levemente e um pequeno sorriso aparecia. – Sentiu? – Sawako abriu um largo sorriso. – Devia dar uma chance a ele?

- Chance?

- É.

- Não viaja.

- Mei? – Olhou para baixo e fitou Dongsun. – Posso falar com você? – Mei suspirou e levantou.

Desceu a arquibancada sem pressa, já imaginava o que o garoto diria. Dongsun estava com uma feição cabisbaixa, braços cruzados e olhando fixamente os olhos da garota.

- Me desculpe por ontem. – Apontou para os braços.

- Porque fez isso?

- Eu gosto de você, Mei. Mas notei que você não, então desculpe. – Fez reverencia.

- Tudo bem. – Dito isso, Dongsun apenas virou as cotas e saiu. Mei voltou a sentar, e contou a Sawako.

- Ele parece que quer competir com Jungkook. – Disse Sawako baixo a si mesma.

- O que?

- Nada. – Sorriu.

Horas depois, cada uma seguiu o caminho rotineiro. Mei almoçou, forçada. Brincou com Apolo, ouviu musica e decidiu por fim arrumar a bagunça que se encontrava o quarto. Após dobrar as roupas, guardas os sapatos e arrumar a cama, começou a arrumar suas pastas com partituras. Virou todas sobre a cama, eram muitas, todas fora de ordem. Mei as organizava por banda e em ordem alfabética, ria de si mesmo, pois sabia que nunca ficavam organizadas.

 

Sawako subia as escadas descalço, não gostava das pantufas de casa, chegando ao segundo andar seguiu ao quarto de Mei.

- Konichiwa Mei – Disse já entrando.

- Oi Sawako. – Disse sem se virar.

- O que são esses papéis todos? – Disse se aproximando um pouco mais.

- Ah, isso são... – Enquanto Mei falava, Sawako analisava os papéis sobre a cama.

E as expressões de Mei ao explicar a ela com um lápis na boca e vários papeis em mãos. Foi descendo o olhar com calma ela não queria perder aquela cena da amiga, que achava um tanto engraçada. Franzia o cenho quando olhava com atenção os papeis e vez ou outra se embolava com as palavras.

Desceu ao pescoço onde estava como sempre uma gargantilha bonita exposta. Usava umas das poucas roupas coloridas que tinha, uma branca de mangas com pássaros negros desenhados, que Sawako havia desenhado. Então, ao descer o olhar, viu que faltava algo, pulseiras, mas na imagem não foi compensada por apenas cicatrizes, mas por cortes profundos, não curados, mas recentes. Sawako tirou o sorriso brilhante do rosto, que logo se deu forma a uma expressão ainda desconhecida por Mei.

- Sawako? Morreu? – Disse balançando uma folha em frente a mais nova. Sawako continuava com olhos fixos nos braços finos e mutilados.

- Unnie... – Disse com os olhos marejados. Sawako nunca a chamava assim.

- O que? Fala logo.

- Por que mentiu pra mim? – Então Mei seguiu o olhar da garota aos seus próprios braços. Mei havia esquecido de colocar as pulseiras e após acabar a louça, não esticou as mangas.

- Sawako...

- Você prometeu.

Mei soltou as folhas sobre a cama, reconhecia seu erro. Sawako ainda olhava os braços de Mei, que esticava as mangas.

- Eu precisava.

- Quanto tempo vem fazendo isso?

- Sawako...

- Responde.

- Nunca parei.

- Nunca? – Mei cruzou os braços e fitou o chão, negou lentamente.

- Eu até fiquei um tempo, mas eu já sabia que nunca ia conseguir para.

- Você prometeu que não faria mais.

- Eu precisava.

- Precisava? Você não precisa de nada disso. Porque não me contou?

- Não queria preocupar você.

- Porque fez isso? – As duas se sentaram no chão, e Mei contou tudo, do começo ao fim. Sawako pediu para ver os cortes, Mei negou, a única coisa que não disse foi sobre o estupro, até pensou, mas desistiu, nunca revelaria. Após contar tudo, Sawako abraçou Mei, três segundos depois Mei se soltou. Mas no fundo precisava de um abraço. Sawako era a única pessoa que Mei permitia lhe encostar, não muito. Mei gostava quando Sawako estava por perto, não se sentia sozinha, mesmo Mei escondendo muitas coisas, não queria preocupá-la.

- Meu irmão já esta vindo me buscar. – Disse Sawako olhando a tela do celular.

- Já?

- Sim, e ele ainda quer namorar você.

- Não obrigado.

Minutos depois o irmão da mais nova chegou, as duas desceram e Sawako abraçou Mei.

- Fique bem. – Disse Sawako antes de ser empurrada por Mei. Então se foi deixando Mei sozinha mais uma vez.

 

A noite havia chegado, faltava alguns minutos para dar a hora de Mei tomar seu remédio. Deu ração a Apolo, arrumou a pequena caminha do gato e deitou. Antes de tomar seu remédio, decidiu saber um pouco de Jungkook, começou por alguns vídeos, Jungkook vestido de mulher em Rookie king, o beijo e Taehyung e Hoseok. Mei riu nessas partes. Viu alguns Bangtan Bomb e algumas cenas em American Hustle Life. Viu fotos e leu algumas coisas sobre o garoto. Sorria ao ver algumas fotos.

Ficou um tempo olhando uma foto, Jungkook sorrindo. Mei naquele momento admitiu que gostava do sorriso dele. Era contagiante, tanto que sorria apenas vendo aquela foto.

Já passara da hora de Mei tomar o remédio, pegou o copo de água que já estava ali, tomou e deitou levando o edredom à cima de si. Ficou alguns minutos olhando o nada, até que começou a fazer efeito, fechou os olhos e veio a pequena lembrança do beijo que Jungkook dera a meses atrás, deixou um sorriso escapar até que pegou no sono.

O sonho não veio lhe perturbar, era a primeira vez em semanas que não sonhava com o dia de seu estupro. Sonhou com Jungkook, o mesmo que teve há tempos, ambos em um parque abraçados.

O celular tocou indicando que hora de acordar, Mei levantou, fez sua higiene, vestiu-se e saiu. O ônibus havia atrasado alguns minutos para chegar ao colégio. Seguiu sem pressa alguma para a sala e sentou em seu lugar. A aula já havia começado, era literatura e a professora enchia o quadro. Mei copiava um pouco e parava, depois copiava uma pouco mais e parava de novo. Isso até o fim daquela aula.

- Mei, quando podemos fazer o trabalho? – Perguntou Jungkook olhando a garota.

- Qualquer dia.

- Estou de folga hoje, pode ser? – Mei assentiu. – Ah, pode ser na sua casa? – Mei até então não o olhava, até que olhou e o garoto estremeceu.

- Já que não tem outro lugar. – Mei anotou seu endereço e voltou a fitar o nada.

 

Assim que Mei chegou em casa, trocou de roupas e levou seu material e computador para baixo, colocou tudo na mesa de centro. Não sabia que hora Jungkook chegaria, nem sabia se ele acertaria sua casa. No fundo havia gostado da idéia de fazer o trabalho com Jungkook, mal sonhava que ele iria se declarar a ela naquele dia, era uma ótima chance, sem professores e sem Dongsun para atrapalhar.

Mei estava distraída vendo Apolo brincar no chão quando ouviu a campainha, seu coração acelerou, levantou e foi até a porta, respirou fundo antes de abri-la. Ao abrir fitou Jungkook parado segurando uma bolsa, Mei não disse nada, apenas deu-lhe espaço para entrar.

O garoto, aparentemente nervoso entrou e tirou seus sapatos, ambos seguiram em silencio até a sala. Antes de sentarem em torno da pequena mesa de centro, Apolo começou a ronronar nos pés do garoto. Jungkook abaixou e coçou as orelhinhas do gato.

- Como ele se chama?

- Apolo. – Jungkook se sentou no chão e tirou seu material e notebook da bolsa.

- Sobre o que é? – Perguntou o garoto digitando a senha da internet que Mei havia passado.

- Reações do corpo humano.

Fizeram metade do trabalho em silencio, a não ser os miados de Apolo ou o barulho do teclado, faltava muito para o trabalho, a única coisa que diziam um ao outro era suas teorias sobre algum assunto.

- Mais algum tema? – Perguntou Mei. Jungkook olhou Apolo deitado ao seu lado e pensou por uns instantes. Suspirou e olhou a garota que fitava as varias folhas a sua frente.

- Como o corpo reage quando estamos apaixonados. – Mei estremeceu, olhou o garoto que a fitava. A garota desviou o olhar, e voltou a fixar os olhos nas folhas sobre a pequena mesa.

- Como... você acha que é? – Perguntou ainda sem olhá-lo. Jungkook deu um sorriso tímido e permaneceu um tempo olhando a garota aparentemente envergonhada.

- Sentimos calafrios, nossas mãos soam, a mente fica fora de orbita como se estivesse apenas a pessoa. Não se é capaz de pensar em outra coisa a não ser a pessoa ou na forma de tê-la. – Mei não percebia que Jungkook aproximava-se devagar. – Sensações de borboletas no estomago, vontade de estar sempre junto da pessoa. – Estava agora mais próximo. Mei finalmente o olhou, permaneceu imóvel. – Aquela sensação de você não saber o que dizer, só agir.

Mei podia sentir sua respiração de misturar com a de Jungkook, não conseguia se mexer, Jungkook aproximou lentamente e deu-lhe um leve selar.

- Jun... – Antes que Mei dissesse algo, Jungkook uniu seus lábios novamente. Ambos fecharam os olhos, Jungkook pôs a mão suavemente na nuca de Mei. Como na primeira vez que ele a beijou, Mei despertou ao ser tocada.

Mei o afastou e o garoto a olhou sem entender novamente a mesma atitude. Mei pressionou os dedos contra os lábios e se levantou indo em direção a escada.

- Mei, espera. – Jungkook se levantou e a seguiu. – Por favor, Mei.

Mei correu até chegar ao quarto, ao tentar fechar a porta Jungkook colocou o pé na frente impedindo que fechasse a mesma. Mei seguiu para o outro lado do quarto ficando de costas para o garoto.

- Por que sempre foge de mim?

- Não tem motivo nenhum, pode por favor sair do meu quarto. – Disse seca e grosseira.

- Me diz por que age assim? Porque me ignora tanto e é tão grossa comigo? Me diga Mei, o que eu te fiz pra ter te deixado assim? – Abaixou a cabeça e abraçou-se.

A garota realmente não tinha uma respostava, amava Jungkook e não queria admitir. Seus olhos começavam a encher, mas não deixaria suas lagrimas cair, não na frente dele.

- Mei, eu já vi seus braços, eu quero te ajudar. - Colocou uma mão no ombro da menor que se esquivou. - Por não gosta que toquem em você?

- Eu estou suja.

- O que? - Mei respirou fundo recuperando seu fôlego, já deixou algumas lagrimas caírem.  

- Desde que aconteceu, sinto nojo de mim mesma, como se estivesse suja. Então não deixo que ninguém toque em mim. Fico com medo quando tocam em mim... – Deu uma pausa. Era difícil ter que lembrar daquilo, do medo que sentiu. – Eu gritei, gritei com toda minha força. Mas não havia ninguém que pudesse me ajudar... Ele dizia coisas horríveis, me batia, me xingava. - Jungkook que estava logo atrás ouvia cada palavra, horrorizado com a confissão. – Eu não tenho o porquê continuar vivendo, minha mãe sempre esteve certa, não presto pra nada, sou apenas um estorvo. – Encolheu-se mais ainda. – Tenho vontade de subir em qualquer merda alta e me atirar de la, seria um alivio pra minha mãe, e pra mim. Desculpe por te tratar assim.

- Mei? Eu quero ajudar você.

- Como?

- Ficando do seu lado. Confie em mim? – Mei virou-se e fitou o garoto que derrubava uma lagrima sem querer. – Só me de uma chance pra mudar isso. Confie em mim. – Estendeu a mão para Mei. A menor olhou a mão do rapaz. – Eu juro que não vou lhe fazer mal algum, e nunca deixarei que nada te aconteça. Apenas confie em mim.

Mei suspirou ainda olhando a mão de Jungkook. Ergueu a sua devagar e aproximou-se lentamente ate que as pontas dos dedos de ambos se tocassem. Jungkook permaneceu imóvel.

- Confie em mim. – Dito isso, Mei segurou a mão do rapaz onde manteve seu olhar fixo.

Jungkook aproximou-se devagar, e guiou sua mão lentamente para o rosto da menor, até tocá-lo suavemente. Deslizou sua mão no rosto de Mei suavemente até que ela o olhou. Jungkook não ia cometer o erro de alguns minutos atrás, então se aproximou e a abraçou. Mei ficou um pouco receosa, e logo relaxou e rendeu-se abraçando a cintura do maior.

- Não foi culpa sua, você não esta suja. – Passou sua mão suavemente pelos cabelos de Mei, deixando-a mais tranqüila.

Ficaram um bom tempo abraçados, Jungkook passava sua mão levemente nos cabelos da menor, enquanto ela chorava, Jungkook tentava segurar, mas escapava algumas lagrimas. Finalmente a tinha em seus braços. Mei confortou-se nos braços de Jungkook, se sentia aliviada.

- Não aguento mais. – Disse ente soluços.

- Eu vou cuidar de você. – Deu um leve beijo no topo da cabeça da garota. – Eu te amo. – Sussurrou. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, desculpe os erros.
Comentem <3


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