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História Um Amor Conquistado - Remake - Aquilo que chamam de humanidade


Escrita por: ChicoButico

Notas do Autor


Olha que milagre: dois capítulos na mesma semana. Segura que o gerente enlouqueceu hein galera? Este foi um dos capítulos mais rápidos que eu escrevi. Aqui, eu dei introdução a dois personagens os quais irei desenvolver e finalizar a história, coisa que senti falta na fic a qual eu me baseei. Bom, fiquem com este próximo capítulo que está bom por demais

Capítulo 9 - Aquilo que chamam de humanidade


- Hehehe! Bem feito, guarda florestal de merda! Você mereceu, maldito! HAHAHAHAHAHAHA! AGORA QUE VOCÊ VIROU POEIRA, ESSA ILHA VAI SER TODA NOSSA! HAHAHAHAHAHA-

- Isso é o que você pensa, balofo. - do meio da poeira, pôde se ouvir um zumbido, e aos poucos, ia se revelando algo esférico no meio de toda a bagunça, algo que parecia um campo de força - Vocês precisam de pelo menos um milhão de anos de treinamento pra me vencer.

- “Essa voz… Não, não pode ser... De todos os lugares,  depois de tanto tempo… Eu vim te achar justamente aqui?” - juntamente com o pensamento de Kuririn, aparece a silhueta de um jovem de cabelos longos, em posição de ataque.

- Heh, olha só quem apareceu: um dos amigos de Goku. Mas que inesperado. Os ki de vocês são inconfundíveis. Ei, não sai daí, depois que eu acabar com esses caras, nós vamos bater um papinho - a poeira se dispersa, e a imagem do jovem é revelada. Era o andróide nº 17, com suas vestimentas clássicas. O vento batendo em seus cabelos negros levam consigo toda a poeira restante. Nº 17 levanta o rosto, com um sorriso, olha pra Kuririn, que no momento estava completamente incrédulo.

Kuririn estava completamente perdido. Porque nº 17 estava naquela ilha tão remota, e porque ele estava lutando contra centenas de caçadores? Se tratando de poder latente, 17 poderia simplesmente matá-los com uma onda de choque, mas não. Apesar de apresentarem certos machucados, aqueles homens ainda estavam vivos. Nada estava fazendo sentido ali, e Kuririn não conseguia deduzir o que realmente se passava:

- Mas o que é que está acontecendo aqui? De todos os lugares onde o 17 poderia estar, porque diabos ele está aqui, lutando contra esses homens? Ele poderia simplesmente mandar todo mundo pros ares com seu poder… Será que ele está apenas se divertindo com esses caras? Eu não acredito que ele irá matá-los, mas... Se eu ver que ele irá matar alguém, eu irei intervir, mesmo que… Mesmo que eu morra. - Kuririn falou esta última parte suando, mas convicto.

- Ora ora, parece que vocês querem mesmo brincar, não é, senhores caçadores? Eu já vou logo avisando que vocês não irão levar o precioso tigre dente-de-sabre gigante tão facilmente.

- O-o quê? - Kuririn não acreditava no que estava ouvindo. Nº 17, o mesmo que disse que matar Goku não se trava de um simples jogo dizer que iria proteger a vida de um animal selvagem, não fazia sentido algum. O que poderia ter acontecido nestes dez meses em que 17 esteve sumido? - Mas o que foi que ele dis-

Antes que Kuririn terminasse seu raciocínio, um dos caçadores lançou um tiro de RPG contra ele, que logo ficou coberto de fumaça por conta da explosão:

-HAHAHAHAHAHAHAHA! NA MOSCA! EXCELENTE, RAPAZES! Bem feito, guarda florestal de merda! Você não quis nos ouvir, e esse foi o destino do seu amiguinho! Bem, se você não se entregar logo, este vai ser o seu fim também, hehehehehehe! Preparem o próximo tiro- Mas o quê??? - Quando a fumaça se dissipou, a imagem de Kuririn totalmente ileso apareceu diante de todos, embora estivesse um pouco sujo por conta da carbonização da explosão - COMO ISSO É POSSÍVEL?! FOI UM TIRO DIRETO!! NÃO TEM COMO ESSE CARA TER ESCAPADO! ANDEM, PREPAREM AS BAZUCAS! ATIREM NESTES DESGRAÇADOS ATÉ NÃO SOBRAR NADA!

- Bom, acho que já tá na hora de vocês irem embora daqui, senhores. - 17 falou em um tom ameno - Espero que não voltem mais aqui pra nos amolar. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - 17 carregou sua energia, e com uma imensa rajada de vento, fez com que todos os caçadores, carros, tanques de guerra e helicópteros voassem para longe, no bosque, mas em uma área sem grandes árvores, na intenção de não machucar fisicamente os caçadores. Kuririn se protegeu da rajada de vento, colocando o braço esquerdo na frente de seu rosto.

O jovem monge estava completamente incrédulo. O ataque de 17 foi milimetricamente calculado. Ele teve o cuidado de lançar todos sem que se machucassem seriamente. O espaço onde caíram, a forma como os veículos foram arremessados, e até mesmo a forma como os helicópteros foram lançados, tudo foi calculado a ponto de nenhuma vida ser perdida na investida. Aquele 17 era outra pessoa. Nada tinha a ver com o jovem andróide que lutou ferozmente contra Piccolo Daimao.

Os caçadores ficaram desolados, e a eles só restaram a fuga e a derrota iminente, e jurando que um dia iriam derrotar o andróide, afim de capturarem o tigre dente-de-sabre gigante, um felino em extinção e altamente valorizado no mercado negro, devido à sua pele e presas, além de sua carne que era altamente cobiçada, devido à uma lenda de se suas proteínas eram um elixir da longevidade, onde um humano poderia viver milhares de anos ao consumir sua carne, além de dispor de grande força física, mental e espiritual.

17 suspirou, passou o antebraço na testa, pois o dia estava extremamente quente naquela ilha. Kuririn permanecia parado onde estava, olhando aquela imagem. Pra ele, aquilo não poderia ser real, afinal, não tinha como alguém mudar tanto em tão pouco tempo. 17 por sua vez, olhou pra Kuririn, abriu um sorriso e falou:

- Ei cara!

- Hein?

- Anda, vamos tomar alguma coisa. O dia hoje tá muito quente. - e 17 levantou vôo na direção sul da ilha. Kuririn olhou em direção, e decidiu segui-lo. Ele estava muito curioso em saber como 17 estava levando a vida.

Os dois voaram por um tempo, e chegaram em um local plano, uma grande claraboia no meio do bosque. Aquilo era uma instalação de guardas florestais. Todos estavam com uniforme, indicando que tinham esta profissão. A instalação contava com vários galpões e algumas casas, e o local era bastante movimentado. Podia se notar que aquela ilha era protegida fortemente pelos guardas, e aparentemente, 17 fazia parte daquilo.

Depois de chegarem na claraboia, 17 pousou em frente a um dos galpões, e ficou esperando por Kuririn, que chegou logo em seguida. O pequeno monge estava completamente impressionado com o que estava vendo. Não era apenas uma suposição, o andróide realmente fazia parte daquilo tudo, e não apenas isso, ele estava totalmente confortável naquele ambiente, e parecia ter feito amizades, pois todos o cumprimentavam por “Sr. 17”. O galpão que os dois adentraram parecia ser um refeitório e lá tinham muitos guardas florestais em seus horários de almoço, e parecia que 17 também iria entrar em horário de almoço.

O andróide foi andando em direção a uma máquina de bebidas, e tirou dois chás gelados. Ele olhou para um Kuririn altamente confuso, andou até o monge e:

- Você tá diferente. Da última vez em que a gente se viu, você tava careca, e tinha uma cara menos idiota. Toma. É por conta da casa - e 17 entregou o chá.

- Ah… Sim… Obrigado. - Kuririn recebeu o chá, e baixou a cabeça. Inúmeros pensamentos começaram a passar por sua mente, todos confusos, pesados, era um grande bolão de sentimentos negativos que começaram a pesar, somando à tudo o que ele já estava sentindo.

- Então, eu vou ser bem direto ao ponto, amigo de Goku. Eu quero que você me ajude a encontrar a minha irmã.

- O quê? Como assim?

- Primeiro, vamos nos sentar em alguma dessas mesas. Eu tô sentindo que se você passar mais cinco minutos em pé, vai acabar desmaiando. - eles foram em direção a uma das mesas livres e se sentaram, e por fim, 17 deu continuidade - Bem, já se passaram mais de 10 meses desde o dia em que aquele monstro asqueroso me absorveu. Pelo fato deste mundo ainda existir, significa que Cell foi destruído, e a maior prova disso é que eu estou aqui, vivo. Eu ouvi por aí que um tal de Satan foi quem matou o Cell, mas eu estive investigando, e esse cara não passa de um salafrário fanfarrão. Poderia me explicar o que aconteceu?

- B-bem… Muitas coisas aconteceram. Depois que o Cell te absorveu, ele se transformou num monstro invencível. Nem mesmo 16 conseguiu derrotá-lo.

- O quê? Você tá me dizendo que nem com aquele poder tremendo, o 16 conseguiu derrotá-lo? E por falar nisso, onde está o 16?

- Ele… Vamos por partes. Enquanto você e Piccolo estavam lutando, Vegeta e Trunks estavam treinando, e assim que esse treinamento acabou, ele foi enfrentar o monstro que absorveu você. Mesmo com tamanho poder, Cell não foi capaz de lutar contra Vegeta. E ele começou a lamentar por não ter um corpo perfeito. Ele… começou a procurar freneticamente pela 18. A filha do dono da Capsule Corporation, Bulma, conseguiu criar um controle que serve pra parar vocês, por meio do seus projetos que encontramos no laboratório do Dr. Gero.

- Como é? Então ela conseguiu decodificar todas aquelas mensagens criptografadas e frequências desorganizadas do projeto?

- Sim. Eu fiquei encarregado de parar vocês dois, e de destruí-los para que Cell não aperfeiçoasse seu corpo. Só que infelizmente, ele tinha te absorvido, então, só tinha sobrado a 18. Por fim, eu a achei na ilha onde Vegeta e Cell estavam lutando. E eu…

- Espera aí… Se eu estou vivo, e Cell foi derrotado, isso significa que…

- Hã?

- Isto significa que-

- Não! Antes que você deduza algo errado, me deixa continuar, 17. - Kuririn foi bastante firme em sua fala, o que deixou o andróide impressionado, e ao mesmo tempo, menos apreensivo - Eu pousei na ilha, sem que Cell, Trunks e Vegeta me vissem. O controle que Bulma construiu tinha uma restrição: ele só funcionaria se eu estivesse a pelo menos num raio de 10 metros de distância. Caso contrário, ele não iria paralisá-los. Ela e 16 estavam atentos, observando a luta de Cell e Vegeta, e nem sequer se deram conta da minha presença. Eu me aproximei devagar, e por fim, consegui alcançar a distância de 10 metros. Mas só que… que… - 17 o escutava atentamente, totalmente imóvel  - Eu… Não fui capaz de paralisar e destruir a número 18…

- Não foi capaz de pará-la? Então o que você-

- Eu destruí o controle na frente da 18. Eu não podia fazer aquilo, 17. Eu não podia, e não conseguiria matá-la. Ela era… Uma mulher bonita, como todas as outras, e aquele cientista miserável roubou a sua vida - com essa fala, 17 sente uma pequena palpitada em seu coração. Kuririn tinha empatia pela difícil situação dos dois irmãos - Eu pedi pra ela fugir com o 16, que estava incapacitado, mas o Cell nos encontrou, e ele absorveu a 18… Eu não… Consegui protegê-la…

- Então… O maldito Cell conseguiu ficar perfeito...

- Sim. De início, nem Vegeta, nem Trunks foram capazes de vencê-lo. Cell estava tão confiante em si, que criou um torneio, como uma maneira de se divertir. Goku lutou frente a frente com ele, mas não foi capaz de derrotá-lo. Nem mesmo Gohan conseguiu de início. E infelizmente, 16 teve que se sacrificar para que Gohan liberasse sua fúria, e por fim, derrotasse aquele monstro maldito!

- O nº 16 foi destruído?

- Sim. Como ele era um robô, Shen Long não o considerou humano, e por isso não o reconstruiu… Mas como você era humano, você voltou à vida.

- Ei! Espera aí, c-como assim eu voltei à vida? Então eu realmente fui morto com o monstro e 18? E se eu estou vivo, isso significa que a 18 também está viva?

- Sim, 17. Sua irmã está sã e salva. De fato, você morreu, quando Gohan derrotou o monstro, mas 18 foi vomitada por Cell, antes de Gohan derrotá-lo. Com isso, Cell voltou a sua segunda forma, e ameaçou destruir toda a Terra se auto destruindo, mas Goku sacrificou sua vida por nós, explodindo junto com o monstro…

- Quem diria... Son Goku está morto. Isso explica o porque de eu conseguir sentir os ki de todos vocês, mas o dele não… E então, como que o filho de Goku matou o monstro, sendo que ele se explodiu?

- Bem… Eu não entendi muito bem, mas aparentemente, Cell só seria completamente derrotado se todas as suas células fossem dilaceradas. Ele voltou mais forte, matou Trunks e ameaçou destruir o Sistema Solar, mas Gohan o impediu e conseguiu acabar com o maldito.

- Entendo… Então foi isso o que aconteceu… Vocês passaram por maus bocados, hein?

- Sim, foi difícil, mas no fim deu tudo certo.

- Ok, eu entendi. Que bom. Obrigado por me atualizar sobre tudo. Agora voltemos ao ponto principal: você sabe onde ela está? - neste momento, o coração de Kuririn parou por um milésimo de segundo. A situação entre o ainda não formado casal não estava nada bom. Se 17 e 18 se reecontrassem naquele momento, poderia significar a separação definitiva dos dois (Kuririn e 18), e Kuririn gostaria de pelo menos se declarar antes, pois assim, caso ela o rejeitasse, ele poderia seguir em frente. Mas tudo poderia ir por água abaixo, e num impulso:

- N-não! Não sei onde ela está! Desde que eu a resgatei e Kami-sama a curou, eu não a vi mais!

- Hmmmmmmmm… Sério? Olha, eu jurava que você sabia, afinal, naquele dia ela te beijou no rosto e tudo mais… Eu até pensei que vocês dois iriam estar juntos.

- O-o quê, ju-juntos?! - Kuririn fica extremamente vermelho, e desconsertado - I-isso não tem nada a ver, 17!

- Ah, qual é, cara? A 18 não é de sair beijando o rosto de qualquer um. Bom, se bem que ela é uma mulher difícil de entender... Vai que ela tava te malhando por ser um careca baixinho e fracote. - nesse momento, Kuririn fica claramente decepcionado, e baixa a cabeça - Bom, isso não importa agora. Então, vai ser o seguinte, ô… Carequin.

- É Kuririn… - ele fala com uma voz clara de choro.

- Ah, foi mal. Você nem é mais careca. Foi mal, cara. Então vai ser assim, Kuririn: você tem que me ajudar a achar minha irmã.

- Como é? Porque eu? Não seria melhor você procurar sozinho? Sabe, no fim eu vou acabar te atrasando…

- Ora, isso não tem nada a ver- - 17 foi interrompido por um dos guardas florestais, falando que o superintendente o estava chamando - É, eu vou indo lá. Me espera aqui, eu volto logo.

17 levantou-se e foi em direção a saída do galpão. Kuririn não era de mentir, mas aquela mentira tinha um motivo claro e óbvio: era pelo futuro dos dois. Mas em contrapartida, veio em sua mente que o andróide estaria preocupado com sua irmã, afinal de contas, desde que eles foram reconstruídos, eles dois estiveram sempre juntos, e seria bom pros dois permanecerem assim, até que ambos se encontrassem na vida. Na cabeça de Kuririn, isso era o que fazia mais sentido, e era o que prevalecia. Afinal, Kuririn era do tipo que sacrificaria a própria felicidade para ver o bem de quem ele ama. Quando 17 estava prestes a cruzar o portal do galpão, Kuririn o chama:

- Ei, 17! Espera aí!

- O quê, o que foi? - Kuririn vai até onde ele está.

- Na verdade… Eu sei onde a 18 está.

- Como é? E porque você-

- Não entenda mal, 17. Eu fiquei nervoso, não sabia como te contar isso, mas a 18 está vivendo comigo na Kame House. - esta informação deixou 17 extremamente surpreso. Ele não imaginaria que 18 estivesse junto de Kuririn - Já fazem uns 4 meses que ela está conosco.

- 4 MESES? Há tanto tempo assim?!

- Ela e eu estávamos te procurando por todo este tempo.

- Me procurando?

- Uhum. Eu havia prometido a ela que eu a ajudaria a te encontrar, assim como um sentido pra vida dela, e nisso, ela acabou vindo morar comigo… M-mas não pense que eu fiz algo de estranho com ela. Nada disso! Eu sempre a respeitei muito!

- Olha, eu duvido bastante que você iria conseguir fazer algo de estranho com ela. Afinal, com a nossa força, duvido muito que você pudesse fazer algo contra ela.

- Hehehe, é mais ou menos por aí... - com isso, 17 dá um sorriso para Kuririn. Ele pôde sentir que o rapaz não tem más intenções

- Certo… Escuta, obrigado por cuidar dela por todo esse tempo- E obrigado por se preocupar em me procurar junto dela. Acredito que tenha sido cansativo. Bem, eu vou falar com o meu chefe, e depois, nós vamos até essa tal Kame House. Já tá mais do que na hora de eu reencontrar minha irmã! -  com essa fala, Kuririn sorriu. Aquele não foi um sorriso de pura alegria, mas um sorriso de alívio, de sensação de promessa cumprida, pois como ele mesmo disse, ele iria ajudá-la a encontrar seu irmão.

17 foi em direção ao gabinete do superintendente, enquanto Kuririn voltava pra mesa no refeitório, pra poder tomar o chá que já não estava gelado, e sim frio. Kuririn sentou à mesa novamente, e começou a pensar bastante no que ele iria fazer a seguir, pois o único motivo que mantinha a 18 perto de Kuririn era 17, mas agora ele finalmente foi encontrado, não tinha mais nada que a vinculasse a ele, e num pequeno instante, veio a imagem de 18, de costas na frente da Kame House, e a imagem da andróide ia ficando mais distante, e mais distante a ponto de sobrar somente um clarão, e Kuririn volta a si, por conta de um barulho de sino, e seus olhos estavam lacrimejando. Ao longe, ele começou a ouvir:

- … bem? Ei… Tá… Bem…? Ei! Tá tudo bem? - Kuririn olhou pro lado e se deparou com uma linda mulher de cabelos cacheados, longos e negros, olhos verdes, pele clara e vestida como todos os guardas florestais presentes - Você tá… Chorando?

- Hã..? Eu… AH! - Kuririn rapidamente enxugou suas lágrimas com o braço e - Isso? Eu estava lembrando de um filme triste que eu vi ontem, hahaha… “Mas que raio de desculpa é essa, Kuririn?!?!?!”

- Nossa, deve ter sido um filme e tanto, hein? Mas você está bem mesmo, é…

- Kuririn! Eu me chamo Kuririn! Sim, eu estou bem! - e ele sorriu, no intuito de esconder seu real problema.

- Ah, muito prazer! Eu me chamo Camellia! Fico feliz que esteja bem! - e a jovem moça sorriu, o que fez Kuririn corar levemente - Então, Sr. Kuririn, o que veio fazer por aqui? Por acaso pretende se voluntariar à nossa reserva ambiental? Nós estamos precisando bastante de pessoas motivadas e que possam nos ajudar!

- Ah, sobre isso… Na verdade eu só estou acompanhando um conhecido meu.

- Um conhecido? E quem seria?

- Um jovem rapaz chamado… É… Dezes… Sete.

- Ah! Você é amigo do Sr. 17? -  a moça falou totalmente empolgada.

- Eu não diria bem amigo… Somos apenas conhecidos mesmo, se é que eu posso dizer assim, haha…

- Entendo! Então você está com o Sr. 17. Ele tem nos ajudado bastante com a reserva nos últimos meses. Depois da chegada dele aqui, muitos animais silvestres foram salvos da extinção!

- Sério? Que interessante! - Kuririn falou impressionado - E como foi que vocês o conheceram e o convenceram a fazer parte disto tudo? Isto é, se não tiver nenhum problema... - Kuririn foi direto em sua pergunta, pois ele estava bastante curioso.

- Bem, é... Eu o achei numa ilha remota… No dia, estávamos num estudo de campo, procurando animais que poderiam estar sendo vítimas de caçadores ilegais. No momento da busca, um clarão vermelho apareceu na ilha, na área da praia. Todos corremos até o local, e o vimos completamente desorientado. Ele foi bastante rude conosco no início, acho que ele nos via como ameaça, ou algo assim, mas logo em seguida, ele desmaiou.

- “Entendo. Como ele foi absorvido pelo Cell, suas energias vitais foram esgotadas, e quando Shen Long o ressuscitou, sua energia vital não voltou de imediato. Do mesmo jeito que ocorreu quando a 18 foi expulsa de Cell. É estranho, pois eles deveriam ter energia infinita...” - Kuririn falou em pensamento.

- Nós o trouxemos pra cá. Ele passou vários dias desacordado, e quando acordou, citou algumas vezes que precisava encontrar sua irmã a todo custo e que era de extrema importância. Ele parecia perdido, sabe? Eu fiquei com muita dó dele, e decidi que iria ajudá-lo a encontrar a sua irmã. Na época, estávamos com muitos problemas com os caçadores ilegais, pois a cada dia, eles ficavam mais fortes e mais persistentes… Foi nesse momento que o Sr. 17 decidiu nos ajudar, talvez como uma maneira de agradecer por termos o salvo. O Sr. 17 é bastante quieto, mas ele tem um bom coração… - neste momento, a jovem Camellia fica levemente ruborizada, com as mãos juntas para trás, e dá um pequeno sorriso, olhando para baixo.

- Oooooh… - Kuririn estava impressionado. Aquela jovem poderia estar apaixonada pelo 17? Afinal, quando se tratava dos sentimentos alheios, Kuririn poderia se tornar um verdadeiro especialista, mas ele estranhamente não conseguia ler o amor da sua vida, porém, isso devia ser mais do que normal nas circunstâncias em que ele se encontrava - Pelo jeito, você considera bastante o 17, hein?

- Sim. Muito. Ele possui uma força descomunal, pode voar pelos céus, cria ondas de energia… E poderia estar usando isso pro mal, mas ele decidiu nos ajudar, e há 9 meses, ele vem nos ajudando a lidar com os caçadores… A maior parte dos trabalhos, ele faz sozinho. É impressionante!

- Entendi… “Então era isso que você estava fazendo todo este tempo, 17. Tá explicado porque nós nunca o achamos.”

- Mas ele é muito solitário… Depois que ele falou sobre sua irmã, ele não se abriu com mais ninguém. Apesar de ser reservado, ele é muito gentil com todos nós, mas… Ele não permite que nós nos aproximemos… Tanto que ele mora muito longe daqui. É como se ele tentasse se afastar de propósito de todos nós… Como se ele representasse algum perigo pra nós - a moça falou tudo isso com um olhar triste.

- “Por um acaso, ele...”

- Ah, me desculpe! Olha só eu toda tagarela aqui, falando essas coisas! Mil perdões!

- Ora, o que é isso! Não tem problema nenhum! Fique à vontade! - com isso, ambos sorriram.

- Vejo que vocês dois estão se dando muito bem. - 17 apareceu logo atrás de Camellia, fazendo com que os dois se assustassem. Sua feição era apática, um pouco sombria até, juntamente com um olhar seco - Anda nanico, vamos indo. Temos que passar em um dos nossos complexos, num arquipélago ao leste daqui, e você vai me ajudar.

- Certo, tudo bem, 17, mas será que você precisa ser tão rude? - Kuririn falou em tom de brincadeira.

- O quê? Mas vocês vão pra’quele lugar? - Camellia interrompeu a conversa entre os dois - Lá está a maior facção criminosa da Capital do Oeste! Vocês vão-

- Não tem problema. Nenhum deles vai ser capaz de nos vencer. Esse nanico aí pode ter jeito de fracote e essa cara de tapado, mas é bastante resistente.

- Ô, vai com calma, 17! - Kuririn retrucou a fala do andróide, que estava sendo estranhamente ríspido.

- O Sr. Kuririn parece mesmo ser forte. Em nenhum momento eu achei o contrário, mas pode ser perigoso. - Com ela essa fala de Camellia, 17 cerrou levemente suas sobrancelhas

- Hmmmmm...? Entendi... Vocês realmente estão se dando bem, não é? Que bonitinho. É uma pena ter que estragar o bom clima que está rolando aqui, mas nós vamos partir agora, nanico. Ou por um acaso você não vai? -  neste momento, 17 olhou Kuririn de maneira ameaçadora.

- O quê, mas é claro que eu vou! Tudo isso é pelo bem de vidas selvagens, não é? - O monge ignorou completamente o olhar ameaçador de 17, pois ele estava entendendo do que aquilo se tratava.

- Sim. E além disso muitos guardas florestais foram mortos ou feridos por esses criminosos malditos. Vou mostrar a eles o que acontece quando se mexe com esta reserva. - 17 falou isso de maneira convicta. Camellia fica levemente ruborizada ao ouvir isso, e ao mesmo tempo, feliz, e Kuririn ficou, mais uma vez, impressionado. O jovem rapaz realmente estava levando a sério tudo aquilo de guarda florestal.

- Sr. 17, eu-

- Anda, vamos. Temos que nos apressar. Passaremos em algum vilarejo pelo caminho, e comemos por lá, antes de entrar em ação. - ao falar isso, 17 anda em direção à saída, sem se despedir de Camellia.

- Que remédio, eu vou ter que segui-lo. Bem, foi um prazer, Srta. Camellia!

- Igualmente, Sr. Kuririn! Ah, me chame só de Camellia, haha! - o andróide ouviu isso, e sentiu uma leve pontada no peito, além de um arrepio na espinha.

- Da mesma maneira, me chame só de Kuririn! - ele dá um sorriso e segue 17 em passos rápidos.

- “Esse cara só pode estar de brincadeira. De todas as mulheres que ele poderia se enturmar, por que diabos ele foi falar justamente com a Camellia?” - 17 falava isso em seus pensamentos, que logo foram interrompidos por um chamado de Camellia.

- Sr. Kuri- Digo, Kuririn! O seu chá! - ela foi correndo até Kuririn e o entregou o chá que já estava praticamente em temperatura ambiente.

- Obrigado, Camellia!

- Por nada. Boa sorte. Pros dois! - esta parte, ela falou olhando diretamente pra 17, que virou levemente sua cabeça pra esquerda - Não vão se machucar!

- Pode deixar! Até mais! - 17 e Kuririn saíram do refeitório em direção a parte central da grande claraboia. Camellia os observava com as mãos para trás, e com um sorriso no rosto.

17 estava logo à frente, andando em passos firmes, seguido por Kuririn. Quase no final da claraboia, 17 dirige a palavra:

- Você se deu bem com a Camellia, não é? Afinal, ela é uma mulher bastante gentil.

- Hum? - Kuririn parou por um instante - É, realmente, ela é gentil, e muito bonita. - com essa fala, 17 também parou.

- Ela é, não é? - 17 falou cerrando os punhos.

- Sim. Ela é muito bonita. Mas sabe como é, meu coração já foi fisgado por uma pessoa, então, pode ficar tranquilo, 17. Eu apenas simpatizei com ela. - Kuririn passou a frente de 17 que estava de cabeça abaixada.

- É a 18, a mulher que você ama? É muito estranho que você acolha uma pessoa que até então é sua inimiga, e não apenas isso, a ajuda a procurar seu irmão que também é seu inimigo. Tem que ter muito amor pra poder fazer isso.

- Vocês não são meus inimigos, 17. Nunca foram. Apenas aconteceu de nós termos de nos enfrentarmos, mas isso tudo já é passado. E sim, a 18 roubou meu coração naquele dia, justamente com o beijo que ela deu em meu rosto. E de fato, pode ter sido apenas uma gozação da parte dela, mas eu não me importo. Aquele momento é muito importante pra mim. - Kuririn falou isso de olhos fechados, e sorrindo, trazendo consigo uma sensação de nostalgia.

- Então, você já... Se declarou pra ela?

- Não. Ainda não. Apesar de eu ter tentado uma vez, no fim, não deu certo. Depois disso, nos focamos em tentar te achar, pra que assim, ela pudesse seguir a vida tranquilamente.

- E você me achou. E como você sabe eu irei até essa Kame House pra poder vê-la novamente, e corre um grande risco dela ir embora da sua vida. Pra sempre. O que é que você vai fazer?

Kuririn vira na direção de 17, abre os olhos, e com um sorriso, diz:

- Eu não sei. Eu realmente não sei o que eu irei fazer… A única coisa da qual eu tenho certeza é que independentemente de qualquer coisa, independentemente de estar junto a mim ou não, tudo o que eu quero é que a nº 18 seja feliz. Pra mim, isso é só o que realmente importa.

Nº 17 não poderia estar mais impressionado, pois aquelas palavras foram realmente verdadeiras. Aquele pequeno monge realmente amava a sua irmã, e não apenas isso, ele se importava com ela de verdade. Aquilo era o que chamavam de amor verdadeiro.

- “Então, isso é o que chamam de humanidade. Se sacrificar em prol daquele que você ama; Sacrificar sua felicidade em prol da felicidade do outro...” - 17 apertou levemente seu peito esquerdo com a mão direita - “É… Parece que isso o maldito do Gero não conseguiu tirar de mim… Esse negócio chamado de sentimento…” Heh… Querendo bancar o bonzão, hein? Entendo. Anda, vamos logo comer alguma coisa em alguma ilha próxima daqui, e vamos fazer o que tem de ser feito!

- Sim! Vamos lá!

Kuririn e 17 levantam voo em direção ao oeste, com o objetivo de retomar o complexo da organização da guarda florestal. Voltando à Kame House, Mestre Kame já estava terminando de preparar o almoço, quando ele escuta alguém batendo na porta:

- Ei, Mestre Kame! Sou eu, Yamcha!

- Ah, Yamcha, é você? Entre, pode entrar!

Yamcha adentra a casa, juntamente com Pual e Oolong, e foram todos cumprimentar o Mestre Kame, que foi até a sala de estar para poder cumprimentá-los:

- Nossa, que saudades, Mestre! Já fazem dez meses que não o vimos! Até mesmo o Oolong ficou fora esse tempo todo, já que nós estávamos precisando dele no time de basquete.

- Heh, trabalhar como mascote daquele timeco de vocês só tem me dado azar… Ai ai, aqueles caras do Red Stonks me deram uma surra só porque eu zoei com eles…

- Não foi bem por isso, Oolong! - Pual cortou a fala do porquinho - Foi porque você foi atazanar as líderes de torcidas deles!

- Ora, eu só queria parabenizá-las pela derrota com um abraço hehehehehe - esta última fala, ele falou com uma cara pervertida.

- Arf, depois eu que tenho que passar remédios e fazer curativos em você. Você não serve pra nada… - o pequeno gatinho azul falou isso suspirando.

- Enfim, enfim, - Yamcha interrompeu os dois - peço desculpas por levar o Oolong, mestre. Acredito que tem sido tedioso viver aqui só com o Kuririn e Umigame, não?

- Na verdade, não são só o Kuririn e o Umigame que estão vivendo aqui. Tem outra pessoa.

- Outra pessoa, mas quem? - neste momento, ouviam-se passos nas escadas. Todos, com exceção do Mestre Kame, olham em direção, e uma figura feminina vai surgindo, e no fim, ela se revela - O QUÊ?! NÚMERO 18?!?!

- Hum? O quê? Parece até que nunca me viram na vida. Ei velho, o almoço já está pronto? Eu estou com fome - 18 falou calmamente.

- Ah, sim sim, 18. Falta pouco pro almoço estar pronto.

- E o anão? Ainda não voltou?

- Ele disse que não voltaria antes do almoço - com essa informação, o coração de 18 dá uma leve palpitada e ela responde:

- Entendi. Eu vou tomar um banho antes de comer. Quando estiver pronto, me avise. - e 18 foi em direção a seu quarto.

Logo após um barulho estranho, que parecia ser de uma porta totalmente arrebentada se fechando, Yamcha não perdeu tempo e foi correndo até o mestre Kame:

- E-ei mestre… Isso quer dizer que o Kuririn e a andróide 18 estão…

- Hahahahahahahaha! Você só pode estar brincando, Yamcha! Você conhece o Kuririn! Sabe que ele é mais lento do que uma lesma pra essas coisas! Ele ainda precisa aprender muita coisa, e fora que a 18 é uma pessoa bastante orgulhosa. Ainda não aconteceu nada entre estes dois!

- Ah… Entendi. Bom, pelo menos ela está por aqui, não? Tomara que o Kuririn consiga se declarar pra ela corretamente, e que eles possam viver felizes juntos.

- Isso nós veremos. Mas deixando isso de lado: fiquem pro almoço, e me façam companhia por hoje! Eu não aceito um não como resposta, hahaha! - e a conversa seguiu tranquilamente entre eles.

Depois de um tempo, Kuririn e 17 chegaram no complexo tomado pela facção Red Shark, e era visível, pois tinha uma grande bandeira com a insígnia de um tubarão vermelho no cume de uma grande montanha, que ficava no centro da ilha.

- É aqui, chegamos.

- Mas isso é- - Kuririn olhou para a ilha, e viu milhares de pessoas no local, todas fortemente armadas e com caras de poucos amigos - Quanta gente… Agora eu entendi porque você disse que precisava de ajuda…

- É isso aí. Eu tava adiando esse serviço porque na verdade, isso daqui é mais complicado do que parece. Eles têm muitos animais sob custódia, e só usar força bruta contra esses caras não iria funcionar, e eu tenho certeza que você pode me ajudar com isso. Bem, agora chega de papo. Tá na hora de expulsar esses caras daqui!

O destino de Kuririn, 17 e 18 se entrelaçaram de uma maneira da qual eles nunca imaginariam que iria acontecer. Kuririn presencia e conhece um andróide número 17 que ele jamais poderia imaginar que existia; já 17, começa a aprender observando Kuririn o que é o amor e o que é ser humano, e não apenas isso, ele parece realmente se importar com tais características; e por fim, 18 ainda permanece lutando, tentando entender seus sentimentos, que estão mais confusos do que nunca. A história ainda reserva muitas emoções para estes três, que nem sonham em como tudo irá se desenrolar!

E muito longe dali, na Capital do Leste, uma linda mulher de cabelos azuis se encontrava num apartamento, que ficava num grande e luxuoso prédio. Ela olhava fixamente para o céu, e com um sorriso no rosto ela diz:

- Meu Kuririn… Me aguarde. Logo eu estarei indo te ver… Você é meu, e custe o que custar, vou pegar você de volta pra mim! Não importa como!


Notas Finais


É isso pessoal. Capítulo com pouca narrativa e muito diálogo, estilo light novel mesmo, haha! Espero que tenham gostado. Não vou prometer nada, mas garanto que vou tentar manter uma frequência de pelo menos um capítulo por semana. Sem dia fixo, mas é isso aí.

P.S.: Podem me cobrar via mensagem direta pelos capítulos, haha!!


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