Narradora o.p.v
A noite foi longa para ambos os rapazes. Alec era atormentado pelo pesadelo de seu grande amor não ser capaz de entender o que perder alguém que se ama. Já Magnus passou a noite ouvindo - o gemer palavras incompreensíveis, se mexer sem parar e tremer durante a noite, por alguns momento achou que o moreno estava doente, porém um sussurro do rapaz foi suficiente para compreender que não.
- Magnus… por que? Por que? - o leve gemido era carregado de dor e pesar.
Fazendo assim o feiticeiro pensar no que fizera ou dissera para deixar o amado naquele estado. Nada veio a sua mente.
- Eu não fiz nada… - sussurrou para si mesmo. - Terei que perguntar a ele.
Aos pouco seu sono se tornou mais forte que seus pensamentos, levando tal ao mundo dos sonhos durante a madrugada.
Algum tempo depois Alec acorda, ainda atormentado por seus pesadelos. Vê seu, ainda, amado dormindo tranquilamente e decide sair para se livrar dos pensamentos em um treino.
Alec p.o.v
Depois de tomar um refrescante banho e vestir roupas de treino (uma regata preta e um calça preta larga), decidi caminhar até uma parte isolada da praia para treinar.
Ao chegar no local noto que era perfeito. Não havia ninguém ali e muitas árvores para usar como alvo, porém me lembro que Magnus não me deixou trazer meu arco.
- Ah Magnus você me paga por isso. - sussurro para mim mesmo, o amaldiçoando.
Já que meus planos foram por água a baixo, vou caminhar pela floresta. A mata não era muito densa naquele local, porém havia muitas subidas o que, incrivelmente, me cansa um pouco.
Depois de muito andar vejo as ruínas de, o que me parece ser, um antigo castelo. Parecia ser a sala do trono, já que havia um grande cadeira de pedra e algumas colunas. Vejo uma pronta ainda intaquita.
- Para onde será que ela vai dar? - ouço passos vindos da floresta e me viro bruscamente.
- Dão para um sala de armas Serafins.
Um moreno de olhos castanhos claro, quase mel, cheio de pintinhas sobre a pele pálida se aproxima.
- Quem é você? - um leve sorriso brota em seus lábios.
- Sou o protetor desta área. E você o que faz aqui, filho de anjo? - sua voz me suava familiar.
- Não é da sua conta.
- Esta em meu território, logo é da minha conta tudo que faz aqui. Vai me contar ou terei que te forçar?
- Não ouse tentar…
- Ninguém nunca consegui me vencer, bastardo!
- Sempre tem uma primeira vez! - digo já me colocando em posição de luta.
Narradora p.o.v
O moreno de pintas não fugia de um desafio e viu no rapaz a sua frente um bom oponente. Correu em direção a Alec o jogando no chão. Alec se levanta com raiva e pega o adversário pela gola o jogando contra um dos pilares das ruínas. Um pouco de sangue escorre do menor em meio a um sorriso sádico. Alec se aproxima e recebe vários socos no rosto e no estômago o fazendo ajoelhar, mas logo se recompõe. Acertando o menor com um gancho. A raiva já estava consumindo o pintado, levando - o a desferir socos e chutes sem parar em Alec.
Era um dança perigosa e cheia de raiva, o que era para ser uma simples diversão estava se tornando pessoal. O sangue escorria de ambos os rapazes, o cansaço e as dores não os abalava. Teria que ter um vencedor custe o que custasse.
Ambos estava de lados opostos das ruivas e se preparavam para um golpe de misericórdia. Respiraram fundo e correram em direção ao outro. Braços levantados, mãos em forma de punho e um soco final. Ambos cambalearam ao sentir o impacto do golpe, caindo no chão gélido. Alec sorriu ao ver o estado do rapaz ao seu lado.
- Não é que a princesinha ainda sabe lutar. - diz o moreno com um sorriso travesso no rosto.
- O que? - Alec levou um tempo para compreender aquela referência.
Virou - se para o menor e fitou seus lindos olhos mel. Reparou em suas lindas pintinhas pelo pescoço e sem lembrou. Lembrou de quando tinha 15 anos e ainda estava na academia, da dor que sentiu ao se despedir de um dos seus grandes amigos.
- Dylan? - algumas lágrimas molharam seus olhos.
- Demorou para lembrar em princesa! - com dificuldade se levantou e ajudou o amigo a se levantar também.
Ambos se abraçam e deixam algumas lágrimas rolar.
- Só você para me fazer apanhar! - Dylan sorri e começa a caminhar, ainda com dor. - Quer almoçar comigo?
- Ah… pode ser, assim colocamos a conversa em dia.
Ambos caminham até um pequena casa na beira da praia. Dylan abre a porta e deixa Alec entrar primeiro. Antes de preparar o almoço toma um banho e cuida do seus machucados, recomenda que Alec faça o mesmo.
Enquanto aquele se arrumava o almoço ficava pronto.
Alec p.o.v
Após colocar o último curativo desço as escadas e vejo uma linda mesa posta.
- Venho que os anos sozinho o tornou mais prendado! - um leve gargalhada saiu de ambos.
- Bom, tive que aprender. Tenho um amigo chamado Newt, ele é um Tritão. E sabe como eles são chatos para isso!
- Hummm e ele vem muito aqui?
- Não faça essa cara! - diz colocando o macarrão na mesa e se servindo.
- Que cara? - digo sentando na mesa e me servindo.
- Essa aí! - aponta para mim. - Não temos nada e nunca vamos ter, ele é promíscuo demais…
- Vem com essa não floquinho! Você era o cara mais promíscuo da academia, ainda me pergunto quem vice nao comeu.
- Você! Também ninguém conseguia fazer superar o seu amor platônico pelo Jace. - engasgo com a resposta, fazendo Dylan rir.
-Não era bem assim… eu superei ele! - desvio o olhar para a comida, saiba que Dylan odiaria saber quem foi capaz de me fazer esquecer o loiro.
- Quem é o milagreiro? - um sorriso travesso surgiu em seus lábios. - Ou melhor a praga, já que agora não poderei transar com você.
Minhas bochechas devem estar rosadas. Dylan sempre foi de fazer esses comentários desnecessários, consegui me deixar sem jeito todas as vezes.
- Pela demora posso imaginar que não seja alguém que eu aprove. - sua voz era brincalhona.
- Talvez…
- Princesa pode falar! Sei que você tem bom gosto e nunca consegui ficar bravo com você mesmo! - faz tempo que não via aquele sorriso arrasador do moreno… as garotas sempre falavam desse sorriso na academia, segundo elas era de tirar o fôlego.
- Ele é …. Bem diferente…
- Diferente como? Para de rodear Alec! Fala logo, sabe que estou me matando de curiosidade! Se não falar vou ter que apelar! - contornou a mesa e começou a me fazer cossegas.
- Hahahaha…. Paaarraaa!!! Ok!!! Okkk eu c-conto! - Ele se afasta e fita meus olhos com seriedade.
- Então conta!
- É um feticeiro!
- Sério Alec? Um submundano! Tudo bem, não é tão ruim assim.
- Tem mais… - olho para baixo, pois encara -lo é difícil. - É o Alto feticeiro do Brooklyn….
- Magnus Bane? - seu grito me faz olhar para seus olhos. - Não! Pelo anjo Alexander! Podia ser qualquer pessoa, qualquer um. Até um mundano seria melhor, mas não… tem que ser o bastardo do Bane… aquele feticeiro maldito!
Dylan andava de um lado para o outro e gritava de raiva. Amo muito meu amigo, mas cada vez que xinga meu marido uma onda de raiva percorre meu corpo.
- Chega!! - me levanto e grito para o menor. - Olha eu não tenho culpa que amo aquele maldito feiticeiro. E não quero que fale assim dele! Faz tempo que não nos vemos é muitas coisas mudaram, então se ainda quer ser meu amigo vai ter que aceitar o homem que amo!
O moreno fica sem fala. Fica me olhando de cima a baixo, absorvendo todas as palavras que joguei sobre si.
- Bom… se você o ama tanto assim, posso tentar gostar dele. - um grande sorriso brota em meus lábios.
Dylan se aproxima e me abraçando com seus grtes braços.
- O que você não me pede sorriso que eu não faço chorando, em princesa! Nunca pense em me tirar da sua vida! - sussurra em meu ouvido. - Agora vamos, quero te mostrar um lugar especial! Mas antes vamos terminar de comer!
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