Rio de Janeiro • December 27th • 3:15 am
A garota andava com a ajuda de Ruth, sua melhor amiga. Sentia suas pernas pesadas, sua cabeça doía e nenhum relaxante múscular foi capaz de te curar. Cecília e Ruth percorriam os corredores do hospital, felizes pelo menos por conseguirem finalmente entrar no quarto onde Dona Margarida estava, avó de Cecília.
Assim que a garota passa pela porta seu coração dói, pois ver a senhora naquela situação era de fato muito triste. Dona Margarida estava deitada, sem consciência, com um tubo enfiado em sua boca fazendo com que a mesma continuasse respirando, seus cabelos grisalhos estavam levemente bagunçados e seus olhos fechados.
A neta pega na mão gelada da avó.
- Por favor! Fique bem vovó, eu não queria ter te deixado só... Eu te dizia que isso seria perigoso mas, você insistiu tanto que eu seguisse os meus sonhos...
Cecília pensou várias vezes em cancelar o seu intercâmbio justamente para não deixar a avó sozinha mas, sabia que a mesma não permitiria isso, além de não querer atrapalhar os sonhos da neta, seu orgulho era gigante, jamais admitiria que precisava de cuidados ou, ao menos, uma pessoa por perto para ajudá-la em um caso de urgência como esse.
Ruth sempre visitava Dona Margarida pelas manhãs, tomavam café juntas e riam de como Cecília estava se virando sozinha nos Estados Unidos e, em uma dessas manhãs, Ruth encontrou a senhora caída no chão, momento em que rapidamente ligou para a emergência.
- Amiga, calme... Não é justo com você mesmo carregar essa culpa, ninguém imaginaria uma coisa dessas... – Cecília é agora consolada pela sua melhor amiga, que a puxa pelos braços a e a leva para um sofazinho que havia no quarto – Sua avó sempre foi uma mulher saudável, ela não fumava ou bebia, se alimentava bem, fazia exercícios, ela vai sair dessa!
Ter a sua amiga de volta era perfeito, apesar do momento ser totalmente aterrorizante, tudo parecia mais leve só por Ruth estar ali.
Um médico entra no quarto, checando alguns dados constantes nos aparelho e anotando em sua prancheta, antes que o mesmo saia do quarto, Cecília pergunta.
- Ela ficará bem?
Por mais corriqueiro que aquele momento seja para o profissional, ele entende a dor da garota e tenta acalmá-la.
- Faremos o possível...
Northstar • December 27th • 6:30 am
Chris finalmente consegue entrar no carro, segurando um pacote que levava um sanduíche com apenas uma mordida, sua falta de apetite não permitiu que se alimentasse e além disso, outra nevasca atingiu Northstar antes mesmo que o ator pudesse sair do aeroporto. Chris permaneceu ali por várias horas, sem tirar Cecília da cabeça em nenhum momento.
“Uma nevasca atinge a região oeste de Northstar, fazendo com que algumas pessoas fiquem impossibilitadas de trafegar pelas ruas...”
O homem muda a estação, tentando se distrair com alguma coisa, mas no fundo sabendo que nada seria capaz de sanar aquela preocupação com a garota com quem passou os últimos dias.
Chris anda devagar, utilizando correntes nos pneus para que o carro não derrape na estrada. Sua cabeça está à milhão, suas mãos suam frio no volante, sente um aperto no peito só de imaginar Cecília chorando, com medo de perder a pessoa que mais ama no mundo, ainda mais por não ter mais os pais. O ator, subtamente, vira o volante para fazer o retorno, ele não poderia voltar para casa naquela situação.
O carro derrapa, Chris sente que perdeu o controle e, movimentar o volante não ajuda em nada, outro veículo vem em sua direção, tudo se move rápido demais e ao mesmo tempo, aqueles segundos parecem horas.
Os carros se chocam.
Chris sente o impacto forte, mas logo em seguida consegue tirar os cintos e sair do carro.
- Está tudo bem? – O ator grita.
Ele nota que um homem barbudo e negro checa os bancos de trás e depois, sai do carro.
- Estamos todos bem, como está?! Você precisa da emergência?
- Não, eu estou bem. Me desculpe, eu perdi o controle do meu carro...
- Fique tranquilo, foi só um susto, o importante é que estamos todos bem... – O homem anota o telefone de Chris e de sua seguradora – Cara, tem certeza que está bem? Seu supercílio está sangrando...
Chris toca com o dedo no nariz e, sente o líquido quente escorrer pelas suas mãos.
- Acho que foi apenas um corte.
- Espere aí... Você é o Chris Evans?!!!
Chris assente com a cebeça e a expressão do homem muda completamente para melhor.
- Não brinca!!! Meu filho te ama, poderia tirar uma foto com ele?
Por mais que Chris estivesse com tanta coisa passando pela sua cabeça, não se importou de tirar foto com as crianças, secando seu sangue com alguns guarda-napos que o outro motorista lhe ofereceu, foi o momento também de dar alguns autógrafos e passar alguns poucos minutos conversando com eles, até como forma de recompensar o susto que o pai das crianças levou.
Logo depois disso, o ator entra no carro, que ficou apenas com um amassado na lateral devido a batida e, retorna ao caminho contrário da sua casa.
Rio de Janeiro • December 28th • 2:32 am
As luzes fortes do hospital só fazem com que Cecília continue com dor de cabeça, Ruth chegou com um bolinho de chocolate e uma garrafinha de suco de laranja mas, naquele momento, era impossível consumir alguma coisa que não fosse remédios e água.
- Eu não quero ser chata mas, se você não comer vai acabar desmaiando... – Ruth se aproxima com a embalagem do bolinho na mão – E aí eu não vou saber onde ficar, no seu quarto ou no da sua avó.
A garota sorri um pouco, pega o bolinho e da algumas mordidinhas, mastigando lentamente, sentindo o gosto de uma batata crua ao tentar saborear aquilo.
- Você precisa ir para casa né? – Cecília pergunta para a amiga – Chegou do trabalho e ainda não descansou... Vá agora, por favor.
- Eu não vou te deixar sozinha aqui, tá doida?!
- Mas não quero que se prejudique por mim, você já perdeu um dia de trabalho.
- Alô! Já ouviu falar em atestado de acompanhante? Vai ficar tudo bem, pare com isso...
Era isso que Cecília sempre buscou em uma amiga e, felizmente, encontrou em Ruth quando estavam no último ano do colegial e a garota decidiu elogiar sua camiseta do paramore.
- As coisas não deram muito certo na minha vida ultimamente... – Cecília pensa em tudo que aconteceu nas últimas semanas e diz por último, baixinho. - Com exceção de uma...
Ruth olha curiosa mas não pergunta nada, afinal, está morrendo de sono e com a cabeça encostada nas costas da poltrona e, não queria pressionar Cecília em nada, não nesse momento.
A garota está pensando em Chris Evans agora, em seus momentos na cabana, em sua música no piano, no sentimento que uniu os dois, no medo, no calor, no frio, no aroma do macarrão, das batatinhas, do barulho da lareira estalando, no momento em que dormiram abraçados, tudo isso agora parecia somente um sonho no qual ela já estava acordada.
Por um momento, Cecília pensa estar delirando, já era o segundo dia que dormira no hospital e com certeza foram as piores noites de sono de toda a sua vida, por isso, era fácil ter qualquer alucinação.
A garota achou ver Chris vindo do fim do corredor, segurando um buquê de flores variadas.
A menina usa a manga da blusa de moletom para limpar os óculos e esfregar um pouco os olhos mas, o homem continuava a se aproximar.
A sua alucinação se tornava cada vez mais real, a deixando com uma cara de dúvida.
- Oi - Ouvir a voz do ator novamente a fez cair na realidade.
Chris estava ali, em sua frete, no Brasil, mas como? Quando isso tudo aconteceu? Como ele conseguiu chegar tão rápido? O que fazia aqui? Eram tantas perguntas.
Cecília ainda não sabia o que fazer.
Em questão de segundos se viu nos braços de Chris novamente, sentindo o seu cheiro.
- Eu não conseguiria te deixar só - Chris revela, ainda a abraçando forte, enfiando seu rosto em seus cabelos - Eu sinto muito pelo que aconteceu com sua avó.
A garota volta a olhar para o rosto de Chris, vendo que algumas lágrimas caíam daqueles olhos azuis pelos quais se apaixonou.
- Eu simplesmente não acredito que está aqui.
- Eu precisava vir, como eu disse, não conseguiria ficar lá sem saber como estava, o que estava passando...
- Como veio? Os voôs tinham tantas escalas... Como chegou tão rápido?
- Fui até Los Angeles e usei o meu jato.
A menina esqueceu por um momento que falava com um astro de Hollywood e como as coisas eram dez vezes mais simples se você tem muita grana.
- Trouxe essas flores para sua avó, como ela está?
- Obrigada - Cecília pega o lindo buquê da mão do ator, sensibilizada pela ternura que aquele homem carregava consigo - Ela está entubada, não responde muito bem aos remédios, a situação é realmente crítica.
Chris demonstra sua dor com a expressão que usa.
- Eu... nem sei o que dizer.
- Não se preocupe... desculpa não ter uma reação melhor ao te ver, eu realmente não acreditei no que estava vendo. - Cecília toca a mão do ator e o olha diretamente nos olhos. - Eu estou muito feliz de te ver novamente.
Ruth sai do quarto de Dona Margarida e da um berro quase que instantâneamente.
- Puxa vida! Me perdoem, eu... Não... Meu Deus!
Apesar do momento delicado, Cecília ri um pouco, fazendo Chris se setir mais aliviado de ver a garota razoavelmente bem.
- Chris, Ruth... minha melhor amiga, Ruth, Chris Evans... - A garota os apresenta.
- Muito prazer! - A amiga balança a mão do ator com uma animação um pouco exagerada e usando o seu inglês enferrujado - Bom... é, querem... é, um café? Vou..... buscar... é... um, para, mim.
- Sim, por favor, um Chá Latte e..? - Cecília olha para o ator que levanta dois dedos simbolizando que gostaria de beber o mesmo que a garota.
Ruth se afasta rapidamente, caminhando em direção à saída do hospital.
Chris entra no quarto logo depois de Cecília. Abraça a garota novamente e mais uma vez, diz o quanto sente por ver aquela senhora nesta situação.
- Ela é a minha família - Cecília derrama mais algumas lágrimas, estas que são rapidamente secadas pela parte de cima da mão de Chris, que acaricia seu rosto levemente.
Agora sentados, a garota se sente confortável de desabafar. Era importante para a mesma expressar tudo que estava sentindo.
- Ela ficará bem - Chris olha no fundo de seus olhos e a ouve, cada palavra que saía de sua boca, compadecido por sua dor.
O ator, por diversas vezes, ofereceu arcar com os custos de um hospital de primeira linha. Cecília apesar de querer ver sua avó bem, negou todas, além de não querer depender do homem, sabia por orientações dos médicos que uma transferência de hospital não era nada simples e, qualquer risco nesse momento deveria ser evitado. Apesar disso, a ex-intercambista se sentiu protegida e amada pelo ator.
- Obrigada por tudo e, caso precise voltar para os Estados Unidos eu entenderei, sua rotina é puxada e não quero que perca seu final de ano aqui, comigo, em um hospital.
Chris parece um pouco decepcionado com a fala da garota.
- Cecília... Olhe para mim - A menina se assusta e rapidamente o encara - Eu não vou a lugar nenhum! Você é a melhor coisa que me aconteceu nos últimos tempos, eu ainda terei muitos finais de ano para passar com minha família e, espero, que com você.
Aquilo aqueceu o coração de Cecília rapidamente, não quis demonstrar naquele momento mas amou saber que Chris gostaria de passar outros finais de ano com ela.
Rio de Janeiro • December 28th • 10:26 am
As mãos de Chris e Cecília se encontram, a cabeça da moça se encaixa perfeitamente no ombro do homem que, com os pés cruzados, aguarda naquela sala de espera por mais alguma notícia sobre a saúde de Dona Margarida.
Ruth retorna com as bebidas quentes e se senta ao lado da amiga.
- Doido esse frio que está fazendo né? - Ruth é uma ótima pessoa e sempre quer amenizar o clima falado sobre algo corriqueiro - Eu digo... É verão!
- É verdade, ainda bem que temos esse Chai Latte quentinho para nos aquecer - Cecília responde.
Chris parece curioso para saber o que as duas garotas conversam em português.
- We're talking about how crazy the brazilian weather is, cuz we're in summer but it's cold right now - A menina traduz para que o ator não se sinta deslocado.
- Isso é frio para vocês? - Chris pergunta, lembrando da nevasca que caía em NorthStar.
Interrompendo a conversa nada interessante, um médico gorducho e baixinho vem em direção à Cecília.
- Bom dia, boas notícias sobre a senhora Margarida, você a Cecília certo? Qual o grau de parentesco?
- Sim... Eu sou neta - Chris se alivia com o estusiasmo que a menina coloca em sua voz.
- Bom, a senhora Margarida apresentou avanço após o uso de um medicamento específico, abriu os olhos mas, por estar entubada, foi preciso sedá-la novamente, acredito que tentaremos tirar o tubo respiratório hoje no período da tarde... É uma cirurgia simples portanto não é necessário nenhum acompanhante, aconselho que vocês descansem um pouco nesse momento. - O médico diz, observando o estado deplorável que estavam.
- Muito obrigada! - Ruth agradece o médico que sai rapidamente para outro lado do corredor.
Cecília abraça Ruth com força, as meninas sorriem de alívio.
A garota traduz o que foi dito pelo médico para Chris e o ator, muito animado, abraça a garota e a ergue do chão.
- Ele nos aconselhou descansar.... é, acho melhor irmos... é, para o meu apartamento que é mais próximo - Ruth diz em inglês.
Cecília realmente estava muito cansada e sabe que precisa de pelo menos um banho e algumas horas de sono, então, não teima com a amiga apesar de querer continuar ali.
Assim que saem do hospital Chris rapidamente faz sinal para um taxi amarelo que passava felizmente, sem nenhum passageiro.
Rio de Janeiro • December 29th • 9:27 pm
As cortinas altas e brancas cobriam a luz forte do sol que fazia lá fora. O aroma de sopa de batata espalhava por todo os corredores do hospital, indicando que já estava quase no horário do jantar dos paciêntes.
Cecília estava muito empolgada, veria sua avó pela primeira vez acordada desde quando voltou dos Estados Unidos, a cirurgia foi um sucesso e assim que soube que ela já estava bem melhor, resolveu correr para o hospital o mais rápido que pôde.
Usava calças jeans claras, uma camiseta branca e all star preto, os brincos eram os acessórios mais especiais, já que foram de sua avó quando era apenas uma garota e, assim que Cecília nasceu, passou a pertencê-la.
- Vovó! - A menina entra o quarto como se tivesse apenas 3 anos esperando seu presente de natal.
- Minha querida... - A senhora retribui o abraço, sorrindo aliviada por poder ver mais uma vez sua neta, continua falando, mesmo que com um pouco de dificuldade - Que falta que você me fez esse tempo todo.
- A senhora também me fez muita falta - A menina enxugava as próprias lágrimas e logo após, limpava o rosto da avó que também chorava de alegria - Não sabe o medo que senti de não te ter mais por perto, desculpe, desculpe...
- Do que está se desculpando Cecília?
- Eu fui egoísta, não deveria ter te deixado sozinha, a senhora nessa idade... enfim, eu fui uma péssima neta.
- Minha querida... Eu nunca me perdoaria por não deixar você viver o seu sonho! Eu já vivi muitos momentos incríveis, eu seria egoísta de te prender aqui.
Agora as duas estão novamente abraçadas, dizendo palavras de conforto e carinho uma para outra.
- Vovó, quero que conheça alguém - Cecília envia uma mensagem para o ator, dando permição para que o mesmo entre.
Margarida olha curiosa para a porta, vendo a mesma se movimentar e um homem alto, loiro e de barba entrar.
- Este é Chris Evans, sabe?
- Olá Chris, muito prazer.
Chris pega na mão da senhora que agora está estendida.
- Olá, tudo bem? - Diz o ator, em português, com certa dificuldade.
- Ele é aquele ator Vó, que fez o Capitão América, sabe?
- Ah sim... - A avó diz, mesmo não lembrando completamente - Que prazer em recebê-lo.
Chris retribui o sorriso da senhora.
Ruth entra também no quarto e, agora fazendo parte da turma, inicia um assunto qualquer. Os quatro permanecem ali, conversando sobre a vida e, Cecília sempre tentando traduzir o máximo de coisas que podia para Chris.
Uma enfermeira entra no quarto, trazendo um pouco de sopa para Dona Margarida que a agradece com doçura.
- Coma bastante, a senhora precisa estar bem alimentada para receber a ótima notícia que terá... - A enfermeira desvia o olhar da mulher e olha para o ator - Oh meu Deus, é o Chris Evans?!
- I heard my name - Chris diz, rindo um pouco com a situação.
Enquanto Chris tira uma selfie com a moça, Cecília curiosa pergunta.
- Que ótima notícia seria esta?
A mulher, um pouco sem jeito, diz:
- Eu não deveria estar falando isso mas... Pelo que tudo indica, sua avó receberá alta antes do ano novo.
- Isso é ótimo!!!! - Ruth grita, chamando a atenção do ator.
Rio de Janeiro • December 30th • 1:25 pm
Há muitos paparazzis seguindo o carro, Cecília parece assustada com toda a movimentação que a cidade fazia por ter Chris Evans ali. Leu no jornal essa manhã, enquanto ia na padaria, "Capitão América desembarca em solo brasileiro para encontrar sua amada".
- Isso é um saco, eu sei - Chris diz, enquanto movimenta o feed do seu twitter em seu celular - Eu gostaria de me ver livre desses sanguessugas.
A moça olha pelas janelas daquele carro blindado e, podia ver algumas lentes apontadas para eles, saindo da janela de carros em movimento.
- Se quiser, podemos cancelar o nosso passeio.
- Jamais! - Chris diz - Não podemos deixar de viver nossas vidas por conta deles.
Chris tinha razão, não era justo com nenhum dos dois.
Para o alívio de Cecília e consequentemente de Chris Evans, Margarida já estava em casa, em repouso, aos cuidados de uma médica particular, contratada por Chris que, não permitiu que Cecília negasse mais uma vez os cuidados que tinha prazer em fornecer.
Para aproveitarem um dia ensolarado na cidade do Rio, combinaram de ir no Cristo Redentor e depois almoçar em um restaurante típico brasileiro.
O passeio foi todo muito agradável. Com a ajuda de alguns seguraças, o ator conseguiu subir de bondinho, ter a ótima vista da cidade maravilhosa, beijar Cecília o quanto quisesse, sem ter medo de ter esse afeto compartilhado nas capas de revistas ou em páginas de fofocas na internet.
Cecília usava um vestido estampado, evidenciando ainda mais sua pele bronzeada, seus olhos eram brilhantes, seu sorriso branco e, tudo nela fazia Chris derreter de amor.
- Eu quero que saiba de uma coisa - Chris retira uma caixinha de veludo azul do bolso - Eu nunca passei dias tão incríveis como os últimos, com você.
A garota olha em seus olhos, que agora refletem toda sensibilidade que o homem queria passar com seu gesto.
- Eu comprei isso para você.
Ao abrir a caixinha, Cecília se depara com um lindo colar, com pedrinhas pequenas e muito brilhantes, um pingente em formato de floco de neve dava o toque final.
- Wow! - Cecília beija o ator - É lindo!
- É para que a gente nunca esqueça desse natal que passamos juntos, o momento que nos unimos.
Todo aquele momento, tão romantico, fazia Cecília dúvidar de todas as coisas maravilhosas que aconteceram em sua vida nos últimos dias. Sua avó só não estava melhor como teve alta, Chris estava aqui no Brasil, eles estavam juntos e agora isso, um presente para simbolizar o momento que os conheceram, saber que Chris sentia o mesmo que ela, era tudo o que importava nesse momento.
Rio de Janeiro • December 31th • 11:30 pm
Aquele Airbnb apesar de gigante, ficou pequeno quando toda a família de Chris chegou.
- Eu ainda não acredito que toda a sua família topou passar o final de ano aqui, no Rio - Cecília dizia para Chris, tomando um ar na sacada daquele apartamento de três andares que o ator alugou para receber todos, inclusive Margarida, Ruth e seu namorado. - Tudo aconteceu tão rápido!
- Eles estão... - Chris é interrompido por Shanna que esbarra o copo de caipirinha no ombro do ator, derrubando um pouco em sua camisa branca - Shanna! Cmon!
- Perdão Senhor Certinho! - A irmã ironisa - Cecília, isso é muuuuuito bom!
A mulher levanta o copo, quase deixando derramar mais um pouco e sai dançando de volta à sala de estar.
- Acho que ela está aproveitando bastante.
Chris sorri.
- Shanna sabe como curtir uma festa, bem, como dizia, eles ficaram muito animados de vir, assim que eu sugeri.
Lisa conversa com Margarida, com a ajuda do Google Tradutor, Carly mostrava a vista para as crianças, tomando cuidado para que as mesmas não chegassem tão perto da piscina que era um pouco mais funda do que o desejável. Ruth e o namorado ajudavam Chris e Cecília a servir os últimos pedacinhos de bolo de queijo temperado e, vinhos e champanhe.
- Pessoal, a contagem já vai começar! - Ruth alerta, em portguês, fazendo Margarida escrever o recado no Google Tradutor, salientando para Lisa que faz o trabalho de chamar todos para a sacada, levando Margarida consigo na cadeira de rodas.
O ano novo na praia de Copacabana era muito famoso, então, Chris pensou, nada melhor que trazer sua família para junto de si e de Cecília. O ator estampava sua felicidade com seu sorriso.
- Olha só, faltam 20 segundos! - Carly diz apontando para o refletor do outro prédio.
20
19
18
17
- Eu tenho certeza que esse ano será diferente de todos os outros... - Chris olha para Cecília, com uma expressão nervosa, distinta do que a mulher tinha visto antes - Agora eu tenho você, e você me tem...
15
14
13
12
11
- Cecília, eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida, eu nunca experimentei o amor como estou provando agora, eu nunca disse isso tão rápido mas... Eu... Eu te amo!
10
9
8
7
6
5
- Chris... - Cecília diz com os olhos úmidos, sentindo o coração aquecer com todas aquelas palavras - Eu também te amo!
4
3
2
Chris se ajoelha na medida que os primeiros fogos de artifício iluminam o céu, sem deixar que seus olhos larguem os de Cecília, ele tira um anel do bolso da camisa e então diz, palavra por palavra.
- Você que se casar comigo?
Os olhares são todos voltados para o casal, palmas e gritos invadem o ambiente.
- É claro que eu quero me casar com você!
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